Coração Indomável escrita por Drylaine


Capítulo 25
Capítulo 25


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, saindo mais um capítulo dessa história q já tá virando uma novela sem fim kkkkk. Preciso desesperadamente termina-la e decidi que não vou prolongar essa segunda fase da fanfic. Vou transformar em reta final q pode ter mais uns 5 caps pela frente ou no máximo 10. Sem mais enrolação, vamos ao capítulo. Tenham uma boa leitura!



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Jacob

Caminhei por pouco mais de dez minutos, até chegar no lugar onde sabia que iria encontra-la, ficava num dos principais parques da cidade, onde também se encontrava o Píer que dava acesso ao mar. No verão costumávamos fazer piquenique aqui e, por muitas vezes, Nessie também usava para treinar seus passos de balé ao ar livre, ou apenas nos sentávamos aqui para observar o pôr do sol. E foi ali que a vi. No entanto, ela não estava sozinha, estava acompanhada de um cara que logo reconheci ser o seu parceiro de dança. O mesmo cara que já tinha deixado claro, pelo menos para mim, o quanto estava a fim dela. Parei no meio do caminho na dúvida se deveria prosseguir ou recuar.

Para os outros, os humanos que desconheciam a existem de nosso universo sobrenatural, ela era uma jovem universitária de 20/ 21 anos na flor da sua idade, com a liberdade pra paquerar e namorar quem quiser e, naturalmente, também sofrer decepções. Bem isso era o que Nessie queria vivenciar em sua vida mortal, só que por muitas vezes, ela se esquecia que era também metade vampira. Ou seja, ser apenas um Mero Mortal... era algo impossível.

Olhei novamente para o par que estava a cerca de alguns metros de mim, foi quando vi um beijo acontecer. Uma parte minha estava gritando de raiva, fechei os punhos e decidi me controlar. Isso me fez lembrar da última vez que tivemos uma discussão grave, foi a uns 2 ou 3 anos atrás:

"Você tem que parar de agir como se fosse o meu pai. Então, você pode parar de querer me controlar, ou ser o meu dono."

"Eu nunca quis ser o seu dono, nem seu pai. No máximo sou irmão mais velho."

"Você não é o meu irmão e nem é da minha família."

"Mas, sou o seu PROTETOR! E caso você tenha se esquecido, a minha vida e a sua estão ligadas até a morte. Eu não escolhi isso!" Foi a primeira e única vez, que havia gritado com a minha imprinting e isso me causou tanta dor física e mental que chega ser difícil descrever. "Eu também queria ser um cara normal, viver a minha vida sem ter que me preocupar todos os dias com você. E se eu pudesse ter escolhido… eu… eu teria…"

"Teria ido embora com Leah." No entanto, nunca me atrevi a dizer essas palavras em voz alta, apenas tenho mantido esse pensamento comigo. Um pensamento que vive a me atormentar.

"Para! Me solta!" Saí dos meus devaneios, assim que ouvi a minha imprinting gritar. Quando retornei meus olhos para o par, me surpreendi ao ver o corpo do cara ser jogado, violentamente, para fora do Píer e, em seguida, cair nas águas frias do mar.

Nessie se virou pra mim assustada pelo o que havia acabado de fazer. Passei por ela como um furacão, jogando meu paletó no chão antes de mergulhar atrás dele. Em questão de segundos, consegui retira-lo da água com segurança. O amigo de Nessie cuspiu um pouco de água, antes de voltar momentaneamente a consciência, até que adormeceu de novo. Eu podia sentir o cheiro de álcool, provavelmente, havia bebido muito.

"Ele vai ficar bem? Eu não calculei a minha força… Eu só queria que ele parasse. Eu só… Eu sinto muito." Olhei pra ela ajoelhada do outro lado do corpo dele, chorando e se lamentando.

"Tá tudo bem. Ele vai ficar bem, mas temos que leva-lo de volta ao Campus, antes que tenha uma hipotermia." Peguei meu paletó e coloquei nele, depois mandei Nessie buscar o meu carro. Em questão de segundos, a garota já estava de volta.

A viagem de volta para Forks foi silenciosa, embora minha cabeça estivesse latejando de preocupação e irritação. Dirigi furiosamente pelas ruas da cidade, não se importando de sermos pegos. No momento, acho que tinha ligado o "Foda-se."

Maldita Lua Nova! Sei que estava me afetando de alguma forma, como sempre me afetou.

"Sinto muito!" Eventualmente, a garota sentada no banco do passageiro se atreveu a falar. "Jake, eu sinto muito mesmo!" Ela continuou a se desculpar, esperando que eu reagisse a sua voz doce e melancólica. "Por favor, diz alguma coisa!"

"Você mordeu ele?" Falei entre dentes.

