A Ordem dos Nove Reinos - Agents of S.H.I.E.L.D escrita por Jessyhmary


Capítulo 11
A Miniatura


Notas iniciais do capítulo

Olá amores!! Não vou falar muito sobre o capítulo, pois estou apressada pra sair agora, minha mãe já está aos berros comigo... so...
#BoaLeitura! :)



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O dia amanhecia sereno para todos, depois de um dia relativamente tenso. Jemma e May conversavam na mesa do café, completamente acordadas depois de tantas horas de sono, enquanto Coulson e Skye apareciam com enormes manchas escuras ao redor dos olhos. Simmons dormiu tarde após permanecer no laboratório mais tempo do que o normal e May começou seu treino matinal às duas da manhã. Estava inteiramente disposta.

– Esses dois fantasmas aí não nos deixaram dormir direito. – Skye chegava reclamando, trazendo sua xícara para Jemma encher com café. – Não, pode colocar mais! Se eu quiser ficar acordada o dia todo, preciso tomar mais algumas dessas durante o dia.

Simmons e May riram da cara de sono que Skye exibia e dos cabelos castanhos envolvidos numa trança ligeiramente mal feita.

– Quem arrumou o seu cabelo hoje pela manhã? – Coulson olhou torto para ela, apenas para provoca-la.

– Não começa, A.C! Meu cabelo está perfeito assim!

– Parece que você passou a noite treinando comigo, Skye. – May ousou tirar uma brincadeira com ela. – Não tem nada de perfeito nisso aí. – disse a asiática sorrindo e fazendo Simmons e Coulson rirem junto com ela.

Skye fez uma cara emburrada e procurou pelo espelho da cozinha, apenas para ter certeza se aquilo estava tão ruim assim. E estava.

– Oh Bifrost brilhante... O que é isso que fizeram com o meu cabelo?

– Foi o sono, Skye – Jemma ajudou, prendendo a risada.

– Aqui – a garota sentou-se nas pernas da amiga, tirando a xicará de chá da mão dela quando Simmons se preparava para dar mais um gole.

– Skye! – a britânica protestou.

– “Skye” – a garota imitou a amiga, enquanto desfazia o emaranhado de nós no cabelo que ela julgava ser uma “trança” – Agora, você ajeita o cabelo. Anda! Não posso ser alvo de gozação por tanto tempo assim a essa hora da manhã.

May e Coulson se entreolharam, rindo da irritação de Skye.

– Tudo bem. – Jemma rendeu-se. – Mas isso não é minha culpa, okay? Você foi quem não conseguiu dormir direito.

– Mas também, tinha um rinoceronte de olhos puxados chutando coisas lá na área de treinamento.

– Na Área de Treinamento, você disse muito bem. – May se defendeu – Se fosse nos arredores dos dormitórios, aí sim. – May já havia se acostumado com os nomes que Skye inventava então, geralmente não dava muita atenção.

– Okay! – ela levantou as mãos em sinal de defesa – Já entendi que estão todos contra mim. – ela apontou o dedo para os três que estavam sentados na mesa. – Até você, Jemma!

– Eu mesma não! Você foi que acordou com mania de perseguição. – foi a vez da cientista de se defender. – E para de se mexer, ou seu cabelo ficará pior do que estava antes!

Skye cruzou os braços e bufou, ajeitando-se para que Simmons pudesse terminar a trança que agora estava muito bem alinhada, assentando perfeitamente ao lindo rosto da garota.

– Obrigada, mamãe Simmons. – a garota disse, dando um beijo no rosto da amiga e andando engraçado até sua cadeira. – Aqui está o seu chá de volta.

– Coulson – May interrompia as brincadeiras na mesa do café. – Hill me ligou mais cedo. Ela disse que ligou para o seu telefone mas você não atendeu.

– Que horas foi isso?

– Era umas quatro horas da manhã. – ela deu um leve sorriso. – Disse a ela que te avisaria quando você acordasse.

