Please, Remember Me! escrita por Bia


Capítulo 24
Perder a sua confiança.


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoas, eu sei, sempre demoro, bom é que fiquei sem ideias, mas depois elas vieram e pronto, já to até no outro capitulo.
Tenho duas coisas importantes para dizer, por isso que mandei vocês lerem as notas iniciais.
A primeira é que a fic tá completando um ano, sim eu a postei no dia do meu aniversario e foi nisso que deu, UM ANO GENTE, AINNN *-*
Obrigada a todos que acompanham, comentam e ficam lendo! Vocês são uns amores.
A outra é que Blaine e Rachel vão ter uma conversa, então recomendo vocês prestarem atenção nessa parte, pois ela é muito importante.
Bom, é só isso, ah desculpa se ter erros!
Boa leitura pra todos!



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Kurt começa a escutar barulhos dos carros, porém o barulho está um tanto distante, ouve também barulhos de panela e sente cheiro de lasanha, quando finalmente abre os olhos, a primeira coisa que observa é a janela que mostrava a cidade de Nova York, o céu estava um tanto azul com muitas nuvens, suspirou e finalmente sentou-se na cama e olhou a sua volta.

Pensou que haveria roupas no chão, porém lembrou-se de que quando saiu do banheiro, apenas deitou-se na cama e deixou Blaine tocar nele, sorriu e pegou nos seus lábios, lembrando-se da noite.·.

''As águas mornas do chuveiro caíam sobre ambos os corpos. O castanho tinha a boca entreaberta, os olhos fechados. Ele podia sentir a parede atrás de si, a mesma estava gelada. Suas mãos estavam sobre as costas do moreno e suas unhas arranhavam a mesma. As pernas estavam ao redor da cintura do homem de cabelos cacheados em sua frente.

Já o moreno, apenas fazia alguns movimentos, tentando dar prazer ao seu parceiro e ele conseguia com sucesso. Kurt não parava de gemer e ele estava parecido com o namorado.

Quando ambos chegaram ao ápice, o homem de olhos azuis-esverdeados ficou observando os olhos castanhos do parceiro e depois de alguns minutos, colocou seus pés de volta ao chão.

–Foi magico! –O moreno sorriu e se aproximou para beijar os lábios rosados do homem de pele clara.

–Podemos continuar na cama. – Kurt sorriu e desligou o chuveiro e pegou a mão do moreno. –Já terminamos nosso banho mesmo. – Aproximou seus lábios com o do moreno que correspondeu ao beijo e ambos correram até a cama e Kurt apenas deitou seu corpo na mesma, sentindo os beijos do moreno sobre seu peito e no seu mamilo.

–B-Bee... –O castanho não conseguia dizer o nome do moreno direito.

–O que foi meu amor? –Perguntou abaixando-se um pouco mais e olhando sedutoramente o castanho.

–Eu amo quando você me joga esse olhar, me deixa maluco. –O castanho disse jogando sua cabeça para trás e sentindo a boca do moreno em seu membro. –Oh... –Gemeu, segurou fortemente o lençol da cama e olhou para Blaine novamente sorrindo. –E-Eu amo tanto... I-Isso! –Gritou, ele iria dizer que amava o namorado, porém não conseguiu, estava muito excitado. –Amo tanto você, tanto! –Kurt gritava e puxava o lençol da cama. Blaine começou a rir ao ver aquela imagem e ficou ainda mais excitado. Continuou fazendo seu trabalho até que castanho chega ao ápice e o moreno volta, passando a língua em seus lábios e voltando a beija-los, que no momento estavam vermelhos.’’

O Hummel saiu do chuveiro, apenas com uma toalha enrolada na sua cintura, sorrindo da lembrança que tivera, caminha até a janela e ver como está Nova York. Cheia de gelo, com vários carros e pessoas vestindo roupas de inverno, sorriu, pois gostava dessa época do ano.

Seu olhar foi desviado para o relógio e então ele arregalou os olhos, não havia acreditado naquilo, como pôde ter perdido a noção do tempo assim? O Hummel tinha alguns compromissos no Vogue.

Ele foi para Paris, mas nem por isso iria parar de trabalhar ao não ser que tivesse um motivo grande. Foi até a sua mala que estava jogada no chão e começou a escolher suas roupas.

Vestiu-as rapidamente e foi até ao espelho ajeitar seu cabelo, estava muito atrasado e não havia acreditado que tinha dormido tanto. Já eram quase onze e meia e ele tinha que está ao meio-dia em uma reunião com Isabelle.

Após ficar arrumado -porém não muito satisfeito, pois ele sabia que poderia ficar melhor - Saiu do quarto.

