Blessing or Curse? escrita por misshunter


Capítulo 13
13




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–Olá Sam... -Evan olha para mim.- e olá meu amor. Vocês estavam me procurando de novo? Isso está fazendo bem para o meu ego.
–Fique atrás de mim. -cochicha Sam.
–Não seja tão egoísta Sam, divida a Jennifer comigo. -Evan estica a mão e faz Sam ser empurrado contra a parede e a faca contra demônios cai aos pés dele. Ele junta a faca e joga pela janela. -Isso não vai ser necessário.
Sam fica pressionado contra a parede se rebatendo.
–Solta ele, seu filho de uma puta! -me aproximo dele. -Você quer a mim e não a ele.
Evan dá um sorriso de canto. Escuto Sam tentando falar algo como "não faça isso". Sam lê meus lábios "eu sinto muito".
O demônio me pressiona também na parede e faz o que ele fazia nas vezes passadas, misturar o sangue dele com o meu. Em seguida ele pega uma bacia e faz um corte no meu outro braço. Com o meu sangue na bacia, ele faz um símbolo na parede e tira do bolso da sua jaqueta o papel e lê as escritas enoquianas.
Não acontece nada no símbolo. Evan não parece preocupado com isso, ele fica me encarando.
Começo a sentir meu sangue ferver e minhas córneas ardendo. Consigo me soltar, dou uma rápida olhada pelo espelho do guarda roupa. Meus olhos estão cinzas, tem um sorriso estampado no meu rosto.
Escuto um barulho na porta, é Dean e Castiel. Queria dizer a eles "Me ajudem" ou "Não sei o que está acontecendo", mas não sai nada da minha boca, ao menos ela se abre para falar algo. Estendo um das minhas mãos e faço Dean e até mesmo Cas ficarem como Sam, pressionados na parede. Não consigo me controlar.
Me aproximo daquele símbolo novamente e coloco minha mão nele. Começo a dizer algumas palavras em enoquiano, não sei como estava dizendo isso, só estava. Uma luz branca reflete do símbolo e escuto uma voz vindo de dentro do símbolo berrando "Estou de volta!". Eu conheço essa voz. É a voz de Lúcifer. Escuto Dean e Cas dizendo para eu parar e também a risada que me dá nojo de Evan.
De repente minha boca para de falar o enoquiano que estava prestes a libertar Lúcifer de sua jaula. Evan me encara espantado, eu o jogo para a outra parede e sua garganta se corta, uma imensa fumaça preta escorre do corte e evapora em fumaça branca. Não tenho certeza se fui eu quem fez aquilo, mas não tinja outra explicação, só pode ter sido eu. Acho que estou conseguindo retomar o controle do meu corpo, mas continuo insegura quanto as minhas ações.
A luz branca ainda continua saindo do símbolo. Eu preciso fazer parar. Eu não sei daonde vem essa ideia que acabei de ter, mas é a única sugestão para agora.
Pego a tigela que Evan tinha colocado meu sangue, ainda tem um pouco dele. Faço com o resto do sangue vários "x" nas bordas do símbolo ainda estavam visíveis, e começo a dizer mais palavras em enoquiano, a luz perde a potencia até ser completamente apagada. Consegui! Estou me perguntando como surgiram essas ultimas palavras.
Me viro e os rapazes continuam presos a parede, quase desmaiados. Estendo minha mão novamente e os libero.
Minha cabeça e meus olhos doem. Eu caio no chão, tento me segurar apoiando meus braços contra o chão, mas estou fraca demais. A ultima coisa que vejo é Sam meio que se rastejando em minha direção.
Abro os olhos, minha visão está um pouco embasada. Estou num quarto de hotel, parece o mesmo que estávamos antes de... ai minha cabeça. Tem alguém sentado na outra cama bebendo cerveja.
–Sam!
Ele abre um sorriso de alívio e senta na cama que estou.
–Vocês conseguiram achar a faca que aquele nojento jogou pela janela? -pergunto confusa. Ele me abraça forte.
–Conseguimos! Como você está se sentindo? -Sam pergunta colocando meu cabelo atrás da orelha.
