Entre o amor e o crime escrita por Naty Winchester


Capítulo 12
De volta a vida


Notas iniciais do capítulo

Bom... aconteceu uns problemas e eu acabei repetindo três vezes o capitulo passado, por isso estou substituindo os dois repetidos



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POV KOL

Você nunca sabe o que é desespero antes de sentir aquele medo capaz de te fazer tremer. Encontrar Caroline jogada naquele chão me fez temer não por mim, mas pela vida dela, ela estava com dificuldade de respirar e o nariz sangrando, pela primeira vez não me importei com o que meu irmão faria comigo quando descobrisse que a deixei sozinha, apenas peguei ela no colo e a levei para o hospital mais próximo. A todo o momento a via fechar os olhos buscando o descanso, mas ele não vinha.

– EU CONFIEI EM VOCÊ KOL – Klaus grita

– Eu fechei toda a casa, você acha mesmo que passou pela minha cabeça que isso ia acontecer? – Tento me justificar mesmo sabendo que essa culpa ficaria na minha consciência... Só na minha

– Ele tem razão Klaus... Ninguém poderia imaginar – Cami tentava por ordem na situação e na fúria do meu irmão

Os minutos iam passando e ninguém dava noticias, Lizz ficava de pé em um canto qualquer da sala, Damon e Cami foram pra casa na tentativa de descobrir o que aconteceu já Klaus me surpreendeu, o medo era visível até para alguém que não o conhecia. Não é normal ver meu irmão assim, triste... Desesperado, naquele momento eu percebi que isso não era mais um trabalho, ele se importava mais do gostaria.

Meredith caminha até a sala, e pela cara não vinha noticias boas

– Ela foi envenenada – diz fazendo Klaus e Lizz arregalarem os olhos, por mais que eu não saiba de nada sobre essa profissão, no mínimo sei que isso não é normal – Tetrodotoxina é um veneno muito difícil de ser encontrado em corpos humanos, os sintomas aparecem entre vinte minutos á três horas, mas mata não muito depois, ou seja, se não fosse Kol ter a trazido imediatamente ela já teria falecido

– Mas... O veneno foi injetado como? – pergunto me sentindo um idiota, mas eu preciso saber se alguém entrou na casa, pois ai sim eu não me perdoaria

– Não... Ela digeriu algo que continha ele – Terminando sua explicação ela pede licença e diz que já podíamos ver Caroline

– Obrigado – Klaus agradecendo? Isso é novidade

– Por? Se eu não tivesse saído...

– Não mudaria muita coisa... Ela me ligou – ele parecia se sentir culpado, suspira e volta a se sentar – E eu não teria ido , pensei que... Era uma brincadeira

– Klaus...

– Percebe Kol? Agora ela estaria morta – coloca as mãos no rosto como se buscasse forças

– Você gosta dela não é? – pergunto e ele me olha incrédulo – Qual é? Eu sei que sou um insensível, cafajeste... E isso eu aprendi com você, mas eu também sei quando o meu irmão esta na faze arco-íris – digo rindo e recebo um olhar mortal

– Não? – ele nega e revira os olhos – Eu só queria distrair

– Estamos em um hospital, é meio difícil você conseguir distrair alguém Kol – bufo apreensivo, Klaus não costumava ser mal humorado assim, isso eu devo ao meu pai pois logo que Nick se formou virou essa pessoa sem graça que é hoje. – Se você quiser ir... Eu vou ficar mais um pouco

– Não... Eu vou ficar também – Ele me olha surpreso, eu posso até parecer egoísta... E eu sou, mas eu queria ver Caroline e me certificar que esta tudo bem

– Esse não é o seu local preferido! – e de que é?

– É que... Você não me deixou nem um carro – bufo, ele me encara como se estivesse lembrando de algo

– E como você? – pergunta se referindo a Caroline, acho que minha reputação de menino mau esta ameaçada

– Eu tenho braços pra que? – ele sorri irônico e eu mudo de assunto – Você conhece aquele veneno?

– Sim... O mais cruel é que ele mantém a vitima acordada até o ultimo segundo, quando a falta de ar a mata – Agora está explicado o porquê que ela no conseguia dormir quando eu a mandava – Mas você trouxe ela nos braços?

