Coração Indomável escrita por Drylaine


Capítulo 21
Capítulo 21


Notas iniciais do capítulo

E depois de um longo hiato vou me esforçar pra retornar com a fic e conclui-la. Essa fanfic precisa ser concluída e espero q até o final do ano eu consiga fazer isso. Só pra vcs terem uma ideia já aconteceu de ficar outras histórias minhas paradas por um ano ou mais e, num determinado momento, decidi voltar, me organizei e consegui conclui-las (uma terminei em 2017, outra em 2018). E, em 2019, fiz uma continuação de uma dessas fanfics q consegui concluir em menos de um ano. Ou seja, a meta agora é fazer o mesmo com Coração Indomável e, espero q eu consiga.

Agora falando rapidamente desse capítulo, ele fechará a última parte da Fanfic, só digo uma coisa: Preparem suas emoções. Aliás, para marcar o meu retorno, vou compartilhar com vcs o link de um novo trailer, espero q gostem. Boa leitura!



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Coração Indomável Trailer 2

 

   Coração Indomável

Capítulo 21

 

Leah

 

"Caramba, Jake teve um imprinting!"

"Um imprinting pela filha da Bella!"

"Isso é possível?!"

"Ela é o quê?! Que dizer, ela é vampira ou humana?"

"Ou os dois?!"

"Como é possível Jake ter um imprinting pela filha de um vampiro?"

"Isso é estranho. Tudo é estranho."

"Agora o Jake estará ligado aquela criatura pra sempre...Até a morte dela."

"Chega! Vocês não entendem que isto é o imprinting! Não importa se faz sentido.O que importa é que Ela... A FILHA DA BELLA... é a alma gêmea do Jacob. E nada pode mudar isso." Aquelas palavras de Sam foram a gota d' água. Eu não suportava mais ouvir aquelas vozes irritantes que ecoavam pela floresta, era demais pra mim, precisava voltar pra casa. Então, decidi acelerar as minhas patas e correr o mais longe possível daqueles murmúrios terríveis.

Na verdade meu desejo era fugir, fugir pra bem longe, mas eu não tinha escolha senão retornar para La Push onde minha mãe estava muito aflita nos esperando. Logo que cheguei em casa, fui recebida por um abraço apertado e acolhedor de Sue, ela estava muito emocionada e procurando algum vestígio de lesão ou dano em meu corpo, como uma mamãe coruja sempre faz.

"Querida, você está bem?" Seth também estava ali nos assistindo com uma expressão divertida.

"Mãe, eu estou bem. Só um pouco cansada." Ela me manteve ainda presa em seus braços. Acariciei seus cabelos tentando acalmá-la e isso acabou tendo também um efeito calmante em mim. "Está tudo bem, mãe. Afinal, vazo ruim não quebra..."

"Aí!" Sue me deu um tapa no braço que doeu mais nela do que em mim, mas nem isso a impediu de continuar vociferando. "Chega de ser estúpida, Leah! Eu te criei pra ser uma mulher forte. Então, pare de ficar se menosprezando."

"Sinto muito, mãe." Desviei o olhar me sentindo derrotada. "De qualquer forma, tudo acabou bem. Isso é tudo o que importa." Passei por ela e tentei subir as escadas na direção do meu quarto.

"Espera... tem mais uma coisa que está me corroendo por dentro..." Eu parei num lance de escada ao ouvir a voz hesitante de Sue.

"E o que é?" Perguntei de forma apática sem me virar para encara-la.

"É verdade o que os lobos estão dizendo..." Ela vacilou nervosa. "Jacob teve um... Imprinting?" Até mesmo Sue parecia conspirar contra mim, trazendo de novo aquele maldito assunto que já tinha virado a pauta do dia.

"Sim... O que impediu uma guerra entre nós foi o... o imprinting do Jake." Por sorte não precisei responder, Seth fez isso por mim. "Que por ironia do destino... acabou sendo a filha... da Bella." Sentenciou o garoto num tom nervoso que me mortificou.

Deixei eles conversando na sala e, enfim, consegui subir para o meu quarto, que era o meu único refúgio no momento. Imediatamente, corri para tomar uma ducha fria e demorada e acabei voltando a pensar nele:

"Então, você me aceitou pra ser seu Alfaagora você quer ser a minha Beta?"

"Isso parece um pedido de casamento."

"Isso é tipo um casamento, o Alfa e sua Beta. Nós seremos perfeitos! Embora, quem sabe no futuro... isso possa virar um casamento de verdade."

"Eu aceito esse negócio entre nós. Eu aceito ser a sua Beta!"