Antes de retornarmos a Forks, tivemos que deixar o cara em seu dormitório no Campus da UW (Universidade de Washington) e ainda tive que trocar a roupa dele. Bem, enquanto Nessie se distraiu procurando por um pijama, eu percebi que na camisa molhada do rapaz havia mancha de sangue, bem como um corte nos lábios dele. Também descobri duas pequenas marcas de dentes no lado esquerdo de seu pescoço, que já havia se transformado numa cicatriz.

"Você mordeu ele, Nessie? Como pôde fazer isso?" Freei bruscamente, a assustando. "Nós temos um tratado com os Cullens… Se um de vocês quebrarem o trata…"

"Eu sei, eu sei! Conheço bem as regras!" Ela disse ofegante, me dando um olhar apavorado. Agora ela soava como uma garotinha desesperada. "Foram só duas vezes. E eu juro que foi um acidente." Então, hesitou e me olhou com o rosto corado de alguém que está envergonhado e com o coração acelerado, a fazendo parecer mais humana do que nunca. "Da primeira vez, nós estávamos… bem… no meu dormitório e eu… decidi que queria perder… a minha virgindade com ele." Ela desviou os olhos e se encolheu ao meu lado, talvez, porque o meu olhar se tornou ameaçador.

"Prossiga! É melhor que eu saiba tudo de uma vez." Respirei fundo, tentando controlar o meu lado lobo.

"Bem na hora H, no ápice da minha… excitação." De repente ela ficou com o olhar paralisado, vislumbrei seus castanhos-chocolate se tornarem meio selvagens me deixando perplexo. "Eu senti um desejo incontrolável de provar o sangue dele que sempre teve um cheiro tão forte e intoxicante." Ela parecia estar presa em sua mente, revivendo aquele momento. E era difícil saber se foi uma lembrança boa ou ruim. Só sei que meu estômago se revirou de ouvir aquilo e foi impossível não se sentir enojado. "Mas, consegui parar antes que perdesse o controle de vez." Logo, ela saiu desse transe, voltando ao normal. "Jimmy apesar de ter ficado assustado com a minha atitude, achou que era… apenas… um fetiche. E deixei que ele pensasse assim. Depois disso, resolvi me afastar. Até que Jimmy acabou sendo escolhido pra ser o meu par, daí me senti encurralada. Cheguei a cogitar em desistir do grupo de balé."

"Mas não desistiu. Decidiu continuar se arriscando a se expor e colocar esse cara e os seus amigos em perigo." Continuei a reclamar irado e, ao mesmo tempo, confuso com aquela situação. O meu lobo parecia com vontade de estraçalhar alguém.

"Olha, na maioria das vezes, eu posso me controlar. E não é a primeira vez que provei sangue humano. Você sabe disso. Quantas vezes, me deixou beber do seu pulso ou do seu pescoço e eu nunca me descontrolei a ponto de te machucar." Sim, isso era verdade. Quando Nessie era pequena, algumas vezes, passei a deixá-la beber do meu próprio sangue a fim de mantê-la sob controle. Acreditávamos que, assim, seria uma forma de controlar o próprio instinto assassino dela. Eu dizia que era uma forma de controlar o seu lado monstro.

"Você sabe que para um lobo, não é tão fácil machuca-lo. Ao contrário de um mero humano." Eu decidi abaixar o meu tom e aquietar o animal dentro de mim, percebendo que o melhor era tentar ser racional. "Você tem consciência que poderia tê-lo matado? E se a alcateia descobre e passa a te ver como uma ameaça para a tribo? Isso se tornará um baita problema pra nós dois e pra sua família." Suspirei, nervosamente, porque esse pensamento era perturbador demais. "Além disso, há ainda os Volturis no meio dessa equação. Temos que ter cuidado pra não acabarmos encurralados pelos dois lados."

"Eu sei. Você tem toda razão." Nós nos calamos, por um instante, refletindo sobre fazê-la compreender a gravidade da situação.

"Jake, sobre o que eu te disse… Por favor, não conta isso pra Bella e nem pro Carlislie."

"Eles precisam saber."

"Não! Se eles souberem vão me proibir de continuar frequentando a Universidade e vão me obrigar a sair do grupo de balé e parar com o estágio. E isso não é justo!" Ela me olhou com os seus castanhos-chocolate lacrimejados, me deixando quase fraquejar, pois não gostava de vê-la triste. "Batalhei tanto pra ter a minha liberdade e realizar o meu sonho, pra ter que abrir mão disso, agora?!"

"Você queria fazer parte do mundo dos humanos. E essa é uma parte bem dolorosa do nosso mundo, quando temos que abrir mão daquilo que mais desejamos. No final, todo mundo tem que abrir mão de alguma coisa, porque não dá pra ter tudo. E quanto antes você entender isso, mais fácil será pra superar e seguir em frente.

"Pra entender tanto sobre isso, você já teve que abrir mão de alguma coisa, né? E eu me pergunto: Do Quê ou de Quem você já teve que abrir mão?" Imediatamente, desviei o olhar, sabendo que ela poderia desvendar aquele pequeno segredo que tenho guardado só pra mim. O problema é que os pensamentos voam como o vento e você não pode controla-los:

"Acho que tá na hora de pararmos de se lamentar pelo que não deu certo, ou pelo que perdemos. E também não devemos mais se arrepender de nada, porque no final tudo estava predestinado a acontecer."