– Quer parar Nick – ele ri e eu me levanto quando vejo Lizz se aproximar, ela fala algo para o Klaus e ele só assente

– E ai? – ele me dá as chaves do carro e diz que trará Caroline pela manhã, então lá iria eu, voltando para casa sozinho quando vejo entrando em um taxi duas pessoas bem conhecidas

POV KLAUS

Caroline dormia tranquilamente enquanto eu ficava sentado em uma poltrona cuidando cada movimento que o corpo dela fazia, Lizz recebeu uma emergência e não pode ficar com ela. O remorso estava me torturando e eu sabia que a única maneira de me tranquilizar era vê-la sorrindo como a conheci, a cada minuto eu me convenço que ao invés de ajuda - lá eu só atrapalhei, acabei com o resto de felicidade que ainda tinha

Levanto-me e caminho calmamente até ela pegando sua mão

– Caroline você não sabe o quanto eu sinto muito, te olhar assim é o pior castigo que eu poderia ter. Tentei de todas as formas me afastar de um modo que eu não te magoaria, mas só agora eu vi que acabei te machucando ainda mais – Falo me sentindo um babaca, quando foi que eu cheguei a esse ponto? Caminho em passos largos até a porta quando escuto uma voz doce chamando por mim

– Klaus? – me viro e vejo Caroline com os olhos meios abertos – Não... Não me deixe sozinha... Eu... Por favor

– Não vou te deixar Love – me sento na cama e novamente pego sua mão

Ela se levanta lentamente ainda fraca e encosta sua cabeça no meu ombro

– Eu... não... queria... mas – Caroline tentava falar mas ainda estava com muita dificuldade em respirar

– Sweet, descansa... Amanhã nos conversamos – ela levanta a cabeça me encarando e com dificuldade leva sua mão ao meu rosto acariciando de leve, em um impulso me abaixo selando nossos lábios, a boca de Caroline se encaixava perfeitamente na minha calmamente sinto ela arranhar meu rosto anunciando a falta de ar.

– Amanhã você vai estar aqui? - pergunta, me fazendo sorrir e voltar a deitá-la

– Eu sempre vou estar – respondo me surpreendendo com o que acabei de falar, ela sorri fechando os olhos, mas em segundos já estava com eles abertos novamente

– Pra sempre? – Eu sabia o que a minha resposta significava, sabia o peso daquelas palavras, mas não sabia o que aconteceria se respondesse o que ela queria ouvir

– Pra sempre...

Em minutos Caroline já tinha voltado a dormir, me sento outra vez na poltrona e volto a pensar no quanto minha vida tinha mudado. Agora eu conhecia um irmão perdido, mas descobri que Rebekah não era filha da minha mãe e sim da Lizz, é difícil olhá-la e não poder contar a verdade, afinal, ela foi a que mais perdeu

[...]

Respiro fundo e me levanto sentindo o desconforto em resultado de uma noite mal dormida. Dirijo o meu olhar para a cama e vejo Caroline me encarando, a sua expressão era distante

– Eu pensei que iria... – as palavras somem e ela fecha os olhos na tentativa de buscar coragem para continuar – Eu recebi mensagens... Era ele... ele não vai descansar Klaus

– Caroline se acalme, primeiro me diz que mensagens foram essas – vou até a sua cama

– Eram mensagens da Bonnei, da April e da Lexi... Mas não foram elas ou a Bonnie acordou? Mas isso não explicaria as outras – Caroline falava tudo rápido de mais, no seu tom de voz estava aparente o medo que sentia

– Love olha pra mim – levanto sua cabeça a fazendo me olhar – O que aconteceu ontem não vai se repetir... Eu te juro que não vou deixar nada de mal acontecer contigo

Sinto o corpo de Caroline se empurrar contra o meu em um abraço

– Me perdoa Klaus eu agi muito mal essa semana é que...

