Coração Indomável escrita por Drylaine


Capítulo 14
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal, voltei. Aos poucos eu vou pegando o ritmo da fic. Espero q ainda tenha alguém acompanhando, o capitulo não tá 100% mas é isso aí. Eu queria provar q eu não desisti só precisava de um tempo pra me organiza. Espero q vcs curtam.



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Anteriormente...

 

Ali na loja vestida de noiva estava a garota que perturbava os pensamentos de Jacob. Os olhos de Bella logo o encontraram, seus olhares ficaram presos um no outro, me fazendo sentir estranhamente perturbada.

 

Ela causou tanto dor a ele que estava na hora dela também sentir o mesmo gosto amargo da dor.

 

 

Eu o beijei.

 

 

No momento em que nossos lábios se encontraram, eu me esqueci de tudo. Eu me esqueci de todas as dores e sentimentos que me torturavam. E, de repente, já não importava mais nada, a não ser o garoto em meus braços.

 

 

Ali nos braços de Jacob eu reencontrei a minha paz. Era como se houvesse uma luz pairando sobre a gente, transformando o momento em algo incrivelmente mágico.

 

 

Agora eu havia traçado um caminho sem volta. Eu havia cometido o meu maior erro. Um erro que iria me condenar para o resto da minha vida.

 

 

 

 

Capítulo 14

 

Jacob

 

Há dois dias, eu havia conseguido manter minha mente longe de Leah e seus lábios. Nós não nos cruzamos e isso facilitou as coisas até agora. Claro que de nós dois, Leah era quem tinha uma melhor facilidade para esconder suas emoções e, principalmente, controlar a sua mente, talvez, porque pra ela o beijo não tenha significado nada. Tudo o que eu tinha que fazer era agir da mesma forma, tentando manter a minha mente limpa da lembrança daquele beijo e se esquecer da sensação dos nossos lábios unidos, ou do sabor e do cheiro dela, ou do seu corpo colado ao meu. Entretanto, eu falhei miseravelmente e acabei numa encruzilhada...

 

Tudo começou quando eu havia acabado de voltar de uma perseguição bem sucedida a um trio de vampiros nômades que andavam tocando o terror aos arredores da tribo Makah. Era nesses momentos de ação que minha mente ficava limpa, sendo comandada pelos meus instintos e isso era como uma forma de libertação tanto para o meu lobo, quanto para os meus próprios demônios. Portanto, não havia tempo para pensamentos mesquinhos ou frágeis. Porém, depois de tudo, acabei de novo preso no ponto de origem do meu sofrimento, graças a Paul e Jared e seus comentários sobre os Cullen que, consequentemente, acabavam por se ligar também a Bella. Logicamente, tentei ignorar os seus comentários e seguir meu rumo, mas foi inevitável não pensar nela vestida de noivo, pronta para se entregar a Edward Cullen de corpo e alma.

E foi exatamente no intuito de não pensar em Bells e seus olhos castanhos, que acabei me perdendo nas lembranças do sabor dos lábios de Leah. Imediatamente, ao pensar na loba cinza, sem querer  meu coração insensato se encheu de paz, uma vez que só em seus braços eu me sentia, assim, sereno e aquecido. E eu me peguei a essa lembrança só pra não sofrer por Bella.

Então, quando voltei a minha forma humana já era tarde demais, pois o Alfa viu em minha mente a sua Ex-namorada me beijando. 

 

Droga, como eu sou um idiota! Agora todos sabem do meu segredo. Um segredo que eu não queria dividir com ninguém. Ainda mais com o Sam e o bando.

 

"Filho da puta! Como você teve coragem de tocá-la?!" Sam rosna furioso. Ele me encurrala contra uma árvore me atacando subitamente. Nesse instante, meu sangue ferveu.

 

"Para! Isso não é da sua conta. Não haja como se ela lhe pertencesse."  Eu cuspi irado.

"Ela é minha! Nunca toque nela!" Senti cada fibra do meu corpo tremer de repulsa por suas palavras.