"Acha que estava predestinado que você seria expulsa de sua própria casa?!"

"Acho que eu precisava de um pretexto forte o suficiente para conseguir partir... Se eu tivesse que ficar, eu estaria presa a você e ao seu imprinting, da mesma forma que fiquei presa a Sam e a Emily."

"Então é isso? Você sempre quis um motivo pra ir embora daqui e não voltar mais?! Pois, parabéns... Você conseguiu, Leah! Espero que pelo menos longe daqui, você seja feliz de verdade. Eu... só queria..." Queria ter lhe dito tantas coisas naquele dia, mas fiquei com medo. Eu queria ter lhe dito o quanto eu a amava. E, agora sei que não ter lhe dito aquelas três palavrinhas, se tornariam o meu maior arrependimento.

"Leah? Leah Clearwater?" Bastou apenas um toque em meu braço para a híbrida descobrir o que se escondia em minha mente. "A filha de Sue? Como eu não vi isso antes!" Mesmo não olhando pra garota, ainda podia sentir seu olhar astuto me queimar. "Você e ela…"

"Éramos amigos e irmãos de Alcateia." Resolvi interrompe-la e ser o mais objetivo possível, na tentativa de parar com qualquer questionamento, pois era o tipo de conversa que não estava pronto para ter. "Ela foi quase a minha beta."

"Você parece que a amava muito. Ou, talvez, ainda…"

"Para!" Exclamei me sentindo frustrado por ela ter se intrometido numa parte da minha vida que não queria compartilhar com ninguém, nem mesmo com a minha imprinting.

"Seus pensamentos sobre ela foram muito intensos. Leah não era só uma amiga, ou mais um lobo da matilha Black, certo?"

"O que isso importa agora?" Decidi ligar o motor do carro e continuar o trajeto. Estávamos a poucos quilômetros da casa da Bella, que ficava dentro da própria floresta que arrodeava a estrada. Até achei que o papo tinha acabado, já que minha imprinting decidiu se calar, porém foi um ledo engano.

"Por que você teve que abrir mão da Leah?" A princípio decidi não lhe responder, assim, terminando a curta viagem em silêncio. Entretanto, quando estacionei o carro na frente de sua casa e ela estava prestes a descer com a cara toda emburrada sem se despedir direito de mim, mudei de ideia.

"Por causa de você!" Por mais que quisesse fugir do assunto e esse assunto ainda me machucasse, me dei conta que seria importante enfrentar isso, sobretudo, pra fazer Nessie entender quais seriam as consequências de se quebrar às regras.

"O quê?" Sua voz saiu tão fraca e meio trêmula.

"Um dos motivos do porquê tive que abrir mão dela, foi porque tive um imprinting. Só que esse não foi o único motivo." De repente, minha mente se encheu de flashbacks. "Mais ou menos três dias depois de você nascer, Leah decidiu confrontar Bella, as duas lutaram entre si e quase se mataram. Por causa desse confronto, quase houve a quebra do tratado e, por conta disso, LEAH acabou sendo…" Minha voz falhou um pouco ao me lembrar daquele fatídico dia e o quanto deixá-la ir embora daquele jeito, foi tão triste, injusto e doloroso e o quanto ainda me sentia culpado. "Ela… ela foi… banida da tribo. Ou seja, ela foi expulsa da sua própria casa. O lugar onde nasceu, cresceu e viveu por quase 20 anos."

"Caramba, isso é horrível. Eu sinto muito, Jake." Sua voz estava chorosa. Isso me fez se sentir ainda pior porque não queria fazê-la chorar ou se sentir culpada. "Elas brigaram por minha causa?"

"Não." Suspirei me sentindo tão cansado, mesmo assim, decidi ir até o fim, já que havia começado toda aquela história. "Você se lembra do seu tio Emmett se gabando de como Bella foi uma recém-nascida FODONA, que até conseguiu intimidar um lobo Alfa?" Ela assentiu.

"Nesse dia que ela te atacou, foi porque descobriu que você tinha sofrido um imprinting por mim, né? Ou seja, indiretamente, sou a culpada."

"É, parando pra pensar, você já nasceu criando o caos na Terra." Nós nos permitimos rir por um momento. "Mas, falando sério, ninguém poderia prever o que iria acontecer depois." Então, acabei lhe contando sobre como Seth acabou se ferindo ao tentar me proteger de Bella e isso acabou enfurecendo Leah, culminando no confrontando delas. "Como você vê, não é uma história divertida como te contaram."

"Mas, por que você nunca me contou a verdade?"

"Porque não faria diferença nenhuma. E porque o passado deve ficar no passado. Tudo que aconteceu foi pelas mãos do Destino que tinha outros planos pra cada um de nós." Era tão estranho conseguir me abrir tanto com alguém assim, especialmente, alguém como Nessie. "No final, por mais difícil que seja, algumas pessoas são destinadas a seguir caminhos separados."

