Negociando com o Inimigo escrita por Dani R


Capítulo 7
VII - Stuck in the Middle


Notas iniciais do capítulo

Aí pessoal! Não demorou nada dessa vez, né? Haha. Mas não se acostumem :P A música do capítulo de hoje é Stuck in the Middle do Boys Like Girls (www.youtube.com/watch?v=una47Fksves), cuja banda é a minha favorita e eu tava me coçando pra colocar uma música deles nessa fanfic. Quem sabe vai ter outra? aiusfhsakj Espero que gostem, porque ta emocionante! xx



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You push and then you shove
You hate and then you love
You try to switch it up
But you’re stuck in the middle
No matter what you do
No matter how you choose
Well, either way you’re gonna lose
When you’re stuck in the middle
I guess this time I’ll wait it out

Biblioteca; 4 de Dezembro de 2022; 5h18min PM

Como algumas pessoas conseguiam ficar horas e mais horas estudando? Dominique estava na biblioteca para fazer as lições atrasadas havia menos de 20 minutos e já não aguentava mais. Ela estava pensando seriamente em fingir um enjoo forte para faltar por uma semana. Poderia usar vomitilhas.

Mas não. Faltavam poucos meses para os N.I.E.Ms e mesmo não sendo uma aluna cem por cento dedicada ela gostaria de ser alguém. Ela teria que começar a ser mais responsável em relação aos estudos mais cedo ou mais tarde.

Dominique estava quase no final do dever de Transfiguração quando alguém sentou rapidamente do lado dela.

— Eu. Você. Piquenique. Agora. — Ela ouviu a voz ofegante de James e se virou para ele, vendo a grande cesta em sua mão e rindo de seu cansaço.

— Como um encontro? — Perguntou, fazendo careta.

— Interprete como quiser, loirinha. — Dominique revirou os olhos ao ouvir o apelido, e James piscou. Ela riu e se virou de novo.

— Tenho que estudar, desculpa. — Ela tentou voltar a prestar atenção nos estudos, mas o primo a observava como uma coruja. Dominique lançou um olhar estranho para ele, e voltou a falar. — Perdeu algo, Potter?

— Desculpe, mas será que eu ouvi direito? Dominique Weasley estudando? — James começou a gargalhar e Dominique ficou irritada, bufou e revirou os olhos antes de voltar aos estudos. Ao ver a irritação da garota, ele tentou fazer com que ela voltasse a olhar para ele. — Dominique, Dominiquezinha, Nique?

Com o apelido que ele a chamava quando eram crianças e começo da adolescência — na época que ela tinha uma quedinha por ele — ela se despertou, mas suspirou.

— Você está muito chato e ao mesmo tempo simpático hoje, Sirius. O que você quer? — Ela perguntou com exaustão na voz.

— Eu não sei, só estava com vontade de fazer um piquenique e pensei em você. Mas se não quiser, beleza. Eu chamo a Lily ou sei lá quem mais. — Ele disse com a voz mais baixa e mais desanimada.

Dominique concluiu que não parecia ser fingimento, então cedeu. Ela deu um sorrisinho e assentiu. James retribuiu o sorriso e com uma mão puxou Dominique para fora da biblioteca e com a outra carregava a cesta — e quase deixava toda a comida dentro cair no chão.

Parte misteriosa dos jardins; 4 de Dezembro de 2022; 6h02min PM

— James? Pode me dizer onde estamos indo agora? — Dominique andava perguntando isso a cada três minutos. James vendou os olhos dela e a guiava até o lugar misterioso que ele falara. James apenas ria da prima e respondia:

— Calma. É surpresa e você logo verá.

Mas Dominique era impaciente. Isso não era novidade para ninguém. Ela estava louca de curiosidade para saber onde o garoto estava a levando. Principalmente porque não aguentava mais sentir a brisa extremamente fria de Dezembro em seu rosto, aquilo fazia seu nariz congelar.

Finalmente ela sentiu a faixa cair de seus olhos e ela ficou admirada: embora levemente branco por causa da neve, era um vasto espaço de terreno com flores e árvores exóticas (e lindas!). No momento fazia o pôr-do-sol perfeito.

Ela não acreditava; era lindo. Era perfeito. Ela vislumbrava o lugar com certa admiração e surpresa, e sua expressão fez James sorrir.

— Gostou? — Perguntou. Dominique virou para trás para vê-lo e abriu um sorriso enorme.

— Você está brincando? É maravilhoso! — Ela respondeu com uma felicidade e animação que ela não sentia há muito tempo. Aquele tipo de animação real. Ela não estava fingindo para impressionar ninguém ou para aparecer. Ela estava realmente animada e feliz.

— Fico feliz por isso. Mas que tal comermos agora? Eu tô morrendo de fome. — Ele disse, e Dominique concordou. Ela se sentou na neve enquanto esperava James voltar com a cesta de comida e admirava o sol se pondo.

Ela não conseguia se enjoar da beleza daquele lugar.