Naquela noite fizemos tantas promessas para um futuro juntos. Aquela noite sentindo seu corpo entrelaçado ao meu se tornando um só, havia sido tão bonito e perfeito. Uma doce ilusão que se transformou num cruel pesadelo:

"Jacob teve um imprinting... Jacob teve um imprinting...Jacob teve um imprinting...E agora só havia uma única certeza... Não era mais a gravidade que lhe mantinha preso à Terra,era Ela... E ele faria tudo por ela. Ele seria um amigo, um irmão... um protetor. E nada mais importava, a não ser Renesmee!

Renesmee o mesmo nome da filha de Katherine. Renesmee que, por ironia do destino, era a filha de Bella. Renesmee o imprinting do homem que eu amava.

E mais uma vez o meu coração se partiu...

Sai dos meus devaneios depressivos, desliguei o chuveiro, me enxuguei e voltei para o quarto, indo até meu guarda-roupa onde peguei uma camisa larga e confortável e uma calcinha, por fim me vesti o mais rápido possível. Cinco minutos depois, eu já estava esparramada na minha cama, lutando inutilmente para dormir e se esquecer por um tempo do mundo lá fora. Porém meu corpo parecia incapaz de relaxar, minha mente parecia incapaz de se desligar e parar de pensar tanto em tudo e todos e minha alma continuava sendo uma prisioneira do seu próprio destino.

Eventualmente, acabei fechando os meus olhos por alguns instantes e, de repente, me vi assistindo ao...

Ao casamento de Samuel Uley e Emily Young.

Minha prima estava vestida toda de branco com o vestido rendado e com a sua barriga rechonchuda da gravidez chamando a atenção. O casal parecia tão feliz e apaixonado e eu podia até sentir o amor que pairava sobre eles. Todos estavam ali presentes na cerimônia: a matilha, os Black, os Clearwater, os Anciões e até... Os Cullen?!

Mas, por que eu estava surpresa com isso?! E por que eu estava me martirizando?

Ah, talvez seja porque Eu estava vestida como a madrinha de casamento, num vestido rosa simples que me tornava invisível diante de todos. Eu estava ali estagnada no tempo, sem chance de poder recomeçar com um outro alguém, sem chance de viver um novo amor. Eu não poderia ser feliz, então, só estaria aqui apenas de passagem, vendo outras pessoas realizando seus sonhos, fazendo planos para o futuro, sendo felizes como Sam e Emily.

Fiquei em silêncio por um segundo olhando os noivos e, então, meus olhos pousaram em outro par que dançava no salão...

Surpreendentemente, me vi encarando Jacob e a sua Imprinting, só que Ela não era uma garotinha. Ela estava ali como uma jovem mulher, dançando com ele. E eu tolamente fiquei lá observando os dois, me remoendo de ódio, inveja, ciúme e, ao mesmo tempo, sentindo uma curiosidade enorme de ver o rosto da minha rival. Entretanto, eu não conseguia ver a sua face, só os seus cabelos compridos de cor bronze que me lembravam os de seu pai.

"Todos queremos um final feliz e, ao mesmo tempo, viver um grande amor." De repente minha avó Ayana surgiu subitamente ao meu lado, me pegando de surpresa.

"Vovó, o que a senhora está fazendo aqui?" Entretanto, minha pergunta foi ignorada com sucesso, pois minha avó continuou com as suas divagações.

"Todavia, finais felizes não vem com casamentos ou filhos, ou em ser bem sucedido na vida. Tem gente que consegue tudo isso e ainda assim, nunca viveu de fato um grande amor. Porque um grande amor e final feliz, às vezes, não fazem parte da mesma história." Franzi a testa curiosa.

"Vovó, não tô entendendo nada?" Decidi questiona-la me sentindo ansiosa. "Aonde a senhora quer chegar com isso?"

"Eu já vivi um grande amor, mas ele se foi e eu sabia que não iria durar... Era apenas um belo e mágico sonho na qual eu fui plenamente feliz, sem arrependimentos." Ela ajeitou seu óculos sobre o nariz enrugado.

"Espera, Makawi Clearwater, não foi o seu grande amor?" Eu ri incrédula.

"Bem, Makawi foi alguém com quem construí essa linda família... mas... o meu grande amor... foi outro... Um estrangeiro de olhos verdes. Foi um amor de verão."Dizia vovó com um olhar sonhador e o coração palpitante.

"Por que a senhora não ficou com ele? Que dizer... o que os impediu?"

"É como dizem... os amores de verão terminam por várias razões, mas no fundo todos tem uma coisa em comum: são estrelas cadentes, um momento espetacular de luz nos céus, um vislumbre passageiro da eternidade e num segundo desaparecem." Por um instante, me dei conta que suas palavras pareciam ter saído direto de um filme de romance (Diários de Uma Paixão), o que me fez pensar em como seu argumento era tão piegas quanto clichê. "Um mês depois, eu estava casando com o seu avô para manter as tradições de nosso povo e respeitar os desejos de nossas famílias."