O cheiro de lasanha continuava naquela casa, ele caminhou até a cozinha e encontrou seu namorado no fogão.

–Por que você não me acordou?! –Kurt pergunta irritado e indo até a geladeira.

–Bom dia pra vo...

–Droga, minha pasta ficou no meu apartamento. –O Hummel revira os olhos e caminha para o lado de fora e o Anderson vai o seguindo.

–Kurt eu não sou idiota ok? Pode parar com isso!–Blaine disse irritado também, observando o namorado abrindo a porta do próprio apartamento.

–Blaine pare de ser dramático, eu preciso trabalhar ok? –O Hummel pega a pasta preta e coloca na sua bolsa. –Eu venho depois pegar minhas coisas que estão no seu apartamento, até mais e te amo. –Apenas encosta seus lábios nos do moreno e entra no elevador.

O moreno continuou lá parado. Apenas observando as portas do elevador, com um leve sorriso no rosto, porém triste.

Ele estava feliz por Kurt, porém ele sentia saudades. Sim, ambos tiveram uma noite linda, mas o moreno queria mais. Ele queria passar um dia ao lado do Hummel, sem ambos serem interrompidos por celular ou por pessoas.

Suspira e volta para seu apartamento. Termina de fazer o almoço e então novamente o comi sozinho.

(...)

–Eu não acredito que eu falei, eu não acredito! –Quinn esbravejou e andava pra lá e para cá.

Ambas estavam no restaurante, Jessie vestia seu uniforme e suspirava todas as vezes que a loira falava de Rachel Berry e no momento, Quinn fazia isso, deixando a mesma irritada.

–E eu fui tão burra, eu tenho certeza J, tenho certeza de que ela vai agora me olhar com nojo! –A loira tinha lagrimas nos olhos, porém as mesmas não caiam, pois a loira não queria chorar na frente de Jessie novamente.

–Você me contou que ela já foi dama de honra no casamento de duas garotas.

–Sim, mas Brittany e Santana eram nossas amigas do coral.

–Então acho que ela não tem problemas com isso, além de que eu conheci ela e eu acho que ela não iria agir assim com você. –Jessie disse simples, caminhando para a cozinha. Tentando encerrar logo aquele assunto.

–Mas... –Quinn seguia a mulher que começava a abrir o restaurante.

–Olha Quinn! –A morena se virou e olhou para a loura. –Eu sei que você está nervosa com isso, mas tudo tem um limite e eu cheguei nele! -Deixou escapar, olhou para Quinn que abaixou a cabeça e nesse momento, ela sentiu uma pontada no coração, suspirou e então resolveu dizer: -E-Eu entendo, mas lembre-se que de que finalmente disse a verdade e caso Rachel pare de falar com você, saiba que eu e Kurt vamos ficar sempre no seu lado. –Deu um leve sorriso e pousou duas mãos sobre os ombros de uma Quinn que sorria também. –Agora vamos trabalhar ok? Quero um futuro bom pra você e pra mim e pra isso temos que trabalhar, começar do zero que é aqui.

–Tudo bem. –Quinn sorriu e então as mulheres começaram a trabalhar.

(...)

–Muito bom, mas qual é a melhor blusa, a azul ou a amarela? –Perguntou uma mulher de cabelos louros e ondulados.

–Acho que a azul e você Kurt? –Isabelle perguntou se aproximando do Hummel.

–Acho que a azul também, pois vai combinar com os sapatos. –Todos sorriram e então a mulher de cabelos ondulados disse:

–Então será a azul. –Disse correndo até outras mulheres.

Após essa longa reunião sobre roupas acabar. Kurt foi até sua sala e sentou-se na cadeira, cansado e com fome.

Olhou para o relógio e viu que já passava da hora do almoço. Suspirou e então aproveitou o tempo livre para ir em algum restaurante comer.

Caminhou para o lado de fora e observou a rua por alguns segundos. O clima, estava muito frio. O castanho revirou os olhos por não ter colocado suas luvas.

Com passos acelerados, caminhou até um restaurante que havia lá perto.

Adentrou no lugar, havia várias pessoas comendo e conversando e o lugar estava cheio de pessoas. O castanho bufou, desistindo de comer, deu meia volta, porém no momento em que ele faz isso, ele vê alguém.

–Kurt? –Pergunta a voz familiar.

Kurt ergue a cabeça e então observa nada mais e nada menos do que Harry Alan em sua frente, com um leve sorriso e aquele olhar de sempre, aqueles olhos verdes brilhavam.