– Eu entendo Love

– É que... Eu queria te evitar – arqueio uma sobrancelha e ela fala algo que eu não esperava ouvir – Eu... Bom... Eu acho que me apaixonei por você

Caroline funda seu rosto no meu pescoço me causando um leve arrepio, podia sentir suas respiração ofegante e o modo com que ela mexia os dedos denunciava o seu nervosismo. Eu tentava falar algo, ou ao menos queria, mas das milhões frases que passaram pela minha cabeça todas a magoariam e eu não podia fazer isso... Não nessa situação

Como eu repetia pra mim mesmo “Por Caroline é atração, é somente a semelhança que ela tem com a Carina”, mas na maioria desses momentos eu chegava a me questionar sobre isso, será mesmo que eu não seria capaz de me apaixonar por uma adolescente que explode sentimentos? Até chegar a conclusão que não... Eu nunca amaria ela do jeito que amei Carina, porém nesses últimos dias eu voltei a me perguntar sobre a minha condição em relação a Caroline.

A saudade dos tempos em que ela falava mais do que eu podia escutar, ou quando chorava por qualquer coisa fizeram esses dias serem mais torturantes do qualquer coisa, até mais do que meu fracasso no caso de Mystic Falls.

Mas agora dizer que eu estava apaixonado por ela... Talvez seja um equivoco então apenas sussurro “Talvez o errado seja o certo”, da onde eu tirei isso? Nem eu sei, mas funcionou.

– Desculpa... Eu não queria atrapalhar – Cami cora assim que entra no quarto e nos vê

– Não atrapalhou Cami – diz Caroline sorrindo, é minha impressão ou ela esta sendo simpática? Camille me olha totalmente surpresa quando a loira levanta para cumprimentá-la

– Eu vim trazer as chaves do carro, já que você deu para o Kol – Caroline vai ao banheiro nos deixando sozinhos – Esse veneno também afeta o celebro?

– Camille quer parar? – ela assente e ri – quando Caroline discute contigo você reclama e quando ela tenta ser simpática reclama mais ainda?

– Desculpa nervosinho... Eu só estranhei – pisca e sai do quarto, no mesmo instante a enfermeira entra

Depois de sair do hospital Caroline insistiu para irmos ao Grill e depois de tudo o que ela passou eu resolvi ceder

– Enzo eu quero um Xix igual ao de ontem – peço o mesmo e ele sai

– Enziota? – ela sorri e assente – Caroline você comeu o que ontem á noite?

– Eu encomendei um Xix já que eu não sei cozinhar e ninguém estaria em casa – a olho e ela sorri não entendendo nada

– Como você é burra amor... É claro que alguém envenenou o seu jantar – Caroline arregala os olhos e balança a cabeça negativamente

– É a Elena que faz Nick... Ela teria visto – Eu nunca falaria para Caroline, mas na minha profissão ninguém escapa de suspeitas, por mais que eu ache muito difícil a Elena ter feito isso a minha obrigação é investigá-la também

– Então sua amiga trabalha aqui? E quem entregou?

– Foi o Kol que recebeu, mas normalmente é o Enzo – responde como se não fosse nada

– Seu ex? – Caroline me olha como se buscasse respostas nos meus olhos – Você é muito inocente Love

– Eu sei o que você quer dizer Klaus – dá uma pausa – Acredite... Eu assisto mais seriados de investigação do que pode contar

– Então deveria saber...

– Que pode ser qualquer um – bufa – Eu sei disso... Mas me custa acreditar que é alguém do meu circulo de convivência

– Seu o que? – Caroline me olha indignada

– Vamos comer em casa? – fala ignorando a minha pergunta

Assim que entro no carro Caroline puxa o meu rosto e começa a me beijar, com o resto de seriedade que me restava eu a afasto rapidamente

– Ficou maluca? E se alguém ver? – Ela faz uma cara confusa como se aquilo fosse impossível

– Mas o seu carro não tem peticula? – A olho pensando que estava fazendo uma piada – muito sem graça – mas ao ver a cara inocente que ela fez não consegui segurar o riso – Não tem graça Klaus

– Eu sei Love – tento me segurar pra não rir, respiro fundo e volto a dar risadas. Começo a dirigir ainda gargalhando enquanto Caroline me olhava sem entender nada

– Por que você continua rindo Niklaus? – peço desculpas e estaciono o carro

– Meu carro tem PELÍCULA sim Sweet – ela cora ficando ainda mais linda

– Eu falei uma letra errado Nick, não exagere

Passei a noite inteira sentado em uma poltrona dura tudo o que eu queria era deitar na minha cama e passar o resto da manhã dormindo, mas ao entrar no meu quarto...