Houve um momento de silêncio e reflexão que passou por nós. De alguma forma, toda essa nossa conversa e o casamento de Sam e Emily acontecendo bem ali daquele jeito estranho, parecia tão surreal. Nada daquilo fazia sentido.

"Quem sabe com esse CORAÇÃO INDOMÁVEL..." Quando ouvi Ayana dizer aquelas duas palavras, senti um alvoroço em meu peito. "Você tenha vivido para reencontrar um grande amor nessa vida. Um amor que lhe dará o final feliz que você tanto tem buscado. Você só tem que parar de fugir." Eu pisquei várias vezes chocada com as palavras dela.

"Vovó, eu não acredito mais em finais felizes." Ela me olhou com tanta intensidade, quase como se pudesse enchergar a minha alma. "Apesar disso, eu ainda acredito no amor... Que dizer, que o Amor é o sinônimo de muita dor e sofrimento."

Apesar de ter vivido vidas e mais vidas experimentando o amor na sua plenitude, infelizmente, todos os meus amores terminaram de forma trágica. Além disso, eu fui predestinada a viver num ciclo repetitivo de tristeza.

"Precisa parar..." Abruptamente, fui surpreendida pela voz retumbante de Katherine que decidiu aparecer pra me atormentar.

"Parar com o quê?" Questionei desesperada me virando para confronta-la.

"De lutar contra o destino." Ela me respondeu com a sua voz tenebrosa.

"Contra que parte do destino ela está lutando?" Indagou outra voz feminina que também resolveu surgir, assim, tão de repente, como se fosse uma assombração.

"Todo ele." E essa resposta só me fazia mais confusa. Logo, vislumbrei Chiara montada sobre a Coração Indomável que trotava parecendo muito animada.

"Espera...quando foi que eu saí da cerimônia de casamento e vim parar aqui no meio da floresta?! E cadê a minha avó?"

"Ayana está bem, mas ela não faz parte da nossa reunião particular."

"O quê?!" Constatei que eu só podia estar sonhando...

"Venha Leah, só faltava você se juntar a nós." Mais uma vez, o cenário havia mudado e outras vidas passadas resolveram se juntar a nós. E era a primeira vez que me vi diante de todas elas.E tudo parecia surreal demais.

"O que vocês querem agora?!" Falei amargurada. Todas se sentaram envolta de uma fogueira enquanto iniciavam um papo mais que surreal sobre o passado, presente e futuro.

"Nós estamos aqui porque sabemos que você está sofrendo. E todas nós também estamos sofrendo com você." Nesse instante, escutei Coração Indomável relinchar, avisando que ela também estava ciente de nossas conversas, o que me fez rir.

"Sabemos que não tem sido fácil." Alguém mais decidiu dizer. "E com certeza, você ainda terá outros desafios pela frente."

"Ah, sim. Eu sei disso. Conheço bem o meu destino miserável. Só queria saber quando isso vai acabar." Eu dizia olhando para as chamas da fogueira, onde eu podia ver flashes da minha própria vida. Eram reflexos das minhas alegrias e das minhas maiores perdas. "Se bem que a morte seria uma boa saída agora." Eu murmurei percebendo todas me olharem parecendo apavoradas, inclusive a pequena Égua branca. "Mas, vocês podem relaxar, porque dessa vez não vou deixar Utlapa me vencer. Não vou facilitar a jogada para aquele Espírito Vingativo!" Eu nem sabia de onde vinha toda essa minha convicção, porque no fundo, eu ainda estava tão danificada. No fundo, eu ainda carregava um coração partido que, talvez, nunca irá curar.

Eu voltei a olhar para o fogo. O fogo que mostrava alguns flashes alegres de Kenae e Chiara e de toda a paixão que viveram juntos enquanto ainda podiam estar nos braços um do outro. Toda essa paixão que todas as suas reencarnações tem procurado, mas tem falhado miseravelmente, inclusive eu. E, enquanto pensava sobre isso, subitamente,vislumbrei a imagem de Kenae e Chiara ir se distorcendo e se transformando lentamente em outra cena.

Pelas chamas incessantes da fogueira, vi vários flashbacks assustadores da jovem Rainha Katherine de Santorinni. Ela estava parada na beirada de uma janela que parecia ficar sobre uma grande torre alta e... estava prestes a se...

Se suicidar?! Fiquei chocada com aquilo.

Os pensamentos e sentimentos que a Rainha destronada sentia naquele instante, passavam por mim tão dolorosamente real e horripilante que me causavam calafrios. Seu único desejo era acabar com todo aquele sofrimento, abraçando a morte como sua única forma de libertação.

Todavia, no meio daquela noite silenciosa, fria e melancólica de Santorinni, houve um alguém... um homem desconhecido que surgiu de súbito bem na hora exata e a resgatou, evitando assim um fim tão brutal e triste. Eles se olharam, foi uma troca intensa, mas muito breve, tão fugaz como um piscar de olhos. Ele a segurou em seus braços nos fazendo sentir aquele sentimento íntimo de segurança e de paz.