–Ah, oi. –Kurt se afasta, ambos estavam próximos demais. –O que você está fazendo aqui? –Pergunta coçando a nuca.

–Acho que o mesmo que você, vou almoçar. –Disse dando uma breve risada. –Bom, eu estou sozinho e você também então... Vamos comer. –Pegou na mão pálida do Hummel.

Kurt iria dizer alguma coisa, porém ele viu que Harry parecia muito feliz ao lhe ver. Suspirou e então resolveu juntar-se ao amigo.

–Então, como andam as coisas? – Perguntou. Kurt sentou-se na cadeira e então olhou para Harry em sua frente. O homem tinha um enorme sorriso no rosto.

–Só um pouco cansado, fiquei acordado a noite inteira. –Deixou escapar. Ele não deveria ter falado isso.

–Por quê? Depois que eu fui embora, eu pensei que você só iria se jogar na cama e dormir. –Disse rindo.

Kurt por um momento pensou '' Eu me joguei na cama e fiquei a noite inteira fazendo amor com meu namorado.’’ Porém apenas sorriu também.

–Bom e você? –Perguntou, tentando fugir do assunto.

–Eu também estou cansado, o bom é que semana que vem não vamos precisar trabalhar, digo eu não vou precisar. –Sorriu.

–Por quê?

–Meu chefe vai viajar para fazer alguns negócios, então eu vou ficar de folga. –Sorriu e pegou o cardápio para olhar os aperitivos.

–Nossa que sortudo. –Kurt disse, arrancando uma risada gostosa de Harry. –Isabelle e eu estamos trabalhando muito e eu estou muito cansado, mas esse trabalho é um passo para eu poder finalmente realizar meu sonho. –Sorriu e seus olhos brilharam ao pensar no seu sonho.

–E qual é? –Harry perguntou curioso, olhando nos olhos azuis do Hummel.

–Quero ver as modelos usando meus designs.

–Então você quer ser designer de moda? –Perguntou e o Hummel assentiu com um enorme sorriso. –Pode ter certeza de que vou ser o primeiro a pedir um design seu.

–Na verdade eu já desenho e faço algumas roupas sozinho quando eu tenho tempo, uma vez eu fiz um vestido para Rachel e ah, no natal do ano passado, eu fiz uma roupa para o Blaine. –Kurt sorriu, lembrando-se do seu namorado. –Ele ficou tão feliz.

–Nossa isso é muito legal. –Harry forçou um sorriso. Odiava quando o castanho falava no moreno.

–E você, tem sonhos também? Ou acha que é melhor apenas ficar trabalhando ao lado do seu chefe.

–Bom, eu gosto de desenhar também, mas eu já estou muito feliz com o que tenho. –Respondeu simples.

–Ah sim. –Kurt então voltou para o cardápio.

Um silencio se estalou entre eles, Kurt observava atentamente o cardápio e Harry apenas lhe observava as vezes.

A pele pálida era tão linda e Harry amava tocar em Kurt, pois sua pele era macia. Kurt era muito cheiroso e um dos sonhos de Harry era também provar o gosto dos lábios do castanho, eram bem rosados e dava água na boca.

–Bom eu já sei o que vou pedir, e você? –Kurt perguntou tirando os olhos do cardápio. Harry assentiu.

Ambos pediram seus aperitivos e então o silencio voltou. Kurt não se sentia desconfortável com ele, mas Alan sim.

–O que achou dessa semana? Eu achei magica. –Quebrou os silencio, com um enorme sorriso. Kurt levantou o rosto e sorriu.

–Sim, eu achei muito boa também, ir para os desfiles e conhecer novos estilistas. –Kurt suspirou. –Pena que Blaine não estava lá.

''Ele só pensa nessa merda?’’ Pensou Alan, forçou um sorriso novamente e quando Kurt desviou o olhar, o mesmo revirou os olhos.

Harry não sabia o que o Hummel via no Anderson, ele era apenas um homem normal com cabelos horríveis, bom era a opinião de Harry.

Ambos continuaram conversando. Terminaram o almoço e então Kurt olhou para o seu celular e viu a hora. Arregalou os olhos e no mesmo momento se levantou.

–Eu preciso ir. –Kurt disse ajeitando seus cabelos. –Isabelle me mata se eu chegar atrasado novamente.

–Tudo bem, eu te acompanho, apenas vou pagar a conta. –Harry levanta e o Hummel desesperado apenas pega uma nota e coloca na mesa.

–Até Harry. –Diz saindo do restaurante.

Vai caminhando com passos acelerados até o prédio onde trabalhava.

–Ei Kurt! –Harry o chamou, o castanho olhou para trás e viu Alan correndo até ele. –Você não me esperou.