–Acho que estou bem. -ainda me sinto confusa, mas é melhor não comentar. -Terminaram de limpar a bagunça daquela casa?
–Não se preocupe com isso, o que importa é que você acordou e está tudo bem.
Eu me aproximo para beijá-lo, mas o barulho da porta se abrindo nos interrompe. Dean adentra o quarto com algumas sacolas, espero que tenha trazido comida, estou morrendo de fome.
–E Branca de neve se desperta com o beijo de seu príncipe...-ironiza Dean (ele ri, não sei onde ele acha a graça suas piadinhas). Sam revira os olhos. -E aí, como você está?
–To bem. E por aqui?
–Fora que não superei o fato de viajar dois dias até voltar pra cá sem minha baby e Cas estava fraco demais para nos trazer...
–Espera aí. Por quanto tempo eu "dormi"?
–3 dias.-responde Sam preocupado.
Isso explica minha fome excessiva. Dean solta as sacolas na mesa e eu desesperadamente vou xereta-las. Tem uma revista "asiáticas peitudas", cerveja, lustra carro e por fim uma torta. Finalmente! Mal coloco as mãos na torta, Dean dá um tapa na minha mão.
–Ei! -reclamo.
–Não toque na minha torta. Eu amo torta.
Reviro os olhos, Sam ri e sugere irmos numa lanchonete. Dean insiste em ir para a lanchonete em que Emy trabalha. Chegando lá ela Dean dá uma piscadinha (ele sempre faz esse tipo de coisa com muitas garotas, as vezes dá até vergonha de andar com ele) e ela acena para nós, e ela me encara daquele mesmo jeito estranho, sinceramente já estou me cansando disso.
–Já resolveram o caso do pai dela? -pergunto.
–Ainda não, mas fizemos algumas pesquisas. -responde Dean. Emy se aproxima.
–Eu tenho uma pista. -ela murmura. -Alguns moradores viram atividades suspeitas num velho galpão no limite da cidade.
–Depois do seu expediente nós vamos checar. -diz Dean.
–Mas como você sabe que a coisa que procura está viva? E também você sabe se "essas atividades" são dessa coisa? -pergunto duvidando.
–Eu tenho certeza que o monstro está aqui e vou matá-lo a qualquer custo para vingar meu pai. -Emy se esforça para não gritar e fica me encarando parecendo estar com mais ódio.
Sam faz o nosso pedido descontraindo a tensão. Ela se afasta indo até o balcão e indo atender outros fregueses.
–Por que você não gosta dela Jen? -pergunta Dean.
–Não é que eu não goste dela é que...-eles ficam me olhando e suas expressões são de não acreditar no que estou falando. -tudo bem, eu não gosto dela e tenho a sensação que ela sente o mesmo por mim.
Castiel aparece sentado ao lado de Dean.
–Olá Dean...Sam, Jennifer. Soube que Jen está melhor...-ele olha a paisagem do estacionamento, através da janela. -Algum sonho?
–Nenhum sonho. -não tinha parado para pensar que durante esses 3 dias não tive aqueles pesadelos. -Isso é bom ou ruim?
–Não tenho certeza.- o anjo responde confuso e em seguida some.
Nosso pedido é entregue e finalmente me alimento. Acho que Emy não viu Cas (ainda bem), quanto ela menos souber é melhor. Não confio nela.
Voltamos ao quarto de hotel, Dean checa no jornal se tem algum caso, eu nos noticiários e Sam na internet. Não encontramos nada demais. Peço a Sam para olhar uma coisa na internet, como o pai de Emy havia sido assassinado.
Pesquiso em vários sites e quase não há registros do tal acontecimento. Depois de algumas horas encontro algo postado por uma tal de "gatinha89" em um fórum de acontecimentos sobrenaturais. Eu chamo os rapazes para olharem também.
"21 de abril de 2009: Hoje faz 10 anos que meu pai foi morto por alguma criatura ou monstro, aqui em Pennsburg. Pelo que sei ele estava registrando em seu diário fatos estranhos, porém eu não sei onde está e pouco sei sobre essa coisa que o assassinou. Se alguém saber de algum outro acontecimento aqui ou nas proximidades, por favor me avisem. "