"Quem é ele?!" Murmurei fracamente, ainda perplexa com aquela visão.

"Não sabemos." Disseram em uníssono. "Todas chegamos até este ponto de nossas vidas, sem chegar a descobrir, porque todas morremos antes, exceto Katherine." Então, eu decidi olhar para a ex-Rainha, que parecia já esperar pelo meu questionamento. Ela fez sinal para que eu olhasse novamente para o fogoInfelizmente, tudo foi ficando embaçado através dos nossos olhos. Nem um rosto, nem o som da voz dele e nem um simples nome para a velha se lembrar, havia somente uma única pista de seu Anjo da Guarda. — Seus grandes olhos como duas pérolas negras, iguais aos de Kenae.

"Então, você foi salva por alguém que a impediu de ter um final trágico como as outras?" Perguntei chocada.

"Passei a minha vida inteira tentando descobrir quem ele era. Desejando reencontra-lo. E, talvez, seja por causa daquela noite e daquele breve encontro que consegui continuar vivendo a minha vida, sem desistir, sem sucumbir à dor ou ao medo." Katherine continuou a nos revelar tudo. "Foi aquele desconhecido que me deu força e esperança."

"Esperança de quê? Você morreu sem reencontrar a sua alma gêmea e sem conseguir quebrar a maldição!" Esbravejei. "E depois vieram outras reencarnações que falharam nessa mesma missão." De repente, eu estava divagando sem parar, tentando procurar qual era a lógica de toda aquela merda que o destino insistia em jogar sobre mim.

Ah, o Destino que tinha o poder de definir o meu futuro.

"Você está certa. Todas nós falhamos." Chiara murmurou me olhando tão profundamente. "E é por isso que estamos aqui agora, para lembrar-lhe de não cometer os nossos mesmos erros."

De repente estava diante das minhas várias vidas passadas, discutindo entre si sobre qual caminho eu deveria seguir.

"Cada vez que renascemos era como se cada vida fosse uma nova chance de consertar os erros de nossas vidas passadas." Chiara continuou a falar serenamente. "Isso significa que você... é a minha última chance, Leah... A nossa última chance!" Mas, por trás de toda a sua serenidade, também se escondia muita aflição e medo.

"Bem, até agora acho que não tenho feito nada diferente de vocêsEntão... o que... O que vocês querem que eu faça?" Eu estava tão cansada de tudo isso. Cansada desse ciclo sem fim de dor e miséria. "Afinal, o que vocês querem de mim?!"

"Eu fiz uma promessa há 100 vidas que nunca consegui cumprir... até agora..." Olhando para Chiara e pra cada uma daquelas mulheres, foi que entendi qual caminho eu deveria seguir.

Aquelas noventa e nove vidas dentro de mim resolveram me dar uma missão:

"Você tem vivido 100 vidas aqui na Terra..."

"Apenas para reencontrar a sua alma gêmea!"

"Mas, para encontrá-la, você terá que ultrapassar os limites, pois o mundo não se resume somente a La Push."

"Isso quer dizer que, eventualmente, terás que partir em busca da sua felicidade, Leah. Só que bem longe daqui."

"O mundo é grande e a sua alma gêmea pode estar perdida em qualquer lugar lá fora. Esperando por você."

 

 

 

Três dias depois...

 

Então, eles criaram uma farsa: Bella teria contraído uma virose super contagiosa e fatal durante a sua Lua de Mel no Brasil. Consequentemente, ela acabou sendo colocada em quarentena e apenas o seu marido tinha autorização para ir vê-la (uma desculpa plausível para manter Charlie longe de sua filha), mas infelizmente, os médicos não puderam salva-la. Três dias depois, aconteceu o velório e, por fim, o enterro ao pôr do sol.

Por isso todo mundo estava lá na Mansão dos Sanguessugas, inclusive toda a matilha. Foi uma farsa que conseguiu enganar muito bem todo mundo que era inocente do nosso mundo sobrenatural (como os pais de Bella, Renée e Charlie). Exatamente, por este motivo, decidi não fazer parte de toda essa situação escrota, preferindo ficar em casa, tentando me distrair, ou refletindo sobre o que eu faria da minha vida dali pra frente e, sobretudo, tentando curtir algumas horas de silêncio e paz.

No entanto, meu silêncio e minha paz, logo, foram perturbados por vozes cheios de pesares de minha mãe, Billy, Renée e seu marido que tentavam consolar Charlie. Não sei bem o que me deu, mas resolvi descer as escadas e parar olhando pela porta entre aberta da cozinha, não querendo chamar a atenção. Dali eu podia vislumbrar o Xerife chorando inconsolavelmente nos braços de minha mãe, seus murmúrios eram cheios de culpa, tristeza e muita raiva. Raiva dos Cullen a quem culpava pela morte precoce de sua única filha.

