— Só tente não cair. — Luke dizia com um sorriso sarcástico entre os lábios, um sorriso do qual o motivo deveria ser eu caída no chão depois de ele me dar uma rasteira. — Quer ajuda? — me estendeu a mão.

— Sei levantar sozinha. — sorri no canto da boca e me levantei sem a ajuda das mãos e ele mostrou-se impressionado recuando pra trás.

— Quero que demonstrem uns nos outros o golpe que dei nela. — ele sorria vitorioso e eu bufava a cada palavra que ele dizia e o meu olhar estava focado em um garoto e uma menina que faziam os golpes perfeitamente, me aproximei deles.

— Muito bom. — sorri satisfeita, recebendo indecentemente os olhares do garoto dos meus peitos até minhas pernas. — Perdeu alguma coisa.... — pedia para que ele dissesse o seu nome.

— Jordan. — sorriu com certa ironia. — Sim e gostaria de procurar por aí. — me espantei com a audácia daquele garoto, eu sou sua professora, treinadora e mando provavelmente nos pais dele.

Eu ia me pronunciar mas a menina me interrompeu.

— Desculpe, srta. Wabler, Jordan é sempre assim. — ela parecia envergonhada e com medo do que eu pudesse fazer. — Nos perdoe por favor.

— Você é? — indaguei curiosa.

— Rosemarie. Grande fã sua. E do poder feminino. — ela sorriu animada, perdendo o tom de vermelho que tinha adquirido nas bochechas, parecia mais aliviada.

— Obrigada. — sorri sem graça. — Você é muito boa, Rose. E pode me chamar de Betah. — ela sorriu talvez por eu ter a dado algum apelido. — De algumas rasteiras nele, e talvez o chute um pouco. — o lancei um olhar desafiador, e quando ele iria responder Rose o interrompeu. Quando voltei lá para a frente, Luke botava algo nos seus machucados enquanto observava-me voltando.

— Vejo que conheceu minha irmã mais nova. — ele disse observando a menina que havia dado uma rasteira no tal de Jordan.

— Rosemarie é sua irmã? — ele assentiu com a cabeça. — Temo dizer que ela é muito mais bonita. — ela prendia os cabelos negros assim como os de Luke, e um detalhe que eu não havia percebido eram seus olhos num tom de azul mais claro do que o dele.

— Pois é. — suspirou como se estivesse deprimido. — Fazer o quê. Nasci feio assim e agora morrerei sozinho, desolado, sem descendentes porque nenhuma mulher me quer. — ele começou a tomar água.

— Conheço algumas que querem. — ouvi eu mesma o que eu tinha dito e ruborizei. Como eu pude falar uma coisa que dava tão na cara que eu queria aquele homem no meio da minha cama só pra mim?! Senti seu olhar pesar sobre mim, e só abaixei minha cabeça, sorrindo sem graça.

— Aé? — me olhou sorrateiro. — Quem?

— Seria muito chato se eu contasse pra você. — disse num tom óbvio.

— Ah, sim. Claro. — descartou a ideia. — Espero que um dia eu as conheça. E talvez, elas me deem filhos.

— Garanto que seus filhos com uma delas seriam lindos. — talvez me referisse a mim.

— Me passa o número delas. — ele quase pegou seu celular do bolso da sua calça de moletom.

— Um dia. — sorri sorrateira e ele também. Quando Jordan apareceu perto de nós.

— ELA QUEBROU MEU BRAÇO! — ele urrava dor, e Rose vinha logo atrás com uma cara de assustada.

— Acalme-se. — Luke disse olhando o estado do braço dele. — Da onde tirou essa força, Rose? — Luke perguntou a olhando assustada.

— Do poder feminino. — ela sorriu sorrateira olhando pra mim que retribui o sorriso.

— Vou levá-lo a enfermaria. — ele direcionou-se com Jordan pra saída. — Acabe a aula Betah. E espere na sua sala, quero falar com você depois. — ele piscou e eu achei estranho mas afirmei com a cabeça de que esperaria e ele saiu.

— PESSOAL, ACABOU POR HOJE. — berrei e sai correndo pra minha sala tinha que tomar banho, porque dependendo do que ele queria eu tinha que estar pronta pra tudo.