Os Gêmeos Potters escrita por MaV1


Capítulo 5
The Letters From no One part 2


Notas iniciais do capítulo

Ta ai a segunda parte.
Qualquer erro por favor me avisem

11/11 percebi que meio que me contradisse os nomes do James, Vernon, etc estarão em inglês, menos o do Duda, em inglês é estranho. Então vai ficar Duda. Vou postar o novo capítulo sexta ou sábado.



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Com todas aquelas cartas voando pela casa os gêmeos viram a oportunidade para conseguirem uma, mas tio Vernon prevendo o que eles iriam fazer saiu correndo atrás deles, mas como o chão estava cheio de cartas ele escorregou e mesmo caído ele deu um jeito conseguiu agarrar os sobrinhos.

— CHEEGAA!!! NÓS VAMOS SAIR DAQUI, E AGORA. VOCÊS TEM MEIA HORA, ARRUMEM AS SUAS COISAS. NÓS VAMOS PARA BEM LONGE, UM LUGAR ONDE ELES NÃO POSSAM NOS ACHAR— Gritou tio Vernon e ainda segurando os sobrinhos ele subiu as escadas e os jogou dentro do quarto deles.

— Mamãe, o papai endoidou não foi?— Disse Duda se agarrando em sua mãe com medo da loucura de seu pai.

Uma hora depois eles tinham retirado as tábuas para passar nas portas e estavam no carro, correndo em direção a estrada. Duda fungava no banco traseiro, o pai tinha lhe dado um tapa na cabeça por atrasá-los tentando empacotar a televisão, o vídeo e o computador na mochila esportiva.

Eles viajaram no carro. E viajaram. Nem tia Petúnia se atrevia a perguntar aonde iam. De vez em quando tio Vernon fazia uma curva fechada e seguia na direção oposta por algum tempo.

— Para despistá-los... Despistá-los — resmungava sempre que fazia isso.

Não pararam para comer nem beber o dia inteiro. Quando a noite caiu Duda estava uivando. Nunca tivera um dia tão ruim na vida. Estava com fome, sentia falta dos cinco programas de televisão que queria assistir e nunca levara tanto tempo sem explodir um alienígena no computador.

Tio Vernon parou finalmente à porta de um hotel de aspecto sombrio na periferia de uma grande cidade. Violet e Harry tiveram que dividir a cama, pois seu tio só pegou dois quartos um para os adultos e outro para as crianças como dissera para a recepcionista. Duda roncou, mas Harry e Violet ficaram acordados, sentados no peitoral da janela, espiando as luzes dos carros que passavam enquanto pensavam, eles não conversavam normalmente desde a primeira carta. Harry sabia que sua irmã estava braba com ele por não ter deixado ela ler a carta na sala e ele sabia que ela tinha razão.

Comeram cereal velho e torradas com tomates enlatados frios no café da manhã do dia seguinte. Tinham acabado de comer quando a proprietária do hotel aproximou-se da mesa.

— Com licença, mas quem é Sr. Potter e Srta. Potter? É que eu tenho umas duzentas dessas na recepção. — E ergueu duas cartas para eles poderem ler o endereço em tinta verde:

Sr. H. Potter

Quarto 17

Railview Hotel Cokewrth

Srta. V. Potter

Quarto 17

Railview Hotel Cokewrth

Violet tentou pegar a carta, mas tio Vernon afastou sua mão. A mulher ficou olhando.

— Eu recebo as cartas — disse tio Vernon, levantando-se depressa e seguindo a mulher que se retirava do salão de refeições.

— Não seria melhor simplesmente irmos para casa, querido? — tia Petúnia sugeriu timidamente horas depois, mas tio Vernon não parecia ouvi-la. Exatamente o que andava procurando ninguém sabia. Ele os levou até o meio de uma floresta, desceu do carro, espiou a volta, sacudiu a cabeça, tornou a embarcar no carro e partiram outra vez. A mesma coisa aconteceu no meio de um campo arado, no meio de uma ponte pênsil e no alto de um edifício garagem. No fim daquela tarde Tio Vernon estacionara no litoral, passara a chave no carro, com todos dentro, e desaparecera.

Começou a chover. Grandes gotas batiam no teto do carro. Duda choramingou.

— É segunda-feira — falou à mãe. — O Grande Humberto vai se apresentar hoje à noite. Quero estar em algum lugar que tenha televisão. —

Segunda-feira. Isto lembrou a Harry uma coisa. Se era segunda-feira e em geral podia-se confiar que Duda soubesse os dias da semana, por causa da televisão, então o dia seguinte, terça-feira, era o décimo primeiro aniversário de Harry e Violet.

