A Mônica saiu, eu pensei que o Cebola iria ir atrás dela, porém ele simplesmente dá de ombros.

– Caraca...A Mônica acabou de terminar o namoro e você não vai fazer nada? - pergunto surpreso.

– O que você esperava? Que eu me ajoelhasse pedindo perdão por não ter feito nada?

– Não, mas eu pensei que vocês iam conversar e se reconciliarem como em todas as brigas. – Eu explico.

– Pois eu fico aliviado! Eu não estava aguentando mais as crises de ciúmes da Mônica!

Eu estranhei o que ele disse, já que nós dias anteriores ele nem estava reclamando tanto da Mônica, mas resolvi deixar pra lá. O intervalo acabou e eu e o Cebola voltamos para a sala sem dizer nada. _______________________________________________________

No dia seguinte...

Pov. Magali

Todos ficaram surpresos com o término da Mônica e do Cebola , mas ninguém desconfiou de nada, o que era ótimo. Até agora o plano estava indo bem... Ou era isso que eu pensava até chegar ao portão da escola e a Marina, a Cascuda, a Carmem e a Denise me barrarem.

– O que aconteceu entre você e a Mônica? - pergunta Marina.

– Nós brigamos, só isso. Na verdade ela que brigou comigo.

– Por quê? - Diz Cascuda.

– Não faço idéia! - Minto.

– Ah, por favor, Magali! Você e a Mônica são inseparáveis e se fosse mesmo isso você teria ido atrás dela. - fala Carmem.

Resolvo contar o plano para elas, principalmente porque eu ia precisar da ajuda delas com uma parte do plano.

– Ok. Eu e o Cascão terminamos...

– Que babado! Essa vai ser a notícia mais bombástica do blog, depois do...

– Denise! - todas nós exclamamos em coro.

– Você tem que me prometer que não vai espalhar nada que eu disser aqui! - exijo.

– Nem o término? - ela pergunta esperançosa.

– Nem o término. - afirmo.

– Ok.

– Então, na verdade o Cascão terminou comigo por causa de uma foto que...

Eu explico tudo resumido para elas, e quando eu termino, elas me encaram surpresas e a Marina pergunta:

– Você tem certeza que foi o Fabinho?

– Não, mas ele é a única suspeita, então vale a pena. E eu vou precisar que vocês excluam e isolem a Mônica da turma para que o plano dê certo.

– Tudo bem. - Ela concorda e as outras garotas fazem o mesmo.

Depois vamos para a sala e as meninas seguem o plano direitinho, como se a Mônica nem existisse.

Pov. Mônica

Quando começou o intervalo, eu fiz como a Magali pediu e me sentei isolada de todos. Eu nem imaginava como avançar mais no plano, quando ele apareceu. Com ele, eu quero dizer um garoto alto de olhos azuis e cabelo loiro como na foto. Fabinho.

– Posso me sentar aqui Mônica? - Ele pergunta se aproximando mais da mesa em que eu estou.

– Como você sabe meu nome? - finjo não conhece-lo.

– Não lembra de mim? Eu já fui seu vizinho na infância.

Eu o analizo por alguns segundos.

– Acho que lembrei. Você é o Fabinho Boa-pinta, não é? - pergunto com uma falsa animação.

– Só Fabio.

– Então pode sentar aqui comigo. - ele senta e eu completo - Mas eu estou surpresa com isso. Você não é tão popular que pode ficar em qualquer panelinha?

– Eu que te pergunto! Você não tinha a sua própria turma? - ele retruca.

– Tinha. Parece que não tenho mais. - faço cara de triste.

– Por que?

– Por causa da Magali.

– A Magali? - ele franze as sobrancelhas- Ela não é sua amiga?

– Era. Eu vou contar o que aconteceu. Uns dias atrás eu vi o Cebola me traindo com a Magali. O Cebola me viu e correu atrás de mim dizendo que era um mal entendido e a Magali fez o mesmo, eu nem escutei o que eles falaram depois e fui embora. Eu tinha pensado muito e resolvi perdoar o Cebola. Mas ontem ele nem veio tentar fazer as pazes comigo e quando eu fui falar com ele, o Cebola me disse que eu estava exagerando no ciúmes. Eu soube que ele disse isso pra todos e que a Magali contou que eu tinha ameaçado ela!Por isso todos da turma se viraram contra mim.

– Mônica, eu sin... - ele começa.

– Não precisa Fabio. Eu prefiro ficar sozinha do que ter amigos traidores. Mas e você, hein?

– Eu acabei de chegar na escola e na cidade e eu não sou tão popular como você pensa.

– Não? Pois quando nós eramos crianças...

Continuamos conversando até que o intervalo acaba. Nos separamos ao chegar na sala, já que, graças a Deus, ele senta bem longe de mim. Como não tinha percebido ele a uns dias atrás? É incrível como eu não o reconheci.

O quarto horário passa lentamente enquanto o professor explica a matéria, até que no quinto ele passa um trabalho em dupla. Ele deve estar de bom humor hoje, pois deixou os alunos escolherem os pares! Mas ele disse que vai ter mais de um trabalho nessa matéria, então temos que ter o mesmo par em todos os trabalhos. Eu tenho uma ideia e vou imediatamente falar com o Fabinho e peço para ele e eu sermos uma dupla.

– Claro! - Ele sorri. - Na minha casa, às 15:00? - pergunto animada.

– Pode ser.

Volto para minha carteira e depois de um tempo a aula acaba e eu vou embora sozinha, como parte do plano. _______________________________________________________

Exatamente às 15:00, alguém bate na porta. Abro e vejo que é o Fábio. Que pontual. Eu o comprimento, ele entra e depois começamos a fazer o trabalho, em alguns momentos eu me fazia de desentendida e ele explicava pacientemente. Mas eu também tinha que fingir e fui muito amigável, embora eu quisesse socar a cara desse falso que separou a Maga e o Cas.