Giane e Fabinho chegaram em casa por volta das onze e meia, exaustos de tanto pular e gritar naquele flash mob:

—  Só quero a minha cama agora! -exclamou Giane.

— Opa!!É um convite? Tô dentro. -disse Fabinho animado.

— Ô seu panaca, esqueceu que meu pai também mora aqui?

— Ah, Giane qual é? Eu já topei ir naquele flash mob com você, eu não ganho nem recompensa? -disse com cara de cachorro pidão.

—Ai meu Deus, Fabinho!!Eu vou...Ô pai você vai dormir aqui hoje?

—Hoje não filha, vou no Cantaí com a Margot. Amanhã de manhã eu tô aqui. - disse já saindo - Ah, oi Fabinho, eu não vou levar a chave, quando o Fabinho for embora tranque a porta. Amanhã eu te chamo quando chegar. Tchau filha, juízo vocês dois hein!

—Tchau pai!

—Tchau Seu Silvério!- exclamou Fabinho já se aproximando de Giane.

—Hoje você deu sorte! Pod... - Mal terminou de falar e foi cortada por Fabinho que a beijou intensamente. Seus corpos logo estavam sem um resquício de tecido, arfantes, felizes e imensamente entregues aquele amor.

Acabaram adormecendo no sofá mesmo.

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Acordaram assustados com os gritos de Silvério que vinham da porta:

— Giane, filha, abra a porta pra mim!

Fabinho levantou num pulo:

—Maloqueira acorda! O seu pai ta aí fora!

—Ai meu Deus! O que você ta fazendo aqui? Você já devia ter ido embora. - levantou ela assustada- Põe roupa Fabinho!!- gritou quando percebeu o traje do namorado, ou melhor a falta dele.

—Se a senhorita não percebeu você também deveria por uma roupa!- afirmou olhando pra ela.

—GIANEE!- ouviram mais gritos lá fora.

—JÁ VOU PAI, SÓ ESTOU PROCURANDO A CHAVE! - disse enquanto se vestia- pega a sua roupa, se troca no meu quarto e não saia de lá até eu chamar. Entendeu? - sussurrou para Fabinho

—Tá boom. Só não demora, se não eu fico com saudades!

—Palhaço! -disse ela lhe roubando um beijo que era pra ser singelo, mas que ambos não resistiram e ele se tornou voraz, Giane queimava por dentro e Fabinho estava em brasas. Mas foram interrompidos de novo por Silvério.

—GIANE TÁ TUDO BEM AI? QUE DEMORA!

Os dois se soltaram com imensa dificuldade, ele foi pra o quarto, e ela abriu a porta para o pai.

—Poxa Giane, que demora o que houve?- esbravejou Silvério já irritado.

—Desculpa pai, é que ontem eu guardei a chave e não lembrava onde eu tinha colocado.

—Bom, eu vou dormir...Você tem alguém pra fotografar hoje?

—Só mais tarde, eu vou dormir mais um pouco também. Afinal são seis horas da manhã. Bom madrugar ai!

Chegou no quarto e encontrou Fabinho, de calças, terminando de colocar a camisa.

—Ual! Isso sim é uma visão hein! - exclamou ela.

—Claro né maloqueira, eu sou lindo! 

—Como você é convencido garoto! -suspirou ela se aproximando e lhe dando um selinho.

Deitaram os dois na cama e conversaram sobre o futuro, a infância, depois que Fabinho deixou a casa verde, o primeiro beijo:

—O meu foi com uma garota chamada...Isadora acho que é isso, eu tinha 13 anos.- falou ele, forçando a memória. E o seu hein, pivete?

—Eu tinha 14 anos, foi no rodeio de uma cidadezinha do interior com um garoto que eu preferi nem saber o nome.

—Porque você não quis saber o nome?

—Porque eu não queria me apegar a ele, então se eu não soubesse nada dele nem tinha como...A sua primeira vez foi com quem, Fábio Queiroz Campana??

—Hum, será que eu conto para uma maloqueira ciumenta??

—Vai, falaaa!!

—Eu tinha 18 anos, foi com uma garota que eu ficava, Alice!

—E... você ainda fala com ela??

—Ih, ta com ciúmes é? - disse recebendo uma careta de sua namorada.

—Responde, Fabinho!

—Não general, nem sei mais dela, acho que tenho ela no facebook, mas a gente nem se fala mais.

—Bom mesmo. Você não vai trabalhar hoje não?