"E algumas pessoas são destinadas a ficarem juntas para sempre." Nessie segurou a minha mão direita me forçando a olhar para ela. "Algumas pessoas são destinadas a serem almas gêmeas." E nossos olhos se fixaram por um instante perdidos um no outro, seu rosto estava a um centímetro e sua boca quase tocando a minha e era quase impossível resistir a garota ao meu lado. Eu podia até sentir as cordas invisíveis do imprinting me atraindo pra ela. Porém, de alguma forma que nem sei explicar, virei o rosto fazendo com que acabasse beijando apenas o canto de seus lábios. Subitamente, me afastei, ouvindo nossos corações batendo tão forte.

"Boa noite, Nessie." Eu disse tentando manter a naturalidade e não deixar a situação estranha, mas era tarde demais, porque vi a expressão decepcionada dela e me senti tão mal por isso que até meu coração, que antes havia batido tão acelerado, agora parecia ter falhado uma batida, causando uma pontada dolorosa no peito.

"Boa noite, Jake." Sua voz saiu tão baixa e sem ânimo. Eu fiquei ali vendo-a sair do carro, porém antes que ela entrasse dentro da casa, me lembrei do presente que havia guardado pra lhe dar.

"Espera!" Como um flash sai do carro e surgi, rapidamente, ao seu lado. "Eu esqueci de lhe dar o seu presente." Abri a palma da mão revelando uma pulseira de prata com três pequenos pingentes: um tinha a forma de uma bailarina, outro de um coração e por último de um lobo. Isso foi suficiente para capturar um sorriso feliz dela. "É um talismã pra te proteger." Coloquei em seu pulso, percebendo como a sua pela clara se arrepiou sob meu toque. Depois a puxei para um abraço demorado, beijando o topo de sua cabeça.

Naquele momento, fui me dando conta que alguma coisa estava começando a mudar em nossa relação. As cordas invisíveis do imprinting estavam cada vez mais me prendendo à ela, tornando cada vez mais impossível de lutar contra essa atração. Ainda assim, havia uma pequena parte minha que se sentia sufocado e estava lutando sozinho e, desesperadamente, para se livrar desta atração. E eu me perguntava o porquê essa parte ainda continuava lutando, quando no final acabará perdendo a luta.

"Jake." Ela se afastou um pouco e ergueu seu rosto para me olhar. "Você por acaso… tem algum… interesse romântico pela minha professora?!"

"O quê? Como?" Eu arregalei os meus olhos, surpreso pela pergunta. "Não. Claro que não… Eu só tava flertando com ela. Foi apenas… uma brincadeira entre nós." Comecei a gaguejar como se fosse um adolescente idiota. "Mas, também que mal teria nisso?" Resolvi perguntar ganhando um olhar travesso dela.

"Nenhum. Mas também acho que não daria certo, assim, como o meu relacionamento não deu certo com o Jimmy."

"Aonde você quer chegar com isso?" Segurei os seus ombros e mantive o meu olhar firme nela, porque agora ela conseguiu me deixar bastante intrigado.

"Bem, eu agora me dei conta, como há vários casais felizes ao meu redor e isso começou a me frustrar e causar uma pontada de inveja."

"Bom, eu conheço um pouco o sentimento. E devo admitir que quando saio com os caras e suas namoradas… me sinto um pouco enjoado de tanto amor." Fiz uma cara de nojo e revirei os olhos, em resposta ela me deu um murro no braço. "Ai, isso dói." Resmunguei esfregando o local.

"Eu tô falando sério, Jake." Eu tenho tentado ter uma relação normal com os humanos. E tô feliz porque tenho um trabalho de meio período, tô na Universidade e fiz novas amizades. Mas sempre que tento dar um outro passo na minha vida, ter um relacionamento romântico, a coisa se complica." Ela parou, se afastou de mim e olhou para os próprios pés, numa postura clara de frustração. "Antes do Jimmy, eu já tinha tentando com outros caras e até com... garotas."

"Uau! Com garotas." Minha expressão com certeza era de pura surpresa.

"Sim, com garotas. Isso te incomoda?" Ela me deu seu olhar mais afiado e cruzou os braços na frente do peito.

"Eu... Não exatamente. Talvez, tenha ficado um pouco boquiaberto. " Eu não tinha realmente nenhum problema com relacionamentos homoafetivos, porque durante a faculdade acabei esbarrando com vários gays, lésbicas e até trans e acabei fazendo amizades com alguns que também tentaram por várias vezes me paquerar... Além disso, também haviam os caras héteros machistas e homofóbicos que também achavam que eu era gay, pois nunca me viam envolvido com nenhuma garota, mas sempre circulava por aí na companhia de Quil e Embry. Bem, eu e meu primo nunca se importamos muito com esses comentários estúpidos ou preconceituosos. Entretanto, para Embry as coisas foram mais complicadas, Ele se sentiu ofendido e se meteu em encrencas, até que acabei descobrindo o seu segredo. Meu amigo mantinha uma relação secreta com o seu professor. É, claro que hoje em dia, eles não precisam mais se esconder, os dois estão morando juntos há um ano e estão felizes.