–Desculpa Harry, mas é que eu tenho que voltar a trabalhar. –O Hummel disse caminhando e não olhando mais para o homem.

–Eu entendo, mas eu disse que iria te acompanhar. –Disse para Kurt que bufou.

Ambos pararam na frente do prédio onde o Hummel iria entrar. O mesmo olha para Harry e dar um leve sorriso.

–Obrigado por almoçar comigo. –Kurt diz e quando ele dá o primeiro passo para entrar no prédio. Harry segura sua mão, lhe deixando assustado. –O que foi?

–É que... Você esqueceu. –Disse entregando a nota de dinheiro que em alguns minutos atrás, o castanho tinha colocado sobre a mesa do restaurante.

–Harry era pra pagar a comida.

–Kurt eu que te convidei pra comer comigo, digo... Eu vi que você ia dar meia volta. –Harry deu uma leve risada e Kurt continuou sério, estranhando aquilo. –Toma. –Entregou ao castanho que continuou paralisado.

Ambos ficaram se entreolhando, e então o Hummel suspirou. Quando ia abrir a boca, Harry apenas se aproxima para dar o beijo de sempre no Kurt.

Mas, dessa vez iria ser diferente, ele iria beijar os lábios do Hummel, porém Kurt apenas vira seu rosto, acertando a bochecha.

–Tchau Harry. –Diz se afastando e entrando no prédio.

O homem de olhos verdes continua lá, apenas observando Kurt entrar, depois que o mesmo desaparece. Harry apenas dar um leve sorriso e então segue seu caminho para voltar ao seu trabalho.

(...)

–Eu apenas queria que ele ficasse aqui! –Blaine disse triste, jogando sua cabeça para trás.

–Eu entendo Blaine. –Rachel disse juntando-se ao moreno no sofá suspirando. - Mas, você tem que apoiar ele, você sabe como Kurt é com o trabalho dele, ele é uma pessoa ocupada, mas isso não significa que ele deixe de te amar.

–É... –O moreno suspirou.- Mas, será que ele realmente me ama?

–Não acredito que você tem duvidas disso. –Berry revirou os olhos. –Kurt te ama desde o colegial Blaine, ainda lembro de quando vocês ainda eram amigos e ele me falou por telefone que era apaixonado por você.

–Sim, mas isso foi antes, e hoje em dia? Será que ele ainda sente algo? –Perguntou triste.

–Pare de ter essas duvidas Blaine, parece que não confia nele. –Rachel disse um tanto irritada. –Pare de pensar besteiras, vou ver os filmes. –A mulher levantou e foi até os filmes.

–Você anda meio estressada, o que aconteceu? –Perguntou intrigado.

–Nada Blaine. –Rachel revira os olhos e continua pegando o dvd.

Blaine então continuou pensando, ele confiava no Hummel certo? Suspirou e então tentou prestar atenção em Rachel.

Ambos começaram a olhar um filme de comedia romântica. O casal na tela, falavam do seu medo. Rachel olhou para Blaine que nem parecia assistir ao filme.

–Blaine qual é o seu maior medo? –Rachel perguntou, ainda olhando para o moreno.

–Água. –Respondeu voltando a olhar para tela.

–Água? –Rachel parecia confusa.

–Sim. –Respondeu simples. –Eu tenho medo de trovão também assim como aranhas, mas é diferente do que de água, por isso que odeio ir para a praia.

–Você nunca me contou isso, por que tem medo de água?

Blaine não queria falar do assunto, porém Rachel era sua melhor amiga. Suspirou e então finalmente virou seu rosto, para olhar a morena que lhe observava.

–Eu tinha onze anos. Bom, meus pais ainda não sabiam que eu era gay, mas eu já sabia disso, pois eu comecei a gostar de um garoto, porém ele se mudou para outra cidade e eu chorei a noite inteira, porque eu sabia que não o veria mais. –Blaine suspirou. –E bom, eu gostava de brincar com as garotas às vezes, tanto que havia alguns garotos que faziam brincadeiras sem graça comigo, me chamando de ''pó de fada’’ ou de ''viado’’.

–Nossa. –Rachel abriu a boca.

–Um dia minha família resolveu fazer um passeio para a praia, meu pai e Cooper foram comprar refrigerantes e minha mãe ficou tomando banho de sol e eu acabei indo sozinho para a água... E os garotos que mexiam comigo, me encontraram lá e foi tudo tão rápido.

–Como assim? –Rachel perguntou curiosa.

