Milites Chaos - Scorose escrita por Filha de Hermes


Capítulo 3
Capítulo 3 - Discussão




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/505658/chapter/3

POV Hugo.

Era a minha irmã, mas ao mesmo tempo não era, Rose antes de ir embora era magra, sem músculos, tinha os cabelos no meio das costas e vivia maquiada e com esmalte, mas nunca sem deixar o visual de nerd certinha que seguia todas as regras.

A Rose que estava na minha frente tinha os cabelos um pouco abaixo do ombro com o lado direito da cabeça acima da orelha raspado e eu podia ver os pontos, estava se parecendo com algumas adolescentes que vi na rua. Usava camisa e calça camufladas na cor verde com um coturno preto, pude perceber que ela tinha músculos o suficiente para ninguém não dizer que ela não praticava exercícios, tinha a postura completamente ereta com ombros e pernas alinhadas, sem demonstrar desconforto mesmo estando machucada, trazia em suas mãos uma sacola com as iniciais M.C. gravadas em branco.

Reconheci rapidamente o filho de Victor Krum, Andreas por ser uma cópia do pai ao seu lado tinha um cara loiro de olhos azuis, usavam as mesmas roupas que minha irmã, tinham um corte de cabelo mais baixo e traziam mais duas sacolas com as mesmas letras. Pude perceber que os dois eram bem maiores que qualquer um na minha família e poderiam facilmente me quebrar em dois, tinham a mesma postura de Rose e pareciam me avaliar.

_ ROSE!!! – gritou vovó que havia acabado de chegar junto dos outros que estavam petrificados olhando pra minha irmã – Que saudades de você minha neta e esta tão magrinha, não lhe dão o que comer naquela base... – disse a abraçando junto da minha mãe.

_ Você não sabe o quão preocupada eu fiquei quando recebi a noticia... – disse mamãe.

_ Eu também estava morrendo de saudades de vocês de todos alias, e lamento não ter mandado noticias, mas será que vocês não poderiam afrouxar um pouco o abraço. – disse rindo levemente e rapidamente foi solta e cumprimentada por toda a família com apertos de mão.

_ ME PERDOA! EU ERREI! ME DESCULPA ROSE!EU NÃO SEI ONDE ESTAVA COM A CABEÇA QUANDO DISSE AQUILO. – meu pai gritou se ajoelhando aos seus pés e chorando muito de deixando todos chocados, afinal Ronald Weasley nunca chora.

POV Rose.

Eu juro. Juro que tentei me controlar, mas quando percebi já estava agarrando meu pai pelo colarinho da camisa e Cian e Andreas tentavam me fazer solta-lo sem que estourassem seus próprios pontos.

Todos sem exceção pareciam não saber o motivo de ele chegar gritando e o porquê deu estar fazendo isso.

_ Sim você errou papai – comecei a falar com a voz pingando sarcasmo – mas a sua cabeça estava a onde ela ainda continua em cima do seu pescoço, eu confiava em você, te considerava meu herói, mas quando eu precisava d seu apoio, o que você vez. EXPULSOU-ME DE CASA COM A ROUPA DO CORPO. Foi Cian quem me achou chorando em uma praça naquele mesmo dia e se lembrou de que eu era amiga de Andreas e me levou para casa dos Krum. E espero que o senhor papai se lembre de Victor Krum, pois foi ele quem me ofereceu abrigo. – a cada palavra que eu dizia vinha em minha cabeça uma memoria daquele dia, eu soltei Ronald quase que o empurrando e o mesmo foi segurado pelo meu irmão, na hora senti uma dor no ombro esquerdo e provavelmente estourei os pontos, pois estava doendo muito.

_ MERDA ROSE – gritou Cian do meu lado esquerdo- você estourou os pontos de novo.

_ Então vamos a um médico – disse tio George.

_ Não precisa só nos ajudem a chegar lá dentro que nos damos um jeito. – disse Andreas.

Mesmo falando que deviam me levar a um médico todos voltaram para dentro de casa meu pai assim que entrou pegou um copo com alguma bebida e subiu provavelmente para o seu antigo quarto.

Assim que cheguei à sala sentei em um dos sofás tirando minha camisa que estava suja de sangue, ficando de regata, deixando a mostra pontos rompidos e algumas tatuagens que eu tinha agora. Todos olhavam par minhas tatuagem como se elas fossem uma miragem, mas logo me olharam com interrogação quando viram as duas plaquinhas como as do meu colar que estavam tatuadas no meu pulso direito e dentro delas estavam escritas Milites Chaos, que é o nome da minha divisão e significa Guerreiros do Caos em latim, e eles logo associaram as palavras com as iniciais nas nossas malas. Andreas estava procurando em sua mala o kit de primeiros socorros.

_ Pode me dizer como vocês pretendem fazer o sangue parar? – perguntou vovó Molly chegando mais perto de mim e olhando mais de perto a ferida.

_ Simples vovó iremos suturar novamente.

