Contágio escrita por MrArt


Capítulo 113
Estação 6 - Capítulo 113 - Se/Então #1


Notas iniciais do capítulo

Heeeeeey leitores! Neste capítulo traremos um universo alternativo para a fanfic! Será dividido em dois capítulos e não fará parte da linha do tempo da história! Espero que curtam!

Boa leitura!



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Narrado por Robert

 

Acordei extremamente disposto. Meu corpo estava bem leve e eu me sentia aconchegante naquele colchão. Alguns raios de sol atravessavam a cortina e invadiam o meu quarto e me causavam um pequeno incomodo. Me espreguicei na cama e infelizmente tive que levantar para iniciar o meu dia, por que se pudesse, ficaria deitado o dia inteiro sem o maior problema.

Me arrastei para fora do meu quarto. Meu apartamento havia ficado bem mais silencioso depois que Sasha havia ido embora para Boston depois que ela se casou e parece que minha vida começou a andar nos trilhos. Comecei a receber um benefício do banco em nome de uma pessoa desconhecida todo o mês, consegui me formar na faculdade de Arte e reformei basicamente todo o apartamento ao meu gosto, e posso dizer que fizeram trabalho incrível.

Após tomar meu banho e ir na cozinha preparar o meu café, vi que no calendário eu tinha uma entrevista de emprego marcada para HOJE! Me esqueci completamente deste compromisso e como ele era importante para iniciar a minha carreira artística. Posso ter melhorado minha vida financeiramente, mas a minha mente avoada continuava a mesma.

Realmente eu tinha muita coisa a fazer hoje e não podia me atrasar em nada. Coloquei meu casaco e peguei a minha mochila e então saí do meu apartamento e no meio do caminho, acabei esbarrando com uma pessoa que eu não havia identificado no começo.

— Me desculpe, Robert! – Percebi que era Lia por sua voz, as vezes irritante – Não te vi aqui e...

— Não tem problema, eu estou bem – Sorri para Lia. Ela e sua irmã Bel haviam se mudado para Denver fazia algum tempo e moravam em um apartamento em frente ao meu. As duas eram pessoas bem amigáveis e sempre me tratavam bem quando me viam.

— Aconteceu alguma coisa? – Falando em Bel, ela abriu a porta do seu apartamento e apareceu um pouco preocupada.

— Está tudo bem – Ri de lado ao ver Bel. Ela era a irmã gêmea preguiçosa enquanto Lia era a irmã gêmea audaciosa.

— Robert! – Lia me chamou – Eu peguei minhas correspondências agora e veio uma para você... parece que ela é de Las Vegas – Lia me entregou uma carta.

— Lia! Não pode ficar lendo a carta dos outros! – Bel a repreendeu.

— Las Vegas? – Arqueei a sobrancelha – Não conheço ninguém que more em Las Vegas – Fiquei pensando em todas as pessoas que eu conhecia e realmente nenhuma estava em Las Vegas no momento, não que eu saiba. Estranho – Obrigado por me entregar – Agradeci a guardei a carta na minha mochila, a lerei mais tarde se tiver tempo.

— Por nada. Até mais – Lia se despediu de mim.

— Até, Robert – Bel me deu um sorriso fraco.

— Até mais, garotas – Acenei e então elas entraram para dentro de seu apartamento e então em segui meu caminho para fora do prédio.

Meu dia hoje já estava cheio e aquela carta apenas contribuiu para que minha cabeça ficasse completamente atribulada. Eu nunca recebia cartas se não fossem de contas ou do banco, é realmente muito suspeito receber uma logo agora.

Enquanto eu caminhava pela calçada, passei em frente a uma loja de televisores e de cara os aparelhos a venda transmitiam imagens ao vivo de Los Angeles. Ao que parecia, estava tendo uma rebelião em uma das penitenciárias da cidade e as coisas pareciam bem feias, já que a própria SWAT havia cercado todo o local para evitar fugas.

Nós estamos aqui na Prisão de Segurança Mínima de Los Angeles e a equipe da SWAT está se preparando para uma invasão em todo o complexo— A repórter Beverly estava bem perto de um dos prédios da prisão – Não se sabe qual é o número de feridos ou se há mortos, mas há diversos familiares por aqui tentando saber de notícias. Nesta prisão estão encarcerados o médico acusado de assassinato Phillip Stevens, a traficante Veridiana Juarez e o jornalista acusado de fraude e plágio Andrew Long. Em breve traremos mais notícias, fiquem conosco— Após isso, a transmissão de Beverly foi encerrada e a programação local havia voltado.