Naturalmente seus aniversários não eram lá muito divertidos, no ano anterior, os Dursley tinham-lhe dado um cabide e um par de meias velha do tio Vernon para ele e Violet. Ainda assim, não se fazia onze anos todos os dias.

Tio Vernon voltou sorrindo. Carregava um pacote comprido e fino e não respondeu à tia Petúnia quando ela perguntou o que comprara.

— Encontrei o lugar perfeito! — falou. — Vamos! Saiam todos!

Fazia muito frio do lado de fora do carro. Tio Vernon apontou para o que parecia ser um grande rochedo no meio do mar.

Encarrapitado no alto do rochedo havia o casebre mais miserável que se pode imaginar. Uma coisa era certa, ali não havia televisão.

— Estão anunciando uma tempestade para hoje! — disse tio Vernon alegre, batendo palmas. — E este senhor teve a bondade de concordar em nos emprestar seu barco!

Um homem desdentado vinha descansadamente em direção a eles, e apontava com um sorriso muito maldoso para um barco a remos velho que subia e descia nas águas cinza-grafite lá embaixo.

— Já comprei algumas rações para nós — disse tio Vernon — portanto, todos a bordo!

Fazia muito frio no barco. Salpicos de água gelada do mar escorriam pelos pescoços deles e um vento cortante fustigava seus rostos. Depois do que pareceram horas, eles chegaram ao rochedo, onde tio Vernon, escorregando, levou-os ate a casa em ruínas.

O interior era horrível, cheirava a algas marinhas, o vento assobiava pelas frestas nas paredes de tábuas e a lareira estava úmida e vazia. Havia apenas dois quartos.

Afinal as rações de Tio Vernon eram uma embalagem de cereal para cada um e cinco bananas. Ele tentou acender a lareira, mas a embalagem de cereal apenas fumegou e carbonizou.

— Aquelas cartas viriam a calhar agora, hein? — disse ele animado.

Estava de muito bom humor. Obviamente achava que ninguém teria chance de alcançá-lo ali, durante uma tempestade, para entregar cartas. Harry concordava intimamente, embora este pensamento não o animasse nem um pouco.

Quando a noite caiu, a tempestade prometida desabou ao redor deles. A espuma das altas ondas chapinhava nas paredes do casebre e um vento ameaçador sacudia as janelas imundas. Tia Petúnia encontrou uns cobertores mofados no segundo quarto e preparou uma cama para Duda ao sofá comido pelas traças. Ela e tio Vernon foram se deitar na cama cheia de calombos ao lado e deixaram Harry e Violet procurarem a parte mais macia do assoalho e se enrolarem nos cobertores mais rasgados e ralos.

A tempestade rugia cada vez com maior ferocidade à medida que a noite avançava. Os gêmeos não conseguiam dormir. Eles Tremiam e reviravam, tentando encontrar uma posição confortável, Harry viu o desconforto da irmã e chamou-a para deitar junto a ele, assim eles não passariam tanto frio, ela aceitou de imediato, não era só por que estava braba com o irmão que ela iria morrer de frio no próprio aniversario.

Os roncos de Duda eram abafados pela trovoada que começou por volta da meia-noite. O mostrador luminoso do relógio de Duda, que estava pendurado para fora do sofá em seu pulso gordo, informava aos gêmeos que dentro de dez minutos eles completariam onze anos. Deitados, eles viram seus aniversários se aproximando, Harry perguntando-se se os Dursley se lembrariam, e Violet perguntando-se onde estaria o remetente das cartas agora.

Faltavam cinco minutos. Harry ouviu alguma coisa estalar lá fora. Desejou que o teto não caísse, embora quem sabe conseguisse se esquentar se isto acontecesse. Quatro minutos.

Talvez a casa na Privet Drive estivesse tão abarrotada de cartas que quando voltasse, ela pudesse surrupiar uma.

Três minutos. Seria o mar batendo tão forte na rocha? E faltavam dois minutos, que barulho esquisito de trituração era aquela? Será que a rocha estava se desintegrando no mar?

Mais um minuto e eles completariam onze anos. Trinta segundos... Vinte... Dez... Nove... Talvez acordasse Duda, só para aborrecê-lo... Três... Dois... Um...

O casebre todo estremeceu, Harry e Violet se sentaram retos, arregalando os olhos para a porta. Havia alguém lá fora, que batia querendo entrar.


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Notas finais do capítulo

obrigada por lerem, não sei quando vai sair o próximo capitulo, mas vou tentar postar assim que puder.