Vancouver's Heroes escrita por reduza


Capítulo 4
JohnLu?




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P.O.V. John


O diretor nos dispensou. Umas pessoas ficaram perambulando pelo colégio, a maioria foi dormir. Todos nós nos sentamos em uma mesa do refeitório e começamos a falar sobre o assunto do momento: Alunos de um colégio inimigo que ném sabíamos da existência furta o poderoso cajado do diretor.


— Que cajado é esse? — perguntou Lucy.


Todos começamos a responder simultaneamente, mas só David continuou:


— Esse cajado abriga todos os poderes existentes. Tipo, enquanto você toca nele domina todos os poderes, e o seu próprio poder fica mais aguçado. É muito poder! Quem mandou roubar ele tá muito forte, quase invencível!


— O diretor falou que ia mandar um grupo de 10 alunos em busca desse cajado. — disse Thomas — será que é um de nós?


— Só o tempo pra ver... — falei.


Logo a campainha de 5:30 tocou. Fui para o meu quarto tomar banho. Como só tinha um banheiro nele, eu e Alex jogamos um rápido pedra papel e tezoura, que eu venci. Entrei no banheiro com uma toalha, tomei banho, saí e vesti regata vermelha e uma bermuda cago preta. O pessoal que estudava de manhã ia para as salas de aula depois do café da manhã, enquanto os outros iam para aulas de educação física ou treinos. Nós dois fomos para o refeitório tomar café da manhã.


— Hoje tem panquecas! — falei — eu amo panquecas!


Me sentei na mesma mesa que Lucy, Wesley e Nicole. Logo chegaram os outros e ficamos falado sobre o que faríamos hoje.


— Hoje eu pretendo aprender a voar em um dragão — disse Thomas.


— Hoje vou tentar aprender a usar o restante de meus poderes — disse Lucy — E artes marciais.


— Eu não tenho planos para hoje — falei, comendo minha panqueca — Lucy, eu posso te ensinar um pouco das minhas técicas de artes marciais.


— Tudo bem — falou ela — quero ver que é bom mesmo.


— Está falando com o mestre do karate.


Ás 7:00 a campainha tocou novamente. Alex e Wesley se levantaram se despedindo e foram para as salas de aula. Depois de mais um tempo conversando, nos levantamos e fomos para o estádio. Fui falar com o treinador de futebol americano.


— Tem jogo hoje?


— Em vinte minutos, vai entrar?


Assenti, e ele me colocou na lista.


— Você vai ficar no time marrom contra o laranja. Proibido usar os poderes, você sabe disso, não é?


— Sim senhor.


— Hum. Vá.


Fui para o vestiário e me arrumei para o jogo, o time laranja vai ver só! Em mais ou menos vinte minutos o treinador veio nos avisar que o jogo já ia começar. Quando entramos no campo, pude ver que tinham mais pessoas nas arquibancadas que o normal. Olhei para a arquibancada da esquerda e pude ver Lucy e Victoria conversando enquanto assistiam ao jogo. Elas acenaram para mim, acenei de volta. Fomos todos para nossas posições, que como não havia time formado nem nada, eram todas escolhidas antes dos jogos começarem. O jogo foi bem amistoso e ninguém trapaceou tentando usar os poderes, que milagre. Vencemos bonito. David, que estava no outro time, veio me dar os parabéns.


— Parabéns cara, você jogou muito bem.


— Você também jogou bem, não ganharam porque o Hugo estava no nosso time.


Ele riu.


— Verdade.


Hugo é o cara mais irado do futebol americano no colégio, ninguém é melhor que ele. Mas não quer dizer que ele não perca uma vez ou outra. Hugo namorou a Nicole ano passado, hoje a chifruda quer que ele morra.


P.O.V Lucy


Eu estava na arquibancada lendo 'A culpa é das estrelas' enquanto esperava o jogo começar. Senti uma pessoa sentar ao meu lado, e e vi que era a Victoria.


— Ah, oi Victoria.


— Quer um pouco? — ela me ofereceu um pouco de batata-frita.