"Ela nunca irá te pertencer. Você a deixou ir e você a perdeu. Lee é livra pra amar e ser feliz com quem ela quis..." Fui interrompido por um soco forte na mandíbula, seguido por outro soco no estômago que me fez cambalear e cair, mas num piscar de olhos, eu já estava de novo em pé o contra-atacando com toda a minha fúria. Em contrapartida, cada golpe recebido era retornado com mais ira e os diálogos trocados entre nós dois continuavam em baixo nível. Eram dois homens brigando, ferozmente, como se fôssemos inimigos disputando território.

 

Eu podia sentir o sangue escorrendo da sobrancelha direita e um corte no meu ombro que latejava, mesmo assim, ignorei qualquer dor. Tudo o que importava era aplacar a tempestade e ódio que se formou dentro de mim.

"Você é um idiota!” Eu consegui quebrar o nariz de Sam e romper sua postura prepotente. “Acha que pode domá-la, como se ela fosse um animal pra ser domesticado?" Falei ofegante. Nessa hora o resto do bando apareceu pra nos separar e tentar apaziguar os ânimos.

Não foi uma tarefa fácil parar a luta entre o Alfa e seu Beta. Ambos só paramos por exaustão.  No entanto, Sam ainda tinha uma última carta na manga... o poder do Alfa.

“Você está proibido de tocar, falar, ou até mesmo, pensar nela.” Ele disse em seu tom Alfa fazendo meu lobo se agitar e cada fibra do meu corpo tremer com uma dor insuportável e furiosa.

Era como se houvesse dois lados brigando dentro de mim: O lado humano, racional e submisso e o lado animal com um desejo selvagem de ser livre e não se submeter a Sam. O lobo castanho avermelhado queria reivindicar o poder do Alfa, ser o líder legítimo e isto fazia com que cada célula do meu corpo queimasse e meus músculos doessem de tensão. Contudo, meu lado racional acabou por se curvar diante de Sam e obedecer a sua ordem.

“Fique longe dela!” E, com essas palavras, o Alfa me deu as costas e seguiu seu caminho. Eu estava tão esgotado que não tinha forças nem pra lhe responder a altura.

“Eu quase achei que você iria reivindicar a liderança.” Paul disse curiosamente sem ironia. Nessa hora, Quil e Jared começaram a discutir ao meu lado, enquanto Paul ficava me olhando com uma carranca no rosto.

“Nós todos sabemos que Jake nunca daria um bom líder. Ele é fraco e sensível demais.” Jared parecia adorar me provocar, eu rosnei ainda exausto, mas no fim resolvi ignorar os garotos e segui o meu rumo, desejando ter um momento privado para esfriar a cabeça e me manter no controle.

Meus pés acabaram me guiando  aos penhascos, onde o mar estava ficando bastante agitado e o céu estava se fechando, havia um vento soprando sem parar num sinal claro de tempestade chegando. Fechei os meus olhos tentando sentir apenas a natureza ao meu redor, a sensação era boa e me acalmava, até que fui interrompido...

“Jacob!” Ignorei os chamados de Leah na tentativa de me ver livre dela. Mas, ela era persistente. “Ei, você está bem? Seth me...”

“Será que você pode me deixar em paz. Eu não quero falar com ninguém!” Falei sei olhar pra ela, ainda sim sentindo seus olhos em mim.

“Tudo bem.” Ela parecia hesitante, achei que Leah iria me deixar em paz, porém ela tinha outros planos. “Jake, eu sinto muito, tá. Vamos volta pra casa e conversar?” Eu poderia sentir sua preocupação, seus dedos tocaram no meu braço tentando ganhar minha atenção, mas eu a repeli rispidamente, quase como se seu toque fosse repulsivo.

“Droga! Eu não quero falar. Eu só quero ficar sozinho e, principalmente, longe de você.” Nossos olhos se cruzaram, negros furiosos contra negros confusos. “Apenas, fique longe!” Eu me afastei dela pronto pra voltar pra casa, pois meu lobo já estava novamente agitado. E eu não queria perder o controle.

“Sam é um idiota. Ele não é o meu dono. Eu posso fazer o que quiser da minha vida. Eu não vou parar de falar com você só porque ele quer, ou por causa da sua maldita ordem!” Eu parei no meio do caminho ela estava me desafiando. Irado eu me aproximei abruptamente. Estávamos frente a frente, com nossos corações pulsando com a mesma frequência. Nossa proximidade parecia afetá-la.

“Realmente, eu não me importo! Tudo o que eu quero é você longe de mim, com ou sem ordem. Tudo foi um erro.”

