My Sky Angel escrita por Snowflake


Capítulo 13
Capítulo 12 - Hans


Notas iniciais do capítulo

Olá a todos! Antes de tudo queria pedir desculpas pela demora. As explicações estão nas notas finais! Mais uma vez peço-vos imensas desculpas mas digo-vos que em parte a culpa não é minha. Leiam o tão demorado capítulo agora! Mais uma vez peço-vos desculpa e espero que gostem!



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Esforçava-me ao máximo para enrijecer os músculos das minhas asas. Voar era simples, suave e espectacular. Sentia-me bem. As piruetas, o voo entre árvores, o perigo dava-me uma adrenalina viciante. Pousei numa árvore e observei os outros. Jack e Kristoff cruzavam os ares mas de maneiras singularmente diferentes. Pensei que talvez cada um tivesse a sua maneira de voar. Como uma impressão digital, única. Tentei observar Merida mas não a avistei. Espera. Um borrão de cabelos vermelhos volumosos sobressaiu no verdejante das árvores. Consegui vê-la a dar uma pequena pirueta e a disparar uma flecha. Típico de Merida. Hiccup observava as suas asas e dava pequenos voos. Talvez estivesse a testar como estavam já que quando se desloca uma asa, a recuperação não deve ser muito fácil. Prefiro não experimentar.

Vejo Elsa, sim, acho que se chama Elsa, a sair da caverna e a andar apressadamente para algum lugar. Parecia que queria fugir, esconder-se. Retraio o impulso de a seguir. Tento avistá-la enquanto posso mas os seus cabelos loiros prateados desaparecem da minha vista. Ainda me estico um pouco. Porquê tanto interesse, Hans? Pergunto a mim mesmo e decido deixar-me estar quieto. Calíope não me acompanhara. Não gostava muito de voar. Não me surpreende. Gatos gostam de alturas mas acho que também apreciam uns bons pés assentes no chão.

Gostava de observar. Ver os comportamentos das pessoas. Aqueles três intrigavam-me. Jack parecia um daqueles tipos garanhões e confiantes de si mesmo. Ainda não estava confiante com ele. Hiccup, um rapaz magrelo, preferia não dar muito nas vistas. Mas não reclamava quando era elogiado. Via-se o brilho nos olhos ao ser reconhecido. Uma altura Merida elogiara o seu hiddick e podia-se ver, a milhas de distância, o orgulho que expelia. O verdadeiro mistério estava na rapariga. Preferia manter-se na sombra e notava-se só no olhar que havia perspicácia e curiosidade. Não tenho a certeza mas acho que lhe vira uma centelha de ganância. Mas o que mais me intrigava era ter a certeza que ela escondia alguma coisa.

Vejo Anna e Punzie com uma régua de costureira na mão. Percebi logo o que queriam. Coitados dos pobres miúdos. Só ficaram contentes depois de apontarem todas as medidas de Jack e Hiccup. Estes mostraram-se receosos mas foram calorosos em recebê-la e não reclamaram. Sorri mas o sorriso não me chegara aos olhos. Tinha medo que magoassem a minha pequena Anna, embora não muito pequena. O meu instinto dizia que eu poderia confiar neles mas eu tinha um pé atrás no que tocava a confiança. Eu sabia qual era o estilo de Jack e não queria que Anna fosse mais um dos seus casos de verão. Eu conhecia muito bem aquele tipo pois embora não confiasse muito em ninguém eu era desse género: as raparigas caíam aos meus pés e pode-se dizer, embora não seja do tipo que se expusesse, que eu já tivera desses casos de verão.

O dia estava a anoitecer e Anna andava à procura de Elsa para as medidas. Decidi encostar-me na árvore, fechar os olhos e relaxar.

– Elsa! Cá estás tu! – ouço Anna falar e abro um olho para observar embora não fizesse ideia o porquê da minha curiosidade.

Eu queria saber onde ela fora. Queria mas eu não queria querer. Queria ser indiferente a ela. Ela até era bonitinha, assim como Rapunzel, que eu notei que houve uma altura que ela me olhava com olhares enamorados. Mas ambas pareciam do género que não lhes chegava só um caso de verão. Parecia mais do género de esperar pelo príncipe encantado. Assim como a maior parte das raparigas, embora antes muitas só quisessem viver a vida com relacionamentos à base de sexo.

– Tem mesmo que ser? – Elsa perguntou com uma voz suave e, era impressão minha, ou ela parecia ligeiramente alarmada?

– Deixa a rapariga, Elsie! – Elsie? Elsa olhou um Hiccup divertido, furiosa e ao mesmo tempo corada de vergonha. Visão cómica.

– Como queiras, Soluço – uau, a rapariga era mesmo vingativa. Voltei a encostar-me na árvore a aspirar o ar fresco que ali passava.

Quando abri os olhos reparei num vulto escondido entre as árvores a vigiar-nos. Abri as asas e voei o mais rápido possível. Estava longe e assim que me notou desapareceu sem deixar rasto.

– Filho da mãe! – sussurrei.

– Hans? – vejo Merida a aproximar-se num voo suave – está tudo bem?

Nego com a cabeça e aproximo-me dela. Ambos pousamos o solo e eu olhei para ela ameaçador.