– Irmão que saudades de você – Rebekah vem me abraçar

– O que você pensa que esta fazendo aqui? – pergunto e ela faz uma careta. Minha irmã sem duvida nenhuma é insuportável e mimada, consegue tudo o que quer em segundos, mas se ela pensava que iria vir aqui e me infernizar dessa vez seria diferente

– Nick você não vai me expulsar... Se é isso que esta pensando – Bufa e puxa um fio do próprio cabelo da mesma maneira que Caroline faz quando esta brava. Quem diria nos dois ligados por uma loira que convive comigo á 18 anos. Por mais estranho que possa parecer eu fiquei feliz em ver minha irmã, mas a outra pessoa não posso dizer o mesmo

– Meu filho... pensei que não iria chegar nunca - me viro e vejo Esther parada na porta com o mesmo sorriso, mas esse sorriso logo se desfaz – Acho que precisamos conversar

Concordo mas continuo falando com Rebekah alguns minutos e depois vou até o escritório falar com ela, infelizmente algo me dizia que não seria uma conversa fácil

POV CAROLINE

Depois que entrei nesse quarto me lembrei daquele momento horrível, eu podia jurar que morreria ali. Minha cabeça girava em alucinações e lembranças, por minutos eu pude sentir o que é não poder se mexer, o que é não conseguir respirar, mas foi ali que eu prometi me dar uma nova chance, superar o que aconteceu nesses meses e mostrar a todos que eu não sou só aquela garota fútil que pensavam.

O começo foi tentar me redimir com a Camiler.... Camille, afinal, eu não gostava dela pelo simples fato de... Não gostar dela, nesse momento me lembro do envelope vermelho e começo a procurá-lo

– Eu vou medir o espaço – diz uma loira entrando no meu quarto

– E quem é você? – pergunto

– Rebekah Mikaelson... Meu irmão disse que eu teria que ficar aqui então... – reviro os olhos e deixo-a falando sozinha, a garota só pode estar ficando maluca

– Onde esta o Klaus? – Kol sorri irônico e me abraça

– Bom te ver de volta Car e bem – sorrio e agradeço por tudo o que ele fez – Mas pela sua cara vejo que já conheceu minha irmã

Assinto e ele me explica tudo sobre a mãe e a irmã, também diz que Klaus mandou ela esperar pra falar comigo, mas como a garota é uma retardada já saiu mandando no meu quarto

“Nossa quanta tranqueira nesse quarto, loirinha vem aqui” grita ela, sinto meu rosto queimar e vou em passos largos até lá, pisava tão forte que o barulho dos meus saltos ecoavam, quem sabe, por toda a casa

– Nossa vai quebrar o chão – grita Damon de dentro do banheiro, já que apenas o quarto do Klaus tinha um privado.

– Caroline calma , Rebekah é mandona mais é gente boa – Cami tenta me segurar, sorrio para ela e continuo andando, eu também sou muito boa, eu sou querida, não ia discutir por bobagens... Claro que á alguns dias atrás eu já teria armado um barraco, mas agora eu sou uma pessoa descente. Respiro fundo e entro vendo ela medir cada canto do meu quarto

– Olha querida você não pode chega aqui e mandar em tudo – tento dialogar calmamente

– Claro que posso... Meu irmão é o dono – diz com um tom superior

Durante alguns minutos nos discutimos civilizadamente, até o meu celular tocar

– Calma Elena – grito ouvindo a minha amiga falar tudo rápido de mais, ao terminar de ouvi-la eu não acreditei e sai correndo atrás de Kol o encontrando na sala assistindo qualquer filme, as únicas palavras que saíram da minha boca foram

– Kol me leva para o hospital


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Notas finais do capítulo

Desculpem os erros, o próximo é um especial do assassino



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