Como Conquistar Um Magnata. escrita por Catiele Oliveira


Capítulo 26
Capítulo vinte e seis - Las Vegas


Notas iniciais do capítulo

Oie!!!! Bom dia! Desculpem a demora, mais uma vez... E aqui vai o capítulo!



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Capítulo vinte e seis – Las Vegas

POV Bella.

— Queria te abraçar — Disse. Edward me encarou contendo sua feição zangada.

Ele caminhou para minha direção e como uma criança indefesa se ajoelhou na minha frente e deitou sua cabeça no meu colo. Acariciei seus cabelos e não disse absolutamente nada, mesmo sabendo que ele chorava silenciosamente.

Edward me colocou na hora algum tempo depois, disse que lavaria a louça do jantar, eu não contestei, apesar de saber que não tínhamos sujado nada. Deixei que ele fosse, enquanto me embolava nos cobertores com certa dificuldade, tentando vivenciar alguns dos momentos que ele tinha passado anteriormente com sua família. Mas estava sendo inútil; no momento não obtinha a imaginação necessária.

Busquei por meu celular no criado mudo e disquei o número da minha casa.

— Pai? — Chamei assim que ouvi a voz rouca de Charlie.

— Sou eu, Bells — Havia certa melancolia em seu tom — Como vocês estão? Tudo bem por aí?

Soltei um riso baixo. Era visível que ele se fazia de bobo, tão típico de Charlie querer me poupar de qualquer aborrecimento. Principalmente em meu estado atual.

— Mais ou menos... Edward está nesse momento fingindo lavar uma louça que não existe, já que ele trouxe comida da rua.

— Eu posso imaginar — Ouvi seu suspiro do outro lado da linha.

Se havia algo que eu gostasse em meu pai, era isso. Nós poderíamos estar sentados lado a lado, assistindo tv ou só observando o tempo passar, se eu puxasse um assunto, ele responderia, se ele puxasse, eu responderia, mas se optássemos pelo silêncio: seria algo totalmente confortável.

— E Rosalie? — Quebrei o silêncio quando lembrei o motivo da ligação.

— Com Emmett. Trancados no quarto — Apesar dos apesares, pelo tom de Charlie, não estava satisfeito com aquilo. Lembrei-me quando ele descobriu da minha gravidez, isso o deixou mais chateado – por hora – do que tudo que já havia acontecido.

— Devo imaginar que isso seja mais difícil para ela, que para Emm — Papai murmurou algo como sim, do outro lado da linha e eu ouvi a voz de Renée.

— Sua mãe quer falar com você — Disse Charlie, eu ainda o ouvi discutir com Renée, brigando por ela interromper o assunto.

— Seu pai é tão egoísta às vezes! — Minha mãe exclamou — Com toda essa confusão ninguém ao menos se preocupou com você e o bebê. Edward demorou muito para chegar?! Rosalie deveria ter me avisado que deixou você sozinha.

— Ele não demorou... — Eu menti, mas funcionou, a ouvi respirar aliviada. Mães...

— Você não deveria estar se preocupando com isso — Renée me confidenciou em um sussurro — Você não ouviu o que o médico dizia, porque estava dormindo, mas seu estado é delicado, Bella.

— Mãe, como você acha que Edward conseguiria esconder algo assim de mim? Ele está tão arrasado! Ele não consegue me encarar. Provavelmente está sentindo culpa por tudo! Parece que Alice planejou tudo, inclusive um xeque-mate final.

Mais silêncio surgiu entre nós. Renée, por um lado, sabia que eu estava certa, mas sua preocupação de mãe estava além daquilo. E eu sabia que ela estava ressentida com Alice pelo modo que ela revelara as coisas. Por mais que não me desse razão ou passasse a mão por minha cabeça, ela odiou completamente a herdeira Cullen por detonar sua filha para toda a família, quando deveria ter mostrado o vídeo primeiramente a Edward, e não a Esme, Rosalie e Tânia.

— Você não precisa vir tão cedo amanhã, mãe. Lou estará aqui assim que Edward for trabalhar — Avisei, a ouvi resmungar do outro lado da linha — Você pode ir dar aulas.

— Eu pretendia ir cedo! Esme deveria ficar à tarde...

— Mas com tudo isso — A interrompi — Esme estará com Kate, provavelmente, melhor que não seja Rosalie aqui. Eu... — Fiquei quieta quando percebi que Edward me encarava da porta do quarto.