Fiquei pensativo após assistir aquele plantão e acabei perdendo a noção do tempo enquanto permanecia parado em frente aquela loja. Percebi que havia uma mulher ao meu lado, ela parecia tão perdida como eu, até que nossos olhares se encontraram.

— Minha prima está lá dentro – Ela disse preocupada – Me mudei para Denver sem lembrar que ela estava encarcerada em Los Angeles.

— Sinto muito... – Eu não sabia muito o que falar no momento. Ela parecia inconsolável no momento e estava a ponto de chorar.

— É horrível saber que um parente seu está preso – Ela continuou falando e eu continuei sendo o seu ouvinte – Eu sempre rezo para que ela esteja bem e não tenha feito nenhuma besteira, ou ninguém tenha feito nada com ela ou que tenha desaparecido, como está acontecendo com vários presos... – Suspirou fundo – Eu preciso ir.

— Fique bem... – Coloquei a mão em seu ombro e o apertei, pude ver um crachá em sua camisa. Que aparentava ser de algum hotel, e li seu nome – Louise.

— Vou ficar – Depois disso, ela saiu andando e logo se juntou a multidão e após disso, eu nunca mais a vi.

Meu dia parecia estar caminhando de mal a pior, eu já tinha presenciado ansiedade e tristeza. Parecia que todos ao meu redor tinham suas vidas atrapalhadas e a minha era a única que corria bem depois de tanto tempo. Às vezes o mundo é injusto com as pessoas e não há nenhuma equidade com isso. É realmente uma merda.

Depois de mais algum tempo andando, finalmente cheguei ao local da minha entrevista de emprego. Fiquei parado em frente a um prédio mediano e bem arquitetado, pessoas entravam e saiam dele a todo o momento.

Era a sede de jornalismo, fundada pela jornalista Polly a alguns meses e agora fazia grande sucesso na cidade. Foi muito trabalho para conseguir uma entrevista em sua empresa e agora eu finalmente tinha essa oportunidade em mãos, eu iria conseguir o emprego custe o que custar.

— Posso ajudar? – Perguntou uma moça sentada formalmente atrás do balcão.

— Tenho uma entrevista de emprego, marcada para as onze – Falei, me sentindo um pouco intimidado por aquela mulher que parecia se RECUSAR a me atender, já que ela apenas olhava a tela de seu computador – MARCADA PARA AS ONZE! – Não hesitei em gritar e então ela pareceu me dar atenção pela primeira vez.

— Assine o seu nome aqui – Ela falou me entregando uma ficha. Vi que seu nome estava ali como responsável, Sarah Possey. Assinei a ficha depois de uma breve leitura – Aqui – Entreguei para ela o papel.

— Ah... – Ela fez um efeito sonoro com a boca enquanto lia – Está tudo certo – Grampeou a ficha com a minha guia – Você vai subir para o quinto andar e fará a entrevista com Kei Tahada, a assistente de Polly, ela é a única disponível no momento – Informou. Suspirei um pouco triste pois sempre quis conhecer Polly, mas estar na sua sede de jornalismo já é meio caminho andado – Boa sorte – Pela primeira vez no dia Sarah havia me tratado bem.

— Obrigado – Agradeci e sai andando pelo interior do prédio até pegar o elevador. Ao entrar, havia uma mulher e um rapaz, jovens e aparentavam ser da mesma família, uma vez que tinham uma mera semelhança.

Fiquei olhando o meu celular enquanto esperava chegar ao andar da entrevista, mas por uma grande controvérsia não chegaria ali tão rápido, devido que, o elevador havia parado inesperadamente.

— Isso só pode ser brincadeira – A mulher apertou inúmeras vezes o mesmo botão como se fosse voltar a funcionar. Permaneci quieto o tempo inteiro e suspirei fundo, já me acostumando com o dia ruim que estava tendo.

— Se acalma, Renata – Falou o rapaz ao seu lado – Deve ter enguiçado algum cabo de aço. É só fazer isso... – Apertou o botão de emergência e deu um sorriso extremamente debochado para Renata.

— Como seu otimismo me irrita, Topher – Renata cruzou os braços para ele. Continuei no meu celular até que senti olhares dos dois para cima de mim e então Renata me perguntou – Está com horário agendado também?

— É, eu estou – Respondi desligando meu celular e olhando para os dois – Não acredito que vou perder minha oportunidade de trabalhar aqui por causa de um elevador.