“O que foi um erro?” Ela parecia preste a perder o controle.

“Essa coisa entre nós... Talvez, eu queira ficar só, curtindo minhas lamentações sem dividir com ninguém.” Ela deu um sorriso amargo.

“É, talvez, você prefira pensar na adoradora de sanguessuga, vestida de noiva.” Furioso eu a empurrei rudemente fazendo a cair.

“Prefiro as lembranças dela, do que ter você por perto.” Eu nem sabia de onde isso estava saindo, só sei que eu não iria voltar atrás. Ela se levantou e me deu um olhar cheio de mágoa e, num piscar, ela explodiu em seu lobo me deixando cheio de culpa e raiva.

Eu precisava voltar pra casa. Tudo o que eu queria era uma ducha fria e cair na cama, quem sabe se esquecer desse dia. Porém, meu dia ruim só estava começando, pois logo ao chegar em casa, me deparo com uma carta debaixo da porta... Era o convite de casamento de Bella.

 Eu já não conseguia pensar em mais nada, as palavras e frases ficaram borradas diante dos meus olhos lacrimejados. Revoltado, amassei o papel e, sem controle,  me transformei no lobo castanho avermelhado correndo para a floresta sem olhar pra trás, enfim, deixando meus desejos selvagens me dominarem. Corri furioso e destemido sob a chuva fria e severa que caia sobre La Push.

Agora eu era apenas um lobo solitário, em busca de liberdade e do seu próprio lugar. Por enquanto, nada seria capaz de me parar...

 

 

 

 

Leah

Mais uma vez, eu tive um pesadelo, só que numa sequencia diferente. Dessa vez, eu estava correndo em minha forma de lobo na direção dos penhascos quando, inesperadamente, encontrei Jacob com seus ombros largos, nus e tensos olhando para a imensidão do mar. Ao sentir a minha presença, ele se vira para olhar na minha direção com seus olhos parecendo duas lindas pérolas negras e me dá o seu sorriso mais radiante. Logo, retorno a minha forma humana e corro ansiosa em sua direção, mas de repente vejo o seu corpo forte e a sua presença vibrante começar a sucumbir, pois em seu peito há uma flecha cravada.  Vejo seus olhos se encherem de lágrimas enquanto o seu sangue vai se espalhando por toda a sua pele nua e escorre manchando a terra sob os nossos  pés.

Eu não consigo impedir que Jacob caia no precipício. Sem saída fico lá paralisada, vendo ele ser engolido pelas águas tempestuosas do mar. Minha última lembrança é a voz gutural do meu Carrasco, repetindo palavras que eu quero esquecer:

 

“Você não pode fugir do sofrimento. Ele vive em você.”

 

 E, assim, eu sempre acordo desesperada e cansada...

“É como um ciclo vicioso do qual eu não tenho como fugir. Nem nos meus sonhos eu consigo um pouquinho de paz.” Eu desabafo para Billy.

No inicio eu não quis dividir com ninguém, achava que ninguém entenderia, porque até mesmo eu, achava tudo complexo. No entanto, Billy era um homem sábio e um dos anciões da tribo a quem tinha mais confiança, embora minha mãe fosse uma opção mais óbvia. Só que com o sumiço de Jake, eu tenho estado mais presente na casa dos Black ajudando Billy e até lhe fazendo companhia. Claro, eu não era a única, os outros do bando também ajudavam como podiam.

“Bom, meu avô me contou uma vez, que quando era jovem ele sonhara com um homem branco em roupa de soldado, vivendo durante a Guerra civil Americana em 1865. E só depois de um tempo, ele veio a descobrir que esses sonhos eram na verdade memórias de uma vida passada, onde ele lutou contra o abolicionismo do sul. Seus sonhos eram cheios de momentos horríveis e cruéis.”

“Uau, isso é possível? Sonhar com uma vida passada, com um rosto ou caráter distante de si?”

“Dizem que nós morremos e renascemos num outro corpo. As almas que precisam reencarnar são almas que deixaram em seu passado, coisas mal resolvidas e por isso ficam vagando até voltarem e acertar tudo com o destino. Como uma segunda chance.”

“Isto é muito surreal.” Eu fiquei apenas processando tudo que Billy me disse. “Eu posso tá vivenciando memórias de vidas passadas, ligadas a Utlapa? Mas, porque Jake está lá?”

