Blessing or Curse? escrita por misshunter


Capítulo 10
10


Notas iniciais do capítulo

A roupa da Jen: https://lh6.googleusercontent.com/-X23qVXS-xd0/U7TPsDmSWsI/AAAAAAAAAA0/cg6sCpb0G6s/s553-no/unnamed.jpg



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Agora aqui estou eu, em um banheiro de posto de gasolina com as roupas que os Winchester compraram para o plano maluco deles: um plano para seduzir cara do cartório a fim de conseguir os arquivos que eles não conseguiram pegar sozinhos. Não sei o que fariam sem mim, talvez bateriam no rapaz ou gastaria muitas notas o subornando. Só espero que de tudo certo.
Coloco as roupas e o salto alto. Não acredito.. eles compraram até um óculos escuros e um batom.
Crio coragem para sair, eu estou rídicula e eu não sei andar direito de salto, virei meu pé duas ou três vezes até me acostumar. Os rapazes estava encostados na parte da frente do Impala conversando, mas quando eu sai do banheiro ele pararam e ficaram me encarando enquanto eu me aproximava.
–Podem rir, eu sei que eu estou parecendo uma patricinha vadi...
–Está gost...digo incrível. -diz Dean.
"Você está ainda mais bonita do que antes..."–diz Sam imitando (de novo) o atendente Derek.
–Só tem essa piada? -digo a ele dando uma batida em seu braço. -E a proposito, como que vocês conseguiram montar um look feminino?
–Bem... é, eu reparo nas garotas por aí. -responde Dean.
–Sei... Claro que repara. -digo ironicamente.
–Sabe quem iria babar vendo você assim? -provoca Dean.
–Babar mais que vocês?
–Isso mesmo que você pensou, o atendente Derek. -gargalha Dean e em seguida Sam. Não sei o que eles tanto acham engraçado, eu não acho.
Embarcamos no carro. Dean estaciona na frente do cartório só que do outro lado da rua. Abri a porta de vidro e avistei o cara da "missão sedução", para minha "sorte" ele é do mesmo estilo de Derek, digo do tipo nerd que não tem muitas chances com as garotas, não que Derek e esse cara sejam feios, mas é que eles não fazem meu tipo e são muito tímidos. Enfim nem sei o porque estou me justificando, deve ter sido tanto Dean ficar me zoando. Me aproximo e ele não tira os olhos de mim. Isso!
–Oi, você poderia me ajudar? -tiro meus óculos e me debruço sobre o balcão.
–Cl-claro.
–Então você pode me emprestar os arquivos do caso Thompson?
–Não sei se posso.
–Ah... por favor seu galã.-cochicho no ouvido dele. Espero que ele me entregue logo essas merdas dos arquivos, pois estou ficando sem paciência.
–O oficial Greyson me ordenou a esconder esses arquivos.
–Você sabe o motivo disso?
–Eu não sei...-ele diz olhando para os lados e cochicha -mas eu achei ele um pouco suspeito.
–O oficial Greyson não vai ficar sabendo, eu serei rápida e esse vai ser nosso segredinho okay? -digo arrumando a camisa dele.
–Tudo bem. -ele diz nervoso.
Ele entra numa sala e eu olho através da porta de vidro e avisto os Winchester no outro lado da rua me observando e rindo.
O rapaz do cartório volta com a pasta e me entrega.
–Muito obrigada. -dou um beijo no rosto dele.
–Por favor só não demore.
Assinto e saio.
–Mandou bem! -diz Dean dirigindo e estacionando o Impala até a esquina.
–Sei disso. -me vanglorio.-Vocês conhecem um tal de oficial Greyson?
–Na delegacia eu vi uma assinatura de James Greyson no registro da procura do corpo do sr. Thompson. -responde Dean. -Por que?
–Por que além do cara do cartório ter sido ordenado por esse oficial a esconder esses arquivos, a assinatura de Greyson está em todos eles. Ele é o policial chefe do caso.
–Então depois de o monstro ter pego a família e descartado a antiga aparecencia do sr. Thompson, se infiltrou na policia. -concluiu Sam.
