Blessing or Curse? escrita por misshunter


Capítulo 45
45




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P O V JEN

Castiel me encara parecendo estranhar o nervosismo que senti ao pensar na idéia de visita-los e de tocar no nome de Sam e Dean. Sem dar uma chance para responder, toco seu ombro me concentrando na localização dos rapazes. Em questão de segundos aparecemos em um lugar que nunca tinha visto antes, eu pensei que eles estivessem num quarto barato de hotel, mas pelo contrário, esse lugar é muito bem estruturado, organizado e não tem aquele cheiro de sabonete de segunda linha.
Daqui vejo uma escada, várias estantes de livros, pequenas mesas, algumas portas e mais coisas que nem consigo ver. Olho para Cas e vejo ele como eu, admirando o lugar. Damos alguns passos fazendo o som deles ecoarem pelo enorme lugar e sem que espere sinto uma puxada em meus braços, uma lâmina em minha garganta e uma respiração ofegante na minha nuca. Vejo Dean de frente com Cas prestes a ameaça-lo com uma faca, mas logo ele o solta.
JEN?–escuto a voz espantada de Sam ao meu ouvido e logo a lâmina é tirada e uma agua é jogada em minha face. -Cas? -ele questiona ainda com seus olhos cheios d'Agua.
–Olá Dean, -diz Castiel. -Sam.
–Que merda ta rolando aqui? -pergunta Dean nervoso e com os olhos brilhando.
–Bem, como podem notar eu voltei com prometido e ainda achei o Cas. -respondo bem rápido. Dean revira os olhos.
–Como que você o achou? - pergunta Sam.
–Eu fui até o purgatório e...
–Claro! -diz Dean com um tom sarcástico. -Você o encontrou por acaso, quando colocou o plano de ser a nova dona daquele lugar e-e...afinal, já conseguiu?
–Posso terminar de explicar? -digo o ignorando. -Eu me senti mal de ter matado aquela vampira e pedi para um outro vampiro, -olho fixamente para ele, o fazendo entender de quem estou falando. -para fazer um feitiço para entrar e depois sair de lá, achei Cas, a vampirinha e voltei. Pronto, agora podem me julgar a vontade.
Eles permanecem em silencio enquanto ficávamos nos entreolhando.
–Um anjo quer destruí-la -diz Cas. -para conseguir a confiança de todos no céu e poder comanda-los.
–Que anjo é esse? -pergunta Sam massageando a cabeça e logo se sentando a uma cadeira perto de uma mesa. Agora pude notar, ele parece cansado, tem grandes olheiras até parece doente.
–Naomi. -respo de Cas.
–Naomi?!? -os Winchester perguntam em uníssono.
–Aquela anja que nos ajudou com a cavalheiro do inferno? -indaga Dean parecendo confuso sentando ao lado de seu irmão.
–O que? -pergunto junto com Cas.
–Bem, há uns três dias atrás -começa Sam.
–Espera aí, -o interrompo. -por quanto tempo estive longe?
–Sem contar da noite que matou Crowley, seis dias. -responde Dean. Os encaro surpresa. Droga! Se passou tanto tempo e eu nem senti.
–Bem, continuando...-diz Sam friamente. -estávamos num quarto de hotel e de repente um homem sai pela porta do armário, nosso avô, Henry Winchester, fugiu com um feitiço que o trouxe para nossos tempos de um massacre na organização secreta inteira dos Homens de Letras feito por Abaddon, a cavalheiro do inferno que queria a chave para todo o conhecimento do mundo, esse lugar aqui, o bunker. -ele dá uma pausa e suspira parecendo estar sentindo dor. Sinto meu coração se apertar por vê-lo assim. -Abaddon fez o feitiço também e veio para a nossa época também atrás da chave que ficou com Henry, quando estávamos montando um plano para mata-la Naomi apareceu e nos ajudou com esse plano. Então combinamos de nos encontrar com Abaddon para um acordo só que ela me pegou e fez chantagem com minha vida e assim demos uma caixa parecida com a verdadeira, parecida com a caixa que guarda a chave e ela percebeu e matou Henry. Dean atirou na cabeça da cavalheiro com uma bala com a cilada do diabo a prendendo no corpo que possui e depois a decapitou e cortamos seus pedaços e a enterramos com cimento.
