Daryl sentiu seu sangue ferver. Ele queria matar todos. Não pelo fato de ameaçá-los, mas por ameaçá-la especificamente. E ele não deixaria ninguém tocar em Beth. NINGUÉM! Morreria se preciso fosse, mas não deixaria que ninguém colocasse as mãos sobre ela.

Ele não sabia o que fazer. Havia muitos deles para que sozinho pudesse dar conta. Qualquer tentativa seria arriscada e possivelmente falha, resultando em tragédia, mas ele tinha que fazer algo e viu surgir a oportunidade perfeita quando alguém abriu a porta fazendo que todos desviassem a atenção. Com as mãos Daryl acertou as armas dos dois primeiros fazendo-as cair e gritou para que Beth corresse. Pegou sua faca rapidamente e desferiu um golpe certeiro cortando a garganta do agressor a sua frente, fazendo jorrar sangue. Com apenas um movimento lateral, Daryl golpeou o segundo inimigo bem em sua cabeça, tirando-o de combate. Um terceiro ofensor veio em sua direção e tentou acertá-lo com um bastão, mas ele esquivou-se para baixo e o golpeou na região da axila. O líder do grupo estava assustado. Sacou sua faca e tentou acertar Daryl, que prontamente desviou. A lâmina passou raspando, fazendo um corte mínimo em seu braço.

Daryl foi se aproximando do homem que deixou a faca cair no chão, tamanho era seu medo.

— Por favor! — Ele implorou.

Daryl apenas o ignorou pegando-o pelo pescoço. Ele apertou tão forte que seus dedos chegaram a penetrar a pele, segurando praticamente pela traqueia e a puxou violentamente, degolando-o. Daryl então se virou para trás em busca de Beth, mas deparou-se com um novo inimigo em sua frente ponto pra golpeá-lo. Ele havia se esquecido daquele agressor. Daryl não podia fazer nada, ele o mataria. Mas o inesperado aconteceu, o homem soltou a faca, abrindo a boca lentamente enquanto escorria sangue pelos seus lábios, seu queixo e tingia sua roupa de vermelho. Levando suas mãos a barriga ele teve tempo apenas de notar que estava gravemente ferido antes de cair ao chão desfalecido. Assim que o homem tombou Daryl pode ver Beth por detrás dele. Ela tinha golpeado o agressor na barriga. Ela havia salvado a vida dele.

Era a primeira pessoa que Beth matara, mas ela não se sentia mal. Pelo contrário, sabia que tinha feito o certo, o necessário. Eram maus elementos e se não fosse desta maneira ele provavelmente mataria Daryl, o que ela jamais deixaria acontecer. Se tivesse que fazer isso novamente ela o faria. Beth correu em direção a Daryl e o abraçou com certa violência, tamanho o medo de perdê-lo. Ele apenas retribuiu.

— Eu falei para você correr! — Falou suavemente para ela.

— Eu não podia abandonar você! —

Daryl saiu na frente, pra ver que não tinha mais ninguém lá fora e assim que se certificou de que estava limpa a área chamou a garota e partiram na direção de uma pequena casa próximo dali. A casa onde eles haviam passado as noites anteriores era um tanto distante de onde estavam. O novo abrigo era pequeno, uma residência de três cômodos, com uma cozinha minúscula, ladeado por um banheiro que dava de frente a uma sala em tamanho médio que também servia de quarto. Havia um sofá, uma televisão e um beliche em um dos cantos da sala. Podiam ver a cozinha da sala, ela era separada por um balcão que servia de mesa para as refeições. Adentraram a casa e Daryl foi direito para a cozinha em busca de comida, enquanto Beth foi ao banheiro vasculhá-lo a procura de remédios e retornou de lá trazendo uma pequena caixa de primeiros socorros!

— O que você esta fazendo? — Perguntou Daryl, visivelmente curioso.

— Vou limpar sua ferida!—

— Foi só um corte! —

— Mesmo assim eu quero limpar! – Insistiu ela.

— Não precisa! —

Beth puxou uma cadeira pro meio da sala e ordenou.

— Sente! Vou limpar sua ferida! — Ela o olhava seriamente, e ele apenas fez um movimento com os ombros cedendo.