“Vou ficar com você” ele sibilou na minha direção, seus olhos verdes estavam profundamente vermelhos. Assim como seu rosto. Seus olhos inchados e irritados.

— Edward está aí?! — Renée perguntou quando fiquei em silêncio. Observei Edward adentrar o quarto e tirar a camisa do seu pijama.

— Sim — Disse, ela respirou fundo — Edward ficará em casa amanhã. Você está liberada dos cuidados da sua filha quase invalida.

— Por Deus, Bella! Você sabe que para mim é um prazer cuidar de você! Deus me livre, mas eu até gosto quando você precisa um pouquinho de mim... — Renée disse com uma voz triste, eu ouvi Charlie rir, isso me fez rir também.

— Não seja boba, mãe. Eu estava brincando. Agora eu preciso ir, ok?! Amo vocês.

— Nós também te amamos. Vocês três.

Três... Encarei meu... Noivo? Ri da minha falta de definição, Edward se deitou ao meu lado na cama e puxou sua coberta, para depois me puxar para seu braço, onde me aconcheguei perfeitamente no seu peito, sentindo o calor da sua pele. Ele cheirou meus cabelos úmidos e beijou o topo da minha cabeça. Percebi que ele não queria conversar. Quando conversaríamos sobre nossa vida? Essa poderia ser uma questão egoísta para o momento, mas eu gostaria de saber.

Meus olhos arranharam quando tentei abrir, o quarto estava escuro, mas Edward não estava na cama. Eu queria me levantar e procurar por ele, mas só pude respirar frustrada. Meus olhos se adaptaram com o breu, ainda era o noite, o relógio do criado mudo indicava que iriam dar cinco da manhã, ainda assim não havia amanhecido. Busquei por meu celular e enviei um sms para Edward.

Onde você está?”

Segurei o aparelho com força em minhas mãos, não queria ligar, ele poderia ter ido ao banheiro ou estar fazendo algum lanche da madrugada, mas ainda assim havia preocupação. Ele não deixava a cama até seu relógio despertar, e ele também não iria trabalhar no dia seguinte, não havia motivo algum para estar fora da cama. A não ser que tivesse recebido um chamado urgente da sua família. Seria Alice, algo dera errado na sua internação? Ou Esme havia ficado tão abalada que passou mal? Poderia ser Kate? Chorando, sentindo falta da mãe? Ou até mesmo Jasper, que no calor da fúria, fizera algo impensado? Ou poderia ser Emmett?! Quem sabe Rosalie?!

Respirei fundo, eu iria enlouquecer se continuasse com os pensamentos. Pensei em mandar outra mensagem, acendi novamente o visor do celular, que agora marcavam cinco da manhã em ponto. Então o aparelho vibrou.

Eu já estou subindo” fora tudo que recebi como resposta. Respirei fundo e esperei até que a porta se abrisse, ela realmente abriu e Edward passou por ela, acendendo a luz. Fiquei surpresa ao vê-lo vestindo uma calça cáqui verde, tênis e jaqueta azul.

Onde esteve? Quis automaticamente perguntar, me levantar e até como um cão farejador, cheirá-lo por inteiro. Estava com ciúmes, ainda com tudo, uma insegurança absurda me apossou. Mas depois, tomando uma lufada de folego maior, o encarei, esperando que ele mesmo dissesse.

— Tânia e Kate estão lá embaixo. Elas trouxeram minha mãe e minha sobrinha — Ele informou, abrindo a porta do closet, percebi que ele saiu de lá com algumas roupas na mão — Tânia vai ficar aqui, mas não trouxe nenhuma roupa. Ela está praticamente dormindo no sofá. Se importa? — Ele perguntou, apontando uma camisola preta em sua mão. Fiz que não com a cabeça, ele assentiu.

— Quando elas chegaram? — Erradamente eu só conseguia pensar que Kate estava sentada no sofá da minha sala de estar. Erradamente eu só conseguia pensar que por causa de Alice, a ex do meu noivo estava em minha sala.

— Por volta das quatro... — Ele respondeu, me encarando — Me desculpa. Você me chamou, quer ir ao banheiro, precisa de algo?

Havia algo estranho nele. Estava distante, frio, confuso... Ou aquilo era só paranoia minha?

— Só preocupação... — Disse, me sentindo patética por prendê-lo por maia tempo no quarto. Edward assentiu.