“Utlapa?!” Billy me olhou com uma carranca na testa. Como se refletisse algo muito importante.

“É o meu Carrasco. Ele sempre aparece e diz coisas sem nexo... Que dizer, talvez, tudo o que eu tenho perdido até aqui, faça sentido. Eu esteja destinada a várias vidas de sofrimento e solidão.” Eu falei com uma pontada de amargurada.

“Ei menina, pare! Tudo acontece na vida por um motivo. Seu destino é bem mais do que você pensa. Há algo a te esperar e será incrível.” Ele disse com tanto otimismo e confiança, capaz de me fazer acreditar. “E quanto a Jake... Eu sei que onde quer que ele esteja. Ele está bem, porque os Espíritos Guerreiros estão lhe guiando.”

Fomos interrompidos por uma batida na porta. E quando eu a abri, dei de cara com uma jovem sorridente.

“Ah meu Deus!” Falamos em uníssono. Do outro lado da porta estava Rachel que logo foi me agarrando toda animada. Nos abraçamos cheias de saudades, até tio Billy apareceu pra se juntar a nós. Foi tão emocionante ver o reencontro deles que choravam e sorriam ao mesmo tempo.

 Há quatro anos, pai e filha não se viam e foi tão bom ver Billy sorrindo daquele jeito ao ver uma de suas gêmeas. Pois sei que lá no fundo, ele já sofria com a ausência de Becky (a outra gêmea) e agora sofria ainda mais com a falta de Jake.

“Você voltou mesmo?” O homem diz emocionado.

“Sim pai. Voltei ao lugar onde ficou parte do meu coração. Agora, onde está o Jake?” As coisas não eram perfeitas, a vida não era como antes, quando não tinha o sobrenatural rondando nossas vidas. Mais cedo ou mais tarde, ela iria descobrir isso. Mas por enquanto, as meias verdades serão suficientes.

“Ele saiu de casa tem três semanas. O xerife Swan fez panfletos com fotos do garoto e distribuiu pela cidade tentando nos ajudar. Mas, eu sei que é só uma fase e logo ele voltará pra nós.” Para os que desconhecem nossa realidade sobrenatural como Charlie, apenas sabem que Jacob deu um de adolescente rebelde e fugiu.

O mais irônico de tudo é que Jacob um dia me acusou de ser covarde por querer ir embora daqui. No entanto, ele acabou por provar do seu próprio veneno, sendo um grande hipócrita e covarde. Agora ele deve estar vagando em algum lugar ao Norte, vivendo apenas como um lobo selvagem.

Minha mente novamente viaja pra um lugar onde seus braços eram meu porto seguro e seus lábios me devoram com paixão. Um lugar onde não existe solidão e nem dor.

 

 

 

Cinco semanas depois...

 

Eu estou parada na frente da porta da casa de Sam, hesitante em bater. Por mim, eu iria embora, porque eu sei que o lugar vai me trazer lembranças dolorosas. Aqui é onde os garotos se reúnem. Emily se tornara a mãe da matilha, além de ser a mulher do Alfa. Todos têm um grande respeito e carinho por ela.

Agora tudo pertence a ela. Eu sei que lá dentro, cada canto da casa deve ter o cheiro dela. Eu não estou com inveja, mas há o ressentimento, a mágoa e a frustração de ter perdido meu espaço de forma tão rápida. Pra eles tudo pode parecer simples, mas pra mim é tão difícil e triste.

Depois do meu rompido com Sam, eu nunca mais cheguei nem perto daqui. Que dizer, eu estive aqui uma vez o olhando de longe. Nesse dia eu o vi com Emily, dias antes de me transformar em lobo. Se a cena do hospital já tinha me machucado, essa foi muito mais devastadora. Eles estiveram juntos sem nem me respeitar.

"Leah, como você vai?" Emily vem toda sorridente me cumprimentar.

"Isso importa?" Emily parece ficar chateada, mas não desiste. “Que bom que você veio.” A casa não mudou muito, é mais o cheiro e pequenas coisas que eu sei que Emily mudou pra deixar mais com a sua cara. Dizer que isto não mexe comigo seria um eufemismo.