_ Suturar? – perguntou meu primo Fred II.

_ É mesmo que costurar. – respondeu Cian- E antes que eu me esqueça de me apresentar novamente, sou Cian Mac Ciannoth.

_ Andreas Krum.

_ Então vocês pretendem costurar minha neta novamente? – perguntou vovô que assim como todos os outros pareciam esperar pela resposta negativa.

_ A intenção é exatamente essa vovô, e, por favor, não se preocupem aprendemos a costurar nas aulas de primeiros socorros durante o treinamento.

Minha resposta pareceu não acalmar ninguém, pedi para vovó para usarmos um dos quartos e ela nos levou para um que havia perto da sala, que tinha apenas uma beliche e uma cama de solteiro e uma porta que levava ao banheiro, ela saiu do quarto falando que se precisássemos de ajuda era só falar, assim que ela saiu Cian começou a tirar a roupa ficando só de cueca e indo para o banheiro tomar um banho e trocar o curativo. Andreas se sentou ao meu lado e começou a limpar o ferimento e depois a costura-lo, assim que terminou Cian saiu do banheiro já vestido com uma calça camuflada e uma camisa preta. Levantei-me já falando que seria a próxima a ir tomar banho, pedi ajuda a Cian para me ajudar a tirar minha calça para que eu não estourasse os pontos da perna também. Não me levem a mal, mas nos somos como irmãos e também perdemos um pouco desses pudores depois de começarmos a servir.

Depois de nos arrumarmos fomos para cozinha todos menos meus pais não estavam lá, minha família falou que eles havia ido embora, pois minha mãe queria falar com ele, na mesa estavam três pratos lotados de comida que nós três atacamos sem cerimônia afinal a comida de hospital (e do exército) é horrível.

_ Rose por que você foi embora? – perguntou tio Gui enquanto comíamos, estavam todos na cozinha.

_ Porque eu cometi um erro e tive que arcar com a suas consequências.

_ Que erro – questionou Roxanne, eu somente neguei com a cabeça.

_ Rose como é servir no exército? – perguntou Alvo recebendo um olhar repreendedor de todos fazendo eu, Andreas e Cian rirem.

_ É bem divertido... – comecei rindo.

_... É como se fosse um parque de diversões antigo... - continuou Cian já gargalhando imaginando a reação de todos.

_... Tem fios e canos por todos os lados... – disse Andreas.

__... A comida é esquisita... – disse.

_... Agente pode fazer o que quiser e tem sempre diversão, mulheres, dança e bebidas... - falou Cian.

_... E o melhor de tudo... – falou Andreas fazendo suspense.

_... Banho uma vez por semana. – falamos os três juntos gargalhando da cara de todos que varia de nojo a choque.

_ Mas agora é serio Alvo, a gente treina muito não só o físico, mas também o mental, nós aprendemos a agir sob pressão, o equipamento que a gente carrega é muito pesado por isso vivemos praticando exercícios, você tem horário pra tudo, acorda cedo e tem de fazer ronda nos seus dias, se você esquecer a parte da diversão, onde a gente fica quando estamos em outros países é bem parecido. – encarei meu primo que diferente do que todos pensavam desde pequeno sonhou em ser militar e agora tinha os olhos pensativos.

_ Mas é serio mesmo a parte o banho – questionou Dominique com cara de nojo.

_ Tinha semana que a gente tomava dois. – disse Cian dando de ombros me fazendo rir e deixando a todas as mulheres com cara de nojo, pude ver Andreas e Cian estenderem os pratos para minha avó que rapidamente atendeu ao pedido mudo enchendo-os novamente com comida.

_ Então você se alistou para comer uma comida ruim e tomar um banho por semana? – me questionou Lilly.

_ Me alistei porque era boa de mira e como quase não consegui me formar e precisava de um emprego eu acabei me alistando. – falei dando de ombros.

_ Então você já matou alguém? – perguntou James recebendo olhares de repreensão de todos.

_ É claro que eles já mataram James, ou você esqueceu que eles recebem para matar, matar e matar, e ainda tem a cara de pau de aparecerem aqui se fazendo de santinhos. – disse Roxanne que desde pequena teve inveja de mim, pude ver em seu olhar que ela estava feliz por eu ter admitido não ter conseguido entrar para faculdade, ela estava se formando em arquitetura e eu sabia falar 4 idiomas a mais que ela e sabia manusear um arma, quem ganho?

_ Na verdade Roxy agente só faz os furos quem decide se vai ser fatal ou não é Deus. – falei com a voz fria deixando todos chocados com minha resposta – Boa noite a todos, mas irei subir porque estou cansada da viajem.

Enquanto subia as escadas pude ouvir meus tios brigando com Roxy, cheguei ao quarto tirei meus sapatos, me joguei na cama e apaguei.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Por favor comentem preciso saber a opinião de vocês.

Bjs.

Duda.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Milites Chaos - Scorose" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.