Os Gêmeos Potters escrita por MaV1


Capítulo 10
The Journey From Platform Nine And Three-Quarters


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, o novo capitulo está ai.
Por favor mandem suas opiniões sobre qual casa a Violet deve ir.
Obrigada por acompanharem a Historia



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O último mês de Harry e Violet na casa dos Dursleys não foi nada divertido. É verdade que Duda agora estava tão apavorado com Harry que não queria nem ficar no mesmo aposento com eles, e tia Petúnia e tio Vernon não trancaram os gêmeos no armário nem os obrigaram a fazer nada, tampouco gritaram com eles, na verdade, sequer falaram com eles. Meio aterrorizados, meio furiosos, agiam como se a cadeira em que Harry e Violet se sentassem estivesse vazia.

Embora isso fosse sob muitos aspectos um progresso, tornou-se um tanto deprimente depois de algum tempo.

Os Potters ficavam em seu quarto, com as novas corujas e um ao outro como companhia.

Harry decidiu chamar sua coruja de Hedwig, um nome que encontrara na História da Magia. Já Violet decidiu chamar a sua de Diana, ela aprendera esse nome em uma aula de historia, Diana era a deusa na caça e da Lua na mitologia Romana.

Seus livros de escola eram muito interessantes. Deitavam-se na cama e liam até tarde da noite. Hedwig e Diana voavam para dentro e para fora da janela, quando queriam. Era uma sorte que tia Petúnia não aparecesse mais para passar o aspirador de pó, porque as corujas não paravam de trazer ratos mortos para o quarto. Toda noite, antes de se deitar para dormir, Violet riscava mais um dia no pedaço de papel que pregara na parede, para contar os dias que faltavam até primeiro de setembro.

No último dia de agosto Harry achou melhor falar com os tios sobre a ida à estação no dia seguinte, por isso desceu à sala de estar onde eles estavam assistindo a um programa de auditório na televisão. Pigarreou para avisar que estava ali e Duda deu um berro e saiu correndo da sala.

— Hum... Tio Vernon? —

Tio Vernon resmungou para indicar que estava escutando.

— Hum... Precisamos estar amanhã na estação para... Embarcar para Hogwarts. —

Tio Vernon resmungou outra vez.

— Será que o senhor podia nos dar uma carona? —

Resmungo. Harry supôs que quisesse dizer sim.

— Muito obrigado. —

E já ia voltando para cima quando tio Vernon falou de verdade.

— Que modo engraçado de ir para a escola de magia, de trem. Os tapetes mágicos furaram todos? —

Harry não respondeu, mas Violet sim.

— Eles estão tão furados como a cara de porco do seu filho —

Com isso a cara de Tio Vernon estava vermelha — Onde diabos fica essa escola afinal? —

— Não sei — disse Harry pensando nisso pela primeira vez. Tirou do bolso o bilhete de passagem que Hagrid lhe dera. — Um lugar que trouxas como vocês não vão achar, é claro. —

— Olha aqui menina, eu vou....— Vai o que? Você quer que eu te transforme em um sapo? —

— Vou tomar o trem na plataforma nove e três quartos às onze horas — leu Harry enquanto puxava a irmã para trás e ignorava o rosto vermelho de Tio Vernon

A tia e o tio arregalam os olhos.

— Plataforma o quê? —

— Nove e três quartos —

— Não diga bobagens — repreendeu tio Vernon — Não existe plataforma nove e três quartos. —

— Está no meu bilhete. —

— Loucos — disse tio Vernon — de pedra, todos eles. Vocês vão ver. É só esperar. Está bem, levaremos vocês até a estação. De qualquer maneira tínhamos de ir a Londres amanhã ou nem me daria ao trabalho. —

— Por que o senhor vai a Londres? — perguntou Harry, tentando levar a conversa para um tom cordial.