–No dia do desaparecimento da família, a polícia vasculhou a casa e encontrou apenas um vestígio, uma rastro de barro que levava a um porão no qual não conseguiam abrir, e quando o sr. Thompson desapareceu de novo o policial Greyson não permitiu que outros policias tentassem checar esse porão. -digo enquanto dou uma boa olhada nos arquivos.
–O metamorfo agora é o Greyson e talvez no porão esteja as vítimas. -diz Dean.
–Mas por que esse metamorfo sequestrou a família inteira e tomou a forma do pai?
–Metamorfos tomam diferentes formas e esconde as vitimas para não atrapalharem a sujeira que fazem em seus lugares. -responde Dean ligando o carro.
–Espere! Preciso devolver esses arquivos, porque se o metamorfo policial descobrir que não estão lá o cara do cartório vai se dar mal.
Vou ao cartório de novo e não tem ninguém aqui. Chamo o cara (não sei o nome dele), dou uma checada no lugar e nada. Droga! O monstro deve ter chegado aqui antes. Volto ao carro com o passo mais apertado, já que não posso correr com esses saltos. Digo aos rapazes o que supostamente aconteceu e partimos direto a casa dos Thompson, sem pausa para trocar a roupa pois não há tempo, que merda! Dean abre o porta malas e dá para mim e Sam uma arma com balas de prata e ele pega um facão de prata. Entramos na casa de novo, agora a procura de algo especifico, uma porta ou algo do tipo para o porão.
Está tudo escuro, aperto os interruptores mas sem sinal da luz. Somos obrigado a ligar lanternas, ainda bem que tem um para cada um, acho que eu ficaria mais apavorada do que estou se eu ficasse sem. A ultima vez ques estivemos aqui estava uma bagunça, agora não está mais. Estranho. Será que metamorfos limpam a casa de suas vítimas?
Nos arquivos relatava que o que levou os policias ao porão foi algumas marcas de lama, mas não tem nenhuma. Estou começando a achar que essa criatura sabe que viríamos atrás dela.
Dean caminha mais a frente entrando na cozinha. Eu e Sam saímos da sala e estamos entrando no corredor que leva até a garagem. TUM! Escutamos um barulho de algo caindo atrás de nós, na sala. Sam recua para verificar o que aconteceu, eu não quero que ele vá, estou com uma sensação ruim. Puxo a mão dele e ele massageia meu cabelo e nos seus olhos eu pude ver o que ele queria falar, algo como "está tudo bem, já volto" ou "já lidei com isso antes, vai dar tudo certo". Ele vai e eu fico esperando aqui no corredor, eu não posso gritar para que Dean volte se não nos colocarei em perigo.
Não sei quanto tempo passa, mas acho que passa uns cinco minutos. Mesmo com a lanterna e a arma o escuro e o silêncio me deixa angustiada, mal consigo respirar. Escuto passos, me viro é o Dean, ainda bem. Ele cochicha:
–Cadê o Sammy?
–Ele foi checar um barulho e ainda não voltou. Estou com medo Dean. -
–Fica aqui que eu vou atrás dele.
–Não quero ficar sozinha aqui. -choramingo.
Ele revira os olhos e me deixa ir. Adentramos a sala, tudo parecia normal, perfeitamente normal, quero dizer estranhamente normal. Procuramos na sala inteira, depois verificamos a garagem voltamos pelo corredor e finalmente chegamos a cozinha. Sem sinal de Sam. Eu sabia que iria acontecer algo, eu senti. Não posso negar que meu coração está quase se explodindo de angustia e Dean parece estar sentindo o mesmo.
Se não fosse pelo som de nossas respirações ofegantes de nervosismo e até mesmo o som da batida acelerada de nossos corações, a casa estaria em absoluto silêncio.
De repente escutamos passos vindo da garagem. Dean se enfia na minha frente apontando o facão de prata. Eu fico posicionada para usar a arma. Os passos continuavam vindo a nossa direção lentamente e nós continuamos preparos para lutar.