–Eles começaram a me xingar, e então eu ia sair da água, até um correr até mim e me puxar pelo braço. Eu tentei chamar minha mãe, mas ela não me escutou e então eles começaram a colocar minha cabeça na água.

–Meu deus Blaine, e ninguém viu isso?

–Não, pois como eu falei, foi muito rápido, eu já estava com falta de ar, até que tinha escutado uma voz e era de Cooper e quando me dou conta, eu já estava fora da água.

–Nossa Blaine! –Rachel tinha o queixo caído.

Aquela historia, uma historia que apenas Kurt, Cooper e agora Rachel sabiam. Era um assunto do qual Blaine não gostava muito de falar.

–Mas, uma coisa eu não entendo. –Rachel disse.

–O que?

–Uma vez, Kurt me contou que você fez ele se afogar.

–Ah ele me contou essa historia, ele me disse que eu salvei ele.

–Que amor, você enfrentou o maior medo pra salvar ele.

–Bom... –Blaine não sabia o que dizer e então ele ficou um pouco tonto.

Os barulhos da voz de Berry ficaram distantes e ele só consegue escutar barulhos de pingos de águas e alguns gritos, a voz era um tanto familiar.

–Blaine você está bem?! –Berry pergunta desesperada e então o Anderson volta realidade.

–Sim, apenas fiquei um pouco tonto. –Diz pegando na cabeça.

–E-Eu vou buscar um pouco de água para você. –Berry se levanta e vai buscar a mesma para o Anderson.

Blaine estava confuso, de onde era aquilo? Seria uma lembrança de Kurt ou apenas sua imaginação?

(...)

Já anoitecia e Kurt arrumava suas coisas para sair do prédio. Deu um breve ''tchau’’ para sua chefe e amiga Isabelle e então caminhou para fora do prédio.

Entrou no seu carro e lembrou-se de que tinha que ir no supermercado, comprar algumas coisas para o seu apartamento.

Um dia antes de ir para Paris, ele cozinhou com Blaine, porém quando olhou os armários, viu que as coisas já estavam acabando, então o Hummel resolveu aproveitar que estava fora de casa e ir para algum lugar comprar algumas coisas.

(...)

–Bom Blaine, Finn acabou de me enviar uma mensagem perguntando onde eu estou... Vou ter que ir. –Disse levatando-se do sofá.

–Tudo bem. –Blaine respondeu, ele olhava fixamente para o um lugar no chão.

–Vou ao banheiro primeiro. –Disse caminhando até ao banheiro do moreno.

O moreno continuava pensando sobre o acontecimento de horas atrás. Aquilo era muito estranho. Seus pensamentos foram interrompidos por algumas batidas na porta.

Correu até a mesma, na esperança de ver seu castanho, porém quando abre a porta, ver um castanho, porém ele não era seu.

–O que você quer Sebastian? –Blaine pergunta revirando os olhos.

–Oi pra você também. –Disse revirando os olhos também.- Além disso, o que eu fiz pra você me tratar assim?

–Sebastian, eu realmente gosto de você, mas eu odeio, odeio muito mentiras. –Respondeu simples. –E bom, você mentiu pra mim, fez eu ficar muito confuso.

–Mas, mesmo sendo mentira Blaine, olha como Kurt é com você! –Sebastian esbravejou, fazendo o moreno se afastar. –Vive viajando e nem sequer te dar atenção, eu pelo menos estou aqui sempre que você precisa.

–Kurt... Kurt só anda ocupado esses dias. –Blaine responde irritado.

–Oh, sei... Muito ocupado com o tal homem dos olhos verdes. –Sebastian diz e ele já tinha lagrimas nos olhos.

–Homens de olhos verdes? –Blaine perguntou intrigado.

–Hoje na rua, eu vi eles quase se beijando. –Cruzou os braços e falou rapidamente.

–Boa tentativa Sebastian. –O moreno revira os olhos e tenta fechar a porta, porém uma Rachel confusa aparece atrás de si.

–Blaine o que tá acontecendo? –A morena então fica ao lado de Blaine.

–Sebastian... –Aponta para o mesmo que ainda tinha os braços cruzados e jogava um olhar feio para Berry.

–Oi nariz. –Cumprimenta a Rachel que suspira ao ouvir isso.

(...)

Kurt revira os olhos ao ver o carro na sua frente. O transito estava terrível e parecia que ele nunca saia do lugar.

–Vamos logo! –Gritou, porém ainda dentro do carro. Começou a usar a buzina, mas o carro na sua frente, não saia do lugar.

Passou o tempo, até que finalmente Kurt saiu daquele lugar. O Hummel estava muito estressado e quanto mais perto ficava de sua casa, mas feliz ele ficava.

