Iterum Te escrita por VenusHalation


Capítulo 5
Capítulo 5 - Pedras




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Kyle havia tentado ocupar a cabeça nos minutos seguintes e concluiu que a melhor forma de fazê-lo era, em primeiro lugar, trocando o lençol desajeitadamente amarrado na cintura por suas calças – jogadas no chão de qualquer jeito – e colocando a roupa de cama de volta no lugar. Julgou, também, ser interessante sair do quarto depois de arrumá-lo e acabou sentado no sofá na pequena sala de estar, onde, inclusive, havia encontrado a camiseta preta que usava na noite anterior e seus sapatos. O homem apoiou os cotovelos nos próprios joelhos e juntou as mãos abaixo do queixo, tentando parecer racional e lembrar-se de pelo menos metade das coisas que tinha feito na noite anterior, tudo era incomodo, inclusive a forte dor de cabeça, não lembrava de uma ressaca tão forte desde a sua festa de formatura.

Começou a observar cada canto do apartamento como se fizesse um caminho inteiro até o quarto, até porque, ele não se lembrava nem como os dois chegaram ali, mas se esforçando, conseguia obter flashes dos dois no mesmo sofá em que estava sentado naquele exato momento. E eram boas memórias recuperadas, mesmo que ele não quisesse admitir para si mesmo enquanto balançava a cabeça negativamente tentando manter o foco no cenário. Os olhos foram parar em uma pequena cômoda em uma parede no canto que por algum motivo o fez levantar.

Não havia nada de especial no móvel, apenas alguns porta-retratos, – com fotos do que ele julgou serem os pais da garota e fotos com as amigas que ele já conhecia como esposas dos seus próprios amigos. – um livro de capa dura que trazia fotos de paisagens naturais ao redor do mundo e uma caixa de música em prata envelhecida e manchada que, por motivos estranhos, causou curiosidade. Quando ele abriu não havia som, mas uma pedra rosa e translúcida cuidadosamente alojada no forro de cetim azul escuro. Tocou a superfície lisa e fria do objeto e sentiu uma pontada terrível na cabeça. Uma imagem desfocada de um cenário branco – o qual ele não soube definir – passou rapidamente pela sua visão.

– Maldita ressaca! – Levou uma das mãos à têmpora.

– Kyle, você está bem? – Minako estava saindo do quarto quando o viu tontear e adiantou-se apara apoiá-lo.

– Ah... Sim, eu acho que bebi demais, só isso. – Ergueu o corpo se nada tivesse acontecido.

– Certo, sente-se no sofá, pelo menos! – Olhou para trás e viu a caixinha aberta, o coração apertou e fechou a tampa de prata sem que ele percebesse.

– Então, Mina... – A dor de cabeça havia passado da mesma forma que veio. – Quer conversar sobre...

– O que aconteceu? – Completou a frase sentando-se ao lado dele.

– É. – Buscou o olhar dela, podia notar que ela sentia vergonha. – Mina, eu disse lá dentro e vou repetir: Não é sua culpa, está bem?

– Achei que tínhamos concordado que morreria ali.

– Concordamos, mas eu não quero que você pense que eu estou usando você ou algo semelhante. – Suspirou pesadamente. – Olha, eu sei que nada do que eu disser vai fazer soar como se eu fosse uma pessoa menos horrível, mas eu gosto de você e não queria estragar tudo, droga!

– Você está discutindo sozinho. – Jogou a cabeça para os lados e lançou ao prateado um sorriso compreensivo. – Eu já disse que está tudo bem e que nada aconteceu.

– Mina...

– Nem sei do que você está falando! – Levantou as duas mãos como se estivesse se rendendo.

– Até eu esqueci. – Assentiu com a cabeça, entendendo que ela não iria querer falar sobre isso tão cedo.

– Quer tomar café? – Apontou para a cozinha. – Sei fazer waffles.

– Você não existe! – Balançou a cabeça e riu abertamente, não acreditava que ela estava fazendo piada com a situação.

Para Minako, a melhor alternativa depois do ocorrido foi simplesmente deixar Kyle ir embora depois do café, ligar no escritório dizendo que não se sentia bem e se jogar na cama para absorver – ou pelo menos tentar – as ações de noite anterior. Ela esteve com Kunzite, fazendo uma coisa que ela só tinha lembrança de milênios, havia o fraco cheiro dele em seus travesseiros e uma dor de cabeça horrível e o pior era não se lembrar de quase nada – ela nunca teve muito talento para beber, de qualquer forma –, ela queria morrer e ponderou bastante sobre levantar daquela cama, correr até o palácio de cristal e implorar de joelhos para Setsuna deixá-la passar pelos portões do tempo, não para consertar tudo, mas para avisar o seu eu do passado que poderia fazer tudo de novo estando sóbria, para pelo menos dizer que as lembranças valeriam à pena já que não havia esperança alguma de que se repetissem.

