Masumi Nakamura escrita por Caroline Bueno
Notas iniciais do capítulo
Boa leitura!
Eu sentia a brisa bater suavemente em meu rosto, enquanto estava de olhos fechados. O sol lá fora esquentava minha pele trazendo uma sensação de conforto. Abri meus olhos, a enfermaria estava bem clara, com poucas pessoas. Me sentei, meu cabelo estava bem bagunçado e a preguiça tomava conta de mim. Olhei para o lado e Hajime estava sentado numa cadeira ao lado da minha maca.
- Acorda princesa,- falei rindo - o que está fazendo aqui?
- Esperando você acordar, já que está aqui há 2 dias. - ele disse sério.
- Como assim? O que aconteceu?
- Você teve uma queda de pressão e estava muito fraca. Como se sente?
- Acho que mole, - eu ri - não se preocupe, logo melhoro.
Ele me repreendeu com os olhos e se inclinou para um abraço. Seus braços quentes e acolhedores me fizeram me recuperar um pouco.
- Desculpe, eu precisava desse abraço, eu temia por você. - ele disse abaixando a cabeça.
- Você é um bom amigo, obrigada. - falei sorrindo.
Ele se levantou e foi avisar a enfermeira Chie que eu já havia acordado. Tentei arrumar um pouco meu cabelo, tentando fazer um pente com a mão.
Hajime voltou, dessa vez com a Sra. Chie.
- Como se sente querida? - ela se aproximou colocando a mão em minha testa. - Achei que acordaria em mais um dia.
- Eu só me sinto um pouco fraca, sabe, e também meio sonolenta. - falei.
- Vou pedir para que tragam um suco reforçado de beterraba e laranja. - ela disse saindo apressada.
Olhei para Hajime e ele sorriu. Sentou novamente na cadeira ao lado. Estava com o uniforme abarrotado e o cabelo encrespado e olheiras enormes.
- Como está Asuka? - perguntei.
- Está bem, mas menos focada nos estudos e mais sozinha. - ele abaixou a cabeça - disse que viria te ver.
- Jura? Puxa, que bom!
Uma outra enfermeira apareceu e me deu o suco num grande copo. Ela sorria discretamente.
- Você terá alta amanhã, por enquanto deve ficar aqui. E vai tomar alguns remédios também. Acho que seu namorado vai cuidar de você. - ela falou me fazendo engasgar.
Cuspi um pouco do suco no chão e fiquei perplexa. Hajime não é meu namorado, eu quase morri de susto.
- Ele não é meu namorado, somos apenas amigos, bons amigos. Nada mais - falei.
A enfermeira olhou para ele e para mim e abafou um riso. Eu queria saber o que ela estava pensando naquele momento.
Hajime e a enfermeira foram embora, ele precisava ir à aula e a enfermeira foi fazer suas tarefas. Me deitei na maca e fechei os olhos novamente.
Foi então que fui pega no sono e dormi, eu adoraria ter apenas dormido, mas sonhei. No sonho, eu andava numa floresta escura e cheia de neblina. Haviam sombras passando por toda parte, elas esbarravam em mim e gritavam horrores.
Eu corria desesperada, batendo em galhos de árvores secas por todos os lados. Foi quando do nada parei. A noite estava fria, e minha respiração pesada. Então vi minha mãe, de pele corada, cabelos longos pretos, vestido branco, mas um pouco amarelado.
Ela sorria e dizia meu nome, sussurrando. Foi o melhor sonho que tive em anos.
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