Contágio escrita por MrArt


Capítulo 67
Estação 4 - Capítulo 67 - Nós Sempre Teremos Esperança


Notas iniciais do capítulo

Heeey, mais um capítulo fresquinho!!

Boa leitura!



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— Prefeitura de Las Vegas –

 

Selena, Jenny e Irina conseguiram sair daquele cenário pútrido em que estavam e rapidamente estavam nas ruas de Las Vegas, no entanto o perigo era ainda maior na superfície, ainda mais que zumbis estavam sendo atraídos para a cidade devido as bombas que foram utilizadas entre Vasili e Ford, e os mesmos, que estavam se confrontando, mas agora Ford estava num risco maior e todo o seu comboio havia se dispersado.

— Nós podemos entrar ali – Jenny disse para Selena e Irina, as duas estavam atrás de um carro abandonado no meio da rua, ela segurava uma barra de ferro que havia encontrado no meio da rua. Estavam de frente para a prefeitura da cidade – Parece que as portas estão trancadas, então teremos que quebrá-las.

— Espera... – Irina retirou do seu casaco um molho de chaves – Antes do Vasili limpar a cidade, pegamos as chaves de vários lugares importantes da cidade... inclusive as da prefeitura – A loira russa falou.

— Ótimo, vamos para lá antes que um deles no veja – Selena falou se levantando de trás do carro – Nos de a chave e pode voltar para o seu grupo, você não é mais útil para nós – A moça falou e Irina recuou de perto delas.

— Ei, não é assim que funciona, o Vasili tem duas visões quando uma pessoa desaparece da ‘’família’’, ou ela foi sequestrada ou ela fugiu por conta própria e claramente não quero ficar numa sala de interrogatório junto com ele – Irina se lembrou que a última vez que viu Vasili antes de ser sequestrada, foi repreendida pelo homem.

— Então quer dizer que você vai seguir o caminho com as duas pessoas que te sequestraram? – Jenny perguntou confusa e Irina afirmou com a cabeça, ela viu um zumbi de terno vindo em direção a elas – Vamos para lá quanto antes, estamos no meio da noite e não tem luz aqui para auxiliar a gente, então, abre aquela porta enquanto te damos cobertura.

— O que vocês irão fazer depois? Eu garanto que posso ser útil... mesmo depois de ter xingado vocês – Irina se lembrou dos acontecimentos de minutos atrás abaixo da terra – Eu sei que o grupo de vocês está correndo perigo! – Selena e Jenny viraram para trás e encararam Irina – Vasili está atrás deles depois de um deles matarem a Rhonda. Naquela hora que eu fui atrás do Gav, quer dizer, o cara que vocês mataram, Vasili estava atrás de vocês para mata-las... – A loira russa lembrava das ameaças de Vasili – Por favor, não me façam voltar lá – Jenny e Selena se olharam e viram que não podiam deixar Irina voltar, pelo menos não agora.

 

— Flashback –

 

Dia do contágio. Irina havia acabado de sair da boate administrada por Vasili, ela trabalhava na contabilidade do local enquanto nos andares de cima o líder da máfia russa fazia acertos de contas com os civis de Las Vegas. De vez em outra, Irina ouvia alguns gritos de algumas pessoas que apareciam ali e nunca mais saiam.

A russa estava indo para a prefeitura fazer um registro de seu passaporte, já que estava tendo problemas com ele e poderia ser deportada a qualquer momento para a Rússia e ela não poderia voltar para lá já que sua vida estava bem estabilizada onde se encontrava.

— Você sabe que seu passaporte tem um erro, terá que voltar para a Rússia para refazê-lo – Uma moça que trabalhava no departamento de estrangeiros. Irina na hora fez uma cara feia para a moça – Eu não posso fazer nada, são regulamentos e você sabe que os seguir se quiser se tornar cidadã americana.