Jogou um travesseiro no próprio rosto tentando se desligar do mundo, mas o mundo não queria muito isso e sua campainha começou a tocar. Pensou em ignorar, mas depois da quarta vez foi impossível. Fez um pigarro como uma criança mimada antes de se levantar e ir até a porta.

– Minako Aino! – Usagi entrou no apartamento e andou de um lado para o outro animadamente. – É bom você se explicar muito bem, pois, eu não entendi por qual motivo você não me ligou!

– Usa... Do que você está falando? – Falou arrastada enquanto empurrava a porta de volta pro lugar.

– Do que eu estou falando? Do que... eu... estou... falando? – Soltou uma risadinha histérica bem “Usagi” de ser. – Não sei se você se lembra, mas hoje é dia de você dar o treinamento a Cere-Cere. Então, você não apareceu no palácio e eu liguei no seu escritório, a secretária disse que você não estava se sentindo bem e não foi trabalhar, eu fiquei preocupada e vim até aqui. Achei que você estivesse doente ou algo do tipo, afinal, você nunca deixou de dar nenhum treinamento ou de trabalhar, mas quando eu cheguei eu vi um certo cara de cabelo prateado sair do seu prédio! – Disse quase sem respirar entre as palavras.

– Usagi, me desculpe! – Levou uma das mãos a boca, realmente, tudo havia mexido com sua cabeça a esse ponto?

– Desculpe? – A rainha lunar jogou os braços em volta do pescoço da outra e começou a rir. – Deus, eu não poderia estar mais feliz! Agora ele volta pra guarda, Mamo-chan vai ficar tão feliz quando souber e...

– Ei, espera, calma! – Tentou afastar Usagi, sem muito sucesso. – Nós fizemos algo muito errado!

– Então vocês fizeram, é? – Semicerrou os olhos em deboche e olhou diretamente para ela.

– Estávamos bêbados! - Afastou a amiga e lhe lançou um olhar sério. – Olha, Usa, esquece isso.

– Mina... – Conhecia bem aquela expressão. – Vocês não...

– Ele ainda não lembra de nada. – Apertou os punhos ao lado do corpo até quase os nós dos dedos ficarem brancos.

– Mas ele vai se lembrar, não fique assim...

– Olha, Usa... – Suspirou pesadamente. – Eu achava que eu queria que ele se lembrasse, mas eu vi a culpa dele hoje, entende?

– Culpa do quê? – Era muito difícil ver o tom de voz com seriedade vindo dela. – Deus, você espera por Kunzite desde o Milênio de Prata, V-chan! O que há de errado?

– Kyle tem uma pessoa que é boa para ele e o faz muito feliz, eu vi como ele ficou chateado pelo que aconteceu. – Passou uma das mãos pela franja. – Eu tenho meus deveres e, olha só, eu faltei com eles hoje!

– Não mude de assunto...

– Ele não é Kunzite, ele é só uma sombra! – Voltou até a saída do apartamento e abriu a porta. – Se você não se importar, minha rainha, eu preciso sair para treinar uma futura guardiã, mesmo que com atraso.

– Não sei como você pode ser proclamada senshi do amor. – O tom de decepção Usagi fez bem enfático. – Dizer que ele é uma sombra é como dizer que tudo o que vivemos até hoje é uma mentira. Eu, Mamo-chan, as meninas... Tudo pelo que lutamos até hoje é uma sombra? O amor que você sente por ele, V-chan, é uma mentira?

– Por favor, majestade...

– Não precisa desse tom pomposo comigo, Venus! – Saiu batendo o pé pelo corredor. – Eu estou indo embora, já! – Virou-se desaparecendo escadas abaixo, sem ao menos se preocupar em chamar o elevador.

Minako sufocou o choro e a frustração. Ceres iria ter um treinamento realmente puxado naquela tarde.

oOoOo

Kyle não conseguira editar nem metade das fotos que pretendia. Nos últimos três dias, a imagem que surgira em sua mente quando tocara aquela pedra na casa de Mina o fizera perder o foco totalmente, como se já não fosse o suficiente ter feito o que tinha feito com ela. O que também o incomodava, mas bem menos do que ele achou que incomodaria. Era estranho, mas sentia uma culpa quase nula ao lembrar dos poucos momentos da noite em que ambos acabaram bêbados, a coisa só ficava realmente incomoda quando ele pensava em Aiya que, há essa altura, já não dava notícias.