— Topher me fez viajar de Los Angeles até aqui para entregar uma matéria que nós nem sabemos se é verdadeira – Renata revirou os olhos. Topher estava com uma enorme e aparentemente pesada bolsa em seus ombros – Ele ficou obcecado por essas coisas de teorias da conspiração, ainda mais quando o Estados Unidos assinou um acordo tecnológico com o Irã.

— Não é só isso – Disse Topher interrompendo Renata antes que ela começasse a falar algo que ele não queria – Eu tenho quase certeza que eles estão usando pessoas para experimentos com uma nova substância – Abriu sua bolsa e pegou diversos papéis, olhando todos eles, até me entregar um especifico. Comecei a ler, mas não entendia absolutamente nada todas aquelas formulas, que aparentavam ser de química.

— Eu não estou entendendo – Falei e olhei confuso para Topher. Renata revirou os olhos.

— Olha bem – Topher veio ao meu lado e apontou seu dedo para as fórmulas – Essa substância amarela, se chama Trioxina. Alguns patologistas a usam para fazer com que células do corpo fiquem vivas quando pessoas morrem – Explicou e eu prestava atenção em cada palavra - Logo que os Estados Unidos e o Irã fecharam o acordo tecnológico, foi desenvolvida outra substância chamada 2.0 Trioxina, ela é muito mais potente e tem uma combinação radioativa que faz reanimação total dos corpos, mas vários resultados deram errados.

— Como assim? – Perguntei. Estava duvidando que aquilo fosse realmente verdade.

— Topher diz que os corpos reanimados viraram mortos-vivos agressivos – Renata se intrometeu, como se estivesse cansada de ouvir aquele assunto – Tentaram novamente o teste, só que em pessoas vivas e o resultado foi ainda pior, eles atacaram vários cientistas a dentadas e espalhou a tal da Trioxina para eles. Como se fosse uma doença tipo a raiva.

— Isso é bizarro – Falei, um pouco chocado – Tem certeza do que vai mostrar? – Perguntei para Topher.

Assim que Topher ia me responder, a porta do elevador foi aberta e uma moça oriental um pouco alta estava a nossa frente. Saímos do elevador no mesmo instante.

— Que demora... – Reclamou a oriental – Essa porcaria enguiçou?

— Infelizmente – Respondi.

— Ótimo, terei que ir de escada – Ela revirou os olhos.

— Espera! – Falei ao perceber o nome da minha entrevistadora com seus traços orientais – Você é Kei Tahada?

— Eu mesma – Assentiu.

— Tenho uma entrevista marcada com você – Falei, lhe entregando a ficha dada por Sarah minutos antes. Pegou e começou a ler a ficha rapidamente.

— Robert Petterson... 22 anos... faculdade de Artes, isso é bom – Continuou a ler minha ficha em voz baixa, mas Topher e Renata pareciam ouvir. Fiquei apreensivo até que ela fechou a ficha e me devolveu – Não está qualificado.

— O que?! – Arqueei a sobrancelha para ela – Não pode ser! – Reclamei.

— Sinto muito – Ela falou tentando passar na minha frente, mas quem a impediu no instante foi Topher.

— Preciso que olhe isto, é muito importante! – Disse Topher pegando as mesmas folhas que havia me dado. Kei bufou – Se for me ignorar está perdendo uma grande reportagem! É sensacional o que eu tenho aqui.

— Eu não estou tendo tempo para vocês agora! – Kei gritou e nós três ficamos completamente quietos.

— Não fiquei cinco horas em um avião para você simplesmente fazer essa palhaçada e falta de consideração conosco! – Renata começou a gritar com Kei, que assistia tudo completamente calada. No começo eu até achei que iríamos conseguir alguma coisa, mas o resultado foi que a segurança nos levou para FORA do prédio à força, já que Topher se recusava a sair e queria mostrar sua papelada de qualquer jeito.

Primeiro o segurança me jogou para fora, depois empurrou Renata que quase parou no asfalto e depois veio Topher, sendo derrubado abruptamente junto com todos os seus papéis, que pairavam pelo ar até se chocarem com o chão.

— Que desgraçado! – Topher gritou para o segurança, que voltou para dentro do prédio. Ele começou a recolher seus papéis da calçada. Eu e Renata o ajudamos.