–Nossa! -digo espantada.
–Por que Naomi ajudou vocês? -questiona Castiel.
–Não sei, -diz Dean. -talvez pra pegar nossa confiança. Depois que enterramos Abaddon no cimento e fizemos um enterro de caçador para Henry ela reapareceu falando que não era só Abaddon o perigo, e ainda que era pior que a cavalheiro, que tínhamos que deter sem hesitação, você, Jen.
–Desgraçada. -murmuro, mas eles escutam.
–Naomi disse também que quer ser a nova chefe do mundo. -diz Cas. -Ela quer tomar o lugar do Pai.
–Filha da puta! -diz Dean. Ficamos mais um tempo em silencio.
–Eu tenho que ir atrás de algumas informações, -continua Cas. -ela disse que já teve um descendente de Lúcifer antes e que ela o matou.
–O que? -questiona Sam. -Como que nunca ouvimos falar disso?
–Eu não sei, até me parece familiar mas eu não lembro de nada. -responde Castiel pensativo.
–Mas Cas você tem que descansar primeiro e se arrumar, -digo. -porque sem querer ofender, sua aparência ta horrível.
–O banheiro é ali. -diz Dean apontando para uma porta. Cas caminha até lá. Me sento ao outro lado de Sam.
–O que aconteceu com você? -o pergunto. -Você parece doente.
–Eu to bem. -diz ele disfarçando.
–Não ta não. -diz Dean. -Desde que fez o primeiro teste ele ta assim.
–Teste do que? -questiono mas logo lembro. -O teste da placa? O japa conseguiu traduzir? E cade ele?
–Traduziu só a primeira parte. -responde Dean. -Agora ta com a mãe dele.
–Primeira parte? -pergunto irritada. -E você já ta ruim assim? Pelo que me lembre falta dois. Como que vai ficar hen? -Sam fica fitando a mesa com seus cabelos no rosto, os retiro colocando atrás da orelha o fazendo me mirar e dar um leve sorriso. Olho para Dean agora. -Você tem certeza que é seguro?
–Não. -responde cabisbaixo. -Era para mim fazer, mas...
–Não era pra nenhum dos dois fazer! -digo irritada. -Por que vocês gostam tanto de ficarem se sacrificando?
–Pronto. -diz um Cas devidamente limpo e arrumado nos interrompendo.
–Você ouviu Cas? -digo. -Eles começaram com os testes e o Sam ta péssimo e agora? O que vai ser? Ele vai piorar? Você pode cura-lo né?
–Nossa quanta preocupação! -diz Sam ironicamente ainda fitando a mesa. -Eu já disse que to bem.
–Eu não sei, mas prometo que também procurarei informações sobre isso. -ele diz isso e vejo Dean abrindo a boca para reclamar de algo mas Cas já havia sumido.
–Merda! -Dean reclama se levantando. -Quer una gelada Jen? -pergunta indo até um frigobar. Assinto. -E aí como que você está?
–Com vocês fico melhor. -digo sorrindo e ele retribui também e fica me fitando por alguns segundos com aqueles seus olhos hipnotizantes, desvia o olhar e em seguida me dá uma garrafa e se senta ao sofá e liga a televisão.
–Bem, se precisarem me chamem. -diz e dá um longo gole em sua cerveja. Assinto.
–Sam... -chamo.
–O que foi? -responde evitando de encontrar com meus olhos.
–Eu que pergunto, o que foi? Por que você está tão estranho?
–Estranho como? -ele sorri cinicamente. -Estranho por achar que foi abandonado? Por uma certa pessoa ter dito ao Dean que ia embora e nem teve coragem de vir até mim e dizer isso na minha cara, e que não tinha planos para voltar e que estava escondendo coisas.
–E-eu errei, sei disso, eu devia t-ter... eu sinto muito.
–Sente muito? -ele se levanta. -Sente muito? -aumenta o tom de voz fazendo Dean se levantar do sofá e ficar nos encarando. -Devia ter pensado nisso antes de...de...
