Entre o Amor e Ódio escrita por Joybessa


Capítulo 29
Amigos


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem! Desculpa por ficar um tempo sem postar mas foi a falta inspiração gente, mas agora voltei com tudo haha



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( visão da Juliana)

Eu tentei não ficar pensando no telefonema. Ficava tentando acreditar que aquilo não podia ser real, que o Fernando iria entrar por essa porta e me explicar tudo que estava acontecendo. Eu não entendia e acho que não seria capaz de entender o que fez o Fernando mudar de idéia, será que nada naquela noite tinha sido real? Será que eu me enganei? Será que o Marcelo estava certo? Eram perguntas que uma a uma iam quebrando meu coração. Me virei de lado encostando minha cabeça no travesseiro, fechei meus olhos bem apertado e comecei a chorar. Chorei como nunca tinha chorado na vida por tudo que até agora carregava no meu peito, nem percebi quando havia pegado no sono.

– Filha?! Acorda – Minha mãe me sacudia

– O que foi mãe? – eu falei sonolenta

– Você teve alta filha, já pode ir pra casa – ela sorriu

– É serio?

Ela acenou. Fiquei feliz em finalmente poder sair do hospital, tentar voltar a minha vida normal de antes. Mas eu sabia que ainda teria que dar o tal depoimento para policia. A enfermeira e minha mãe me ajudaram com as coisas e logo sai do quarto, estava tão animada pra ver o sol, ficar em quarto de hospital era muito deprimente. Meu pai estava esperando a gente na porta e me ajudou a andar, eu ainda estava com o tornozelo engessado e me sentia um pouco dolorida. Meu pai me ajudou a entrar no carro.

– Filha, eu e sua mãe pensamos e a gente acha que você deve usar uma muleta pra te ajudar a andar, pelo que o médico disse você ainda ficará pelo menos 15 dias com o tornozelo engessado.

– Eu não queria ter que usar muleta pai, acho que não preciso sair de casa por pelo menos 15 dias né? – eu franzi o cenho

– O médico te deu atestado de 10 dias, sua mãe e eu esperávamos que você quisesse voltar pra escola depois desse tempo.

– Com tornozelo engessado? Não mesmo. – eu tentava arrumar desculpas

– Nós entendemos que você não quer voltar agora Ju, depois de tudo que você passou. Mas você tem que voltar pra sua vida normal de antes. Se você estiver com medo daquelas delinqüentes não precisa se preocupar, eu jamais permitirei que elas cheguem a um metro de você. – meu pai afirmou

– Pai eu só preciso de um tempo pra me recompor, okay? Podemos discutir isso em uma outra hora

Ele acenou em resposta e eu respirei aliviada. O caminho até em casa foi tranqüilo, fiquei ouvindo música o tempo inteiro e tentando evitar os olhares preocupados dos meus pais, só queria chegar em casa logo, me trancar no quarto e ler qualquer livro que eu visse pela frente e esquecer que eu existo.

Assim que chegamos minha mãe me ajudou a sair do carro e ficou na minha frente olhando pra mim.

– O que foi mãe?

– Filha, eu te amo tanto – ela me abraçou e desabou a chorar

– Ta tudo bem mãe, também te amo muito. Não precisa chorar – limpei as lágrimas do rosto dela

Meu pai também não agüentou e resolveu nos abraçar, era um típico abraço em grupo. Me senti melhor ali com minha família ao meu redor.

– Filha nós temos uma surpresinha pra você – meu pai disse abrindo a porta de casa

– SURPRESA!

Eram todos os meus amigos ali reunidos, a Marina, Alê, Luiza e por incrível que pareça o Lucas de mãos entrelaçadas nas delas. Foi tanta emoção que não consegui segurar o choro e derramei lágrimas de tanta felicidade.

– Não acredito que vocês estão aqui

Eles olharam pra mim e vieram todos me abraçar.

– Vão com calma meninos, a Ju ainda ta um pouco dolorida – minha mãe disse

– A genta ta tentando Dona Silvia – Luiza disse dando pulinhos

– Vem Renato, vamos lá pra cozinha fazer um lanche e deixar a Ju à vontade com os amigos – minha puxou meu pai pelo braço.

– Nem acredito que você ta aqui e ta bem, eu fiquei tão preocupada Ju. Quase matei a Luiza por ter tomado o tempo todo da visita – Marina disse me abraçando

– Desculpa Mari, mas eu sou amiga dela desde criança tenho mais direito – Luiza piscou pra ela

– Ah sua...

Enquanto as duas discutiam eu fiquei lá rindo, parecia um século que eu não via elas e não apenas um dias, fiquei rindo.

– Ei Ju você fica rindo, mas você não sabe o quanto eu e o parceiro aqui tivemos que suportar essas duas em crise, né não Lucas? Nunca mais faz isso com a gente. Eu tenho um grande carinho por você também, tínhamos que manter a calma por contar das garotas mas ficamos preocupados – O Alê disse

Eu sorri em resposta.

– Ah então quer dizer que o Lucas teve que agüentar seus ataques Luiza, posso saber o que está acontecendo? – Eu me fiz de boba

– Nós estamos namorando Ju, - Lucas abriu o maior sorriso

Eu dei um grito de felicidade.