"Desde o princípio essa relação entre ela e aquele garoto tinha cheiro de problema. Desde o momento que ele cruzou o caminho dela, a vida da nossa filha esteve em perigo. Isso não era amor, era obsessão." Vociferava Charlie.

"Charlie, para com isso! Não foi culpa do Edward, ele a amava. Foi a doença que... que a matou."

"Renée tem razão, Charlie." Minha mãe também tentou mudar os pensamentos dele. "Infelizmente, não temos como evitar de ficarmos doente, ou morrer. Somos seres frágeis que não podem controlar nem a vida e nem a morte. E eu sei que isso nos assusta e é cruel." Tinha certeza que ela pensou no papai quando falou aquilo.

"Não. Esse amor por Edward Cullen a matou. E eu tenho convicção disso." E Charlie não estava errado. "Sou um Xerife. É meu dever investigar. E eu vou descobrir o que realmente aconteceu com a nossa filha." E ele parecia irredutível.

"Oh, meu amigo Charlie... não se puna assim e não deixe o ressentimento e o ódio manchar a memória da sua filha dessa forma." Ouvi a voz forte de Billy se fazer presente. "Lembra-se da última vez que falou com ela? Bella queria que você fosse feliz e vivesse a sua vida. Lembre-se da última vez que a viu, de como feliz e radiante ela estava. Se apegue apenas as boas e bonitas lembranças e, com o tempo, essa dor e raiva se transformará apenas em saudade." Palavras, palavras, palavras, que só funcionavam na teoria, pois na prática as coisas são bem mais complicadas. E de repente comecei a simpatizar mais com os sentimentos de Charlie.

Eu sabia que o ódio e o ressentimento eram perigosos e destrutíveis que criam raízes profundas, às vezes, incapazes de serem curadas, nem mesmo com o passar do tempo. Agora imagina se o Xerife Swan descobrisse que sua filha morreu como humana para se transformar num monstro sanguinário e imortal? Que tudo foi escolha dela. Que Bella nunca se importou de fato com as suas lágrimas. Ou seja, toda a sua dor, o luto e o que viria depois, tudo seria em vão.

Inesperadamente, fui obrigada a sair dos meus devaneios quando escutei um uivo alto, forte e desesperado. Um uivo que reconheci ser de Seth. O povo da cozinha ainda parecia muito absortos em seus assuntos que nem me notaram. Sendo assim, sai sorrateiramente para fora de casa e corri na direção da floresta, me embrenhando por ela. Logo, me transformei na Lobo Cinza e passei a correr desenfreadamente na direção de onde vinha o uivo do lobo. Pelo caminho cruzei com Quil e Embry que resolveram me seguir, parecendo preocupados e cheios de questionamentos que eu resolvi ignorar. Meu único objetivo era chegar até aonde estava o meu irmão. E quanto mais perto eu ia me aproximando, mais se podia ouvir a cacofonia de uma discussão.

"Você teve um imprinting com a minha filha?"

"Eu não escolhi isso!"

"Ela é só um bebê!"

E, então, eu vi pela mente de Seth, tudo o que estava acontecendo por ali. Bella agora transformada em uma vampira recém-nascida com seus grandes olhos vermelhos como sangue, havia acabado de atacar Jacob de forma brutal.

"Você precisa se acalmar e apenas me ouvir!"

"Você vai ficar longe dela!"

"Sabe que eu não posso fazer isso!" Vi também que ele não revidou fisicamente ao ataque, apenas continuou a tentar argumentar inutilmente. Os dois discutiam ferozmente, nem pareciam que até ontem eram amigos. Nem parecia que um dia Jacob havia amado aquela mulher. Pela mente de Seth eu ainda podia até sentir toda a tensão perturbadora que pairava sobre eles. Isto me incentivou a correr ainda mais rápido, deixando Quil e Embry para trás, ambos rosnaram para mim, provavelmente, frustrados por não saberem o que estava acontecendo, já que não fazíamos mais parte do mesmo bando, portanto, o nosso link mental não existia mais.

"Lembra de quando você me queria por perto, três dias atrás? Isso já passou, né?"

"E como!"

"Porque era Ela quem me queria por perto. Desde o começo era Nessie quem me queria por perto." Ah, aquelas palavras vieram tão afiadas que pareciam que iam rasgar todo o meu coração. Foi nesse instante que a Mansão Cullen surgiu na minha linha de visão e os vi: Bella agora virada numa vampira com a sua beleza sobrehumano, ao mesmo tempo, parecendo um verdadeiro predador, uma víbora prestes a dar o bote.

"Nada nunca fez muito sentido... você, eu... Tudo isso. Mas agora eu entendo o porquê... Essa era a razão. Ela sempre foi a razão." As palavras dele não apenas me atingiram dolorosamente, mas também atingiram aquela sanguessuga de tal forma, que ela resolveu reagir do jeito mais brutal, mostrando o seu verdadeiro instinto assassino.