– Quatro horas da manhã? – O diretor franziu a testa. – O que pode ser tão importante para Hill me ligar a essa hora?

– É a S.H.I.E.L.D, Coulson. – a garota agora com uma trança bem feita deu um gole no seu café. – Pode ser qualquer coisa.

– É. – May apontou para Skye, concordando com ela.

– Alguém que não está contra mim! Até que enfim! – Skye levantou as mãos para cima e os outros apenas riram “ela ainda está pensando nisso?!”

– Skye... Ninguém está contra você – Coulson respondeu, enquanto tomava o seu último gole de café. – Desculpem senhoritas, mas preciso ligar para a Hill. Se for algum problema, quero resolver o mais rápido possível. Não é hora de descansar.

– Coulson – May segurou a mão dele por instinto – Simmons fez panquecas – ela percebeu que estava segurando a mão dele sobre a mesa e a soltou de um susto, corando um pouco logo em seguida. – E estão ótimas. – ela acrescentou, ainda um pouco desconcertada.

– Ótimo – Coulson esboçou um sorriso. – Simmons, não pode nos acostumar com esse tipo de comida pela manhã. – as garotas sorriram. – May, se importaria de levar algumas para o meu escritório? Acho que vou comer por lá mesmo. Preciso colocar uma papelada em dia, todos os dias chegam mais relatórios das unidades.

– Claro. – ela respondeu sorrindo – Quer dizer... Não, não me importo não.

Skye e Jemma prenderam um sorrisinho malicioso ao perceberem que May estava se atrapalhando toda ao falar com o chefe e que ele estava cada vez mais atencioso com ela.

– Eu te disse. – Skye cochichou no ouvido de Jemma.

– Então, bom dia para todas.

– Bom dia, Diretor – elas responderam em uníssono e riram em seguida.

– A.C. espera! – Skye gritou com meia panqueca pra fora da boca.

– Diga Skye. – Coulson a observou fazendo sinal para que ele esperasse ela engolir o alimento.

– Eu lembrei que tenho que continuar aquele trabalho, sabe? Aquele com os arquivos – ele percebeu o tom da garota. O tom de curiosidade. – Preciso te perguntar mais algumas coisas sobre os cadetes. Estou montando um novo banco de dados atualizado, te explico tudo depois.

Coulson sabia que ela faria o seu serviço como uma boa agente da S.H.I.E.L.D, mas também sabia que aquilo não sairia barato. Ele passaria por mais um interrogatório sobre sua vida amorosa com a May. Como ele havia previsto obviamente, ele se arrependeria por ter começado a contar-lhe aquela longa história.

– Sim, Skye. Apareça no meu escritório em meia hora, okay?

– Sim, senhor. Entendido! – a garota prestou continência para o chefe e voltou para a mesa, apenas para pegar mais uma panqueca. – Sinto muito, ladies, mas eu preciso trabalhar nas nossas novas identidades. Quer mudar de nome, May?

– Eu estou bem assim.

– Jemma? – Skye olhou para a amiga, mesmo que já soubesse a resposta.

– Claro que não! Esse nome foi escolhido pela minha vó numa das viagens dela pela Europa Ocidental...

Skye fechou os olhos e fingiu ter dormido com a conversa nerd da garota. May e Simmons reviraram os olhos e deixaram escapar um sorriso de lado.

– Terminou? – Skye abriu os olhos novamente.

– Ha-ha-ha. – Simmons ironizou. – Muito engraçado.

– Você sabe que eu te amo, né? – ela deu um beijo na cabeça da amiga e bateu no ombro de May na saída. – Tenho que trabalhar – ela gritou, já desaparecendo pelo corredor.

– Essa garota tá aprontando alguma coisa. – May pontuou.

– Ah, pode apostar que sim. – Jemma concordou e ambas tomaram mais um gole de chá.

(...)