— Volte a dormir. Estarei aqui antes de você acordar novamente.

Quando meus olhos se abriram novamente, constatei que Edward havia mentido para mim. Ele não estava na cama, nem no quarto, e agora a luminosidade da manhã ultrapassava minhas cortinas pretas e pesadas. Mas eu não queria sair da cama. Iam dar nove da manhã, eu só queria fechar os olhos e dormir até meio dia, sem me questionar o motivo de Edward não estar na cama. Ou não estar no quarto.

Fiz todo o esforço do mundo para levantar e sorri contente quando percebi que não sentia mais fisgada na perna. Mas sabia que aquilo era só a recompensa pelo repouso que estava fazendo, sabia que no momento que tentasse andar antes do tempo, minha dor voltaria em dobro. Mas eu queria ir ao banheiro. Queria escovar os dentes por conta própria, trocar de roupa e procurar por Edward em todos os cômodos, mas também sabia que isso não aconteceria sem a ajuda de um terceiro.

— Edward! — Chamei com esperança dele estar no banheiro. No corredor. Ou ter uma audição perfeita que ouviria qualquer chamado meu, mesmo estando há um estado de distância.

Ele não respondeu.

Fiquei de pé, deixando todo meu peso na perna boa, me esgueirei até a primeira parede que dava para o banheiro e fiz o resto do trajeto me apoiando nela. Assim que consegui abrir a porta e me encarei no espelho, fitei os fios de cabelo rebeldes que pareciam um ninho de passarinho. Busquei pela escova, passando pelos fios e os prendi com um elástico de cabelo. Lavei o rosto e me contrai com a água gelada, por um segundo dividindo o peso do meu corpo nas duas pernas e gemendo com uma fisgada de dor.

A culpa era minha. Eu não esperei a ajuda.

Ignorei o pensamento e escovei os dentes com rapidez, em seguida, esvaziei a bexiga. Grávidas... Tudo que eu sabia sobre elas: enjoos, fome e sono infinito... E algo desesperador como não conseguir segurar a urina. E definitivamente, não ter hora para ir ao banheiro.

Assim que terminei, voltei para o quarto, fazendo a mesma travessura e rindo de mim mesma, a dor havia passado e com a continuação dos anti-inflamatórios tudo iria voltar para o lugar rapidamente.

— O que você está fazendo de pé, Bells?! — Tremi de susto quando a voz atingiu meus ouvidos, encarei a feição carruncada de Charlie e não consegui prender o riso. Meu pai correu até a mim e praticamente me carregou até a cama — Você não pode se levantar sozinha.

— Talvez vocês devessem me comprar umas muletas — Resmunguei, Charlie riu — Onde está Edward? Pode dizer que ele está sendo um péssimo pai?

Assim que eu terminei de dizer, Edward apareceu no quarto e eu sabia que ele tinha ouvido. Estava visivelmente constrangido, porém, carregava uma bandeja enorme com que julguei ser meu café da manhã. Meu estomago roncou. Bom, talvez eu pudesse retirar minhas últimas palavras.

— Eu prometo me esforçar mais — Ele disse, não havia nenhum tom de brincadeira — Me desculpe, eu achei que estivesse dormindo. Você não enviou mensagens.

— Talvez devêssemos instalar uma campainha aqui? — Charlie sugeriu, Edward assentiu, colocando a bandeja na cama.

— Ainda acho que a ideia das muletas seria mais eficiente. Assim todos vocês poderiam viver suas vidas normalmente. Eu sei me virar.

— Não insiste. Se for um inconveniente para qualquer um vir aqui ficar com você, eu mesmo fico. Umas férias nos fariam bem — Edward disse. Mas eu sabia que agora ele só queria fugir do mundo real.

Eu não respondi nada. Tomei um gole do meu suco de laranja, enquanto ele destacava a cartela de comprimidos que eu deveria tomar. Alguns para dores e outro era um cálcio para o bebê.

— Poderíamos ir a Vegas, o que você acha? — Edward optou, eu o encarei, querendo questionar o quanto de verdade tinha em seus planos.

— Las Vegas, hein? Qual a graça se eu estarei sem colocar os pés no chão por mais dez dias?

Eu sabia que estava fazendo careta, mas não podia evitar. Observei Charlie sair do quarto e nos deixar sozinho.