"Seth, nãoooo!" Entretanto, a vítima de seu ódio foi o meu irmão estúpido que (ao tentar proteger o seu Alfa), acabou recebendo o golpe furioso dela. Seu corpo foi jogado violentamente contra um enorme e resistente tronco de árvore. Eu ouvi os ossos dele se quebrar e o grito agonizante dele e aquilo imediatamente fez meu sangue ferver. Naquele instante, era como se eu tivesse vendo tudo em vermelho.

"Leah, por favor, vá embora!" Edward era o único que tinha percebido a minha presença. E, no momento em que me viu correr furiosa na direção de sua amada, ele se colocou no meu caminho e tentou me impedir. "Eu vou cuidar disso!" Mas, sua intromissão de nada adiantou.

"Saia do meu caminho!" Nós dois nos confrontamos, porém fui mais rápida e forte o suficiente conseguindo derruba-lo e lhe causar um grande dano que iria atrasa-lo, depois deixei-o caído e grunhindo de raiva e dor e segui para o meu objetivo.

 

 

Ao ouvir o grito de seu marido, Bella se virou na minha direção mostrando suas presas e sua cara demoníaca. Em seguida, corremos ferozmente na direção uma da outra e, logo, senti o seu corpo frio e duro de mármore se chocar contra o meu. De forma assustadoramente brutal, rolamos pelo chão fazendo-o tremer e nos embrenhamos cada vez mais pelas profundezas da floresta. Ambas começamos a lutar como duas feras selvagens, imparáveis e só iríamos parar quando uma de nós duas sucumbisse à morte.

"Como você viu e ouviu, Jacob teve um imprinting. E mais uma vez, você sobrou nessa história, Leah!" Ela ria sadicamente, derrubando aquela fachada de sonsa e de boa garota. "Enquanto ele, eu e Edward... continuaremos a fortalecer mais o nosso vínculo através de Renesmee. Muito diferente de você que continuará sendo uma harpia amargurada. E isso me dá tanta pena!"

"Vai se fuder!" Rosnei. Ela poderia não entender as minhas palavras, mas com certeza entenderia a minha fúria, assim que cravei meus dentes em seu pescoço, ombros e, atingindo o ápice da minha ira, ao conseguir desmembrar um de seus braços a fazendo choramingar e, surpreendentemente, passar a suplicar por socorro, o que me fez rir internamente.

Eu sabia que a noite iria terminar em sangue e morte, com somente uma de nós viva. Vamos dizer que aquele confronto brutal entre nós duas era o nosso último acerto de contas. Um acerto de contas que já estava predestinado a acontecer há muitas vidas. E nada poderia ficar no meu caminho ou me...

"Leah, pare agora!" A não ser Jacob Black e a maldita ordem Alfa: "Você precisa parar agora antes que se machuque." Tentei lutar contra a sua ordem, mas isso já havia me desestabilizado de tal maneira que, quando tentei atacar Bella mais uma vez, senti meu corpo animalesco bater dolorosamente contra alguma coisa carregada de pura eletricidade. Era como se tivesse batido contra uma parede invisível cheia de corrente elétrica que fez meu corpo tomar um choque tão forte e horrível que me jogou a vários quilômetros de distância da vampira. Eu ainda rodopiei no ar antes de sentir as minhas costas atingirem o solo e abalar a terra ao meu redor, possivelmente, criando uma enorme cratera.

Senti como se a minha coluna tivesse se partido ao meio e, de repente eu não podia me mexer, não conseguia respirar, me senti tonta, fraca, exausta demais. Sem saída a loba cinza foi desaparecendo e dando lugar ao corpo humano feminino que começou a tremer de frio. Eu tentei gritar, mas a voz não saía, sentia-me que estava morrendo ali soterrada no meio da floresta, numa noite de lua cheia e solitária. Me perguntei se alguém sentiria a minha falta e também não pude deixar de pensar em como decepcionei as minhas outras vidas.

Seria assim o fim da minha última jornada, fracassando mais uma vez?

 

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Despertei num solavanco com o coração batendo a mil, ofegante e um tanto atônita. No minuto seguinte, acendi a luz já reconhecendo que estava segura em meu quarto, me deitei de novo, fechei os olhos tentando relaxar e soltei um suspiro de alívio. Porém, quando estava prestes a murmurar um Foi Apenas Um Sonho, ouvi um barulho e olhei para a janela onde vi alguém se mover. Seu cheiro, logo, invadiu as minhas narinas.

"Até que enfim você acordou." Jacob sibilou vindo parar ao lado da minha cama. Ele estava vestido exatamente com as mesmas roupas do meu sonho. "Você está bem?" Sua voz soava meio trêmula e seus olhos negros refletiam... Tristeza.