— Vamos levar Duda ao hospital — rosnou tio Vernon — Precisamos mandar cortar aquele rabo vermelho antes de mandá-lo para Smeltings. —

— Mas por que? O que seria de um.....— Violet não conseguiu terminar a sua frase pois Harry tampou a boca dela e foi a puxando escada acima — Com licença nós vamos para o nosso quarto, boa noite. —

— Porque você fez isso?— Pergunta Violet olhando chateada para o irmão

— Por que você acha? É o nosso ultima dia aqui Vi e eles são o nosso único meio de ir até a estação, você não quer deixar eles brabos, não é?! —

— É, talvez você tenha razão, só talvez, pode tirar esse sorrisinho da cara Potter. — Disse Violet meio contrariada, ela sabia que ele tinha razão, mas odiava perder a chance de irritar os tios.

— Tá certo, vem Speedy, vamos dormir. — Harry então puxou a irmã para o quarto e foram dormir.

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Harry acordou às cinco horas na manhã seguinte e estava demasiado excitado e nervoso para voltar a dormir.

Levantou-se e vestiu o jeans porque não queria entrar na estação com as vestes de bruxo, mudaria de roupa no trem.

Verificou novamente a lista de Hogwarts para se certificar de que ele e a irmã tinham tudo de que precisavam, viu se as corujas estavam bem trancadas nas gaiolas e então ficou andando pelo quarto à espera que os Dursley se levantassem. Uma hora mais tarde Violet acorda e fica como o irmão indo para lá e pra cá no quarto. Mais uma hora se passa ate que os Dursleys colocassem as malas enormes e pesadas de Harry e de Violet no carro. Tia Petúnia convencera Duda a se sentar ao lado dos primos e eles partiram.

Chegaram à estação de King's Cross às 10:30h. Vernon jogou a mala de Harry num carrinho e de Violet em outro, ele e Tia Petunia empurraram até a estação, com um gesto curiosamente bondoso por parte deles, até tio Vernon parar diante das plataformas com um sorriso maldoso.

— Bom, aqui estamos, moleques. Plataforma nove, plataforma dez. A plataforma de vocês devia estar aí no meio, mas parece que ainda não a construíram, não é mesmo. —

Ele tinha razão, é claro. Havia um grande número nove de plástico no alto de uma plataforma e um grande número dez no alto da plataforma seguinte, mas no meio, não havia nada.

— Tenham um bom período letivo — disse tio Vernon com um sorriso ainda mais maldoso. E foi-se embora sem dizer mais nada.

Harry se virou e viu o carro dos Dursley partir. Os três estavam rindo, Violet sentiu a boca seca. Que diabo iria fazer? Estavam começando a atrair uma porção de olhares curiosos por causa da Hedwig e de Diana. Teriam que perguntar a alguém.

Pararam um guarda que ia passando, mas não mencionaram a plataforma nove e três quartos. O guarda nunca ouvira falar em Hogwarts e quando Harry não soube lhe dizer em que parte do país a escola ficava, ele começou a mostrar aborrecimento, como se eles estivesse se fazendo de burros de propósito. Desesperados, Violet perguntou pelo trem que partia às onze horas, mas o guarda disse que não havia nenhum. Ao fim, o guarda se afastou, resmungando contra pessoas que o faziam perder tempo. Os gêmeos tentaram por tudo no mundo não entrar em pânico. Pelo grande relógio em cima do quadro que anunciava os trens que chegavam, só lhe restavam mais dez minutos para embarcarem no trem de Hogwarts e eles não tinha ideia de como iam fazer isso, estavam perdidos no meio da estação com duas malas que mal podiam levantar os bolsos cheios de dinheiro de bruxo e duas corujonas.

— Talvez Hagrid esqueceu de dizer que temos que fazer, tipo bater no terceiro tijolo à esquerda para entrar no Beco Diagonal.— Disse Harry olhando pra irmã começando a entrar em desespero.

— Devemos então tirar as varinhas da mala e começarmos a bater no coletor de bilhetes entre as plataformas nove e dez?— perguntou Violet irônica.

