Na mesma rapidez que saímos da proteção das paredes de pedra nós entramos na proteção das árvores da floresta. A parte mais difícil já passou.
– Segure firme Lúcia! - falei sentindo apertar mais a minha cintura.
O cavalo correu por vários metros floresta a dentro quando ouvi as primeiras advertências.
– PARE! EM NOME DO REI, PARE! - olhei para trás e estávamos sendo seguidas por três ou quatro cavaleiros telmarinos. Parei o cavalo e dei as rédeas nas mãos de Lúcia, desmontando.
– O que você vai fazer?- perguntou-me.
– Ganhar tempo para você! Parece que vai sozinha no fim das contas! - falei sorrindo então assustei o cavalo fazendo-o correr, desembaiei a espada e esperei. O primeiro foi fácil. O derrubei do cavalo, desacordado. O segundo foi derrotado com um pouco mais de dificuldade. O terceiro veio com mais força e me desequilibrou, fazendo-me tropeçar num tronco atrás de mim e cair. Olhei para cima assustada, a espada estava ao meu lado, mas ambos os homens haviam me cercado e eu estava em desvantagem já que estava sem um cavalo. Se aquele fosse meu fim eu morreria feliz sabendo que Lúcia provavelmente estava longe para ser encontrada por eles.
Quando estava desistindo, eu escutei uma voz extremamente conhecida por mim. Primeiro achei que fosse coisa da minha cabeça, mas então eu percebi que ele estava realmente ali e havia acabado de me salvar da morte mais uma vez.
– Meu herói! - falei enquanto aceitava sua ajuda para subir no cavalo.
– Estas bem? - perguntou-me e eu assenti. - E Lúcia?
– Provavelmente deve estar bem longe daqui!
– Quer continuar atrás dela? - perguntou-me.
– Não. Pedro vai precisar de toda a ajuda que ele puder ter! - falei e ele concordou. Tomando o caminho de volta. A situação não estava boa. Apesar de Pedro estar com um ligeira vantagem por ser mais novo, ambos estavam cansados e machucados. Assim que nos viu Pedro ficou assustado, ele falou alguma coisa com Miraz. Os dois levantaram e cada um foi para o seu lado. Pedro veio em nossa direção enquanto Caspian me ajudava a descer do cavalo.
– E a Lúcia?
– Ela passou com um ajudinha! - falei enquanto apontava para Caspian.
– Obrigado! - Pedro falou olhando para Caspian.
– Você estava ocupado! - Caspian falou e Pedro assentiu, olhou para Susana e disse:
– Se junte aos outros! Não acho que os Telmarinos vão manter a palavra.
– Tome cuidado! - ela falou enquanto abraçava o irmão fazendo estremecer. - Desculpe.
– Tudo bem. - ele falou e Susan saiu correndo para dentro da estrutura de pedra.
– Sorria. Estão todos preocupados. - Edmundo falou e Pedro virou sorriu para os narnianos.
– Não te quero aqui também. - Caspian falou e eu neguei.
– Vocês vão precisar de toda a ajuda que puderem ter!
– Eu não vou conseguir me concentrar com você em perigo aqui!
– Caspian eu vou! Mas você não vai me impedir de lutar! - falei enquanto me virava em direção a entrada de pedra. Senti me puxar pelo braço e passar o outro pela minha cintura.
– Porque tão teimosa? - falou e me beijou. Sem se importar com os outros que estavam a nossa volta.