"Eu acho que... que sim. Por quê?" Perguntei me sentando na cama e sentindo apreensão e ansiedade por sua resposta.

"Você não se lembra o que aconteceu na floresta, algumas horas atrás?" Ele esperou alguns minutos por uma resposta que não veio, escolhi me manter em silêncio, pois ainda estava desnorteada. "Não se lembra do seu confronto pessoal que quase terminou em morte?" A sua voz rouca estava cheia de raiva e seus olhos me encaravam com uma força que era sufocante.

Então, não foi um pesadelo?! Aquilo foi real.

"Onde está Seth?!" Lembrei sobre o meu irmão e fiquei ainda mais tensa.

"Está bem e seguro. Carlisle está cuidando dele. Mas, não é com ele que você tem que se preocupar." Seu tom era duro e era nítido como o seu corpo grande e forte estava super tenso e inquieto. "Tem ideia da merda que você e Bella nos causaram? Seu egoísmo e imprudência colocou em risco a nossa tribo e quase quebrou o tratado com os Cullen... E isso acabou gerando uma série de consequências. Consequências que... vão recair sobre os seus ombros. E, dessa vez, nem eu ou a sua mãe pudemos interceder por você." Sua tagarelice nunca me pareceu tão irritante.

"Isso não parece um tanto hipócrita. Afinal, você e o Sam também chegaram perto de quebrar o tratado várias vezes." Me senti indignada. "Mas, vocês são homens, líderes e, o mais importante de tudo, cada um tem a sua imprinting. E essa é a lei absoluta dos Quileutes." Desabafei toda a minha amargura. "Enquanto EU sou só um fardo pra vocês terem que carregar."

"Para com isso, Leah!" Jacob pulou na cama se sentando na minha frente e me forçando a encara-lo. Dessa vez, a sua proximidade me deixou nervosa e assustada. "Você não é um fardo. Nunca foi!" Enfatizou. "Você era... É a minha melhor amiga. Alguém especial que tem um significado imensurável pra mim." Ele me deixou desconcertada com a sua presença dominante e as suas palavras sinceras. "Eu te escolhi pra ser a minha Beta, porque você era a pessoa que eu mais confiava nesse mundo. Mas, mesmo assim, você resolveu estragar tudo... Porque no final, nada disso importava!" Ele soltou um grito tão magoado. No entanto, eu não queria mais ouvi-lo, então, decidi que era hora de afasta-lo de mim, mesmo que isso nos machucasse.

"Mas, afinal, qual foi a minha sentença?" Indaguei me forçando a colocar uma máscara de ódio, mesmo que por dentro aquele ódio na verdade fosse apenas desespero. Jacob piscou nervosamente, antes de se levantar e me dar as costas, sem coragem pra me encarar.

"O Conselho se reuniu e decidiu que você é uma ameaça para toda a tribo. Você se tornou um inimigo. Eles decidiram... decidiram..." Sua voz vacilou como alguém que estava lutando contra as suas emoções. "Decidiram banir você... para fora de La Push e... de todo o território que pertence aos Quileutes..."

Logo, pensei em Utlapa e Chiara, ambos foram renegados pela tribo. Aliás, o Espírito Vingativo de Utlapa com certeza estaria comemorando a minha Queda.

"Leah, eu sinto muito." Ele hesitou antes de se virar novamente pra mim e me encarar com tanta intensidade. "Eu queria que você soubesse que eu não concordo com isso. Que eu não quero que você vá embora!" Eu resolvi me levantar ignorando a sua presença. Podia sentir seus olhos negros me seguirem.

E agora o que eu deveria fazer? Arrumar as minhas malas?

Rapidamente, isso me fez lembrar daquele sonho que tive com todas as minhas vidas reunidas em torno daquela fogueira:

"Você tem vivido 100 vidas aqui na Terra..."

"Apenas para reencontrar a sua alma gêmea!"

"Mas, para encontrá-la, você terá que ultrapassar os limites, pois o mundo não se resume somente a La Push."

"Isso quer dizer que, eventualmente, terás que partir em busca da sua felicidade, Leah. Só que bem longe daqui."

Quando me virei acabei me chocando contra o peito musculoso de Jacob. Ergui meus olhos para encara-lo parado a um passo de distância de mim, seu olhar era de pura tristeza que me fez quase fraquejar. Ele me puxou para os seus braços, num abraço apertado que no fundo eu já sentia que seria a nossa despedida.

 

Se lembra de todas as coisas que queríamos?

Agora todas as nossas memórias estão assombradas

Nós sempre fomos destinados a dizer adeus

 

"Eu não queria que as coisas terminassem assim entre a gente, Leah." Ele segurou o meu rosto entre suas mãos e continuou mantendo o meu olhar, tornando aquele momento ainda mais difícil pra nós dois.

