- O que foi? – Draco perguntou ao chegar a um dos cantos quase inabitados do castelo, e realmente se preocupou ao encará-la. – O que há de errado? – ele tocou seu rosto com cuidado, como se assim pudesse fazê-la melhorar.
Como Hermione desejava que ele pudesse mesmo fazê-la melhorar apenas com um toque assim. Seria tão mais fácil.
- Não diga que não é nada – ele apressou-se em dizer ao ver como ela abria a boca para reclamar. – Lembre-se que para mim você é transparente!
E de fato o era, era como se com um olhar Draco pudesse ver através de sua alma.
- Eu acho que estou grávida.
- Você vai ficar bem – Draco murmurou tocando-a no rosto avermelhado pelas lágrimas.
- Foi melhor assim – ela disse e o tocou no rosto.
No final das contas, não havia bebê nenhum... Não haveria nenhum menininho loiro de olhos acinzentados exatamente como Draco, que durante as noites, quando Draco não estivesse presente pudesse consolá-la, e que possuísse os traços característicos que haviam feito com que ela se apaixonasse tão perdidamente.
Não haveria talvez uma menininha de cabelos castanhos e olhos do mesmo tom.
Ou então uma menininha loira como Draco, mas que possuísse todos os jeitinhos de Hermione.
Oh, ela já havia pensado em quase todas as possibilidades, mesmo que no fundo soubesse que quando tivesse seu bebê seria melhor do que qualquer uma das suas criações, principalmente porque seria real.
Mas então sua menstruação havia decido, os enjôos pararam e, um dia, só por precaução a Madame Pomfrey a havia examinado e disse não ser mais que um desregulamento de seu próprio corpo, hormonal talvez.
Não haveria um bebê Granger-Malfoy afinal.