Um Arqueiro em Minha Vida. escrita por Wezen


Capítulo 15
Ter mais suspeitas do que certezas.


Notas iniciais do capítulo

oooooooooi gente, como vocês estão? Eu to muuuuuuito feliz, tenho que agradecer as duas Girls, Chris Temperance Bright e LysGatto que recomendaram vocês são umas fofas, muito obrigado mesmo, e também agradecer aos leitores que comentam vocês me motivam, e também aos leitores fantasmas que são como estrelas de dia, não posso vê-los mas sei que estão ai. Boa Leitura, desculpe se tiver alguns errinhos, e reviews



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No final de semana, Clint me levou para tomar café no lugar onde nos conhecemos, eu estava morrendo de sono por que aos sábados sempre dormira até tarde. Quando chegamos à frente do Café, ele abriu a porta para eu entrar, o Café estava praticamente vazio, havia apenas seis pessoas espalhadas, sentamos-se à mesa que eu estava na primeira vez que o vi.

–O que estamos comemorando?

–Por que estaríamos comemorando algo? –Ele pergunta apoiando os braços na mesa.

–Clint, você me fez acordar às sete e meia da manhã em pleno sábado-respondo. –Isso quer dizer que temos que comemorar algo para compensar meu sono perdido.

–Audrey, você gosta tanto de dormir que se você for a algum lugar tocando musica lenta você dorme. E aliais, eu nunca dormi até tarde em um sábado.

–Claro você não é normal, não consegue nem dormir uma noite toda.

A garçonete com uma verruga com três pelos se aproxima da mesa com um caderninho na mão, ela esta de tão bom humor que pergunta, doce como um limão:

–O que vocês querem?

Clint olha para mim e eu para ela.

–Um chá.

–Café expresso.

Ela sai para preparar o café e ele fica me olhando com sorriso no rosto, Clint coloca uma caixinha azul na mesa e empurra-a até mim. Com meio sorriso nos lábios pergunto:

–Por que isso?

–Abre. –Pego e solto o laço branco que há envolvia. –Eu não posso usar aliança de casamento e muito menos de compromisso e então pensei que isso seria perfeito. -Dentro da caixa havia um colar de arco e flecha, era perfeito, prata e o arco ficavam deitados e na ponta a flecha dependurada.

–É lindo.

Clint sorri e depois diz:

–Isso mostra o quanto você é minha, agora.

–Isso é um pedido de namoro?-Falo com cara maliciosa. –Por que parece.

–Não sou bom com pedidos. –Ele se faz de durão.

–Então se você não pede, eu peço. –Me debruço sobre a mesa e pego sua mão, olho para o lado e lá está um lacre de lata de refrigerante, era a primeira coisa que eu vejo e então pego. –Clinton Francis Barton, quer namorar comigo?

–Como descobriu meu nome inteiro?

–Achei sua identificação. –Pego em sua mão e com a minha outra livre seguro o lacre. –Não respondeu.

–O Lacre é um anel?

–Era para ser. –Ele sorri e responde:

–Claro que quero Audrey Grace Rivers.

Olho para ele não acreditando e eu nem me arriscava à pergunta onde ele descobriu o “Grace”, coloco o lacre em seu dedo médio, mas não entrava nem na ponta do dedo, então coloquei na ponta do mindinho e ele riu. A garçonete trouxe as xícaras e eu me ajeitei no banco, ela sai e em seguida bebo um pouco do chá.

–Podemos ir atrás de respostas, amor.

–Ta falando dos meus pais? –Pergunto já sabendo a responda por sua cara. –Já tenho as respostas que preciso.

–Parece que casa sai mais esta incomodada com isso, quer morrer sem resposta?

–Não, mas não quero mexer na ferida ou cutucar onça de vara curta.

Clint fica em silencio e eu sou tentada a contar para ele dos soros, mas não achei que era à hora certa, ele parecia saber de algo e é claro que eu queria saber mais do meu passado, mas agora não era o momento ainda.

–O que está achando de trabalhar com Stark?

–É bem legal - Bebo um pouco do chá e fico pensando, com certeza era o melhor trabalho do mundo, Tony era engraçado e nós dois nos entendíamos mesmo sem dizer coisa alguma. –Tony é legal.

–Primeira pessoa que escuto dizer isso. –Ele fica pensativo e depois conclui: - Com certeza é a primeira que escuto dizer isso.

Sorrio e continuo pensando se contava ou não, parecia que eu iria explodir se não contasse, nossas conversas eram vagas e o ar estava tão pesado que se pegasse uma faca e tentasse conta-lo daria certo.

