Maré Alta escrita por Dobrevic


Capítulo 16
All I want is you


Notas iniciais do capítulo

Oieeee!!! Demorei de novo, né? Mas me perdoem de novo, sério. Esse capítulo ficou grandinho, então eu dividi ele em dois, vou postar uma parte agora e a outra amanhã, não me matem! Eu acabei de chegar do curso e não revisei o capítulo, terminei de escrever agorinha, to comMUITO sono, de pé desde as 7 da manhã, imaginem! Então se tiver erros de português, ou qualquer palavra que não entendam me avisem pf pra eu concertar e não desistam de mim auahuauahua ♥ Vou deixar vcs lerem, nos vemos lá em baixo!! bjsss

boa leituraaaa



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Mostre-me o seu melhor, que eu mostro o meu melhor também.

Um mês. Um mês e uma semana haviam se passado em um tempo incrivelmente rápido. E só hoje minha mãe ligou, pude sentir certo alívio em sua voz assim que eu disse “lembrou que eu to viva”, acho que ela tinha dúvidas de que eu realmente estivesse, cismou que viria aqui só para ver com os próprios e ter certeza que estava tudo bem.

Tá tudo estranho. Desde o dia da piscina eu e João não temos tido nenhum tipo de contato, quer dizer, vivemos sobre o mesmo teto, mas faço de tudo para não esbarrar com ele em qualquer brechinha por aí. Às vezes sinto o olhar dele sobre mim, mas finjo não perceber e ignoro. O Matt está sempre ocupado agora, na verdade, eu sinto que ele está me evitando. É óbvio que não tiro a razão dele um pouco, foi estranho o que aconteceu entre a gente, mesmo assim ele é meu amigo, não deveria me evitar, não tem porquês ou motivos pra isso, foi um beijo e só. A Angel voltou para a faculdade e a Melanie abriu uma confecção de roupas de grife, ela sempre gostou de moda e embora eu tenha achado estranha a atitude repentina, desejei boa sorte e não discuti sobre. Desde então não tenho falado sobre o beijo dela com o João, aliás, não falei com ninguém sobre o ocorrido. Isso está me incomodando mais do que deveria, odeio lembrar e não quero admitir que é por isso que estou o evitando. Eu não deveria de forma alguma me sentir traída, mas me sinto, e isso me faz odiá-lo cada vez mais. Cada vez que eu vou à sala e o encontro dormindo na sala, sempre desvio meu olhar pra sua boca e me forço a não lembrar o que houve no jogo. Admito que tenho ignorado as sms’s da Mel, por um motivo que eu não vou admitir falar pra ninguém eu não quero falar com ela. A Angel já me prometeu vir pra cá no sábado, e hoje ainda é quinta.

Acordei cedo demais, acho. E meu estômago não para de roncar. Às vezes eu esqueço que não dá pra ficar o dia todo dentro do quarto, e sinto saudade do sol, mas não me atrevo a pisar lá trás, não ainda. Eu devo parecer uma idiota insegura, mas sim, eu sou e pelo menos tenho coragem pra admitir.

A casa tá silenciosa, exceto por alguns murmúrios vindos da cozinha.

– Bom dia Malu, caiu da cama? – Olhei pra Dorota e sorri.

– Parece que sim! Só tem você em casa? – Tentei parecer desinteressada mas acho que não funcionou, porque a vi escondendo um sorriso.

– Já faz um tempo que o João tá trabalhando na empresa, não sabia? – Ela disse enquanto remexia algo na panela.

– Na verdade não – Admiti.

– O pai dele alegou ter muitas coisas pra fazer, e como ele já tá casado, achou melhor ele começar a criar responsabilidade. Ele chega à noite todos os dias, e sempre pergunta por você. O clima não está muito bom entre vocês, não é? – Ela me lançou um olhar calmo e doce, como quem diz “pode confiar em mim”.

– Tem razão, não está. Aconteceu umas... – Vacilei um pouco e automaticamente fiz uma careta fajuta – coisas na piscina no dia que estavam todos aqui, se lembra?

– Claro – Sorriu – Lembro-me de ter levado sanduíches e você estava dormindo aninhada no braço de um menino bem bonito, branco e cabelos negros.

– Ah, o Matthew. Ele é meu melhor amigo – Me estiquei pra pegar uma maça na mesa.

– Deve ser. Ele te olhava com certo cuidado, e o João estava com uma cara – Arregalou os olhos o imitando e eu ri – que achei que fosse capaz de arrancar os olhos desse Matthew.

– Eles não se falam, não sei por quê. Ainda descubro – Pisquei dando uma mordida na maça.

– Claro que descobre – Dorota sorriu virando para o fogão e colocando uns temperos estranhos, mas que estavam dando um cheiro maravilhoso.

Almoçamos juntas depois de brigarmos pra ela se sentar-se à mesa junto comigo e conversamos bastante. O tempo estava fechado, a Dorota correu para fechar toda a casa antes do anoitecer, eu a ajudei e depois fui deitar me enrolando num edredom na sala vendo TV enquanto chovia. Estava passando Supernatural, e eu amo. O que estava realmente me assustando era as trovoadas do lado de fora, estava chovendo muito e eu morro de medo desses barulhos estranhos que a chuva faz, e pra melhorar minha situação a Dorota já foi pra casa, apesar de ser nos fundos e é só eu dar uns sessenta passos até lá, com os trovões que tá é capaz de eu chegar lá queimada. Escutei barulho de chaves na porta e estremeci quando o vi abrir a porta e entrar, ele estava ensopado. Com o Paletó pendurado no ombro, a camisa social aberta e a gravata frouxa no pescoço. Às vezes me pergunto se ele alguma vez fica feio, ou imperfeito, ou sei lá o que.

– Que droga João, molhado desse jeito você vai acabar pegando um resfriado – Murmurei enquanto levantava num tom alto o suficiente para ele ouvir, fui até o banheiro pegar uma toalha e voltei com a cena dele tremendo, fui até onde ele estava e fechei a porta que bateu junto com um estrondo lá fora, coloquei a toalha em volta das suas costas e corri até o aquecedor pra ligar, não reparei de como estava frio.

– Obrigado – Ele disse já se secando e subiu. Semanas sem nos falar e a primeira palavra que ouço dele é um “obrigado”, que ótimo.

Continuei na sala vendo televisão, estava bem confortável com o cobertor de pelo em volta. Mas um barulho assustador soou longe me fazendo tremer e me tirando todo o conforto.

Faltou luz.


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Notas finais do capítulo

Não me matem! O próximo post está cheio de revelações, não tão grandes assim, mas quem aí torce pra Malu e pro João, com certeza vai gostar hahahaha E vocês, leitores fantasmas, apareçam! Bjss e até logo ♥♥



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