Enquanto recolhia, notei que em uma das folhas havia uma lista de possíveis pessoas que eram utilizadas como cobaias. Minha mente começou a conspirar exatamente como Topher, já que a lista apontava que prisioneiros geralmente eram as vítimas desses experimentos e juntei essa ideia quando Louise me disse hoje cedo que vários deles desapareciam. Pode parecer loucura, mas na minha cabeça faz todo sentido.

— Vocês moram em Los Angeles, não é? – Perguntei entregando os papéis de Topher.

— Somos sim – Topher respondeu.

— Sabem por que está tendo aquela rebelião na prisão?

— Parece que está tendo uma conduta abusiva dos guardas ou algo do tipo, não foi esclarecido – Renata falou – Por que está perguntando? Conhece alguém que está lá?

— Não... mas tem uma pessoa que conhece – Falei preocupado – Aqui nessa lista diz que prisioneiros são alvos fáceis para serem cobaias, não é?

— São... – Topher afirmou e depois ele ficou boquiaberto, sacando o que eu queria dizer.

— Vai ver estão se rebelando por causa disso – Deduzi – Nós podemos fazer alguma coisa, antes que aquilo termine em tragédia.

— Mas parece que os oficiais da SWAT já invadiram tudo – Lamentou Renata – Não tem mais o que fazer.

— Nós ainda podemos fazer sim – Falei – Se eles não nos quiseram aqui em Denver – Olhei aquele prédio, enojado – Eles vão nos querer em Los Angeles. Ainda podemos evitar tragédias maiores, vem! – Falei, puxando Topher.

— Onde estamos indo? – Perguntou Topher, seguindo meus passos. Renata veio logo atrás de nós.

— Vamos procurar umas pessoas e depois... – Parei novamente – Vamos voar para Los Angeles.

— Isso é loucura – Renata disse – Mas eu estou dentro.

— Ótimo – Sorri e Topher pareceu extremamente animado – Precisamos falar com uma pessoa antes.

— Não vamos envolver outras pessoas, pode dar errado – Avisou Renata – É sério, Robert, nós confiamos apenas em você.

— Eu sei disso, mas essa pessoa vai ser muito útil para nós – Tentei fazer com que eles aceitassem, mas estava difícil – Nós só vamos ter acesso a prisão com essa pessoa! Ou não, mas não custa tentar! – Continuei – Por favor...

— Onde essa pessoa está? – Topher concordou. Eu gritei vitorioso por dentro.

— Venham comigo – Falei e então eles me seguiram. Eu lembrava que Louise usava um crachá de um hotel. É claro que existe dezenas de hotéis aqui em Denver, mas havia apenas um na região em que estávamos. Não demorou muito para encontra-lo, era a algumas quadras da sede de jornalismo.

Entrei no hotel, que não era lá de uma categoria muito boa, Topher e Renata ficaram do lado de fora. Foi rápido para encontrar Louise, já que ela estava no balcão anotando algumas coisas em um enorme caderno.

Ela notou que eu me aproximava e ficou um pouco surpresa.

— Posso ajudar? – Perguntou já com o caderno a caneta em mãos.

— Olha, eu não vou me hospedar – Falei e ela pareceu decepcionada – Mas eu preciso que você me ouça, é muito importante.

Fiquei um bom tempo explicando detalhe por detalhe de toda de Topher e a minha ideia de viajar até Los Angeles, fora várias outras coisas que eu acrescentei, e posso afirmar que Louise ficou fascinada com tudo aquilo. No começo eu achei que ela iria pensar que eu era um doido perseguidor, mas ela topou na hora vir conosco até Los Angeles, mesmo que isso venha a interromper o seu trabalho.

— Tem certeza? – Mais uma vez eu perguntei, havia sido muito fácil convencê-la. Louise já estava retirando o uniforme e ficando com a sua roupa habitual.

— Minha prima está lá dentro. Se vocês me ajudarem a vê-la, eu topo – Disse Louise, completamente ciente.

— Então está bem... – Dei os ombros e não insisti mais. Louise levou suas coisas e pediu para que uma tal de Fernanda o substituísse.

Logo que fomos para for do hotel, fui pego de surpresa por Sarah Possey conversando com Topher e Renata na calçada. Aquela ignorante havia nos seguido o tempo todo e nos olhou com desdém quando os seguranças nos expulsaram. Ela segurava uma pasta igual a de Topher, e dessa vez parecia mais comunicativa do que no seu trabalho.

— O que ela está fazendo aqui? – Perguntei cruzando os braços. Louise estava logo atrás de mim.