– Então quer dizer que você derreteu o coração da nossa rainha gelada? – eu disse sorrindo

– Ah Ju só não te dou uns tapas porque você acabou de sair do hospital. Mas você já ouviu aquela frase que por algumas pessoas vale a pena derreter – Luiza disse

– Luiza anda assistindo muito filme da Disney Ju – Marina disse sarcasticamente

Luiza a olhou com cara feia e as duas voltaram a discuti.

– Ei Meninas não briguem okay? Estou tão feliz por vocês duas estarem aqui e com seus namorados e meus amigos, Parabéns Lucas você acaba de entrar pra família de amigos mais maluca que você já viu.

Todos começaram rir. O resto do dia foi assim descontraído nem parecia que eu tinha acabado de sair do hospital.

– Eu preciso ir no meu quarto pegar a câmera pra tirar uma selfie de todos vocês, alguém me ajuda? – eu disse tentando me levantar

Antes que a Marina se levantasse a Luiza já estava me ajudando a subir as escadas.

– Não sei por que dessa disputa toda de vocês duas – eu disse

– Só quero que a Marina saiba que eu sou a sua melhor amiga

– Eu amo as duas e quero que parem de brigar, entendeu Lu?

– Tudo bem, Ju – ela revirou os olhos

– Luiza, você tem visto o Fernando?

– É... eu... – Ela tentou enrolar

– Não precisa mentir Luiza, eu acho que já sei o que você vai falar

– Eu vi ele hoje na convocação pra um novo depoimento para polícia, ele estava de mãos dadas com a Manuela, eu tentei conversar com ele Ju, até chamei ele pra vir aqui hoje, te fazer uma surpresa mas ele só olhou pra minha cara, não disse nada e simplesmente saiu andando. Eu não queria te contar porque achei que você não merecia saber.

– Qualquer coisa sobre ele me causa um impacto. – Eu suspirei

– Não consigo entender o que aconteceu Ju, de verdade.

– Tudo bem, eu vou ficar bem.

Tentei não pensar muito no que ela me disse, era só mais uma confirmação do que eu já tinha entendido. Era tudo mentira. Eu tinha que aceitar que ele não me amava, mas porque me doía tanto imaginar ele com outra garota. Depois daquela conversa com a Luiza o dia ficou preto e branco e eu logo inventei que não estava me sentindo bem e todos foram embora. A Felicidade pra mim naquele momento era assim momentânea na qual logo dava lugar pra dor. Entrei pro meu quarto e fiquei por lá um tempo, tomei um banho e minha mãe me ajudou a me vestir.

– Filha amanhã o delegado vem aqui pegar seu depoimento, nós achamos melhor devido a sua situação.

– Tudo bem mãe, eu só quero dormir agora e me preparar para amanhã.

Ela acenou e me deixou sozinha no meu quarto. Eu me deitei e tentei não pensar em nada, fechei os olhos e foi aí que os pesadelos vieram. Era sempre o mesmo pesadelo. A Bruna jogando o Fernando de um penhasco, eu tentava correr mas não chegava a tempo de poder impedir a dor era tanta que eu gritava em agonia.

– Ju,acorda! – minha mãe me sacudia

Eu olhei assustada pra ela e senti o suor escorrendo pelo meu rosto.

– Pesadelo de novo?

Eu assenti.

– É o terceiro essa noite minha filha, eu vou dormir com você.

– Desculpa por acordar você mãe.

Eu olhei para o relógio na escrivaninha e marcavam 04:30 da manhã.

– Tudo bem minha filha, você tem que dormir bem pra acorda disposta de manhã. Vou ficar aqui, segura minha mão que vai ficar tudo bem – ela colocou uma mecha do meu cabelo pra trás.

Fiquei ali apertando a mão dela e consegui dormir o resto da noite tranqüila. Quando acordei o sol já estava batendo na minha cara e eu já sabia o que me aguardava. Minha mãe me ajudou a me trocar enquanto o delegado e o oficial estavam esperando lá na sala.

– Vai ficar tudo bem querida, é só você dizer exatamente o que aconteceu.

Eu acenei confirmando. Quando desci fiz todos os procedimentos oficiais e comecei a contar ao delegado tudo que me lembrava.

– Bem, isso confirma o que a testemunha chave disse. Bom não há duvida que a senhorita Bruna é culpada. Podem mandar os pais da Juliana entrarem por favor oficial. – o delegado disse

Assim que meus pais entraram eu soltei a respiração aliviada.

– Bem senhores reunimos todas as testemunhas e história de sua filha bate com a testemunha chave pra esse caso. Basta saber o que os senhores querem fazer, levar isso pro juiz imediatamente ou buscarem uma opção menos drásticas mas efetiva para punição dessas jovens.

– Queremos levar pro Juiz claro – meu pai bateu na mesa

– Não pai, espera... Quem tem que decidir sou eu.

Eu já sabia exatamente o que iria fazer.


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Notas finais do capítulo

Comentem o que acharam? Sinto falta do comentários de vocês, poxa :/ É muito importante pra mim saber o que estão achando dos rumos da histórias. Obrigada por lerem !



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