Naquele instante um grupo de pessoas passou as suas costas e eles ouviram algumas palavras que diziam...

— ... Cheio de trouxas é claro... —

— Trouxas!— Disseram os gêmeos juntos se olhando.

Harry e Violet deram meia-volta e seguiram os bruxos. Era uma mulher gorda que falava com quatro meninos, todos de cabelos cor de fogo. Cada um deles estava empurrando à frente uma mala como a deles e levavam uma coruja. O coração aos saltos, os Potters os seguiram empurrando o carrinho. Eles pararam e os gêmeos também, bem próximos para ouvirem o que diziam.

— Agora, quem vai primeiro? — perguntou a mãe dos meninos. Então todos começaram a falar ao mesmo tempo. — Vocês não podem ir todos juntos para a plataforma nove e três quartos, decidam-se. Está bem, Percy, você vai primeiro. —

O que parecia o menino mais velho marchou em direção às plataformas nove e dez. Harry observou-o, tomando o cuidado de não piscar para não perder nada, mas assim que o menino chegou à linha divisória entre as duas plataformas, um grande grupo de turistas invadiu a plataforma à frente deles e quando uma mochila acabou de passar, o menino havia desaparecido.

— Fred, você agora — mandou a mulher gorda.

— Eu não sou Fred, sou George — retrucou o menino. — Francamente, mulher, você diz que é nossa mãe? Não consegue ver que sou o George? —

— Desculpe George, querido. —

— É brincadeira, eu sou o Fred — disse o menino, e foi. O irmão gêmeo gritou para ele se apressar, e ele deve ter atendido, porque um segundo depois, sumiu, mas como fizera aquilo?

Agora o terceiro irmão estava se encaminhando rapidamente para a barreira, estava quase lá e, então, de repente, não estava mais em parte alguma.

E foi só.

— Com licença senhora — dirigiu-se Harry educadamente à mulher gorda.

— Olá, queridos. É a primeira vez que vão a Hogwarts? O Rony é novo também. —

Ela apontou o último filho, o mais moço. Era alto, magro e desengonçado, com sardas, mãos e pés grandes e um nariz comprido.

— É — respondeu Violet, — A coisa é, a coisa é que não sabemos como... —

— Como chegar à plataforma? — disse ela com bondade, e os gêmeos concordaram com a cabeça.

— Não se preocupem. Basta caminhar diretamente para a barreira entre as plataformas nove e dez. Não parem e não tenham medo de bater nela, isto é muito importante. Melhor fazer isso meio correndo se estiverem nervosos. Vão, vão antes de Rony. —

— Hum... Ok. —

E Harry se virou para Violet, pronto pra falar que ele ia primeiro, mas ela não estava mais ali, ela estava andando ate a barreira. Parecia muito sólida.

Ele então seguiu a irmã e começou a andar em direção a ela. As pessoas a caminho das plataformas nove e dez o empurravam. Harry apressou o passo, Violet tinha desaparecido! Ele ia bater direto no coletor de bilhetes e então ia se complicar, curvando-se para o caminho ele desatou a correr, a barreira estava cada vez mais próxima. Não poderia parar, o carrinho estava descontrolado, ele estava a um passo de distância, fechou os olhos se preparando para a colisão...

E ela não aconteceu... Ele continuou correndo. Abriu os olhos.

Uma locomotiva vermelha a vapor estava parada à plataforma apinhada de gente. Um letreiro no alto informava “Expresso de Hogwarts 11 horas”. Harry olhou para trás e viu um arco de ferro forjado no lugar onde estivera o coletor de bilhetes com os dizeres “Plataforma Nove e três quartos” na frente a sua irmã estava pulando de felicidade. Eles Conseguiram. Eles estavam indo para Hogwarts.


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Notas finais do capítulo

Até o próximo capitulo e qualquer erro me avisem, por favor.