— Não, obrigada — respondi — Pra qual time eu devo torcer? John ou David?


— Vai por mim, o marrom — Ela apontou com o dedo para uma direção — Tá vendo aquele garoto lá? É o Hugo. Ele é fera.


Nós estávamos perto do campo, e mesmo ele usando capacete, eu pude ver que tinha longos cabelos cacheados (longos mesmo, estavam presos em um rabo de cavalo). Seu pescoço estava cheio de tatuagens tribais e ele usava várias pulseiras de reggae.


— Ele já namorou a Nicole, sabia? — ela falou com a boca cheia de batata-frita, quase não entendo — Mas ela pegou ele na cama com outra garota, aquela patricinha, a Tiffany vadia.


— De cara percebi que ela não era uma boa pessoa.


— Ah, olha o John alí.


Nós acenamos para ele, ele acenou de volta, fazendo o sinal 'joinha'.


­— Esse livro é bom? — quando dei conta ela estava com meu livro nas mãos.


— É ótimo — pegeuei meu livro de volta — gosta de ler?


— Na verdade não — ela mudou de posição no banco e cruzou os braços. — É chato pra caralho.


— Não é não, você deveria ler um pouco. Se quiser eu te empresto por um tempo.


— Pode ser.


Terminou que o time marrom venceu mesmo, e todos voltaram ao verstiário para tomar banho. Fui para o estábulo que não ficava muito longe dalí. Eu amo cavalos. Peguei um cavalo árabe tordilho negro (pelagem) e fui cavalgar no campo ao lado. Sério, esse colégio é enorme. O campo era lindo, com árvores, grama alta, pasto e trilhas. Ouvi trotes atrás de mim e olhei pelo ombro para ver que era. John com um trotador francês negro. tá vendo, eu sei tudo de cavalos!


— Cavalgando um pouco, Lucy? — parei meu cavalo e ele me alcançou.


— É, eu me dou muito bem com esses animais. Achei muito legal eles terem um campo para a pessoa cavalgar um pouco nos tempos livres.


— Também amo cavalos, pena que o Rei não está aqui...


— Rei? — perguntei com cara de interrogação.


— É um cavalo branco com crina e cauda de fogo. Foi levado em uma missão, ele é meu cavalo favorito.


Ficamos cavalgando lado a lado conversando sobre cavalos e nossas expreriências com eles. Pecebi que o John é uma pessoa super legal, brincalhona. Ele não perdeu a oportunidade de fazer piadas no caminho, piadas que me fizeram rir muito, me lembra o Sam. Passamos por um lago, que para meu cavalo sedento não passou despercebido, foi logo beber água. Desci do cavado e John fez o mesmo. Ficamos sentados em uma rocha observando o lago debaixo de uma árvore. É de querer ficar lá para sempre. John cortou o silêncio constrangedor.


— Eu sempre venho aqui nas horas vagas, pra pensar.


— Esse colégio é realmente enorme, tem praticamente uma fazenda nos fundos!


John assentiu, olhando em volta. Mais ao nosso lado tinha uma plantação de milho e trigo, pessoas plantando e colhendo.


— Uma fazenda no meio da cidade — ele disse, ainda sem acreditar.


— Não vejo muros no final. São cercas?


— Acho que sim.


O dia ensolarado começou a ficar nublado. Nuvens carregadas de chuva vinham em direção ao colégio.


— Ah, chuva não, velho... — do jeito que ele falava, devia detestar água.


— Eu posso fazer a água não atingir a gente. Que tal?


Ele me olhou com uma cara de "você é um gênio!"


— Cada vez eu gosto mais de você, sabia? — isso me fez sorrir que nem uma boba.


— Eu também — Murmurrei.


— O que?


— Nada não.


Logo a chuva começou a cair e me concentrei em meus poderes para desviar a água que vinha em nossa direção. Os fazendeiros começaram a ficar com raiva pela chuva que os molhava.


— Dá pra fazer isso aqui também, por favor? — Falou um velho barbudo.


— Vou ver se consigo.