– Diz-me que não sabias de nada – sinto súplica na minha voz. Súplica e frustração.

– Sobre o quê? – ela pergunta obviamente confusa.

Levanto a cabeça para o céu e tento pôr um ar pensativo.

– Por que será – falei com puro fingimento – que hoje de manhã eu ouvi as palavras “turnos de vigia”?

– Não sei! – Já a conhecia há bastante tempo para notar que ela estava a mentir. Aquele olhar podia não significar nada a outros mas eu sabia quando ela mentia.

– Tu sabias, não sabias? – ela olha para mim com uma expressão de “O quê?” – Que alguém andava a vigiar-nos?

– A vigiar-nos? – ela olha incrédula e estreita o olhar – Como é que tu sabias disto?

– Acabei de ver alguém. Agora o que é que sabias acerca disto?

– Anna voltou a ouvir um ruído como no dia em que conhecemos aqueles Lufhins. – explicou.

– Porque é que não me contaste? – voltei a perguntar e fui mais rude de que o que queria mas eu estava frustrado.

– Elsa pediu-me para não contar. – ela murmurou olhando para os pés.

– Agora segues os pedidos delas? – ergui as sobrancelhas.

– Ela não queria preocupar-vos e eu concordei. Não tem nada a ver com pedidos. Achei que era a decisão mais sensata! – ela estava praticamente a gritar, furiosa.

– Sensata? – ri incrédulo.

– Podia não ser nada – ela justificou-se.

– Mas foi, Merida! – ambos nos enfrentávamos, olhos nos olhos.

– E achas que eu sabia? – ela gesticula para si.

– E decidiste avisar? – eu respondo com uma pergunta.

– Porra Hans. Também não cometes erros na vida? – vi os olhos a brilharem. Estava a conter lágrimas e isso apertou-me o peito. Mas eu não iria desistir.

– Não quando se trata de proteger os outros. – resmunguei bastante alto e apontei para onde os outros estavam.

Isso foi o final da discussão. Ela olha para mim, lágrimas a escorrerem-lhe pela face. Apetecia-me abraçá-la e dizer que não fora culpa dela mas o meu orgulho prendeu-me no chão.

– Ouvi gritos. Que se passa? – Anna parece hesitante logo que olha para nós. Mas antes que pudesse dizer mais alguma coisa Merida vira costas e voa para fora do alcance do meu olhar. Eu caio de joelhos.

– Que é que tu fizeste, Hans?

Ela parecia bastante zangada e tinha razão. Sempre brigamos mas nunca tinha chegado a este ponto. Olho para Anna, o meu olhar espelhara-me. Estava destroçado.

– Brigámos porque eu vi alguém e ela escondeu que tu já tinhas ouvido algo. – confessei.

Ela olha para mim, incrédula.

– Ela não tem culpa. Nós, eu, Merida e Elsa, temos culpa por não vos termos avisado. Se não fosse ela eu não teria dito a ninguém. Nem mesmo a elas.

– Mas Merida tinha a obrigação de me dizer. Tu tinhas o dever de dizer – levanto-me e viro-me de costas para ela e passo a mão pelo cabelo, despenteando-o. Não queria brigar outra vez. Logo com a minha outra irmã.

– Mas não disse. Quem nos estava a vigiar não nos fez nada. Estás a exagerar.

Olhei para ela. Era verdade, estava a exagerar. Mas não havia forma de não exagerar quando se tratava da sua protecção. Tomei uma posição decidida.

– Vou procurá-la! – disse mas uma mão agarrou-me o braço.

– Ela ainda não está em posição de falar contigo. Eu vou. – falou decidida.

– Mas e as tuas asas? – perguntei.

– As minhas asas são o menor dos meus problemas. – reclamou bastante decidida e confiante.

– Então leva alguém – não acreditava que estava a deixá-la ir. Quando ela abriu a boca para falar acrescentei – Não digas Rapunzel.

– Kristoff, então – suspirou um pouco emburrada mas eu queria alguém que a pudesse defender e Punzie não era a melhor para o cargo.

Vi-os desaparecer a correr. Era bom saber que Anna só iria abrir as asas quando estivesse mais afastada para não dar nas vistas. Agora tinha outra preocupação.


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Notas finais do capítulo

É assim, eu escrevi o capítulo mas como sempre eu não o ponho logo pois começo a escrevê-lo logo poste o capítulo anterior. Continuando, quando eu estava a pensar postá-lo o computador puf! começou a dar só quando queria. Foi com sorte que consegui passar o Word para uma pen. Mandei-o compor mas era para o receber no domingo mas só recebi-lo hoje! Esperam que percebam, a sério mais uma vez peço desculpas!
Quanto a comentários fui respondendo através do tablet do meu pai para também não vos deixar tão pendurados, por assim dizer! Às ordenações, vamos falar assim, ouvi as vossas e fiz uma minha própria fazendo uma espécie de votação. Acho melhor não dizer para a história não ficar muito previsível, pelo menos nessa parte! Agradeço os vossos comentários pois são os vossos comentários que me dão força para continuar!
~-...-~
Terras Dufins - Rei Lufhins - Asas Azuis
Terras Weerfins - Rei Adnis - Asas Amarelas
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❄Abraços,
Snowflake❄



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