"Vejo todos eles sendo felizes. Toda a minha família. E mesmo Bella e Edward que hoje não podem estarem juntos, no futuro sei que vão estar. Assim como sei que o futuro da Claire será com o Quil." Continuava Nessie obcecada por aquelas questões e me deixando quase maluco.

"É óbvio que Claire sempre vai estar no futuro do Quil!" Respondi bruscamente. "Afinal, ele é o protetor dela e também tem sido como um irmão mais velho... E eu acho que o que eles têm é mais legítimo que qualquer relacionamento romântico."

"Não tô dizendo que não seja legítimo. Eu só..."

"Você tem que entender que o imprinting não vai funcionar do mesmo jeito para todos os lobos. É diferente."

"Não é o que as lendas dizem, ou o que seu pai nos conta nas noites de fogueira. O imprinting é um vínculo inquebrável. Você mesmo me disse isso várias vezes!" Nessie apesar de pequena conseguiu me deixar intimidado pela sua presença e convicção. Eu estava cansado daquela conversa e da pressão que estava recebendo dela. Desviei meus olhos da garota e olhei para a janela, havia um vulto por trás das cortinas.

"Você deve entrar agora. Sua mãe está te esperando." Eu lhe disse de um jeito meio ríspido sem tirar os olhos da janela onde Bella estava nos observando. "Boa noite Nessie!" Me virei para retornei ao meu carro. No entanto, a híbrida não me deixaria ir tranquilamente, sem me perturbar ainda mais com suas últimas palavras.

"Talvez, Seth tenha razão... Você me vê como um fardo, assim como vê o imprinting como uma prisão de grades invisíveis." Não me atrevi a negar as suas afirmações, apenas entrei no carro, liguei o motor e dirigi rumo a reserva Quileute.

Quando cheguei na minha antiga casa, vi que as luzes já estavam apagadas, sinal que todos estavam dormindo, foi bom porque não estava a fim de falar com ninguém. Lá ainda vivia meu pai e minha irmã que agora era uma mulher casada com Paul e tinha um casal de gêmeos. Ao longo desses 12 anos, a casinha vermelha foi toda reformada e ficou mais grande e bonita, ainda assim, senti que fui perdendo o meu espaço ali. Logo, ir pra faculdade foi um bom pretexto para conseguir sair sem ofender ninguém. Sai em busca de um lugar que fosse meu, onde poderia ter mais privacidade e tranquilidade. Afinal, ter dois lobos temperamentais convivendo debaixo do mesmo teto, com certeza seria um inferno.

Contudo, nos dias que teria que patrulhar ou que vinha visita-los, eu sempre acabava vindo dormir ali. Que dizer, eu meio que cedi o meu quarto que agora pertencia às crianças e me mudei para a minha antiga oficina mecânica que ainda permanecia no quintal, pois não precisava de um espaço grande, só de um lugar provisório para descansar. Era lá onde eu possuía muitas das minhas boas lembranças e onde começou o meu interesse por consertar carros, por exemplo. Ali também decidi manter guardado o meu primeiro carro, o Rabitt que não tive coragem de se desfazer dele.

Assim que entrei na oficina, já fui me livrando dos sapatos e da gravata que já estava me incomodando a horas, depois me joguei sobre o sofá-cama e fiquei lá olhando para o teto, com a mente pesada pelas palavras de Renesmee:

"Talvez, Seth tenha razão... Você me vê como um fardo, assim como vê o imprinting como uma prisão de grades invisíveis." Eu deveria ter negado isso, porém não consegui porque, talvez, havia um fundo de verdade. Isso me fez ter um pequeno flashback de alguns anos atrás:

"Essa coisa de imprinting é realmente uma merda. Olha só pra Kim, ela merecia muito mais do que alguém como Jared."

"Leah, se liga! Eles são almas gêmeas, feitos um para o outro." Naquela época essas discussões entre nós dois sobre o imprinting, pareciam tão sem importância para mim.

"Você nem acredita nas suas próprias palavras. Vamos lá, eu não posso ser a única a acreditar que tudo isso é na verdade... uma prisão com grades invisíveis." Agora quando paro pra refletir, vejo que Leah sempre teve razão. E pensar sobre isso, me fazia perceber como eu sentia falta de tê-la, constantemente, em minha vida.

Ela era aquela pessoa que sempre estava lá nos meus bons e maus momentos, sempre pra ser meu ombro amigo, ou a minha bússola moral, a minha fortaleza. Eu sentia tanta saudade daquele seu olhar duro, ou de sua voz afiada, dos seus sorrisos sarcásticos, da sua teimosia irritante e até do seu mau humor. Então, quando a loba foi embora, eu perdi tudo isso. E eu nunca me senti tão solitário como agora.