–O que vocês acham? Será que foi a Emy quem escreveu isso?
–Pode ser que seja ela. Seria muita coincidencia ter casos parecidos com o dela numa cidade tão pequena. -responde Sam.
–É ela! -começa Dean. -Emy me disse que no décimo aniversário da morte de seu pai, quando saiu do orfanato, ela procurou ajuda na internet, perguntou a possíveis testemunhas mas ninguém a respondeu por medo ou porque simplesmente não queriam ajudá-la e então descobriu sozinha que ele era caçador e o esconderijo de seu diário.
–Coitada! -disse com os olhos cheios de lágrimas. Me imaginei em seu lugar, o inferno que ela deve ter passado. Ter perdido o pai quando menina, crescer sozinha em um lar para crianças e só agora achar o culpado por tudo isso.
–Bem já são 5 e meia. -diz Dean olhando para seu relógio de pulso. -Melhor nos prepararmos.
Eles arrumam as armas no porta malas, Sam se senta ao meu lado no banco de trás e Dean começa a dirigir.
–Sam eu tenho uma coisa para você. -digo enquanto tiro minha correntinha do pescoço. A corrente é de prata com um pingente de turmalina negra. -Meu avô me deu quando era pequena, é uma pedra de proteção. Ele sempre dizia que sentia que algo ruim poderia acontecer comigo.
–Eu não posso aceitar.
–Fique com ele. Se acontecer alguma coisa comigo eu não vou poder dar para meus filhos. -digo enquanto lembro dos meus antigos sonhos que ainda não morreram. Ele coloca a correntinha.
–Por que você diz isso? Não vai te acontecer nada. Aquilo acabou.
Estou prestes a cair em lágrimas, Sam me abraça. Por mais que eu tente me convencer que tudo acabou, eu não consigo esquecer a idéia que algo muito ruim ainda vai acontecer.
–Jen não se preocupe, -diz Dean parando o carro no estacionamento da lanchonete. -agora está tudo bem e além disso você está sob proteção de Batman, que sou eu é claro, e o Robin. -ele sorri se glorificando, reviro os olhos e dou uma leve batida no seu braço.
Emy sai pela porta da lanchonete e vem em direção ao carro e senta no banco da frente nos cumprimentando. Ela está com um casaco preto por cima de seu uniforme de serviço (um vestido de garçonete azul e branco com um avental de flores por cima dele) e em seus ombros uma bolsa. E então partimos em direção ao velho galpão que há as supostas atividades suspeitas.
Descemos do carro, os rapazes vão ao porta malas, Emy tira de sua bolsa um faca com uma lâmina um pouco maior do que as facas que estou acostumada e tão brilhante que parece que tinha sido polida a tarde inteira. Ela não deixa sua bolsa dentro do Impala, não sei se é paranóia minha mas a garçonete não confia em nós.
Nos aproximamos de Dean e Sam que ainda estão pegando as armas.
–Então Jen, você não usa armas? -pressiona Emy olhando dentro dos meus olhos.
–Claro que uso...- dou uma cotovelada em Sam. -me passa a minha arma.
Sam me entrega um revolver e quando eu o pego quase derrubo. Mas que droga! Acho que não a convenci que uso armas, ela deve estar pensando que raios de "caçadora" que eu sou. Emy encara desconfiada Dean e Sam e eles olham para mim e dão um sorriso de canto para ela.
Nos aproximando da porta do galpão, Dean troca a arma que estou segurando por uma faca e murmura:
–Pelo menos sabe manusear uma faca?
Reviro os olhos.
Adentramos, os Winchester ligam as lanternas e entragam outras para nós. Como sempre é um lugar escuro e úmido com vários cômodos e coisas que as pessoas não usam mais, a única diferença desse galpão com os outros que ele é maior.


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Notas finais do capítulo

Muito obrigada a vocês que estão lendo e também aos que estão comentando.
Se puderem comentar eu fico muito feliz e muito grata.



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