–Sam eu já disse que sinto muito, e realmente eu sinto muito e eu não devia ter feito isso, mas você quer que eu faça o que? Que eu volte ao tempo?
Ele não responde e rapidamente sobe as escadas me deixando praticamente falando sozinha.
Passo a manga da jaqueta no rosto para limpar as lagrimas que estavam quase escorrendo, fecho os olhos e respiro fundo para tentar me acalmar e tirar essa expressão de otária que deve estar estampada em minha face. Quando os abro vejo Dean na base da escada olhando para o topo dela parecendo verificar onde foi Sam, em seguida ele caminha até mim.
–Não se preocupe, ele sempre dá esses peti, daqui a pouco volta com o rabinho entre as pernas. -diz com um fraco sorriso enquanto passava carinhosamente seu polegar em meu queixo.
–Mas e se ele não... -digo preocupada mas sou interrompida
–Shhh...-Dean puxa meu queixo para perto de seu, permitindo que pudéssemos sentir a respiração nervosa um do outro e antes que ele fizesse o que era esperado, o que eu queria que ele fizesse, o que ele queria fazer, ele solta meu queixo e se vira. -Assista um pouco de tv para descansar um pouco. -ele diz já retornando a se sentar ao sofá e me fazendo o encarar confusa por alguns segundos.
–Melhor depois, -digo. -acho que é bom tomar um banho primeiro.
–Ok. -responde. -E enquanto isso eu vou arrumar um quarto pra você ficar. -ele se levanta de novo e vai até as escadas e começa a subi-las.
–Dean... -o chamo. Ele para, se vira e ergue suas sobrancelhas parecendo perguntar "O que?". -Obrigada. -ele sorri de leve e volta a subir.
Entro ao banheiro e tomo um longo banho deixando a agua quente aliviar toda a tensão e me fazendo pensar em tudo que havia acontecido e todas as coisas que já fiz e de me sentir mal por elas,mas não arrependida. Me fazer pensar em porque as coisas não podem ser mais simples e a razão de eu não conseguir tomar um rumo diferente na minha vida e muda-la para melhor, para não precisar perder quem amo, para não ser considerada mais um monstro, uma aberração como sempre fui. Pego um toalha ao armário do lado da pia, me enxugo e coloco um robe masculino que estava no mesmo armário e apressadamente penso numa loja que vi há alguns dias trás e me teletransporto para lá e para a minha sorte está fechada, não que dessa vez não ia pagar, até tenho um pouco de dinheiro, mas eu estou apenas de roupão. Pego um vestido preto com decote em V e comprimento curto, como eu gosto. Me visto e volto para o banheiro. Abro a porta e saio.
–Conseguiu onde essa roupa? -pergunta Dean sentado ao sofá com o controle a mão sem parar de trocar de canal.
–Por aí...
–Bem, seu quarto é o segundo a direita. -diz. Assinto e antes que pudesse dizer algo Cas aparece a minha frente segurando alguns papéis bem velhos e sujos de areia, como se fosse papiros, papéis que egípcios usavam. E ao lado de Cas um homem visivelmente bêbado e com a aparência de alguém depressivo e/ou cansado, com cabelos castanhos desarrumados e olhos verdes escuros com muitas olheiras, barba pra fazer e um terno de tom cinza desabotoado e um pouco rasgado.


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Notas finais do capítulo

E então? O que acharam? Por favor me deixem saber a opinião de vocês, é muito importante pra mim :3 Muuito obrigada por tudo mais uma vez
PS: pra quem já viu a oitava/nona temporada deve ter percebido que eu to dando uma mudada, mas pra quem não viu, saibam que não é exatamente assim que os fatos aconteceram na série (ta, legal, mas quem me perguntou? ignorem dshgfhajfgcs)
Desculpe qualquer coisa e beijinhos docinhos ♥



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