–Quer dar uma volta?

Balanço a cabeça e depois de terminar o café da manhã saímos do café, Clint me perguntou se eu conhecia o Shakespeare Garden que era um jardim temático onde cultivavam todas as plantas citadas na obra de Shakespeare, eu disse que não, por que por mais que morasse em Nova York há quatro anos eu só tinha ido a poucos lugares com as Estatua da Liberdade e a Times Square. Fomos de carro até o jardim já que era um pouco longe do Brooklyn, era o lugar mais lindo que já vi, tinha flores por todos os lados e de vários tons que se misturava com um único Tom de verde.

Passamos pelo portão e começamos a caminhar pelo local, eu sentia o cheiro das rosas por todos os lados e escutava os pássaros mesmo em um outono rigoroso eles estavam lá. Clint pega em minha mão, tal gesto me fez sorrir, ele não era o tipo de homem que demonstrava contato físico em publico.

–O que está pensando? –Pergunto ao vê-lo pensativo.

–Por que meu cachorro gosta mais de você do que de mim?

–Seu cachorro? –Falo rindo. –Você está dizendo que ele é seu, S.E.U.?

–Sim, por quê?

–Acho que agora ele é meu. –Vejo um banco e me sento, acho que tanto ar fresco me fez um tanto mal. –Sabe, quando te conheci todo charmoso no Café, não pensei que tivesse um Labrador.

–Ah é? –Ele senta ao meu lado mais ainda não solto minha mão. –Achava que eu tinha o que um Buldog Francês?

–Não - Faço uma careta que o faz rir. – Mas quem sabe um Pitbull ou um Pastor Alemão.

–Isso é preconceito sabia?

–Não amor, isso é um pré-conceito é um conceito errado antes do conceito certo.

–Não entendi nada que você falou.

–Ainda bem, por que nem eu entendi.

–Onde você morava antes de Nova York?

–Passei por muitos lugares, Nasci na Rússia, mas sou uma cidadã americana, morei na Hungria e na Bósnia, quando meus pais morreram fui morar no Hawaii com meu Avô e quando ele ficou maluco, eu fui para Califórnia.

–Se lembra de todos eles?

–Quase todo, não me lembro da Rússia, nem da Hungria e muito menos da Bósnia. –Encosto a cabeça em seu ombro e foco meu olhar em uma tulipa que estava em um canteiro á nossa frente. –Mas o meu lugar preferido foi a Hawaii com meu avô.

–Morei aqui minha vida toda.

–E se sentiu sozinho e comprou um labrador?

–Você ainda está nessa historia de labrador?

–Sim, não tem propósito para você ter um labrador.

–Audrey, eu precisava de um companheiro. –Ele faz uma breve pausa. –Olha... Eu estava muito perturbado quando comprei o Brad.

–O que houve? –Lembrei que ele não me responderia e então disse: - Esquece você vai dizer que é complicado...

–Aconteceram dias antes do ataque de Nova York - Ele me interrompe. –Loki, havia me possuído de alguma forma e me fez seguir todas as ordens dele, entre elas matar. Quando voltei a mim, e soube de tantas mortes e coisas ruins que fiz fiquei com ódio de mim mesmo. E quando tudo acabou eu me senti sozinho e pensei em ter um cachorro.

–Eu não sabia disso.

–Foram 47 vitimas, entre elas inocentes.

–Não devia se sentir mal - Levanto minha cabeça, me viro para ele e coloco minha mão em seu rosto. –Você foi vitima também.

–Eu sei, mas você não sabe o quanto é horrível não se lembrar - Ele leva as mãos no rosto. –De ter matado tanta gente.

–Eu sei o que é não se lembrar, eu vivo com suspeitas que nunca viram certezas. –Faço uma pausa. –Algumas memórias me perseguem e são com fantasmas que ficam dizendo coisas que eu não sei se fiz.

–Já disse que podemos ir atrás de respostas.

–Clint, eu não quero que algumas dessas suspeitas se confirmem, eu não quero ter certeza que sou a Audrey dos arquivos.

–Eu também não quero.

–Por favor, vamos para casa.

–Claro.

Seguimos para o carro e cerca de trinta minutos depois estava em casa, fui direto ao Closet, durante minha conversa com ele, pensei no que fazer e senti que não podia enganá-lo mais. Peguei a bota e tirei os soros de lá. Voltei para sala e agora notei que não podia mais voltar para trás, já estava com eles em mãos.

–Clint, eu preciso te contar uma coisa.


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