Phil tentara entrar em contato com a Hill, porém todas as tentativas tiveram a caixa postal como destino, então resolveu esperar que ela retornasse ou dar um tempo até ligar novamente para a Comandante. Ele colocou o celular em cima da mesa e abriu uma gaveta procurando as chaves do almoxarifado do bunker, a saber, um pequeno cartão que dava acesso àquela área restrita. Fora avisado por Skye que precisava fazer um levantamento dos suprimentos alimentícios, bélicos e os que envolviam telecomunicações e informática, logo, ela precisaria da chave.

Procurava pela chave quando encontrou sua miniatura no fundo da gaveta. Uma pequena lola, idêntica a sua, numa escala 1/43 que havia ganho de presente no seu trigésimo aniversário. Aquele era o melhor presente que havia ganho de alguém. O carrinho estava impecável, brilhante como se tivesse acabado de sair da caixa. Phil era mesmo um homem muito sentimental.

– Phil, as panquecas. – May batia a porta e Coulson tentou esconder o carrinho, sem sucesso, já que a gaveta emperrou justo no momento que ele tentou abrir.

– Pode entrar, May. – ele sorriu fingindo naturalidade e tentando ignorar a presença da miniatura ao seu lado.

– Aqui estão – a piloto colocou um prato repleto de panquecas em cima da mesa. Bem ao lado do carrinho. – Conseguiu falar com a Hill?

– Não. Está caindo na caixa postal. Ela deve ter saído em missão.

– Hum. – ela apenas acenou com a cabeça, concordando.

Os dois ficaram em silêncio por um tempo e Phil notou que Melinda olhava para a miniatura, um pouco nostálgica.

– Lembranças? – Phil perguntou, pegando uma panqueca e fazendo sinal para que a asiática se sentasse na poltrona em frente à sua cadeira giratória.

– Um pouco – ela esboçou um sorriso. – Sempre gostei desse modelo.

– E da cor? – Phil sorriu, dando permissão para que ela tomasse o carrinho em suas mãos.

– É a minha cor preferida para carros – ela sorriu. – Mas disso você já sabia.

– Sim, Melinda. – ele sorriu docemente.

Ela sentia uma corrente elétrica atravessando o seu corpo todas as vezes que ele pronunciava seu nome daquela maneira. “Melinda.” Lentamente e numa doçura incalculável. May havia se acostumado com a forma com que se tratavam, ambos conheciam um ao outro, mas até semanas atrás naquela equipe, não havia nada além de um histórico de cuidado e cobranças que se resumiam em um relacionamento apenas pouco peculiar. Era bem verdade que ele a tratava diferente e ela fazia o mesmo, mas nada que aparentasse estranheza para os outros membros da equipe.

As manhãs estavam diferentes, o cuidado dele com ela era evidente. À medida que Phil a cercava de atenção e afeto, Melinda conhecia novamente o significado de “perturbação”. O que era sinônimo de ter seus sentimentos e pensamentos sendo bagunçados novamente, dando-lhe ao mesmo tempo uma injeção de adrenalina e nervosismo, esperança e ansiedade. Era tudo muito. Era tudo intenso. Era tudo tenso, desconhecido, leve e familiar, num misto imperfeito de formas desiguais. Em outras palavras, ele bagunçava completamente a ordem que reinava em seu ser.

O telefone vibrou em cima da mesa, tirando os dois do mundo em que estavam infiltrados e trazendo-os de volta à realidade.

– Hill. O que houve? Tentei te ligar a manhã inteira. – Phil abusou da hipérbole.

– Senhor, temos um problema.

– O que aconteceu? – a voz de Coulson agora exibia um tom preocupado.

– Eu recebi um alerta. Leituras significativas de energia foram detectadas pelos arredores de Washington e...

– Calma, Maria... Por que você você está perdendo o controle? – Phil observou.

– Samantha, Phil. Samantha foi raptada por um asgardiano.


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Notas finais do capítulo

Acharam a Sammy!! o/

O que acharam?

#itsallconnected #StandWithSHIELD