Consegui fazer com que uma parte de sua plantação, a que estava sendo colhida, não ser molhada com a chuva. Fiz com que os pingos caíssem nos pés de feijão que estavam em desenvolvimento ainda.


— Muito irado esse seu poder, hein — disse John.


— Também acho.


A iluminação diminuiu, fazendo parecer que estava de noite e bem frio. Que tempestade! John levantou-se e pegou uns gravetos pelo chão. Subiu na rocha novamente e os juntou como uma fogueira, fazendo depois o fogo.


— O seu poder também é irado — falei, me sentando mais perto da fogueira.


John sentou-se ao meu lado, me encarando.


— O-oque foi? — perguntei gaguejando. Esse garoto me intimidava.


— Você é linda.


Dei um riso irônico, e nervoso também.


— Como?!


Ele pareceu voltar a sanidade

.
— Er... Bem, eu... Vou pegar mais gravetos.


Ele se levantou e eu fiquei pensando no que ele acabou de me falar. "Você é linda" só quem disse isso até hoje para mim foram meu pai e minha mãe, sério. De repente ouço meu celular tocar, que por sinal já tocou bastante enquanto eu estava viajando em meus pensamentos. Era o Sam.


— Oi, Sam! — Atendi, tentando parecer animada por ele ter me ligado.


— E aí, Lucy, como vão as coisas?


— Bem, tá uma tempestade aqui... Tava cavalgando no enorme sítio do colégio.


— Ual, esse internato tem cavalos?! Que maneiro! Você deve tá amando, queria estar aí com você.


— Oowwnn... Eu também.


—Fez amigos?


— Vários, bem mais que aí, em só 2 dias, hein.


— Nossa, aí deve ser muito bom mesmo.


— Você não tem ideia do quanto — dei uma olhada no John, que já estava voltando — Tenho que desligar, desculpa. Peraí, você não devia estar na aula agora?


— Bem, é que... Tá, eu tô matando aula sim. Tchau, te ligo de noite.


— De noite eu vou estar na aula.


— Te ligo amanhã então. Beijos.


— Até.


Desliguei o celular a tempo do John chegar. Ele colocou os gravetos na fogueira.


— Namorado?


— Não, eu... Sou solteira

.
— Hum... — pude jurar que ele deu um sorrizinho.


— Eu acho que essa chuva não vai acabar nem tão cedo — falei, louca para mudar de assunto — Acho melhor voltarmos.


— Também. A gente volta galopando, chega rápido.
Ele apagou o fogo e montamos em nossos cavalos.


P.O.V. Alex


A aula de inglês tava muito chata. Fiquei desenhando dragões a aula toda, até que uma garota que senta atrás de mim me cutucou. Me virei para trás.


— Você me empresta uma caneta, por favor?


— Claro — peguei uma caneta preta — Toma.


Ela parece ser asiática, com cabelos castanhos cacheados. Seus olhos eram um castanho igual ao do cabelo.


— Qual é seu nome? — perguntei.


— Patrícia, mas pode me chamar de Paty.


— E aí, Paty. Eu nunca te vi por aqui.


— Sou novata, cheguei ontem à tarde.


— Seja bem vinda. Vem almoçar comigo e meus amigos hoje, se não tiver outro compromisso na hora, claro.


— Será um prazer — ela sorriu e sorri de volta.


Quando a aula acabou, fomos para o refeitório. Avistei Thomas, Victoria e Wesley em uma mesa, fui logo em direção deles. Nicole chegou e eu os apresentei a Paty. Ficamos onversando até Lucy e John chegarem todos encharcados.


— Mas o q...


— Estávamos cavalgando — disse Lucy — e acontece que eu não consegui desviar a água de nós o caminho todo.
— Dane-se — falou John — Vou almoçar.


Quando todos estávamos sentados na mesa começamos a conversar. No final do almoço, o diretor apareceu no refeitório e veio em nossa direção.


— Alex Lopez! Você vai liderar sua primeira missão e trará meu cajado de volta — ordenou o diretor Davis — Escolha 9 integrantes para lhe acompanhar.


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