Fechou o notebook em que trabalhava e respirou fundo, massageando a testa vagarosamente e pegou o celular, nenhuma mensagem de Minako o dia inteiro. O que era extremamente desconfortável, afinal, desde o dia em que saíram pela primeira vez trocavam inúmeras o dia inteiro.

– Certo, Kyle, você é um idiota! – Disse em voz alta, para si.

– Tenho que concordar, definitivamente!

– O que? – Olhou para o celular, de onde o som vinha. – Jun?

– Não, Samara Morgan! – Soltou um riso abafado. – Sete dias!

– Quando eu liguei pra você?

– Você não ligou, você me atendeu! – Recebeu um longo silêncio de volta. – Certo, você parece meio perturbado.

– Eu estou bem.

– Claro que está, você saiu do apartamento da Minako furtivamente! – Cantarolou a última parte como se fosse a melhor coisa do mundo.

– Jun, eu... Ai merda! – Comelou a bater os dedos nervosamente sobre a mesa. – Como você soube?

– Em resumo: Usagi contou pra Rei.

– Mina contou para Usagi?

– Não, Usagi viu você sair de lá.

– Então você resolveu me ligar como uma velha fofoqueira?

– Não. – Jun realmente estava se divertindo com a situação. – Apenas dizer que... Estamos com você, quer conversar?

– Eu realmente não quero falar sobre isso. – Cortou. – Olhe, Jun, não entenda mal, mas... Eu prometi a Minako que isso não tinha acontecido.

– Mas aconteceu.

– Aconteceu.

– Era só isso que eu precisava saber. – Apertou os lábios. – Fica na boa e... Precisando conversar...

– Eu procuro por você, pode deixar.

– Na verdade, eu ia dizer para procurar a Mina, ela é melhor nessas coisas.

– É, ela é. – Desligou o celular e discou o número da garota logo em seguida.

Tentou três vezes até se dar conta de que ela deveria estar trabalhando. Olhou o relógio pendurado na parede do estúdio e levantou rápido, pegou a chave do carro e dirigiu pelas quadras rapidamente, driblando o trânsito de Tóquio. Kyle parou em frente ao prédio comercial e, por milagre, havia uma vaga onde ele conseguiu fazer a baliza perfeita. Saiu do veículo e encostou do lado do passageiro, em menos de um minuto a bela advogada estava lá, andando distraidamente pela rua. Ela teria conseguido chegar até o metrô rapidamente, se ele não a tivesse segurado.

– Kyle? – Olhou assustada ainda com o braço preso pelo toque dele.

– Mina, por favor, não se afaste. – Soltou-a com medo de machucá-la. – Sinto falta das suas mensagens.

– Oh... Kyle! – Começou a gargalhar. – Me desculpe, eu só... Achei que você não queria mais minha presença.

– Somos dois orgulhosos, não é? – Coçou a nuca.

– Sim, nós somos.

– Ainda amigos? – Estendeu a mão.

– Amigos! – Apertou de volta.

– Quer beber alguma coisa?

– Café, e nada mais do que café! – Revirou os olhos, era bom tê-lo por perto de novo.

– Café sempre foi uma das melhores escolhas.

– Desde que não derrube na camisa de ninguém. – Brincou.

– Ainda acho uma excelente escolha.

Caminharam juntos até o Starbucks onde tudo havia começado, ou pelo menos parte de tudo. Embora parecesse estranho, para Mina, era melhor tê-lo ao seu lado como um perfeito friendzone do que perdê-lo pra sempre. Por isso havia deixado tudo como ele queria que fosse, como se toda aquela ligação fosse só aquilo, talvez devesse ter sido amizade desde o milênio passado e eles tivessem entendido errado. Enfim, se davam bem assim.

Sentaram em uma mesa ao lado de uma grande vidraçaria que dava a vista pra todo o lado de fora enquanto compartilhavam a vida comum dos últimos três dias sem se comunicarem. Riam, trocavam olhares, mas mantinham a mesma distância cautelosa de outrora.

– Então... Aiya está sem dar notícias mesmo?

– Sim, mas ela volta no final da semana e eu estou preparando uma surpresa.

– Hm... – Olhou para fora, já estava escuro. – Uma surpresa?

– Desde que nos mudamos pra cá eu estou planejando isso, na verdade. – Começou a olhar como as luzes de Tóquio refletiam no azul dos olhos dela. – Mina... Se você fosse ser pedida em casamento, qual anel você gostaria de ganhar?

– Eu... – Seu estômago deu voltas e parou alguns minutos olhando pra frente. – Um anel com de kunzita. – Olhou para baixo tristemente.

– Kunzita?

– É uma pedra semipreciosa rara, rosa ou violeta translúcida. – Mordeu os lábios.

