Sweet battle escrita por Malu


Capítulo 9
The Garroway's


Notas iniciais do capítulo

Olá, olá :)

Tudo bem?

Hoje vamos começar diferente, com o Sr. olhos azuis mais conhecido como Luke?!
Ah, e um detalhe; essa fic se passa em um tempo muito avançado do que estamos hoje, por isso ás vezes podem aparecer umas coisas doidas tipo invenções ridiculamente avançadas.

Beijo,



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Luke

Acordei com uma maldita dor de cabeça. Deveria ser por causa do porre que tomei ontem depois de inúmeras chances frustadas de ligar para a Betah, que não chegou a atender nenhuma. A vista panorâmica do meu quarto mostrava aos poucos as luzes de Atlanta se ligarem. Imagino como seria ela antes de tudo que já inventaram até hoje. O céu estava em uma tonalidade laranja fraco, imagino que tenha acordado cedo demais. Pelo menos era o que dizia o relógio, marcando cinco horas em ponto.

Me desliguei da paisagem e segui para o andar de baixo, precisava de um banho afinal ainda tinha certas coisas para resolver na casa dos meus pais e na base do esquadrão e depois ainda tinha o treinamento com a Betah, que responderia o porque de não ter me atendido.

Tomei um banho de gato (o que afinal eu sou) e saí correndo. Meus cabelos pingavam molhando as costas da minha camiseta e eu já sentia uma gripe se aproximando. Entrei na caminhonete e saí, derrapando com os pneus. Hoje diferente dos outros dias acordei um pouco mais animado e o pior é que eu não sei porque.

O trânsito hoje estava espetacularmente lento o que me atrasou mais do que eu desejaria. Resolvi ligar o rádio para me tirar do infinito tédio que seria ficar ali esperando.

Uma música que me lembrava muito da Betah, Demons do Imagine Dragons.

When the days are cold

And the cards all fold

And the saints we see

Are all made of gold

Comecei a bater no volante conforme o ritmo da música cantando alguns trechos.

When your dreams all fail

And the ones we hail

Are the worst of all

And the blood's run stale

Cantei ainda mais alto.

I want to hide the truth

I want to shelter you

But with the beast inside

There's nowhere we can hide

Recebi os olhares assustados da mulher do carro do lado, devia achar que eu era algum tipo de cantor homossexual com a pior voz que ela já tinha escutado.

No matter what we breed

We still are made of greed

This is my kingdom come

This is my kingdom come

When you feel my heat

Look into my eyes

It's where my demons hide

It's where my demons hide

Don't get too close

It's dark inside

It's where my demons hide

It's where my demons hide

Berrei essa última parte e instantemente lembrei dos olhos de Betah. Castanhos claro. Pareciam sempre assustados e solitários, não mostravam nem metade do que ela deveria sentir. O brilho que ás vezes eles tinham, era lindo. E junto com o som da gargalhada dela, era perfeito. Saí dos meus devaneios e me liguei no trânsito.

...

— Bom dia. — a secretária disse assim que passei por ela indo em direção á sala de reunião aonde requisitavam minha presença imediatamente. — Bom dia. — respondi seguindo reto, com uma cara de poucos amigos e um óculos escuro para esconder meus olhos de cansaço.

— Está atrasado. — Dylan, meu co-capitão, melhor amigo e também o membro mais chato do conselho disse assim que me viu cruzar a porta.

— Eu sei. — olhei a todos na mesa que mantinham as velhas caras de bunda. — E me desculpem, mas sabem como é o trânsito daqui á essa hora. — me sentei na minha cadeira, no caso a da ponta.

— Deveria ter saído mais cedo. — Dylan disse ríspido.

— Acordou na TPM hoje Dylan? — o encarei sério. — Porra, hein. — ele não me respondeu apenas se calou e eu pude prestar atenção nos outros homens engravatados que ali estavam. — Me digam. O que querem.

— Tivemos ontem á noite uma reunião com seu pai e seu avô, e eles disseram que não será tão fácil como pensaram matar a garota que comanda o 775X. Dizem que ela é boa no que faz e anda sempre acompanhada de dois amigos. Um homem e uma mulher.

— Uma reunião sem mim? — disse elevando o tom da minha voz. — Quem permitiu que isso fosse feito?

— Seu pai nos convocou. — claro, só poderia ser o meu querido papai Will. — E achamos que temos de investir pesado se quisermos derrubar a garota.

— Não derrubaremos garota nenhuma. — falei demonstrando a irritação na minha voz. — Eles não são uma ameaça á muito tempo.

— Seu avô quer que... — interrompi o homem que eu não sabia o nome, mas que sempre via nessas reuniões.

— Meu avô não manda aqui! Nesse exato momento, quem comanda sou eu e não aceito que ele ou meu pai, não importa decidam que vão matar uma garota só porque ela comanda um esquadrão. — todos me olharam calados.