— Mas... eu já tenho tanta coisa aqui, não posso voltar para lá assim – Irina falou um pouco chateada em ter que voltar para a Rússia. A moça a sua frente apenas deu os ombros – Quando eu tenho que voltar.

— A embaixada vai marcar voo para a Rússia o mais rápido possível, não pense em sair da cidade, ou tudo que é seu será confiscado e apreendido até segunda ordem, então é melhor seguir todo o regulamento – A mulher disse assinando um documento para Irina de deportação.

— Tudo bem – Irina disse pegando com um tanto de raiva o documento das mãos da funcionária, ela saiu da prefeitura em passos largos e direto para um caixa eletrônico que ficava instalado em alguns prédios da cidade. Acessou sua conta que ficava no nome de Gav e retirou alguns dólares de lá.

Irina – que antes havia os seus cabelos coloridos de rosa -, guardou o seu dinheiro na bolsa e pegou seu celular, mandou uma rápida mensagem para Vasili dizendo que iria para o cassino-hotel onde dormia para embalar suas coisas enquanto anoitecia. Ela explicou para o líder da máfia que estava sendo deportada, mas ele não estava aceitando aquela ideia.

— Esse cara só pode estar de brincadeira comigo! – Irina gritou irritada jogando seu telefone na cama do quarto. Ela não sabia mais o que fazer. Se resistisse a advertência do governo seria expulsa do país e se voltasse para a Rússia, sua dívida iria ser cobrada sem piedade alguma da máfia que havia lá.

A antiga máfia de Vasili havia sido formada na Rússia, mas houve uma enorme divisão de valores e ela acabou sendo dividida e por isso todos com ficaram do lado de Vasili, incluindo Irina ficaram vulneráveis e se separaram por diversas parte do país, até Vasili levou todos para Las Vegas para recomeçarem os seus negócios.

E se algum deles voltasse, certamente seria morto por ser considerado aliado de Vasili.

— Eu não posso voltar para lá... precisa acontecer algum milagre na minha vida – Irina colocou as mãos na cabeça e fechou os olhos, tentando se acalmar, mas segundos depois ela ouviu um forte estrondo vindo lado de fora do hotel, ela quase caiu no chão mas conseguiu se segurar na parede. Irina olhou para o quarto e viu todos os seus objetos e sua mala no chão, como se um furacão havia marcado presença ali – Isso não é algo que se vê todo dia – Irina parou na sacada de seu quarto, vendo um enorme prédio ao fundo do distrito em chamas, ele parecia ter sido atingido por uma bomba, ela olhou para baixo e viu na avenida pessoas correndo na direção oposta da explosão, enquanto uma fileira de ônibus escolares passava pela rua numa velocidade estrondosa – Parece que minhas preces foram ouvidas...

Irina pegou sua bolsa, o casaco e o celular em cima da cama, ela abriu a porta do seu quarto e viu diversas pessoas correndo pelo corredor do hotel, era possível ouvir uma grande gritaria nos andares inferiores. Ela rapidamente mandou uma mensagem para Vasili dizendo que estaria retornando a boate o mais rápido para a boate, mas ela mal sabia que o seu ‘’milagre’’ iria devastar toda a cidade.

 

— Arredores de Las Vegas –

 

— O que você fez?! – Ford cuspiu suas palavras enquanto estava sendo amarrado por Mischa e Nicolai. Vasili estava à frente do homem – Você deveria estar morto seu psicopata, nem mesmo num apocalipse você consegue morrer, seu lixo!

— Você se esqueceu que está na minha frente, e tem duas armas apontadas para a sua cabeça e o corpo do seu amigo está vazando sangue sem parar e ele sujou meu sapato – O líder da máfia cruzou os braços e encarou Ford, que não tinha medo algum ali do homem – Parece que as coisas não mudaram, mesmo com todos esses zumbis no meio da rua você é a mesma pessoa.

— Eu ajudei pessoas durante esse tempo todo, eu fui bom, ao contrário de você – Ford disse rangendo os dentes. Ele e Vasili tinham um passado nada amigável em Las Vegas antes de todo esse inferno começar – Maldita hora que eu vim voltar para essa cidade...