— Voltei. — Ela ouviu a voz de James que se aproximava dela até que sentou ao seu lado com a cesta de comida na frente deles. — Tudo isso fui eu que fiz… Então se quiser está liberada para queimá-la aqui mesmo e fugir para comer a comida de Hogwarts.

— É capaz de eu fazer isso mesmo. — Eles riram e pegaram sanduíches da cesta. Surpreendentemente, Dominique pegou um sanduíche muito bom de sardinha e maionese. — Eu sei que é só um sanduíche, mas James, isso está muito bom!

— Sério? — Ele perguntou, completamente surpreso com si mesmo. Dominique assentiu e ele levantou a sobrancelha. — Se quadribol não fosse meu negócio, eu provavelmente iria investir na carreira de cozinheiro.

— Calma, é cedo ainda. É um sanduíche. — Ela respondeu, rindo do garoto.

— Ah, mas continua estando gostoso. Assim como eu.

O comentário de James fez Dominique gargalhar tão alto que a garota quase passou mal ali mesmo.

— E adivinha o que tem de sobremesa… — James tirou da cesta vários sapos de chocolate, o que fez Dominique vibrar de alegria. Fazia tempos que não comia um daqueles. — Já completei a minha coleção, se quiser ficar…

— Pode deixar. — Respondeu, comendo os sapos e vendo as figurinhas. — Nah, Morgana. Já devo ter pego umas mil dela desde criança. — Ambos riram e continuaram comendo os sapos de chocolate sem falar nada.

Assim que terminaram, ficaram se olhando, e se olhando, e se olhando mais… Mas Dominique levantou-se.

— Foi tudo muito bom James, muito obrigada. Mas acho que já vou… — Antes que Domi pudesse terminar de falar, James levantou e colocou o dedo indicar nos lábios dela.

— Calma que ainda não terminou. Vamos fazer um… Sei lá… Jogo de perguntas?

Dominique ficou confusa de relance, mas logo concordou. Eles voltaram a se sentar e ficaram se olhando de novo.

— Hum… Pode começar. — Ele disse. Dominique suspirou e se concentrou.

— Ok, deixa eu ver… — Ela fechou os olhos, tentando pensar. — Sou a primeira garota que você mostra este lugar?

— Sim. — James respondeu, o que fez a Weasley abrir um sorriso automaticamente. — Numa escala de um à dez, o quanto você gostou de estar aqui?

— Onze. — Ela respondeu, e os dois riram. Ela pensou numa pergunta de novo. — Você não está fazendo isso pra me impressionar, está?

— Você só está fazendo perguntas inseguras, Domi… — Ele riu fraco, mas tomou forças para responder. — Acho que não. Eu só queria passar um momento com você porque eu… Eu… — Ele se trancou nesse exato momento e não conseguiu mais falar.

— Você?…

— Eu… Eu… — “Ah, qual é James, você consegue. Não é nem aquela frase de três palavras e você já está nervoso” pensava. James respirou fundo e finalmente achou um jeito. — Eu senti sua falta, Dominique. E Merlin, como foi difícil admitir.

— Sentiu falta de mim?… Mas em que sentido?

— No sentido sentir a sua falta, Dominique. De ser seu amigo. Só percebi isso depois da festa, quando nós dois falamos o que sentíamos. O fato é que nós dois ficamos vazios depois que passamos a nos ignorar. Quem sabe, voltando a ser amigos, não voltamos a ser quem éramos?

— A questão é que James, eu não quero voltar a ser quem eu era. Eu quero ser alguém melhor, mas eu nunca vou conseguir. Você não entende? — Ela respondeu, cabisbaixa. Pelo jeito aquele assunto estava deixando Dominique um pouco abalada. E ela já nem sabia o porquê.

— Então vamos pelo menos tentar. Juntos. Está bem? — James agora falava mais baixo e com a voz mais doce, parecendo compreender o que Dominique dissera.

Ela voltou a olhar para ele com os olhos marejados e concordou, assentindo. Logo as lágrimas começaram a rolar em seu rosto, e a garota não conseguia evitar. Toda a vida dela passou em frente dela.

E quase sem Dominique perceber, James tocou em seu rosto e tentou enxugar as lágrimas que caíam sem parar. E então, ela se viu nos braços do garoto.

Orfanato Foster, Paris; 4 de Dezembro de 2022; 8h27min PM

Era o último orfanato da região de Paris que Harry visitava; e nada da tal filha da Bellatrix. Ele realmente estava pensando em desistir do caso, quem sabe a garota nem sabia de nada disso.

Mas não, ele não iria desistir. Era Harry Potter. Precisava ter certeza de tudo antes de concluir um caso misterioso como aquele.

O orfanato se chamava “Orfanato Foster” e era um prédio histórico bem parecido com os ingleses muito grande, velho e sujo. — eram essas as horas em que Harry agradecia por ter pelo menos tido os tios para criá-lo — Certamente um lugar perfeito para Bellatrix abandonar sua filha.

Ele tocou a campainha de ferro que já estava extremamente oxidada. Nota: Lavar muito bem as mãos quando chegar em casa. Uma mulher baixinha e rechonchuda com cara de poucos amigos o atendeu.

