B – De Banho

Depois do retorno deles da Ilha Tenroujima para casa, Natsu andava com uma estranha obsessão: Espiar Lucy no banho.

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Entrou lentamente no apartamento dela. Nenhum sinal da loira. Utilizou-se de sua apurada audição e constatou que Lucy estava no banho. Perfeito!

Será que agora conseguiria? Visto o desafio pela frente, seus olhos ficaram em chamas em sinal de empolgação. Foi em direção ao banheiro na ponta dos pés.

Quem visse aquela cena acharia cômica.

Quando ele estava próximo à porta, Natsu ouviu um suspiro cortante vindo de dentro. Ele grudou o ouvido na porta.

Para alguém que tivesse a mente maliciosa, pensaria que Lucy fazia outra coisa. Natsu podia ser lento, mas aquilo não escapou da mente dele. “Que raios ele estaria fazendo no banho?”.

Estava tentado abrir a porta, mas se a amiga o pegasse ali, definitivamente estaria morto. Lucy podia aparentar ser fraca, mas tinha uma mão pesada, e o garoto sabia muito bem disso.

Empurrou a porta alguns centímetros criando uma boa fresta. Ela já esperava ver as curvas generosas da loira em meio ao vapor do chuveiro que tomava o banheiro. Mas não foi isso que viu.

Abriu mais a porta sem fazer barulho para constatar. Ali então viu a cabeça dela saindo pra fora da banheira. Perigosamente, se aproximou mais.

Foi se aproximando, se aproximando e... Lucy estava dormindo?!

Natsu, olhou confuso para aquela cena e então escutou ela suspirar novamente. O Dragon Slayers chegou mais perto. Se ela acordasse, seria um mago morto.

Ela parecia balbuciar alguma coisa. Apurou sua audição.

—N-não! N-não, assim não – Ela disse e suspirava. – Natsu!

Ele arregalou os olhos. Então ela estava sonhando com ele?!

— Não toque ai! – Ela voltou a falar. – Cócegas não, Natsu! – Arfou.

A Curiosidade do Dragon Slayer apenas aflorou. Ele estava disposto a ouvir mais.

— Por que não, Lucy? – Ele arriscou dizer.

— Porque... Isso não é legal. – Ela não parecia muito firme.

— Eu paro se você quiser – Ele disse se aproximando da banheira. E acho adorável ver a loira corando ao escutar isso.

— I- isso! Pare – Disse parecendo sem graça. – Só não vá embora – Sussurrou.

— Por que não, Lucy? – Perguntou curioso.

Um silêncio se seguiu e Natsu percebeu que ela franzia a testa. Receoso que ela fosse acordar, decidiu se afastar. Mas ele não teve tempo.

— Não quero ficar sem você. – Sussurrou Lucy paralisando o rapaz.

Ele a fitou por um instante. Ela estava ali, linda naquela banheira cheia de espuma, parecendo tão vulnerável dormindo. Ele não podia negar que aquela imagem mexia com seus nervos.

— Bonita... – Disse sem perceber, e assim que viu estava abaixado perto da banheira. Perigo!

Viu Lucy sorrir.

Antes que algo mais acontece, escutou um barulho vindo da sala de Lucy. Quem poderia ser?

Um barulho de algo caindo o alarmou. Inspirou para sentir o cheiro e se assustou ao reconhecer. Ah não pode ser..!

—Lucy! Está aí? – Gritou Erza – Não tem torta na geladeira.

Definitivamente era um mago morto. Viu Lucy se mexer parecendo que ia despertar. Começou a suar frio.

“Estou morto! ”, pensou.

Então viu a janela pequena do banheiro iluminada pelo fraco sol da tarde e sem pensar duas vezes se atirou ali. Era uma boa altura dali até o chão. Mas era um mago e aquilo não seria problema.

Ufa! Foi por pouco. Dali escutou o som que vinha da casa da maga estelar e constatou que Erza despertou a loira. Esta não parecia muito feliz com a invasão da Titânia.

Mas aquilo já era rotina.

Sentindo-se aliviado, foi caminhado até a Guilda.

Quem diria que sua curiosidade despertaria os acontecimentos dessa tarde. Algo pequeno, mas com um significado tão especial. Sorriu pra si mesmo.

Nunca foi tão interessante espiar Lucy no banho.