Os Gêmeos Potters escrita por MaV1


Capítulo 8
Gringotes


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, Feliz natal e Ano Novo atrasados.



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Hagrid riu do espanto dos gêmeos. Eles atravessaram o arco e, se possível, as bocas dos gêmeos caíram ainda mais. Eles simplesmente não tinham olhos suficientes tentavam ver tudo ao mesmo tempo as loja, as coisas as portas, as pessoas, tudo era tão diferente.

Uma mulher gorducha do lado de fora de uma farmácia abanou a cabeça quando passaram por ela e disse:

— Fígado de dragão, dezessete sicles trinta gramas, eles endoidaram... —

Havia lojas que vendiam vestes, lojas que vendiam telescópios e estranhos instrumentos de prata que Harry nunca vira antes, janelas com pilhas de barris contendo baços de morcegos e olhos de enguias, pilham mal equilibradas de livros de feitiços, penas de aves para escrever e rolos de pergaminhos, vidros de poções, globos de...

Gringotes — anunciou Hagrid.

Tinham chegado a um edifício muito branco que se erguia acima das lojinhas. Parado diante das portas de bronze polido, usando um uniforme vermelho e dourado, havia...

— É, é um duende — disse Hagrid baixinho, enquanto subiam os degraus de pedra branca até o duende. Ele era uma cabeça mais baixa do que os gêmeos. Tinha uma cara escura e inteligente, uma barba em ponta e, Harry reparou mãos e pés muito compridos. O duende os cumprimentou com uma reverência quando entraram.

Em seguida depararam com um segundo par de portas, desta vez de prata, onde havia gravado o seguinte:

Entrem estranhos, mas prestem atenção,

Ao que espera o pecado da ambição,

Porque os que tiram o que não ganharam

Terão é que pagar muito caro,

Assim, se procuram sob o nosso chão,

Um tesouro que nunca enterraram,

Ladrão, você foi avisado,

Cuidado, pois vai encontrar mais do que procurou.

— Não te disse? Só um louco tentaria roubar o banco — lembrou Hagrid.

Dois duendes se curvaram quando eles passaram pelas portas de prata e desembocaram em um grande saguão de mármore.

Havia mais de cem duendes sentados em banquinhos altos atrás de um longo balcão, escrevendo em grandes livros caixas, pesando moedas em balanças de latão, examinando pedras preciosas com óculos de joalheira. Havia ao redor do saguão portas demais para contar, e outros tantos duendes acompanhavam as pessoas que entravam e saiam por elas. Hagrid, Harry e Violet se dirigiram ao balcão.

— Bom dia — disse Hagrid a um duende desocupado. Viemos sacar algum dinheiro do cofre dos Potters.

— O senhor tem a chave?—

— Tenho em algum lugar — disse Hagrid e começou a esvaziar os bolsos em cima do balcão, espalhando um punhado de biscoitos de cachorro mofados em cima do livro-caixa do duende. O duende franziu o nariz. Violet observou o duende que estava à direita pesar um monte de rubis do tamanho de carvões em brasa.

— Achei — exclamou Hagrid finalmente, mostrando uma chavinha feita de ouro. O duende examinou-a cuidadosamente.

— Parece estar em ordem. —

— E tenho aqui também uma carta do professor Dumbledore — falou Hagrid com ar importante, tirando-a do bolso do casaco.

— É sobre Você-Sabe-O-Quê que está no cofre setecentos e treze. — O duende leu a carta com atenção.

— Muito bem! — Calou, devolvendo a carta a Hagrid. — Vou mandar alguém levá-lo aos dois cofres. Griphook!—

Griphook era outro duende. Depois que Hagrid enfiou todos os biscoitos de cachorro de volta nos bolsos, ele e os gêmeos acompanharam Griphook a uma das portas que havia no saguão.

— O que é o Você-Sabe-O-Quê no cofre setecentos e treze — perguntou Harry.

— Não posso lhe contar — respondeu Hagrid misterioso — Muito secreto. Negócios de Hogwarts. Dumbledore me confiou. Meu emprego vale mais do que à vontade de lhe contar. —

Griphook segurou a porta aberta para eles passarem. Violet, que esperara mais mármore, surpreendeu-se. Eles estavam em uma passagem estreita de pedra, iluminada por archotes chamejantes. Era uma descida íngreme, em que havia pequenos trilhos. Grampo assobiou e um carrinho disparou pelos trilhos em sua direção. Eles embarcaram Hagrid com alguma dificuldade e partiram.

A princípio eles apenas viajaram em alta velocidade por um labirinto de passagens cheias de curvas. Harry tentou memorizar, esquerda, direita, direita, esquerda, em frente no entroncamento, direita, esquerda, mas era impossível. O carrinho barulhento parecia conhecer o caminho, porque Grampo não o estava dirigindo.