Nos últimos anos essa sensação de solidão foi aumentando cada vez mais, a ponto de me fazer se sentir como se eu não pertencesse a esse lugar... Como se eu não pertencesse a essa família e nem a essa tribo. Como se eu tivesse Usurpado a vida de outra pessoa...

E Se eu tivesse usurpado o lugar que deveria pertencer a outra pessoa? E Se eu fosse um forasteiro infiltrado na tribo inimiga? E Se... E Se... E Se...

E se o índio da Beira do penhasco tivesse conseguido alcançar as mãos da garota? E se os dois jovens amantes tivessem conseguido fugir? E se aquele monstro de olhos vermelhos escarlates e cabelos brancos esvoaçantes, não tivesse surgido e levado a sua amada para longe dele? E se aquela flecha não tivesse lhe atravessado o seu peito? E se ele nunca tivesse encontrado com a morte?

No entanto, não importa o quanto me questione sobre isso. Todas as noites vou reviver aqueles momentos de puro terror e desespero. Um loop infinito onde estou caindo do penhasco enquanto ouço uma voz feminina a me chamar. E, naquele momento em que continuo a cair, meus olhos sempre vão vislumbrar o rosto de uma jovem mulher...

Não sei explicar, mas de alguma forma... aquela jovem se parece tanto com a Leah.

"Kenaeeeee!" Só que não é o meu nome que ela, desesperadamente, grita. Mesmo assim, Kenae nunca me soa estranho. Não, aquele nome sempre me parece tão dolorosamente familiar. Entretanto, não importa o quanto ela grite por mim, ou melhor, por Kenae... ou o quanto eu tente estender as minhas mãos e alcança-la, a distância entre a gente só aumenta, assim como o meu medo e a dor. Eu continuo caindo, caindo, caindo cada vez mais, até que meu corpo se choca contra o mar frio e violento. E o rosto daquela linda índia se tornará a última lembrança que tenho na hora de minha morte.

De forma cruel e sinistra o meu pesadelo nunca termina ali, porque no minuto seguinte, eu desperto na beira da praia. Estou sujo de areia e sangue, em seguida, me levanto e me viro só para me deparar com um sujeito parado atrás de mim, esperando pra me confrontar.

"Você acha que pode enfrentar o destino? Acha que poderá vencê-lo. Mas, está engano. Porque não importa o que faça... o final sempre terminará do mesmo jeito... Sempre terminará numa tragédia." Algumas noites o sujeito que me confrontava se transformava num vampiro vestido com um manto preto e vermelho, de cabelos brancos compridos e olhos vermelhos escarlates.

"Nossos destinos foram entrelaçados. Suas escolhas e seu egoísmo foi o que nos transformou no que somos." Em outras noites, ele se transformava num antigo índio Quileute, cujo a face sempre estava pintada de branco e vermelho. O vermelho era o sangue de seus inimigos. Como eu sei disso? Sei porque podia sentir o cheiro metálico do líquido escarlate. Aliás, esse cheiro também emanava do sanguessuga. E, talvez, por isso o índio e o vampiro confundiam tanto a minha mente que, às vezes, eu achava que eles eram a mesma pessoa. Outras vezes, eu achava que eles pertenciam a linhas de tempo distintas, como se um estivesse ligado ao passado e o outro estivesse conectado ao meu presente ou futuro.

"Não importa o quanto você tente salva-la, ou segura-la em suas mãos. No final, você sempre irá perdê-la." Nesse instante, a voz do Índio e do Vampiro retumbou em uníssono.

"Por quê?!" Exclamei com o coração pesado de angústia.

"Por que esta é a punição para o traidor da tribo e para o usurpador."

"E quem eu sou nessa história?"

"Você é o usurpador! O inimigo que roubou o lugar que pertencia ao traidor." Quando ouço eles murmurarem aquilo, sinto meu peito doer.

E de repente sou teletransportado de volta para a beira do penhasco, onde me encontro diante de uma Leah que eu não podia reconhecer mais. Agora é ela quem está segurando o arco e a flecha na mão. Atrás dela vejo o vampiro lhe abraçando e lhe sussurrando tão perto de seu ouvido.

"Enquanto Ele sempre teve tudo, você foi destinada a não ter nada. Nem um pingo de felicidade. Mas, agora você pode ser livre e retomar o seu lugar por direito, Leah." Eu sinto nojo, raiva, medo e, sobretudo, sinto uma vontade desesperada de correr até Leah e puxa-la para longe dos braços dele. Eu quero salva-la. Eu quero uma chance de poder nos salvar daquele fim trágico. Todavia, me encontro impotente, não consigo me mexer. Estou paralisado, apenas esperando ela soltar a flecha que irá me matar. "Mate-o, Leah. Só assim você será livre. Mate-o, mate-o, mate-o!" E, então, sinto a flecha me atravessar o peito, consequentemente, me derrubando do penhasco.