Foi até ao estacionamento, guardou o seu carro e quando abriu o porta malas, pegou as sacolas.

Elas estavam pesadas, muito pesadas. O hummel revirou os olhos e continuou andando, para chegar em casa.

No prédio onde morava o Hummel, o elevador que ficava no estacionamento, estava quebrando, sendo assim, fazendo Kurt ir para o outro elevador que ficava na entrada do prédio.

O castanho distraído, pensando sobre o peso das sacolas, acaba sem querer batendo em alguém.

–Olhe por... Harry? –O castanho não acreditava naquilo. Pessoas se encontravam por acaso duas vezes?

–Oi. –Fingiu ficar surpreso.

–Você anda me seguindo? Nós encontramos duas vezes hoje, isso é estranho. –Kurt disse olhando para Harry e depois ambos caíram na risada.

–Quer que eu te ajude nessas sacolas?

–Sim. –Kurt só jogou uma para o homem de olhos verdes e ambos adentraram no prédio.

O castanho ainda estranhava um pouco Harry. Desde aquele acontecimento de horas atrás, o Hummel ficou muito intrigado, porém ele precisava de ajuda no momento e então Harry apareceu, o que foi muito bom.

Adentraram no elevador e então Kurt apenas aperta no andar aonde iria. Harry fica ao seu lado, observando como sempre, os lábios do castanho.

–O que você tanto olha? –Kurt perguntou intrigado.

–É que... Deixe pra lá. –Abaixou a cabeça.

–Fale!

–Seus lábios são muito lindos. –Olhou novamente para o castanho. Ele sabia que não conseguiria se controlar e iria acabar beijando Kurt. Não podia fazer isso, era cedo demais, mas a vontade era enorme.

–O que?! –Kurt pergunta assustado e então Harry com alguns passos, fica próximo ao castanho. –Harry o que você está fazendo?

–São tão lindos, nossa Kurt como eu sempre sonhei com isso. –Disse segurando fortemente os pulsos do Hummel que tinha os olhos arregalados.

Harry se aproximou tanto que acabou quebrando o espaço entre eles.

Kurt tinha os olhos abertos, ele não correspondia o beijo e tentava tirar suas mãos dali, mas Alan segurava com muita força e apertava ao mesmo tempo e isso fez Kurt gemer de dor.

Harry sorriu e continuou beijando os lábios do Hummel. Ele pensava que estava gemendo por estar gostando, porém era ao contrario.

(...)

–Vamos Sebastian, melhor você ir. –Blaine pegou na cintura do castanho que ainda tinha os braços cruzados. –Eu te levo até o elevador.

–Blaine, por favor, eu sei andar. –Disse revirando os olhos e tirando as mãos do moreno de si. –E o que eu disse é verdade, pergunte pra ele, provavelmente ele vai chegar e... –As portas do elevador se abriram, revelando dois homens se beijando.

Porém aqueles homens não eram qualquer, era Kurt e Harry. Rachel arregalou os olhos e Sebastian abriu a boca e tentou esconder o sorriso.

–Eu disse que era verdade! –Cruzou os braços novamente, sorrindo.

(...)

Harry ao ouvir a voz de Sebastian, se afasta e então abre sua boca, ele tenta esconder o sorriso, porém parecia impossível. Tinha sido mais fácil do que pensava.

–Kurt... –Blaine sussurrou o nome do castanho. O moreno começou a sentir seu estomago embrulhar, e suas mãos começaram a tremer. Ele ainda não conseguia acreditar no que acabara de ver.

–Blaine, por favor, não é o que você está pensando. –O castanho com sua voz desesperada. Ele colocou suas mãos nos ombros do moreno, mas o Anderson apenas se afastou.

–P-Por um momento eu pensei que Sebastian estaria errado... –O moreno desviou seu olhar, não conseguia mais olhar para o castanho. –Mas, vejo que ele está certo, recomeçamos de um jeito errado. –E então correu até a porta do seu apartamento, adentrando no mesmo e trancando a porta.

–Blaine abra essa porta agora! –Kurt gritou, dando batidas fortes na porta.

O moreno revirou os olhos e enxugou as lagrimas que já escapavam dos seus olhos. Ignorou a voz do castanho e caminhou para o seu quarto e apenas deitou-se em sua cama, desejando que aquilo fosse apenas um sonho ruim.

No lado de fora, Kurt continuava batendo na porta, seus olhos estavam vermelhos e as lagrimas já rolavam por suas bochechas.

–Kurt, é inútil, você sabe como Blaine é. –Rachel disse pegando no ombro do amigo.