Os olhos de Violet ardiam no ar frio que passava rápido por eles, mas mantinha-os bem abertos. Uma vez, ela pensou ter visto uma chama no fim da passagem e se virou para conferir se era um dragão, mas foi tarde demais, eles mergulharam ainda mais fundo, passaram por um lago subterrâneo onde cresciam enormes estalactites e estalagmites do teto e do chão.

— Eu nunca sei — Harry gritou para Hagrid poder ouvi-lo — qual é a diferença entre uma estalactite e uma estalagmite. —

— Estalagmite tem um "m" — disse Hagrid — E não me faça perguntas agora acho que vou enjoar. —

— kkkkkkkk, por quê? Isso é muito legal. — disse Violet levantou-se um pouco e fechou os olhos, aproveitando o vento. Essa sensação era muito boa, o vento forte nos cabelos, Hagrid logo a puxou para se sentar— não faça isso menina, e se você cai?— Harry deu uma risada da cara que a irmã fez. O meio gigante realmente estava muito verde e quando o carrinho afinal parou ao lado de uma portinhola na passagem, Hagrid saltou e precisou se apoiar na parede para os joelhos pararem de tremer.

Griphook destrancou a porta. Saiu uma grande nuvem de fumaça verde e enquanto ela se dissipava, Harry ficou sem respirar. Dentro havia montes de moedas de ouro. Colunas de prata. Pilhas de pequenos nuques de bronze.

— Vi, vem ver isso. — chamou Harry ainda em choque.

— Oh. Meu. Deus. Incrível— disse Violet do mesmo jeito que o irmão.

— É tudo de vocês — sorriu Hagrid.

Tudo deles era inacreditável. Os Dursleys com certeza não sabiam da existência daquilo ou teriam tirado tudo mais rápido do que uma piscadela.

Quantas vezes tinham se queixado do quanto lhes custava criar Harry e Violet? E durante todo aquele tempo havia uma pequena fortuna que lhe pertenciam, enterrada no subsolo de Londres.

Hagrid ajudou os gêmeos a guardar um pouco do dinheiro em uma saca.

— As moedas de ouro são galeões — explicou ele. — Dezessete sicles de prata fazem um galeão e vinte e nove nuques fazem um sicles, é bem simples. Certo, isto deverá ser suficiente para uns dois períodos letivos para cada um, guardaremos o resto bem guardado para vocês. — Hagrid virou-se para Griphook. — O cofre setecentos e treze agora, por favor, e será que podemos ir mais devagar. —

— Nah Vamos lá Hagrid, se for mais devagar ele vai andar pra trás, não tem mais rápido?—

— Só tem uma velocidade — disse Grampo com um sorrisinho.

Viajaram mais para o fundo agora e ganharam velocidade. O ar foi se tornando cada vez mais frio enquanto disparavam pelas curvas fechadas.

Sacolejavam por uma ravina subterrânea e Harry debruçou-se para um lado para tentar ver o que havia no fundo, mas Hagrid gemeu e o puxou para trás pelo cangote. O que fez Violet rir alto, como o irmão tinha feito com ela. E ela como na viagem anterior aproveitou o vento, até que ele estava muito frio quando isso aconteceu ela sentou perto do irmão para se esquentar.

O cofre setecentos e treze não tinha fechadura.

— Para trás — disse Griphook com ar de importância. Alisou a porta devagarinho com o seu dedo comprido e ela simplesmente se dissolveu.

— Se alguém que não fosse um duende de Gringotes tentasse o mesmo, seria engolido pela porta e ficaria preso lá dentro — explicou Griphook.

— Com que frequência você vem ver se tem alguém lá dentro? — perguntou Harry.

— Uma vez a cada dez anos — disse Griphook, com um sorriso maldoso.

Devia haver alguma coisa realmente extraordinária nesse cofre de segurança máxima, Harry tinha certeza, e se curvou para frente pressuroso, esperando ver, no mínimo joias fabulosas, mas no primeiro momento achou que estava vazio. Depois notou um embrulhinho encardido no chão. Hagrid apanhou-o e o guardou muito bem no casaco. Harry tinha muita vontade de saber o que era, mas sentia que era melhor não perguntar.

— Vamos voltar para esse carrinho infernal, e não fale no caminho de volta é melhor eu ficar de boca fechada — comentou Hagrid.

Depois de mais uma viagem no carrinho descontrolado, eles chegaram à claridade do sol do lado de fora de Gringotes. Harry e Violet não sabiam aonde correr primeiro agora que tinham uma saca cheia de dinheiro. Não precisavam saber quantos galeões faziam uma libra para saber que estavam carregando mais dinheiro do que jamais tiveram na vida inteira mais dinheiro até do que Duda jamais tivera.

—Onde nós vamos agora?— Perguntou Violet com um sorriso que Harry nunca vira antes, ele sabia que depois de muito tempo, talvez até mesmo pela primeira vez, sua irmã estava feliz e isso o deixa feliz também.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, até a próximo e obrigada a quem comentou.

http://minhateca.com.br/M4v1/Documents,203308010.jpg
Mandem ideias para o nome da coruja da Violet, por favor.