— Acho que você se esquece Luke.. — Dylan voltou a falar. — Que seu avô é o homem mais próximo de Ícaro que temos no comando. Ele manda em tudo isso.

— E eu sou seu neto. Então mando em alguma bosta aqui. — bufei irritado. — Isso é tudo? — nenhum deles me questionou. — E podem dizer ao meu avô o piti que o netinho dele mimado deu. Eu ainda descubro quem disse e mato. — me levantei caminhando em direção á saída. — Um bom dia, senhores. — bati a porta causando um estrondo terrível que era audível em todo o andar. Saí marchando até a garagem. Tinha que ver algumas coisas nas casas dos meus pais e claro, falar com o meu pai.

Quando cheguei lá, fui recebido por uma empregada e estranhei o silêncio total da casa á essa hora da manhã que é quando minha mãe e Rosemarie ficam se jogando coisas pelos lados das escadas e Drew andava pelado berrando. O que era bem legal de se fazer na mansão dos Garroway, que era enorme e bem aconchegante.

— Eles estão tomando café, sr. — a empregada disse e eu agradeci seguindo para a sala de jantar aonde todos estavam quietos.

— Bom dia. — disse retirando o óculos aviador que usava e recebendo os olhares de todos.

— Luke. — Rose se levantou correndo e me abraçou.

— Não faz tanto tempo assim. — sorri, retribuindo o abraço.

— Sinto falta de você por aqui.

— Nós sentimos. — Drew, o irmão que acertou a cabeça da Betah se pronunciou recebendo um olhar cheio de raiva do meu pai. — Tá ficando infernal viver aqui.

— Mãe. Pai. — meu pai deu um sorriso antipático.

— Querido. — minha mãe se levantou apressada do seu lugar. — Porque não me liga? Fico preocupada. — ela afagava meu rosto, vendo se eu estava bem.

— Desculpe. Está sendo comandar o esquadrão e treinar o novo grupo de agentes. Coisa que você me arrumou. — ela sorriu.

— Quero que fique perto da tal de Betah para sabermos como derrubá-la. — disse num tom orgulhoso.

— Sobre isso que vim falar. Pai, mãe venham comigo até o escritório por favor. — os dois se encararam apreensivos e me seguiram deixando meus irmãos ali. Fechei as portas assim que entramos.

— O que houve, querido? — minha mãe disse se sentando em uma grande poltrona que havia ali. — Está nos preocupando.

— Não vamos derrubar a Betah. — falei de uma vez só, recebendo um olhar de como quem disse "eu já sabia" do meu pai.

— Como?

— Não irei matar a garota, mãe. — me escorei na mesa. — Não vejo o porque. E ela é legal.

— Não me diga que se apaixonou pela menina, Lucas. — meu pai disse em um tom nervoso.

— Não me apaixonei. — descartei a ideia. — Só não quero ver um talento como o dela desperdiçado. Ela pode ser útil pra matar o que queremos matar.

— Não seja tolo, querido. — minha mãe se aproximou de mim tocando meu rosto. — Não deixe-se levar por um corpo bonito. Você sabe que seu avô, quer que assassinemos a garota. Façamos o que seu avô quer.

— Não. — a empurrei bruscamente. — Faremos o que eu quero. Afinal eu respondo por aquele esquadrão.

— Disse que ele era jovem demais para comandar tudo. — meu pai disse olhando nervoso para minha mãe.

— Não sou jovem demais. Sou menos sanguinário que vocês, é a única diferença. Não quero ver tanto sangue nas minhas mãos, como você tem nas suas pai. Ou deveria chamar de Will, para ser mais sincero? — ele me olhou incrédulo.

— Como ousa falar assim comigo, Lucas. — ele se aproximou de mim, como se tentasse me amedrontar. — Não esqueça que sou seu pai, garoto e se quiser posso muito bem te dar uma surra que é o que você merece.

— Vamos. Tente pai. — o desafiei. — Quero ver quem que vai sair machucado disso. — ele me olhou com total desprezo, minha mãe segurava as lágrimas em um canto.

— SAIA DAQUI GAROTO E NÃO OUSE VOLTAR ATÉ QUE SAIBA O QUE FAZER. — ele ficou vermelho, muito vermelho como se faltasse ar.

— Eu vou querido pai. — disse debochado me dirigindo a porta. — Mas eu não quero ver Robertah morta, se você ou meu avô ousarem tocar nela, terei que tomar medidas drásticas. — coloquei os óculos e saí batendo as portas, ouvindo os soluços da minha mãe. Me despedi de Rosemarie e Drew e saí indo em direção ao centro de treinamento encontrar Betah pra ver se ela alegrava minha manhã.


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Notas finais do capítulo

Hmmmm, familiazinha complicada hein Luke? E o conselho então, vish.

Mas nem tudo são rosas como a Betah.

Beijos, até



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