A garota misteriosa escrita por Universo Tsu


Capítulo 2
Ela parece comigo


Notas iniciais do capítulo

gente desculpa qualquer erro não tive tempo de revisar por inteiro >u< espero que gostem



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– Olá, é você a garota dos conselhos? – Ouvi uma voz do meu lado. – Estou precisando de um conselho.
– Aí! –Disse batendo a cabeça na porta, depois do susto que levei.
– Você está bem? –O garoto moreno com olhos castanhos disse me estendendo a mão.
Ótimo já estava toda envergonhada por ter uma pessoa ali, e ainda por cima tinha que ser um garoto? Sem contar que eu estava toda vermelha depois de bater a cabeça e olha-lo na minha frente, estendendo a mão para mim. - Obrigada. –Agradeci pegando em sua mão. –Eu não ia dar conselhos até o intervalo mas não tem problema.
Continuei sentada enquanto ele ia em direção ao sofá branco e sentava, logo depois me olhou com uma cara de “Você vai ficar aí mesmo?” me levantei e fui em direção a mesa em frente à janela, puxei a cadeira de rodinhas e me sentei. - Bom... Fale. –Disse dando um sorriso. –Fique à vontade. –continuei.
– Ok. Bem... eu queria um conselho sobre... minha irmã... Ela se trancou no quarto e... só sai para comer e ir ao banheiro...Ela não... Não fala... comigo desde que nossa mãe foi internada... Meu pai está fora em uma viagem de negócios, e eu... não sei o que fazer...–Ele disse com uma cara de cachorrinho que caiu da mudança.
– Eu não consigo imaginar a situação…. –Disse com uma cara pensativa, afinal eu realmente estava pensando muito. Ele estava hesitando bastante, então não estava inventando história. Nunca havia passado por uma situação parecida e ninguém que eu conhecesse também, Não sabia o que responder.
– Vou te ajudar então... Imagine que isto está acontecendo com você. Sua mãe está doente, seu pai no exterior o que você diria para consolar sua irmã deprimida? –Ele disse como se fosse algo simples e fácil de se lidar.
– Não consigo imaginar algo impossível de acontecer comigo. –Disse ainda pensando, como eu iria imaginar se mal lembrava do rosto de meus pais?
– Como não? –Ele disse descrente.
– É algo que nunca irá acontecer, e eu tenho certeza disso.
– Como pode ter tanta certeza?
– Eu tenho e o motivo não lhe interessa.
– Seus pais podem ficar doente a qualquer momento sabia? –Ele disse ignorando totalmente o que eu havia falado.
– Não podem não. –Respondi erguendo o tom de voz.
– Por que não? Eles são imortais? –Ele disse elevando mais ainda a voz.
– Não eles não são. –Disse abaixando muito o tom de voz.
– Então não é algo impossível.
– É sim! Afinal eles estão mortos! –Gritei ao mesmo tempo que levantava furiosa da cadeira. Dois segundos e voltei ao meu estado normal e rapidamente me abaixei e entrei embaixo da mesa. Estava muito vermelha e quase chorando por ter me lembrado de algo que só queria lembrar no dia em que se completassem 6 anos do acontecimento.
– Oh...desculpa eu não sabia. –Ele disse indo em direção a mesa e abaixando. Ele ficou ali me encarando ficar sentada com o rosto no meu joelho por alguns minutos; até que ele me puxou e me deu um abraço repentino, que me assustou um pouco, até que não aguentei mais segurar as lágrimas e chorei um pouco em seu ombro, ficamos abaixados em baixo da mesa abraçados por alguns minutos, que pareciam anos para mim. Nos soltamos e ele levantou lentamente e logo depois me ajudou a levantar, e do nada tirou meus óculos e limpou as lágrimas dos meus olhos.
– Seus olhos são muito bonitos. Mas não dá para nota-los quando você usa os óculos. –Ele disse colocando meus óculos de volta no meu rosto.
– Que bom. –Disse arrumando os óculos e meu cabelo que havia ficado todo bagunçado.
– Por quê? –Ele disse com um sorriso descrente.
– Não quero chamar a atenção de ninguém.
– Incrível. –Ele disse com um sorriso.
– Por quê?
– Toda garota que eu conheci queria de alguma maneira chamar a atenção de alguém, nem que esse alguém fosse sua própria a miga.
Corei um pouquinho com essa fala, pois várias vezes tentei chamar a atenção de um certo garoto chamado Léo, meu irmão adotado.
– Há claro, seu conselho...
– Você disse que não sabia o que responder.
– Eu pensei em algo para ajudar sua irmã.
– Me diga então. –Ele disse curioso.
– Vá e fale com ela, através da porta mesmo, irá ajudar bastante. E mesmo que ela não responde, continue a conversar mesmo assim. Com certeza ela não se trancou no quarto só por causa do que me contou, deve ter alguma coisa além disso; mas não a pressione, deixe que ela se abra quando precisar. –Disse com um sorriso.
– Bom, não sei como pensou nisso, mas é um bom conselho. Vou fazer isso. –Ele disse com um sorriso.
Ela é parecida comigo. Fez a mesma coisa que eu quando tinha 10 anos. Queria conhece-la algum dia.
– Posso te perguntar como você reagiu com a morte de seus pais? – Ele me disse sério.
– Bom... Eu me tranquei no meu quarto... por... duas semanas. –Disse abaixando a minha cabeça.
– Por isso sabia o que eu deveria saber. Bom você é nova certo? Está em que sala?
– 26
– Sério? Que ótimo vou poder te ver mais vezes, sem ser nessa sala. –Ele disse sorrindo
Corei por um instante mas assenti com a cabeça. Ele saiu da sala e a fechou. Logo depois eu também saí, não havia mais ninguém no corredor. Me senti aliviada por um instante, mas lembrei que a aula já havia começado, e eu teria que entrar atrasada, e todos ficariam olhando. Sem contar que eu acabaria entrando na sala junto com aquele garoto, que eu nem sabia o nome. E agora?

Continua


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Notas finais do capítulo

Bjs fofos, gostaria de agradecer o comentário da Sasha Campbell >u< e as pessoas que leram também :) bjs