– Como aquela que você tem dentro da caixa em sua casa? – Desviou o olhar para cima.

– Sim, exatamente ela. – Agarrou o copo a sua frente com as duas mãos e tentou sorrir. - Para os gregos essa pedra transmitia ao seu possuidor o verdadeiro amor. Para o esoterismo, faz sentir amor profundo, guarda o coração e cura grandes dores na alma.

– Você parece entender muito sobre pedras. – Riu baixo. – Pesquisa muito sobre elas?

– Não. – Colocou um fio teimoso do cabelo atrás da orelha. – Somente sei sobre esta... Então, eu acho que já está tarde, né? – Se levantou rapidamente. – Eu marquei de me encontrar com a Rei, ela deve estar furiosa!

– Quer que eu leve você lá?

– Com esse trânsito? – Apontou para fora – Nem pensar, vou de metrô! – Gargalhou disfarçando muito bem.

– Você é quem sabe. – Deu de ombros e sorriu de volta.

– Até mais, Kyle! – Deixou um beijo na bochecha do homem e correu até a porta de vidro e se virou antes de sair. – Ah! Osa-p é uma excelente joalheria, fica há algumas quadras daqui!

– Te vejo logo, Mina. – Acenou dizendo em sussurro, tendo certeza de que ela não havia ouvido.

Engoliu seco e viu a mulher desaparecer pelo mar de gente do lado fora da cafeteria. Voltou para o seu carro e enquanto dirigia, um formigamento estranho e a lembrança do toque macio insistiam em ficar em sua bochecha no local onde ela havia lhe beijado.

Minako entrou em casa e fechou a porta escorregando até o chão por ela, sentiu o peito apertar, era mais do que óbvio que ele pretendia se casar com Aiya. Os olhos arderam e apertou as pálpebras formando quase que uma cachoeira de lágrimas descendo pelo rosto. Perguntava-se como o destino poderia ser tão cruel ao ponto de pregar uma peça de tão mal gosto em sua vida que estava completamente em paz. Respirou fundo e decidiu levantar, o celular vibrou assim que estava de pé, puxou o aparelho que mostrava um aviso de mensagem, escorregou os dedos pela tela buscando o desbloqueio. A mensagem de texto era dele:

“Obrigado pela dica. A loja estava fechada, irei lá no final desta semana. ”

Kyle era realmente gentil. Mina jogou o celular em cima da mesa e abriu o computador, por impulso digitou o nome dele novamente no Google e clicou na aba de imagens vendo as mesmas fotos dele sorrindo ao lado de Aiya. E as memórias do velho general de expressão dura e disciplina vieram à sua mente, eram a mesma pessoa, mas eram diferentes. Claro que Kyle levava muito de Kunzite em si, a responsabilidade com o trabalho, o jeito um pouco mais pomposo e educado de se portar, a mania de autopunição... Mas ele era mais espontâneo e, sem dúvida, alegre. Não, Minako não podia ser tão egoísta e negar a felicidade a ele.

Saiu correndo de casa e bateu na porta na velha amiga de classe, Naru.

– Mina? – A garota olhou surpresa. – O que a traz aqui? Entre!

– Naru, eu preciso de um favor... – Sentou-se rapidamente no sofá.

– Se estiver ao meu alcance, será um prazer!

– Preciso que faça um anel com isso. – Entregou uma trouxinha azul escura a amiga.

– Nossa, é linda! – Se assustou quando virou a pedra em sua mão. – Está com uma pequena rachadura, mas vai ficar ótima quando lapidarmos de novo.

– Acha que fica pronta até o final dessa semana?

– Claro! – Ficou admirando a kunzita. – Talvez até antes.

– Venda para ele, tá? – Pegou o escandaloso celular laranja e mostrou a foto do dia do parque em que ela estava com Kyle.

– Espera, não entendi. – Piscou repetidas vezes.

– Por favor, eu sei que ele vai comprar. – Implorou. – Eu não quero dinheiro, apenas quero que fique com ele.

– Não sei qual o motivo por de trás de tudo isso, Mina, mas... – Balançou a cabeça negativamente e sorriu. – Seu anel ficará pronto, tá bem?

– Ótimo! – Abraçou-a. – Obrigada!

– Não tem de quê. – Afagou os fios loiros.


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Notas finais do capítulo

Malz a sumida gatos e gatas do orkut, viajei pra Sampa e só pude escrever hoje!
Capítulo grande, né?
Mas simplesmente não consegui desmembrá-lo. xD
Tô com sono, são quase 1 da manhã e eu aqui, escrevendo kkkkkkkkkkkkkkk...
No mais, lembrem-se de deixar aquele review esperto, se pá, recomendar! :v
See ya!



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