Uma história qualquer... Ou não. escrita por gaabiferrarini


Capítulo 5
Capítulo 5




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– Anita, calma.

– Ben, como é que eu posso ter calma quando tem um louco atrás da gente?

– A gente não sabe se é o Antônio Princesa. Eles acharam um corpo na cabana que deve ser dele, não acharam?

– Se não for ele que esta mandando tudo isso então é um dos seguidores dele. Você já viu a quantidade de fãs que ele tem? Ben eles criaram uma página pra ele na internet, só pra falar sobre como ele era incrível. Incrível. Eles realmente usaram essa palavra. Como pode alguém que fez tanto mal ser incrível ?

– É, ele era incrivelmente bom em destruir a felicidade dos outros.

– Parece que ele não da sossego nem morto Ben. Eu não aguento mais. Ele não some das nossas vidas. Eu só queria sossego Príncipe.

– E eu só queria minha namorada de volta, sabia?

– Como assim? Você já me tem.

– Tenho mesmo?

Eu não consegui entender o que o Ben estava querendo dizer com aquilo, mas a cara dele não era nada boa.

– Eu matei a ultima aula pra vim ficar um pouco com você e tudo que você fez desde que eu cheguei foi falar do Antônio, Anita.

Eu nunca tinha visto o Ben bravo comigo até esse momento. Eu havia extrapolado sem nem perceber e tinha posto todo o peso do que estava acontecendo no Ben. Claro que eu amava ele. Amava não, amo, mas não era justo que eles pagasse mais por algo que não foi provocado por ele. Fui eu que não acreditei nele quando toda a história do vídeo explodiu e acabei me deixando levar pelo que o Antonio dizia. Fui eu quem liberou a fera e eu sabia que era eu que tinha que enjaula-la de novo.

– Ai príncipe, me perdoa vai. Prometo que não vai acontecer de novo

– Só dessa vez.

Antes que ele pudesse falar qualquer coisa eu o puxei pela camiseta e ele caiu em cima de mim no sofá. Não tinha nada no mundo que eu gostasse mais do que ficar aninhada com o Ben. Entre um beijo e outro, ou no meio deles a porta se abriu sem que nós notássemos, ou porque eles vieram em silêncio ou porque estávamos muito ocupados pra prestar atenção em outra coisa.

– Ah Ben, fala sério. Pegar duas irmãs eu até comecei a aceitar, mas ter ficar vendo vocês dois ai no maior amasso é demais pra qualquer um.

– Vitor, para de ser chato e deixa o Ben e a Anita namorarem em paz.

O Vitor era o único de todos os nossos irmãos que não conseguia aceitar meu namoro com o Ben. E ele fazia questão de deixar isso bem claro toda vez que nos via juntos. O que na maioria das vezes chamava a atenção da mamãe que também implicava com nosso “agarramento”, como ela mesmo chamava. Só que aquele dia foi diferente. E acreditem, foi pior.

– Ah Giovana, ninguém merece né, tão ai se engolindo quase.

– Chega Vitor. Você não aceitar, eu não posso fazer nada, mas agora você esta sendo desrespeitoso com a gente e isso EU não vou aceitar.

– Ah mas dessa vez eu tenho que concordar. Ta que eu dou a maior força pra vocês dois, porque vocês se merecem né. Mas ai arrumem um quarto né e para de fazer essas coisas aqui na sala. Eu sento nesse sofá.

– SOFIA!!!!

O coro foi em uníssono, não teve uma pessoa que não tenha gritado o nome da minha tão queria irmã, que escolhe sempre os piores comentários nas piores horas. E para não perder o costume, claro que ela falou isso bem quando minha mãe abria a porta.

– O que foi que você falou Sofia?

– Ah mãe, é que a gente não precisa ficar vendo né...

– Anita, a gente aceitou esse namoro, mas falta de respeito nessa casa não vai ser aceito nunca.

– Mas mãe, a gente...

– Vera, não foi nada disso...

– Eu não quero saber. E não quero ter que falar de novo. Sem agarração dentro dessa casa, estamos entendidos?

Enquanto o Vitor fazia cara de quem tinha ganho a batalha, a Giovana cutucava ele e a Sofia implicando e pondo a culpa da bronca no dois, a Sofia não prestava atenção em nada que não fosse dela ou pra ela, e o Ben só olhávamos um pro outro sem reação. A gente tentou se defender por varias vezes, mas minha mãe decidiu fazer um discurso sobre a boa moral da família. Enquanto todos comiam, ela fez eu e Ben sentarmos no sofá e começou a falar sem parar, de um jeito que eu nunca vi minha mãe fazer comigo antes. Na verdade não acho que ela já tenha feito isso com nenhum de nós. E a nossa sorte foi a campainha ter tocado no final do primeiro tempo do discurso. Porque acreditem, haveria um segundo.

– Eu gostaria de falar com a menor Anita Toledo e um responsável.

Eu não estava prestando atenção em quem era na porta até ouvir meu nome. Imediatamente Ben e eu olhamos pro policial que estava parado na soleira e eu comecei a tremer. O Ben pegou minha cabeça, me deu um beijo e disse que ficaria tudo bem. Então eu me levantei e fui em direção a porta. Não sabia a última vez que havia ficado tão apreensiva daquele jeito.


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