Uma história qualquer... Ou não. escrita por gaabiferrarini


Capítulo 6
Capítulo 6




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Subi as escadas e fui direto pro quarto, sem sequer dar atenção para a briga que a Giovana havia iniciado com o Pedro. Não era possível que aquilo tudo estivesse acontecendo. Sentei na cama e não ouvi quando a Sofia entrou perguntando sobre uma sandália qualquer dela.

– Anita? Terra para Anita.

– Desculpa, tava no mundo da lua.

– Eu to percebendo mesmo, aconteceu alguma coisa?

– Como é que é? – Eu disse de maneira um tanto quanto agressiva. Não queria ser chata com a minha irmã, longe disso, mas a Sofia nunca havia prestado atenção nos sentimentos de ninguém que não fosse ela mesma.

– Calma Anita, só te fiz uma pergunta.

– Não é isso Sofia. Eu só estranhei sua preocupação.

Ela se sentou ao meu lado na cama e pegou minha mão, do mesmo jeito que fazia quando éramos pequenas e tínhamos medo de trovão.

– Eu sei que eu não demonstro muito, mas eu amo você. Você é minha irmã, poxa. Eu me preocupo quando vejo que alguma coisa não vai bem.

– É o Antonio. – Eu respondi sem pensar.

– Como?

– Ele voltou Sofia.

Agora que o estrago já tinha sido feito, eu podia muito bem pedir ajudar para minha irmã, que estava se esforçando para melhorar e desapontar menos as pessoas que gostavam dela.

– Mas e ai Anita? O que você vai fazer?

– Não sei.

– O Ben ja sabe?

– Claro que não, Sofia. E ele não pode nem desconfiar.

– Anita, ele tem que saber.

– Não. Ele é muito impulsivo e não vai saber reagir bem. Não quero nem pensar no que ele vai fazer se ficar sabendo.

– Tudo bem. Mas e ai? Você acha que o Antonio não vai vir atrás dele?

– Não sei se ele se arriscaria tanto.

– Anita, o cara é louco. Ele explodiu um banco, fingiu a própria morte, quase te matou, você realmente acha que ele não vai arriscar?

– Talvez você tenha razão.

– Eu só acho que seu namorado devia saber o que pode vir ao encontro dele, pra ter noção de como se defender.

– Ei, quando é que você ficou tão esperta?

– Eu sempre fui esperta, bobinha.

Nós duas nos entreolhamos e começamos a gargalhar. Minha irmã começou a fazer cosquinhas em mim e eu revidei. Em poucos minutos estávamos as duas deitas rindo na cama, juntas, como a muito tempo não acontecia.

– Então? Você vai contar?

– Vou.

– Então vai logo que eu tenho que me arrumar vai.

– Vai sair é?

– Vou, porque?

– Com o Sidney?

– Anita, vai logo vai.

– Você saber que por mais que tente, você não consegue esconder que ama ele.

Sai do quarto e fechei a porta no mesmo minuto que ouvi minha irmã sussurrar:

– Eu sei.


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