"Mate-o, mate-o, mate-o... Você tem que mata-lo, Leah!" E a voz do maldito vampiro continua a me assombrar, mesmo depois que eu acordo. Por vários minutos, fico remoendo aquele pesadelo, meu corpo todo está suando frio e meu coração está batendo acelerado, até que sou varrido por uma sensação maravilhosa de alívio quando me dou conta que estou seguro em meu quarto improvisado na pequena oficina. E não há nada mais reconfortante no mundo que constatar que nada daquilo foi real.

"Ei Jake! Jake! Jakeeee..." Até mesmo a voz irritante de Paul do outro lado da porta conseguiu me fazer relaxar. "Eu sei que você já acordou. Então, para de me ignorar e venha tomar café. Ou você vai preferir que a Rachel venha atrás de você?" Normalmente, quando minha irmã vem me chamar e eu tento ignora-la, bem... as coisas ficam bem tensas entre a gente. Só digo uma coisa, aquela mulher não facilita a minha vida e tem um lado bastante ameaçador e um dom pra te fazer se sentir culpado.

"Eu já tô indo. Só vou me trocar!" Resolvi responder logo antes que minha porta acabasse destruída. Além disso, hoje decidi que iria passar longe de confusão.

Quando cheguei na cozinha já fui me surpreendendo ao ver Seth e Kim em minha casa. Era meio raro vê-los vagando juntos pela reserva, sobretudo, porque a relação de amizade entre eles aos poucos foi desabrochando e se transformando numa relação mais íntima e complicada, um romance que ambos tentavam manter em segredo, mas que todos sabíamos que, logo, acabaria vindo à tona. Os cumprimentei e me sentei ao lado de papai que me deu seu sorriso radiante, ele sempre ficava feliz por me ver ali.

Aparentemente, o café da manhã transcorreu bem, embora eu sentisse alguma hostilidade acontecendo entre meu Beta (que atualmente era Seth) e o meu cunhado irritante. Assim que papai se retirou para atender uma ligação de Charlie e Kim decidiu ir ajudar Rachel com as crianças, os dois lobos aproveitaram para trocar algumas farpas.

"Então, o que tá rolando entre você e a Kimberly?"

"Não que seja da sua conta, mas somos amigos. E não vejo nem um mal nisso."

"Ah, claro que não. Aliás, por coincidência, foi mais ou menos o que Jared me disse semana passada, quando o encontrei com Kim num Barzinho em Forks. Eles estavam bebendo muito animadamente. E de longe até pareciam um casal."

"E daí, as aparências enganam! A única coisa que ele terá dela é a sua amizade. E, sinceramente, fico feliz que eles estejam se entendendo e se tornando... AMIGOS." Observei que Seth enfatizou o Amigos com certa ironia.

Tentei ignora-los e fui lavar a louça na esperança de me distrair. Mas, é óbvio que isso seria impossível com aqueles dois começando a se alterarem. Permaneci de costas para eles que ainda estavam sentados ao redor da mesa e continuei relutando em interferir.

"Você realmente acredita que eles serão apenas amigos? Tem que ser muito inocente ou estúpido pra acreditar nisso."

"Cala a sua boca, Paul! Você não conhece os sentimentos da Kim. Você não sabe porra nenhuma!"

"Mas, eu conheço bem o Jared. Ele não é o tipo de cara que tem AMIGAS." O pior é que Paul no fundo tinha razão. "E eu sei que ele já usou milhares de vezes a Amizade como uma ferramenta de sedução. E quer saber, ele já conseguiu ter muito êxito nisso. Você acha que com Kim será diferente?"

"Kim é diferente!" Rosnou Seth muito convicto. "Ela não é mais uma garota do colegial insegura e com autoestima baixa. Ela é uma mulher independente, bem sucedida e que pode ter o cara que quiser. Alguém bem melhor que Jared Cameron." E o lobo mais jovem era tão atrevido quanto orgulhoso. Em resposta Paul soltou uma gargalhada maldosa.

"Ah e você seria esse ALGUÉM bem melhor? Talvez, porque ainda não partiu o coração dela como ele." Ergui meus olhos para a janela me deparando com o reflexo dos dois lobos parados em pé se encarando cara a cara a poucos metros atrás de mim.

"Afinal, por que estamos tendo esta conversa? Por que você se importa com algo que não lhe diz respeito? Isso só diz respeito a Kim e a mim."

"E a Jared! Que aliás tem esperança de ter uma... segunda chance com ela."

"O quê?"

"É isso mesmo que você ouviu! Jared me contou que está apaixonado por ela. Na verdade ele sempre gostou dela, mesmo na época do colégio." Com certeza Seth não foi o único a se surpreender pela grande revelação de Paul. "Ele era imatura demais e cheio de preconceitos pra admitir que gostava da garota considerada a patinho feio da escola."