— Você está me evitando? ! — Sussurrei para Edward. Eu tinha até medo de perguntar em voz alta.

— O que a faz pensar isso?

— Você me deixar sozinha a noite inteira?! — Declarei indignada.

— Eu te deixei sozinha por quase uma hora, Bella. Quando eu voltei para cama, você parecia uma pedra. Eu levantei há uns vinte minutos atrás. Você está tendo um sono pesado ou tem ficado muito cansada. Ainda não sei a explicação. Mas se é bom para o bebê...

Eles só se preocupam com o bebê. Eu quis dizer isso, mas seria infantil. Ciúmes do meu próprio filho?! Não queria que Edward me achasse uma idiota. Mais do que eu já estava sendo.

— Sei que errei em deixa-la sozinha por tanto tempo ontem. Isso não vai se repetir — Edward me encarou e seus olhos estavam serenos. Apesar de sérios, ele estava dizendo a verdade — Agora sobre a nossa viagem...

— O Kate estava fazendo aqui ontem? — O cortei. Simplesmente disse, doesse o que viesse doer. E para minha surpresa: Edward deixou uma risada escapar.

— Emmett ganhou — Edward riu ainda mais, o encarei sem saber o que dizer — Nós apostamos. Eu disse que você simplesmente ignoraria o fato dela ter estado aqui ontem, mas Emm apostou que você falaria quando tivesse uma oportunidade. Estou decepcionado, de fato — Mesmo com a frase, Edward ainda ria animadamente, nem parecia o Edward de ontem e eu me odiei por estar bancando a louca — Meu irmão te conhece melhor que eu! Quando tiver problemas matrimonias devemos procura-lo?

— Pois é — Murmurei sarcástica — Ou terapia de casal. Quem é que sabe, né amor?

Edward afastou a bandeja de café da manhã e tirou o suco da minha mão, se aproximando. Virei meu rosto para outra direção, como qualquer criança mimada faria.

— Eu não sei o que ela veio fazer aqui ontem. Mas apesar disso, ela não dormiu aqui — Ele segurou meu rosto, obrigando-me a encará-lo — Eu sabia que você não iria gostar. Então Irina veio busca-la.

— Me desculpe... — Finalmente disse, envergonhada.

— Por ser uma esposa enciumada?! No dia que você deixar de ser... Terei alguns problemas — Meus olhos arregalaram-se em sua direção e Edward riu de novo, me roubando um beijo — Agora sobre a nossa viagem...

— Não há clima para viagens, Edward — O cortei de novo.

— Anjo — Ele disse em tom sério — Da próxima vez que você me chamar de Edward, eu vou castiga-la. Me entendeu bem?

Não. Eu não tinha entendido, mas aquela frase havia mais conotação sexual do que eu queria. Tentei disfarçar o formigamento entre as pernas, mas ele, sagaz como era, descobriu isso.

— Odeio que você me chame pelo nome. Definitivamente eu não quero nunca mais ouvir meu nome ser pronunciado por você — Eu assenti rapidamente, enquanto ele grudava seus lábios no meu, mordendo meu lábio inferior com força e depois o soltando, passou sua língua em torno dele e sorriu — Como eu dizia sobre a nossa viagem... Nós vamos. Eu não quero saber do resto.

— Mas...

— Anjo — Enfatizou novamente. Eu gostava do meu novo apelido, inclusive, gostava do Edward insistente que estava na minha frente — Eu tenho pressa. Você não entende, mas só morar com você não adianta se você não for minha esposa de fato. Para mim, não é só um pedaço de papel.

Do que ele estava falando? Era realmente aquilo? Las Vegas... Casamento?! Eu não pude evitar ficar emocionada. Aquilo era culpa dos hormônios, ou simplesmente do homem maravilhoso que eu tinha. Abracei Edward com força, deixando que algumas lágrimas escapassem. Ele não poderia ser mais perfeito. Poderia?!


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Notas finais do capítulo

Edward é um fofo! E a Bella toda ciumenta?! Acho que eu me inspirei em mim mesma! Hahaha. E aí galera, o que vocês acharam sobre Dilma ser reeleita?! Não queria Dilma novamente, Brasil precisa de uma reforma política. Mas entre PT e PSDB... Não dá nem para comparar, né?! Melhor progresso ao retrocesso. É isso aí! Volto ainda essa semana com mais! õ/ beeeeijos grande! A-MEI os comentários no capítulo anterior!