—Vou, mas depois que eu terminar o que a gente começou na sala.-disse ele com um sorrisinho safado que Giane conhecia muito bem.

—Pede pra ALICE...- Giane soltou fingindo-se de brava.

—Eu quero você! Só você, o amor da minha vida, a mulher que eu amo.

—Eu te amo! Muuitoo..- Giane o puxou para si, os dois caíram na cama, Fabinho tirou cada peça de Giane, os dois tentando fazer o mínimo barulho possível. Quando chegaram ao ápice Giane não aguentou e gemeu alto, a sorte é que seu Silvério tinha o sono pesado e não ouviu nada.

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Depois de algum tempo Fabinho foi embora, e a rotina recomeçaria. Trabalhar na agência do Érico, criar, criar e criar. O que para ele não era difícil, pois sabia que tinha talento e adorava fazer o que fazia. Tinha tudo o que queria, um emprego que gostava, a mulher que amava, amigos e uma família pra lá de maravilhosa.

Claro que as brigas com Giane eram constantes, eles eram muito esquentados não conseguiam evitar, mas sempre voltavam a ser um do outro, o amor sempre falava mais alto, e eles se rendiam.

O clima na agência do Caio também tinha melhorado bastante, ele estava com Camila e parecia que gostava realmente dela. Ele e Giane eram bem amigos, até Camila estava menos insuportável, o que era estranho, talvez fosse por causa do Caio. Bento e Fabinho ainda não se suportavam , não raro eles saíam na porrada.

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Mais tarde ele passaria na casa de Giane, iriam ao Cantaí, com Maurício, Malu, Caio,Camila.Fazia menos de três horas que não via sua maloqueira e já estava morrendo de saudades.É estava realmente viciado naquela mulher,ficar longe dela era uma tortura.Pegou o celular e mandou uma mensagem:

“Tem planos para o almoço?”

Giane sentiu o celular vibrar tinha certeza que era um certo fraldinha melosinho.

“Não, por quê?”

“É que eu estou morrendo de saudades de uma certa pivete, e eu adoraria almoçar com ela. Topa?”

“Claro, também estou morrendo de saudades de um fraldinha irritante! Onde?”

“Eu passo aí, e te pego.”

“Ok...”

As 13h30min Fabinho passou na agência de Caio, pegou Giane e eles foram a um restaurante perto dali. Antes das 15:00 já haviam voltado aos seus respectivos trabalhos.

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Quando a noite surgiu, Giane foi até a casa de Dona Margot, esperar por Fabinho.

—Oi Dona Margot.O Fabinho está pronto?

—Ainda não querida, ele está lá no quarto. Vai lá.

—Eu vou estrangular esse fraldinha!!- bufou se dirigindo ao quarto.- Pô, Fabinho já era para você estar pronto cara!

—Oi para você também. Cadê meu beijo? - Disse ele. 

—Não vai ter beijo enquanto você não estiver pronto! Acelera aí, Fabinho, to te esperando na sala. Tem dez minutos.

Meia hora depois estavam no Cantaí, encontrando Malu e Maurício os esperando em uma mesa:

—Nossa, vocês demoraram hein?- comentou Malu.

—Esse seu irmão, cheio de frescura!!Demora horas pra se arrumar.

—A pivete nem começa, você demora muito mais. -Fabinho bufou recebendo uma careta da namorada.

—Vocês sempre românticos! - ironizou Maurício.

—E aí vocês vão beber o quê?- perguntou Malu.

—Qualquer coisa, pra mim tanto faz!- falou Giane, e Fabinho concordou com a namorada.

—O Caio e a Camila não vão vir?

—Não chegaram até agora Gi, será que aconteceu alguma coisa?

—Vou ligar para o Caio, já volto!

Depois de alguns minutos Giane voltou e, disse que Caio estava esperando Camila se arrumar.

A conversa rolava solta no Cantaí, todos estavam bebendo, porém ainda sóbrios. Até que Caio finalmente chegou com Camila.

Ele e Fabinho se cumprimentaram de longe, ainda não iam um com a cara do outro. Já Camila abraçou Fabinho tão forte que quase o deixou sufocado, segundo Giane, que não estava gostando nada disso, mas conseguiu se controlar. Os dois acompanharam todos a mesa, bebendo também, Camila estava bebendo bem além do que deveria.

Tudo estava as mil maravilhas, mas como tudo que é bom dura pouco...