"Uau! Isso só prova o quanto o seu melhor amigo era e ainda É um grande covarde." Seth parecia ter lido os meus pensamentos.

"Eu só tô falando isso porque me importo com vocês dois. Você também é um amigo e irmão. E é jovem demais pra entender a gravidade da situação."

"De que situação estamos falando?"

"Você ainda não percebeu que isso vai virar um triângulo amoroso?"

Quando Paul disse aquelas palavras eu já estava terminando de lavar o ultimo copo de vidro que distraidamente coloquei na beirada da pia para me virar e repreende-los. No entanto, algo atraiu meus olhos de volta para a janela.

"Quem você acha que está certo nessa história? Eu acho que é o Paul." E pela vidraça da janela, de repente vejo o reflexo da Leah me assustando e falando tão nitidamente comigo. "Viver um Triângulo já é ruim. Eu sei bem disso, porque ao longo de minhas cem vidas, sempre acabo no meio de algum triângulo amoroso." E a sua voz estranhamente começou a se misturar com a de Paul.

"Foi assim entre Emily, Sam e Leah. Assim entre Jacob, Leah e Sam... E foi assim entre Bella, Jacob e Leah. Nessas três vezes, alguém sempre sobrou e, no final, ficou apenas com um coração partido."

"E em todas às vezes, Eu era esse alguém que ficou com um coração partido." Não sei se estava mais chocado por estar vendo a imagem dela tão perfeita no reflexo da janela, ou se estava mais chocado pelas suas palavras. "Entretanto, o final da história nem sempre termina apenas com um coração partido."

"O que você quer dizer com isso?" De repente me dei conta que estava perdendo a minha mente ao fazer aquela pergunta pra um alguém que não era real.

"Kenae, Chiara e Utlapa... Um triângulo que terminou de um jeito trágico e muito triste." Aqueles três nomes passariam a atormentar a minha mente já toda bagunçado. "Você conhece bem esta história. Porque você também estava lá."

"O quê?!" Dessa vez, não houve tempo de uma resposta, pois a voz de Paul voltou a se fazer presente e me dar um verdadeiro choque de realidade.

"A principal questão é Quem você será nesse triângulo, Seth? E se você acabar sendo a Leah?" Nesse momento, eu já estava tão desnorteado que acabei, abruptamente, batendo a mão sobre a pia e derrubando o copo de vidro que se espatifou todo no piso. O barulho, consequentemente, assustou os dois lobos que pararam de gritar um com o outro e se viraram na minha direção e ainda atraiu Rachel e Kim de volta para a cozinha. Os quatro ficaram me encarando com olhares assustados e preocupados.

"Jake, você está bem?" Rachel deu um passo na minha direção querendo me ajudar.

"Não!" Eu gritei a assustando. "Eu quero que vocês saiam daqui. Agora!" Eu usei a ordem Alfa e olhei diretamente para os lobos demonstrando toda a minha fúria. "Vocês estão proibidos de falar e pensar no nome DELA!" E eu sei que eles sabiam bem a quem eu estava me referindo. "Não haverá mais discussão entre vocês dois. Nem mesmo uma troca de palavras. Tudo que existirá, será o silêncio!" Pelo menos assim eu conseguiria calar a boca de Paul Lahote. Assim que dei a ordem Seth desapareceu sem nem mesmo trocar uma única palavra com Kim.

"Jacob, me deixe..."

"Porra, Rachel! Eu disse pra vocês saírem!" Eu gritei com ela não me importando que estava sendo grosseiro e desrespeitando a minha própria irmã mais velha.

"Eu não sou a porra de um lobo da sua matilha pra você me dar ordem." Sua voz saiu embargada e seus olhos se lacrimejaram. "Saia você daqui!"

De punhos cerrados, engoli o meu orgulho e me dirigi para fora de casa, passando por meu pai que tentou falar comigo. Murmurei um breve SINTO MUITO, lhe dei um beijo na testa e fui embora. Mais tarde, eu iria me culpar por ter gritado com a minha irmã e ter lhe feito chorar. Enfim mais uma vez eu saí dali, com um sentimento avassalador de que não pertencia mais aquele lugar. Ou, talvez, nunca tenha pertencido aquele lugar.

"Kenae, Chiara e Utlapa... Um triângulo que terminou de um jeito trágico e muito triste. Você conhece bem esta história. Porque você também estava lá."

 

{Continua...}


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Notas finais do capítulo

Próximo capítulo, talvez, poderemos ter um reencontro de duas almas gêmeas. Eu me pergunto como a ficção é irônica né pq a gente faz uma volta na trama pra complicar a vida dos personagens kkkkk. Nós autores brincamos com o destinos deles é divertido até certo ponto. Sinceramente sinto q talvez tenha enrolado demais com a história e por isso vou tentar agiliza-la mais e tentar conclui-la entre 5 ou 10 capítulos no máximo. É óbvio que vou tentar cuidar pra não fazer o final ficar apressado e estragar a experiência de vcs com essa história. Bjus



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