O castanho apenas abaixou a cabeça e bufou, era verdade. Mesmo que o mundo estivesse acabando, Blaine não iria abrir.

–Seu... –Kurt se aproximava de um Harry ''Assustado’’. –Filho da puta! –Fechou seus punhos e então machuca o rosto do homem de olhos verdes.

Alan cai no chão assustado, pegando em seu novo machucado, seus olhos estavam cheios de lagrimas, ele não imaginava que Kurt ficar assim ou que iria fazer isso.

–Sabe, eu levei meses! Meses para reconquistar o meu amor e você vem e destrói tudo! –O castanho gritava. –Nunca mais, nunca mais apareça na minha vida, pois se eu te ver novamente, eu posso fazer algo pior do que um simples soco na cara. –Kurt apontou para Harry. Suas mãos estavam tremendo. Pegou as sacolas que estavam jogadas no chão e adentrou no seu aparamento.

Então um silencio tenso ficou naquele corredor. Rachel apenas observava Harry no chão, o homem apenas tinha um olhar fixo no chão e passava seus dedos sobre o machucado.

–Bom, agora que as coisas ficaram chatas, eu vou indo. –Sebastian disse quebrando o silencio e entrando no elevador. –Você vem nariz? –Perguntou impaciente para Berry.

–E ele? -Perguntou Berry olhando para o castanho.

–Ah Rachel, você tem que aprender a deixar as coisas pra lá, vamos. –Puxou a morena que começou a reclamar e então ambos se foram, deixando apenas Harry naquele corredor escuro.

–Isso não vai ficar assim. –Começou a sussurrar para si. –Ele vai ter que ser meu, nem que seja pelo bem ou pelo mal. - Levantou-se e começou a apertar no botão de outro elevador, porém o mesmo não funcionava. –Nem que seja pelo bem ou pelo mal. –Começou a repetir várias vezes, desistiu e optou a ir embora pelas escadas, deixando o corredor totalmente vazio.

(...)

A noite estava muito fria, nevava no lado de fora e o quarto do Hummel estava escuro. Ele chorava descontroladamente e abraçava o travesseiro que cheirava o moreno.

Ele tinha medo, muito medo de perder o amor da sua vida novamente, ele não queria passar por tudo aquilo novamente, ele demorou muito para conseguir a confiança e o amor de Blaine, porém ele perdeu ambos em segundos.

Bom, era o que ele achava, achava que o moreno nem ao menos iria olhar para a sua cara e que no futuro, nem um bom dia lhe daria. Isso deixava o castanho desesperado. A vontade de ir correr até ao apartamento do homem e beija-lo era enorme.

Beijo... Isso lembrava Harry também, o mesmo começou então a limpar seus lábios rosados, ele sentia agora, nojo e raiva de Harry e provavelmente esse sentimento nunca iria mudar.

Limpou as lagrimas e deitou-se na cama e fechou os olhos, desejando também que aquilo fosse apenas um pesadelo.

(...)

Blaine abriu seus olhos e virou sua cabeça e a primeira coisa que olhou, foi o relógio, já iria dar dez horas da manhã.

O mesmo boceja e senta na cama, se espreguiçando. Levanta da mesma e vai até ao banheiro e olha-se no espelho.

Seus olhos estão inchados, então ele se lembra do que havia deixado seus olhos assim. Ele desejava muito que fosse apenas um sonho ruim, mas era a realidade mesmo e ele teria que enfrentar isso.

Lavou seu rosto e quando voltou para o quarto, suspirou. O cheiro de Kurt ainda estava lá, suas roupas, suas malas, tudo ainda estava lá.

O mesmo então apenas caminhou para fora do quarto, tentando ignorar aquilo.

Ele nunca pensou que o castanho iria um dia fazer algo assim. Ele estava começando a confiar em Kurt, estava parando de acreditar em Sebastian, porém depois disso, tudo ficou ao contrario.

Pegou o material para o seu café da manhã, mas ele não conseguia comer, na verdade, ele não sentia fome.

Bufou e então apenas sentou-se no sofá, pegando nos seus cabelos que estavam muito bagunçados e então fecha os olhos, deixando uma lagrima cair. Ele não queria que isso tivesse acontecido, ele apenas queria que esse fosse um dia normal e que ele acordaria no lado do Hummel.

Ele não nega, ele realmente gosta do castanho, na verdade ele começou a amar Kurt, porém desde que o castanho foi para Paris, tudo começou a ficar estranho e depois que Harry apareceu, as duvidas começaram a surgir e depois disso, Blaine não conseguia mais confiar em nada, nem nas palavras e nem nos atos do castanho.