Eu paro com os meus devaneios pra ouvi-la tagarelar sobre Sam, o bando e também sobre Jacob.

“Daqui a dois dias é o casamento da Bella. Você vai?”

“Não. Eu não quero confraternizar com os vampiros. Pra mim, eles sempre serão inimigos.”

“Os Cullen são diferentes, embora eu admita que tenha um pouco de medo deles. Mas, você podia ir comigo. Assim, faríamos companhia pra outra.”

“Não mesmo! Além do mais você tem Sam, minha mãe, Billy. E Seth também vai estar lá.” Nos olhamos por um tempo em silêncio. Senti Emily apreensiva e muito ansiosa, havia algo que ela estava escondendo.

“Você me chamou aqui pra quê exatamente?”

“Você é a minha irmã de coração, mesmo que as coisas sejam diferentes agora. Mas, para mim isso nunca vai mudar.” Ela me olhou com um sorriso alegre, seu coração pulsava acelerado, enquanto seus olhos pareciam se iluminar. Uma parte minha se sentiu feliz por ela que parecia tão radiante. “Eu estou grávida!”

E, no minuto seguinte, tudo pareceu desmoronar... Era raiva, inveja, frustração e alguma coisa a mais, que não me deu tempo pra decifrar, enquanto Emily continuou falando sobre o bebê e os seus planos com Sam, sem nem perceber como eu estava atordoada com aquelas informações.

“Tô grávida de dois meses.” Havia um vislumbre de insegurança dela que eu senti. “Eu nem contei para o Sam ainda. Queria que você fosse a primeira a saber.” Eu permaneci em silêncio, apenas processando tudo.

Emily havia conseguido tudo o que eu havia planejado pra mim: Sam, filhos e logo  viria um casamento. Enfim, ela teria uma família feliz.

“Uau, meus parabéns! Você conseguiu!” Emily percebeu meu tom sarcástico.

“Será que você nunca vai me perdoar? Eu estou tão cansada disso!”

“Eu lhe perdoei, mas nunca vou esquecer.”

“Lee, eu e Sam. Nós...”

“Chega de blá, blá, blá! Nós duas sabemos que o imprinting foi um fator que apenas influenciou os sentimentos de Sam pra você. Mas, o seu amor por ele já existia muito antes disso.” Emily engoliu em seco. “Você foi embora pra Flórida já estando apaixonando por Sam.” Eu afirmei convicta.

Meus instintos lupinos detectaram a presença dos lobos se aproximando. Meu desejo era conseguir sair sem me cruzar com eles.

“Eu tenho que ir. Você tem convidados.” No entanto, não houve tempo pra escapar, pois acabei de cara com Sam na porta.

“Lee!” Senti a tensão irradiar dele. Meus planos foram por água abaixo com os garotos bloqueando meu caminho.

“Olha só quem resolveu nos visitar!” Ignorei Quil e os outros, que pareciam um bando de macacos selvagens, brigando por espaço e eu me tornei o centro das suas atenções. Alguns falavam em tom de zombaria e outros me fitavam com curiosidade.

“Agora a família está realmente reunida.” Seth todo suado vem me abraçar. Ninguém havia percebido a tensão que pairava sobre mim e Emily, exceto por Sam que me olhava desconfiado. Resolvi mudar o foco das suas atenções.

“Meus parabéns, Sam. Você vai ser papai!” Eu disse fingindo simpatia e com um sorriso malicioso. Todo mundo congelou nesta hora. “Emily acabou de me contar.” A cara dela era impagável e Sam, então, parecia ter parado de respirar.

O choque durou alguns segundos, até que a turma causou um alvoroço em torno do casal feliz. Agora era a minha chance de sair de fininho. Dei um último olhar a Sam e Emily que sorriam radiantes e tinham um mesmo brilho no olhar. Lá no fundo, senti uma pontada de melancolia. Então, sai distraída e acabei me chocando contra um corpo grande e quente que bloqueava meu caminho.

 Meus olhos logo encontraram os negros penetrantes de Jacob.

Ele estava de volta, só pra me perturbar.

{Continua...}

 


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Notas finais do capítulo

Bom, no próximo teremos casamento, brigas, reconciliações. Um começo de um romance, mais brigas, revelações e, talvez, um novo Imprinting. Até a próxima.

Feliz ano novo pra todos!!!