Quase tudo na vida é passageiro. Sei bem disso. O que eu tenho hoje, posso não ter mais amanhã. O que eu quero hoje, posso não querer mais amanhã. O que eu gosto hoje, pode me dar tédio amanhã. Igual com uma música.

Quando descubro uma música nova fico toda animada. Acabo ouvindo-a umas vinte vezes no dia, várias vezes seguidas. É como se eu quisesse absorver tudo que aquela música oferece. A melodia legal, a letra que toca meu coração, a voz de quem está cantando, e por aí vai. Quero que ela toque minha alma, que preencha cada pedaço meu, que fique gravada em mim. Quero sentir todo aquele sentimento que ela quer transmitir. Quero escutá-la e dizer: “Essa música foi feita pra mim!”

E é assim na maioria das vezes. Mas, como quase tudo na vida, aquela euforia toda pela música passa, até que chega o dia em que eu não a escuto. E então se foi o encanto. Ela parece mais uma música normal que eu gosto de ouvir de vez em quando. Não acelera mais meu coração, não me deixa em êxtase, não consegue me envolver tanto quanto antes. Passou.

Como eu disse, quase tudo na vida é passageiro, seja um gosto, seja um hobbie, seja uma paixão, seja uma pessoa, seja uma música, seja a vida… Tudo passa. Por isso que sempre dizem para aproveitar bem antes que termine. Então aproveite! Antes que termine a música, a paixão, a pessoa, a vida, esta crônica…