(...)

–Não! –Kurt grita, sentando-se rapidamente na cama. Ele estava suado e não estava respirando normalmente.

Aquele sonho, fazia tempo que não sonhava isso, mas dessa vez, sonhou novamente. Quinn no chão com sangue, Rachel desesperada e ele em uma água, sendo afogado. Suspirou e então colocou seus pés descalços no chão.

Queria acordar ao lado do seu moreno, do homem que amam e sentir o cheiro do perfume do mesmo e começara acariciar os cabelos cacheados.

Foi até ao seu guarda-roupa e viu o mesmo quase vazio, lembrou-se de que suas malas estavam guardadas na casa do Anderson. Pegou uma daquelas roupas e foi para o banheiro.

Tomou o seu banho e deixou as lagrimas se misturarem com as águas do chuveiro. Saiu do mesmo vestindo sua roupa antiga que usava na época do colegial ( Sim, ainda dava nele).

Uma calça jeans preta e sua velha camisa azul escuro com listras pretas. Vestiu seu tênis preto e então caminhou para fora do seu apartamento.

Ele ignorou totalmente sua cozinha, pois assim como Blaine, também não sentia fome.

Respira fundo e ficficou apenas observando a porta do moreno, antes era tão fácil, apenas abria e adentrava no apartamento. Agora era muito difícil, mas ele iria.

Kurt para na frente da madeira grande, bate três vezes na mesma. Porém ninguém aparece. Revira os olhos e então começa a socar a mesma.

– O que você quer? - O moreno abriu a porta e perguntou irritado.

– Minhas coisas ainda estão aí.- Kurt respondeu no mesmo tom. Odiava usa-lo com Blaine, mas no momento precisava. Entrou no apartamento e Blaine desviou o olhar. Todas as vezes que ele fosse olhar para o Hummel, iria se sentir estranho e triste. A imagem do seu namorado beijando outro homem ainda estava na sua mente. Blaine caminhou para o quarto e pegou as três malas de Kurt e colocou as mesmas na frente do castanho.

–Pronto, agora você já pode ir. - Abriu a porta e ficou esperando o castanho ir, porém ele continuava lá parado.

–Precisamos conversar.-Kurt cruzou os braços e olhou para Blaine que tinha a cabeça abaixada.

–Eu não quero mais falar com você, agora vai embora, por favor. - No momento que Kurt ouviu isso, ele sentiu seu coração se partindo, porém sentiu raiva também.

–Pare de agir igual a uma criança Blaine! -Kurt deu passos largos e fechou a porta, assustando o moreno. Blaine finalmente levantou o rosto e Kurt pôde olhar nos olhos do mesmo. Estavam vermelhos e inchados, havia lagrimas lá não derramas.

– Eu não sou uma criança Kurt, eu apenas não te quero ver mais! - Gritou e começou a caminhar pra lá e pra cá. - O que você fez comigo foi imperdoável.

–Você nem ao menos quer me escutar, Harry me forçou Blaine!.

–Sabe Kurt, eu queria acreditar, queria muito acreditar, mas eu não consigo.

–Quer dizer que não confia em mim?

–Não, eu confiava, mas agora não e eu odeio mentiras e provavelmente você sabe disso. - Disse enxugando as lagrimas, não queria chorar na frente do castanho.

–Mas, eu não estou mentido, por favor tente acreditar em mim. - Kurt colocou suas mãos nas bochechas do moreno. Ambos os olhos se encontraram. A vontade de deles eram de se beijar e poder esquecer disso, mas Kurt não tinha coragem de inclinar a sua cabeça e Blaine...

O Anderson não queria mais isso, pois se ele fizesse algo, iria sentir uma culpa enorme e ele não queria isso.

–Por favor, Kurt vai embora. - Afastou-se do castanho e abriu a porta novamente. O castanho assentiu e então pegou suas coisas e colocou no lado de fora. Blaine ficou o observando no lado de fora e então suspirou e fechou a porta. No momento que o castanho escutou o barulho da porta ser fechada, começou a dar uma falta de ar e as lagrimas já queria sair de seus olhos. Entrou no seu apartamento que era ao lado e então sentou no chão e começou a chorar desesperadamente.

(...)

Harry tinha os olhos focados em alguns papeis, seus olhos estavam vermelhos e suas mãos tremiam. Olhou para sua gaveta e abriu a mesma, pegando algumas fotos que ele havia tirado do castanho.

–Ah Kurt, você ainda será meu. –Disse para si com um sorriso maligno em seu rosto


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Notas finais do capítulo

Eita, quanta treta! '-'



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