— O que você quer? — Perguntou a mulher, completamente grossa. Harry ficou sem jeito e respirou fundo; sentiu a poeira do lugar adentrar em seu nariz.

— Eu… Será que eu posso falar com… Hm… A administração do orfanato?

— Pra quê?

— É importante. Pode me levar pra lá, por favor?

A mulher ficou olhando para Harry como se ele fosse um verme, mas começou a andar. Sem escolha, Harry decidiu segui-la.

Ela abriu a porta e uma mulher velha, magra e alta com a expressão muito rígida — que lembrava Harry de McGonagall — apareceu, olhando curiosamente para ele.

— Em que posso ajudá-lo? — Perguntou, com o tom de voz igualmente rígido. Harry jurava que podia se sentir na adolescência novamente.

— Eu queria saber algo de uma órfã. Queria saber se ela já morou aqui.

— Algum nome?

— Apenas o sobrenome. Lestrange. — Harry comprimiu os lábios, e a mulher fazia uma cara pensativa.

— Lestrange… Ah, sim! Lembro-me dela! — Aquela declaração fez Harry erguer as sobrancelhas, pois ela nem precisou pegar uma pastinha com os dados. — Ursula Lestrange. Estranha, muito estranha. Ela era bastante irritada e curiosamente nesses momentos, ela fazia coisas como chover, nevar ou pedaços do teto caírem sobre os colegas que irritaram-na. Difícil de esquecer dela. Mas não posso ajudá-lo, senhor. Uma mulher muito alta, como eu nunca vi na vida, veio buscar ela quando ainda garotinha, há muito tempo atrás.

Harry estava prestes a dizer algo, mas foi surpreendido com Hermione gritando seu nome até achá-lo. Ela estava chorando. Ele correu até ela e colocou as mãos em seus ombros.

— Hermione, o que houve? Diga-me. — Ele não havia visto ela chorar daquele jeito há muito tempo.

— Harry, é a Ginny.

Parte misteriosa dos jardins; 4 de Dezembro de 2022; 9h30min PM

James e Dominique dormiam tranquilamente sobre a neve. Estavam abraçados e juntos de uma forma que podiam sentir as batidas dos corações um do outro. Assim que Dominique acordou, James acordou também, pois sentiu a garota se mexendo.

— Já vai ir? — James perguntava com a voz rouca e sonolenta. Dominique abriu um sorriso triste.

— Acho que sim. — Respondeu, tentando sair dos braços do garoto. Mas ele a puxou para ainda mais perto.

— Fique. — Ele dizia, beijando a cabeça dela. Mas ela se levantou, e estendeu a mão para ele se levantar também.

— Esqueceu que estamos em Hogwarts? — Dominique riu fraco, e James fez uma careta.

— Pior que me esqueci mesmo. — Ele pegou a mão de Domi e se levantou, e eles começaram a fazer o caminho de volta à Hogwarts.

James contava histórias engraçadas de sua vida — principalmente no quadribol — e Dominique ria de todas elas. Os alunos de Hogwarts que os viam estranhavam, pois nunca viram Dominique tão feliz.

O garoto fez questão de acompanhar Domi até o Salão Comunal da Sonserina, e assim que chegaram na frente da porta, eles se olharam.

— Obrigada por hoje, James. Nunca me diverti tanto na minha vida.— Ela sorriu, pegando a mão dele. James se surpreendeu com o ato.

— Se você precisar de mim, para qualquer coisa, é só me chamar. — Ele disse, pegando a outra mão da garota. — Vamos conseguir, Domi. Eu prometo. Tudo vai melhorar.

Dominique sacudiu a cabeça, assentindo e James depositou um beijo na testa da garota, despedindo-se dela.

Ele estava feliz. Não aquela felicidade que sentia depois de ficar com uma garota hiper gostosa. Ele estava feliz porque algo simples, porém para ele maravilhoso, acontecera. E com uma pessoa que ele nunca pensara que faria tal coisa.

— James, James! — De repente, ele ouvira a voz embargada de Roxy chamando-o. Ele correu em direção a voz, completamente preocupado com a prima.

— Rox, o que aconteceu? — Ela chorava desesperadamente. James começara a ficar mais preocupado ainda.

— É-É a sua mãe… Ela… Ela… Ah, James.

— Minha mãe? O que aconteceu com ela? Roxanne, por favor, fale! — Ele pedia, ansioso e quase gritando.

— James, a tia Ginny morreu.

Someday things will be perfect
It’ll be worth it all this time
Stuck in the middle
I know things’ll get better
Hold it together
Take your time
We’re stuck, stuck in the middle


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Notas finais do capítulo

HAHAHAHAHAAAAAAA MATEI A GINNY QUE É A MINHA PERSONAGEM FEMININA FAVORITA DOS LIVROS.
EU MORRI JUNTO.
HE
ADEUS E ATÉ A PRÓXIMA PESSOAL
AMO VOCÊS, CÊS SABEM NÉ??????



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