"Eu sei, Jake. Eu sei. Mas acho que tá na hora de pararmos de se lamentar pelo que não deu certo, ou pelo que perdemos. E também não devemos mais se arrepender de nada, porque no final tudo estava predestinado a acontecer."

"Acha que estava predestinado que você seria expulsa de sua própria casa?!"

 

Eu quero que você saiba

Que não importa

Onde tomamos essa estrada

Alguém tem que partir

 

"Eu acho..." Senti um nó se formar em minha garganta olhando para as suas íris negras. "Que eu precisava de um pretexto forte o suficiente para... para conseguir partir." Jacob me olhou chocado com a minha confissão. "Se eu tivesse que ficar, eu estaria preso a você e ao seu imprinting, da mesma forma que fiquei presa a Sam e a Emily." No momento em que citei o seu imprinting no meio da conversa, ele tirou a sua mão do meu rosto e cambaleou para trás, havia essa expressão de dor e agonia estampado em seu rosto. "Então, o meu confronto contra aquela sanguessuga... valeu de alguma coisa." Eu lutei contra as lágrimas, assim, como tenho lutado contra os meus sentimentos por ele. "Serviu para... quebrarmos... essa ligação entre nós dois, Jake." Admitir isso foi uma das coisas mais difíceis que já tive que fazer.

 

E eu quero que você saiba

Que você não poderia ter me amado melhor

Mas eu quero que você siga em frente

Então, já fui embora

 

"Então é isso? Você sempre quis um motivo pra ir embora daqui e não voltar mais?! Pois, parabéns... você conseguiu, Leah!" Ficamos nos encarando em silêncio, por um minuto lutando contra as nossas lágrimas, sentindo que já não havia mais nada a dizer, pois quanto mais tentássemos prolongar aquele momento, mais doloroso e horrível ele se tornaria. "Espero que pelo menos longe daqui, você seja feliz de verdade. Eu... eu... só queria..." O jovem Alfa parou de punhos fechados, ombros numa postura tensa e parecendo lutar para me dizer algo mais. Todavia, no final fui deixada com apenas palavras não ditas.

 

Você não pode fazer isso parecer certo

Quando sabe que isso é errado

Eu já fui embora

Já fui embora

 

Foi a última vez, que vi Jacob Black, antes dele pular da minha janela e sair pela noite, certamente, para retornar aos Cullen.

 

Não há como seguir em frente

Então, eu já fui embora

 

Naquela mesma noite sai em silêncio, me despedi apenas de minha mãe que me levou até a rodoviária. Como duas grandes orgulhosas, seguramos o choro, ela me ajudou com as malas, não era muita coisa, só o necessário, depois me entregou uma caixa com coisas que a matilha teria juntando pra me dar.

"Apesar da decisão do Conselho, Billy e eu resolvemos que você não vai sair desamparada. Com a ajuda de Jacob e Sam, juntamos a matilha e conseguimos fazer uma vaquinha pra te ajudar. Além disso, Emily e Rachel conseguiram achar um lugar pra você em Seattle, caso queira ficar por lá." Isso me surpreendeu e me deixou com o coração mais pesado, pois já tinha tomado a decisão de sair de Washington, ou seja, Seattle estava fora dos meus planos. A mãe também me entregou um livro antigo com um envelope que Edward Cullen havia sei lá o porquê me enviado. Quis rejeita-los, mas ela conseguiu me convencer a levá-los comigo, disse que eu iria precisar. Por fim, me deu a sua bênção.

Não foi uma despedida fácil, ainda mais porque faltava Seth ali, meu querido irmãozinho. Entretanto, eu sei que não conseguiria me despedir dele e sei também que o garoto não me deixaria ir. Então, foi melhor assim.

Eu parti rumo ao desconhecido, sozinha, sem fazer ideia para onde ir, somente carregando em meu coração o desejo de cumprir a promessa feita por Chiara a centenas de anos atrás. Se existia minha alma gêmea perdida em algum lugar lá fora, então, eu irei encontrá-lo... Irei procurar, incansavelmente, até encontrar a reencarnação de Kenae.

"O mundo é grande e a sua alma gêmea pode estar perdida em qualquer lugar lá fora. Esperando por você."

 

{Continua...}

 

 

 

 

 


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Notas finais do capítulo

A música que usei para o capítulo é Already Gone de Kelly Clarkson ️️ (uma das minhas cantoras favoritas) e super combinou com o momento, assim, como com o trailer. Vou ficar curiosa pra saber o q vcs acharam. No próximo capítulo já começamos com um salto de tempo de 10 anos, então, já dá pra imaginar como a vida dos personagens estará bem diferente e veremos um novo personagem tbm surgindo aí, q dizer é novo na FanFic pq ele já faz parte da Saga Crepúsculo. Logo, veremos como essa história irá prosseguir daqui pra frente. Bjus!



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