— Eu lhe dei toda a oportunidade para não entrar daqui – Vasili falou se lembrando de quando Kled foi morto – Sequestrei duas pessoas do seu grupo e ainda sim vocês ficaram e mataram gente do meu grupo, inclusive elas..., mas a melhor parte é que você quem comanda o grupo – O russo sorriu falsamente – Finalmente eu vou ter sua cabeça pendurada entrada do meu cassino...

— Vai em frente, pode matar, com certeza você também estará debaixo da cova em algumas horas – Ford falou dessa vez sorrindo falsamente, sem se importar com o Félix morto ao seu lado – Deve ter alguma pessoa armada por aqui e você não está vendo – Vasili estava prestes a explodir só com a presença de Ford vivo ali, mas ele não poderia correr o risco de levar um tiro ali se matasse Ford – Coloquem ele no furgão e o levem de volta para o Cassino, se encontrarem alguém grupo dele, atire.

— Tudo bem – Nicolai falou colocando sua arma nas costas, no momento em que foi tocar em Ford, o rapaz caiu no chão quando uma bala atravessou seu pescoço – AAARGH! – Nicolai suspirou pesado e logo após disso ele morreu.

— DROGA! ANDE LOGO COM ISSO MISCHA! – Vasili correu para dentro do furgão enquanto tentavam disparar contra ele, mas todos os tiros não o acertaram. Ford deu um sorriso de esperança ao saber que seu comboio estava agindo para salvá-lo, mas eles teriam trabalho, uma vez que Ford foi jogado por Mischa dentro do furgão ele rapidamente zarpou dali.

Enquanto isso, Kei, Robert, Polly, Akio, Nitori e Tobbie, as outras cinco pessoas que haviam ficado com eles foram dispensadas por Kei e eles foram atrás de Renata assim que perceberam que poderiam nunca mais encontrar o comboio se ficassem ali.

— Droga! Pegaram o Félix! – Tobbie gritou entristecido ao ver o amigo morto no chão.

— Mas pelo menos matamos um deles, bom tiro, Robert – Kei disse ao ver Nicolai se levantar reanimado como zumbi.

— Deixa que eu cuido dele – Akio puxou sua adaga do cinto de couro e rapidamente aniquilou Nicolai – E agora? Levaram o Ford sem mais nem menos e o coitado do Félix não está mais vivo. Essa merda está ficando pior cada hora que passa – O loiro oriental observou o corpo de Félix sem vida.

— Eu odeio essa cidade a cada minuto que passo nela – Polly falou ao lado de Robert – Quando eu achei que iriamos ter sossego nesse comboio, mas eu tenho fugido mais de zumbis desde que aquela onda destruiu o Palácio Oeste – Eu acho que o espírito da K-Rencita nos amaldiçoou e por isso estamos vivendo assim.

— Já somos amaldiçoados bem antes de nos esbarrar com a K-Rencita – Robert falou – Enfim, nós podemos sair daqui agora que temos uma oportunidade, ou nós vamos nos arriscar e perder mais uma pessoa do grupo.

— Não vão nem tentar ir atrás do resto do pessoal do comboio? Eles também eram parte do comboio – Nitori disse um pouco entristecida por só sobrar Tobbie da formação original do comboio.

— Ir atrás deles e encontrar a Renata e a Bel? Acho melhor não, eles já devem estar do outro lado da cidade e provavelmente já devem ter matado alguém – Kei falou com os braços cruzados depois de se lembrar da desintegração do grupo.

— Eles podem ter até matado alguém, mas nós vamos morrer se continuarmos nesse mercado amaldiçoado – Robert falou vendo uma pequena multidão de zumbis que estavam no último andar do prédio começarem e ir até eles, parecia que estavam aumentando cada vez que os visse – Vamos sair desse lugar por favor...


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