— Antes de você aparecer eu já havia atendido Topher e Renata. Óbvio que eu não iria deixar dois malucos subirem antes de ler toda aquela teoria absurda, só que eu lembrei de alguns rascunhos deixados por um jornalista demitido mês passado e consegui pegá-los no sistema. Ele se chamava Ford, se eu não me engano – Sarah me entregou a pasta – E então vi que as informações dele com a de Topher batiam perfeitamente.

— Então por que não mostrou para uma de suas jornalistas famosas? Tipo a Kei? – Perguntei debochadamente lendo os seus arquivos.

— Por que eu não vou deixar esse gostinho fácil de vitória para elas. É uma matéria que pode ser uma das melhores e influentes do século, se não do milênio – Explicou Sarah – Se elas botarem as mãos nisto, nenhum de vocês receberá credito nisto.

— E você é esperta e está dizendo isto para vir conosco fazer parte disso tudo, não é? – Renata perguntou, cruzando os braços.

— Se não fosse por minha causa vocês não seriam alertados sobre elas – Disse Beverly.

— Tudo bem – Topher suspirou, deixando com que Sarah viesse conosco – Mas como vamos levar cinco pessoas conosco? Ainda mais em um avião para Los Angeles?

— Isso não é problema, posso resolver numa boa – Falou Sarah, sorridente – E ainda estão falando que quero tirar crédito disso tudo – Ao ouvir aquilo Renata revirou os olhos.

Em menos de três horas nós estávamos em um avião para Los Angeles. Avisei Bel e Lia que iria ficar fora alguns dias e que olhassem o meu apartamento. No início elas desconfiaram da minha saída repentina, mas disse que era viagem a negócios devido a carta, que eu ainda estava muito curioso em abri-la.

Estava sentado entre Topher e Louise. Os dois batiam um papo enquanto eu tentava cochilar um pouco até chegarmos em Los Angeles. Louise ficou completamente fascinada com tudo o que Topher falava, o que era nada mais o que eu lhe expliquei quando a busquei no hotel, mas mesmo assim ela queria continuar a ouvir.

— E eu tenho certeza que isso será uma arma biológica de extermínio em massa, para reduzir a população – Falou Topher, concluindo – Se sua prima realmente estar sendo vítima desses experimentos, nós vamos fazer a história da humanidade divulgando tudo isso.

— Parece loucura – Louise falou – Mas tem sentido... não sei por que mas acho que isso tudo tem sentindo, de alguma forma – Fiquei cutucando meu piercing no nariz, ouvindo tudo o que eles diziam.

— Espera... – Parei para pensar em algo que só havia me tocado agora – Qual é o nome da sua prima? – Perguntei e Louise congelou na hora – Nós precisamos saber quem é para chegar até ela.

— Porra... estamos prestes a conhecer uma assassina – Renata bateu as mãos na própria coxa.

— Não! Ela era traficante de drogas – Arregalei os olhos quando Louise disse. Renata pareceu mais aliviada por ela não ser assassina, mas ainda assim era preocupante – Veridiana Juarez.

— Ela foi citada hoje de manhã no jornal, por isso você estava daquele jeito! – Falei. Esse dia de detetive estava me impressionando cada vez mais.

— Adiaram a soltura dela... isso me parece suspeito – Sarah Possey falou, sentada na ponta. Ela lia algo relacionado a Veridiana em seu celular – Se eles realmente estiverem fazendo experimento involuntário em humanos, esse vai ser o maior crime contra a humanidade desde o Nazismo – Sarah bloqueou seu celular e olhou para nós – Não só vamos transformar o jornalismo, mas vamos fazer história na humanidade.

— Espero que isso dê certo – Topher falou se encolhendo um pouco na poltrona. Estávamos seguindo isso tudo de uma forma fácil demais, como se não houvesse NENHUM obstáculo na nossa frente. Realmente, tudo isso o que havíamos feito me preocupava de certo modo, mas não podia abandonar essa missão agora.

O avião desceu no aeroporto de Los Angeles no final da tarde. Fomos direto para a residência Topher e Renata. O que era um apartamento pequeninho ficou repleto de gente, eles concordaram em nos hospedar previamente na casa. Todos nós estávamos apreensivos com aquilo. Tínhamos uma verdadeira na arma na nossa mão, e se não a usarmos com cuidado, ela poderá literalmente, custar nossas vidas.


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Notas finais do capítulo

Até o próximo pessoal!



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