Um ano de amizade colorida, eu estou me apaixonando por ele, mas eu não posso, eu tenho que continuar firme, ele não deve gostar de mim do mesmo modo que eu, ele me vê como uma amiguinha de infância que agora tá pegando, eu sei que vê, e eu me sinto ainda mais idiota por gostar dele sabendo disso.

– Hanna- ouvi ele se remexendo na cama improvisada no chão, afaguei seus cabelos e fui para o banheiro tomar banho, enquanto a agua fria batia em minhas costas eu pensava em como nossa amizade se fortalecia e caia ao mesmo tempo, as brigas que tivemos foram tão idiotas mais que abalaram tanto a mim quanto a ele, ciúmes era um mal que às vezes nos atingia as vezes não, lembro-me da primeira vez em que brigamos, tínhamos 5 meses de amizade colorida e eu fiquei com outro garoto ele ficou puto e foi atrás do cara, eles brigaram e eu não o defendi, gritei dizendo que não éramos namorados e que ele não mandava em mim, que eu não era dele que não pertencíamos um ao outro e fui em bora furiosa para meu apartamento, quando cheguei percebi a burrada que tinha eito e desabei no chão, Emma preocupada veio me ajudar, me levou pro quarto e conversou comigo, ela não gostava de Lukas, mas ela me amava e eu a amava também, melhore amigas são para isso, depois de algumas horas ouvimos batidas fortes na porta, ela foi atender e eu fiquei no quarto, a ouvi dizer – Não pode entrar, volte aqui- segundos depois vi Lukas parado na minha porta com os olhos cheios de lagrimas e o corpo molhado pela chuva o abracei no mesmo momento, naquele dia não me importava como ele estava eu só o queria de volta para mim, ele me beijou e a voltamos, nossa segunda briga foi bem mais seria, não gosto nem de lembrar dela foi horrível.

– Hanna, cadê você?- Lukas devia estar preocupado, eu já estava no banho a mais de uma hora.

– Já Tô saindo- me sequei coloquei minha roupa, um short curto com tachas, uma blusa de frio dos Rollings Stones, deixei meus cabelos soltos e coloquei um All star vermelho, sai do banho e o vi apenas com a toalha na cintura e os cabelos molhados pelo banho,

– Assim você acaba com minha conta de agua né Bob- ri dele e peguei minha jaqueta de couro preta, íamos sair para almoçar. Ele entrou de novo no quarto para se trocar enquanto isso eu ficava olhando os pôsteres que tinham na sala, a casa era toda repleta deles, menos os banheiros e a cozinha. Ele saiu do quarto vestido com uma camisa preta do Green Day e uma calça jeans larga e pra finalizar um vans preto, estava perfeito, simples e perfeito.

– Vamos?- perguntei, ele assentiu e começamos a ir em direção a sua moto, até que ele me pegou de surpresa e me beijou, um beijo feroz, me levantou pelas pernas me fazendo entrelaça-las em volta de sua cintura, como eu era magra e pequena não deve ter sido difícil, suas mãos foram ate minha bunda e eu ri entre o beijo, ele riu também, me desceu fomos almoçar no Habib’s, eu amava a bib’s fiha ♥, eu comi igual uma ogra, tava nem ai, tava com fome ia comer de qualquer jeito mesmo.

– Que nojo Hanna- falou Lukas quando viu o jeito que estava minha pessoa estava comendo, comecei a mastigar de boca aberta em seu rosto, ele fez sinal de rendição e depois colocou o dedo na goela como se fosse vomitar idiota. Dei língua e voltei a comer, dessa vez mais educadamente, acabamos e ele foi pagar a conta.

–Vamos?- perguntei, ele assentiu com a cabeça e fomos em direção a sua moto.

– Por que não vamos a sorveteria?- perguntou.

– SIIIIIIIIM- Gritei, ele riu e subimos na moto, espera eu tô esquecendo alguma coisa hoje, uma coisa comigo, deixa não deve ser importante, paramos a moto em frente a uma casa bonitinha, mais que eu nunca havia ido- Lukas aqui não é a sorvete....- ele tapou meus olhos e minha boca, o que ele estava fazendo?

–Shiiiiiii- ouvi-o falar com alguém ou mesmo comigo.

– SURPRESA- ele destapou meus olhos e minha boca, caramba hoje era meu aniversario, como eu me esqueci disso?

– Hoje é meu aniversario?- ouvi varias risadas, um vulto ruivo se agarrou na minha perna.

–Tia Hanna, tia Hanna- ouvi, olhei para baixo e vi uma menininha linda ruivinha e com os olhos verdes, era igual a minha irmã, eu não há via desde a morte de meus pais, sentia muito sua falta.

– Hanna, é você mesmo? – olhei para traz e vi uma mulher baixa com longos cabelos ruivos e olhos extremamente azuis ao lado de um homem de terno com cabelos loiros olhos verdes e um sorriso lindo, apenas um defeito, um corte na bochecha esquerda, mas mesmo assim, ele era lindo.

– Lina? Você? Eu, senti tanta sua falta – corri e a abracei, minha irmã, era realmente minha irmã.

– Também senti a sua, como você cresceu- disse tocando minha face, abri um sorriso enorme- esta linda, realmente linda, e muito parecida com a mamãe- meus olhos se encheram de lagrimas ao me lembrar dos meus pais.

– Você esta com os olhos do papai e os cabelos também- ela e meu pai eram muito afastados um do outro, eu era a mais apegada a ele, ela era unha e carne com minha mãe, as duas eram incríveis juntas, porem as aparências vieram ao contrario. - Esse é quem? – perguntei apontando para o belo homem ao seu lado com a cabeça.

– Este é meu marido, Jon- ele estendeu a mão, que em segundos eu apertei- e a pequenina é Lua, nossa filha, esta com tres aninhos, sempre mostro fotos suas para ela- ela estava gravida quando foi em bora? Que saudade eu tive dela, eu tinha uma sobrinha, uma sobrinha, uma lágrima de felicidade desceu por meu rosto, a abracei novamente – Vá falar com seus convidados garota- sorri e fui correndo falar com meus amigos até que me deparei com ele, o cara que arruinou minha vida, arruinou meus sentimentos e quebrou meu coração em pedaços ali estava ele Michael Grosten, o cara que acabou com tudo.

– Olá, sentiu minha falta?- cretino, dei um tapa bem forte em sua face e gritei.

– SAIA DAQUI CRETINO- ele saiu rindo com seus fieis escudeiros babacas.

– O que foi isso Hanna?- Lukas veio e me abraçou- vamos la pra cima, vem – ele me levou para o andar de cima, deitei em seu colo e comecei a olhar para cima com um olhar vazio e escuro.

– O que esse cara fez de tão ruim Hanna? Fale-me- pediu, levantou meu rosto com a ponta dos dedos – Ei, me conta vai, sou seu melhor amigo vai?- eu beijei seus lábios, minhas lagrimas que agora começavam a sair se misturavam no beijo- Me fala Hanna, você sabe que pode confiar em mim.

– Eu sei, mas preparasse, é uma longa historia- ele assentiu como eu contaria uma coisa assim para a pessoa que eu amo?