Continua se aproximando e pela entrada da cozinha aparece. É o Sam! Por pouco quase atacamos ele. Eu vou até ele e o abraço aliviada. Ele retribui, só que ele me solta e me empurra.
–O que foi?
–É que você me apertou muito forte. -diz Sam confuso. Isso realmente foi estranho.
–Onde você estava? -pergunta Dean desconfiado.
–É... eu estava checando a garagem e achei o porão.
Eu e Dean nos entreolhamos desconfiados, pois nós havíamos verificado a garagem e Sam não estava lá.
–Então vamos pegar esse monstrinho!-diz Dean disfarçando a tensão.
Sam avança em nossa frente e nós o seguimos. Entramos na garagem, Sam vai até um canto, perto de uma estante com várias ferramentas e peças de carro, e abre um alçapão e faz um gesto para eu e Dean entrarmos primeiro. Descemos pela uma escadinha que leva a um pequeno e estreito corredor. Sei que já pensei nisso agora pouco mas estou pensando de novo, como Sam está estranho, não sei o que é, mas ele parece frio tanto comigo quanto com Dean, mal olha nos nossos olhos (ele desvia o olhar) e ele evita de ficar perto de mim.
Eu nunca tinha visto um porão como este. Primeiro tinha um mini corredor que leva até o porão, que é enorme (não amplo, devido a muitas estantes e coisas abandonadas) e bem escuro. Há caixas rasgadas em cada canto, pertences que talvez fosse da família, como retratos, brinquedos velhos e roupas. Tem muitas teias de aranha e um cheiro desagradável de umidade com mais alguma coisa que não consigo identificar.
Eu e Dean fomos caminhando iluminando as paredes e o chão que estava com muita lama e respingos de sangue. Sam estava atrás de nós agora, ele esta fazendo o mesmo que nós. Começamos a escutar alguém gemendo e fomos rapidamente direto até esse som. Sam não vem conosco.
Avistamos o cara do cartório gemendo preso e com muitos machucados, um policial, parece aquele que me abordou no carro, só que sem o casaco e as blusas, nos aproximas e em seu uniforme está escrito "Of. Greyson", ele está pálido e gelado, está morto. Tem duas mulheres também amarradas e machucadas desmaiadas (elas parecem grávidas), ao lado sr. Thompson (sei que é ele pois vi seu retrato no jornal), também tem dois adolescentes desmaiados e pálidos, um deles está gelado o outro ainda não. Dean começa a verificar quem ainda estava vivo e diz que vai ficar tudo bem.
–O metamorfo pegou o Sam. -cochicha Dean para mim. -Agora que ele nos trouxe até as vítimas , podemos acabar com ele. Vá procurar o Sam.
Eu caminho adiante passando por mais uma estante repleta com objetos e logo atrás dela está Sam. Seus cabelos estão no rosto, ele está imóvel preso a estante. Me agacho e tiro o cabelos do rosto dele, ele desperta assustado.
–Vai ficar tudo bem.- Observo no lado esquerdo de sua camisa um rasgo com muito sangue, ele tem um ferimento profundo.
–Ele é um...-Sam se esforça para me dizer algo. -um alfa.
–O que isso quer dizer?
–Que esse metamorfo foi o primeiro da espécie e foi ele que gerou todos os outros, se transformando nos maridos das vítimas, mas parece que aqui ele teve que fazer um extra. -diz Dean vindo pela entrada que eu havia usado. Ele se agacha ao outro lado de Sam, ele preocupadamente nota o ferimento de Sam.- Você não consegue recuperá-lo como fez com Cas?
Eu pressiono e tento me concentrar mas não consigo, fico pensando no monstro e naquelas duas mulheres grávidas presas, afinal onde o metamorfo está agora?


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Notas finais do capítulo

Obrigada a todos que estão lendo.
Ficaria muito agradecida se pudesse comentar :3
Aceito sugestões e críticas