Daryl tirou a camisa e Beth pode ver as cicatrizes em suas costas, marcas das surras que ele havia sofrido de seu pai. Ele acomodou-se na cadeira e Beth puxou outra, sentando-se a frente dele. Era um pequeno corte no ombro direito, nada com o que se preocupar, mas Beth queria cuidar dele mesmo assim. Com um algodão embebido em álcool ela o alertou.

— Isso pode doer um pouco! — Falou entortando os lábios.

Assim que ela passou com algodão sobre a ferida Daryl começou a se contorcer e resmungar devido a ardência. Aquilo se repetiu por mais algumas vezes até que ele se queixou.

— Esta doendo! — Falou puxando o braço. — Não precisa disso, foi só um arranhão!—

— Se você se mexesse menos não iria doer tanto! — Beth o encarava seriamente confrontando-o — Coloque o braço aqui!—

Ele deu uma olhada rápida para ela estendendo o braço novamente até Beth. Logo após limpar bem o ferimento, ela começou a enrolar seu braço com uma atadura. Daryl não conseguia parar de encará-la, admirando o quão doce e gentil a garota era.

— Prontinho! — Ela sorriu para ele, levantando-se logo em seguida e caminhou até uma cômoda próxima dali. Pegou roupas limpas para trocar seu traje que estava todo manchado de sangue. Ela deu as costas pra Daryl tirando a blusa e ficando apenas de sutiã enquanto Daryl virou-se para parede educadamente para não invadir a privacidade da moça.

— Estou pronta, pode olhar! — Daryl voltou seu olhar para ela. — Ficou Bom?—

Ele apenas confirmou com a cabeça, e colocou sua blusa novamente, indo para cozinha e vasculhando os armários., onde encontrou algumas comidas enlatadas. Ambos se sentaram no sofá e comeram em silêncio. Ao terminaram guardaram o resto da comida na cozinha e retornaram ao sofá, virando-o de frente pra cama e o colocando contra a porta para bloqueá-la.

— Eu fico com o sofá! — Falou Daryl se jogando nele.

Havia um beliche, mas Daryl não gostava daquilo, não parecia seguro o suficiente. Beth deitou-se na cama e logo fechou os olhos. Daryl colocou as mãos embaixo da cabeça para apoiá-la e a observou alguns instantes.

— Está tão frio! — Beth tremia de frio. E realmente estava muito frio.

Daryl teve uma ideia maluca, ele se levantou e foi em direção da cama, Beth abriu os olhos e Daryl estava em pé em sua frente.

— O que você esta fazendo? — Perguntou Beth com voz serena de sono

— Chega pra lá!—

Beth apenas obedeceu, sem perguntar o porquê. Daryl deitou-se ao seu lado. Ela aconchegou sua cabeça nos braços dele e abraçou-o pela cintura.

— Melhor? —

— Aham — Disse Beth fechado os olhos e se ajeitando sobre o seu peito — Boa noite, Daryl—

— Boa noite, Beth —

Daryl acordou e ficou apenas observando Beth em seus braços antes de levantar-se, o que a fez acordar.

— Bom dia! — A voz de Beth era bastante sonolenta.

Ambos foram para a cozinha, pegaram os enlatados e voltaram para sala, então comeram e se prepararam para partir. Embora tivessem achado um carro, ele não era apropriado para a viagem e, além disso, precisavam de um mapa. Ainda que não o encontrasse partiriam pela manhã, tentando a sorte.

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Tara andava pelo corredor quando Carl a chamou.

— Eu estava pensando se você gostaria de matar alguns walkers comigo pela cerca? —

— Esta me chamando para um encontro? —

— Não tem cinemas, nem lanchonete... Então sim —

Tara deu uma risada e balançou os cabelos de Carl andando logo em seguida

— Isso foi um sim? — Falou Carl fazendo-a virar-se.

— Não — Falou rindo e virando no corredor à direita, ficando fora da visão de Carl.

— Ela gosta de mim! — Falou Carl para si mesmo, sorrindo e entrando em sua cela.

Tara foi em direção à entrada da prisão, e viu Rick sentado observando as cercas. Ela aproximou-se e se sentou ao seu lado.

— Você esta bem? —

Ele não a respondeu, apenas continuou olhando as cercas.

— Eles estão bem, eles vão voltar! Basta esperar um pouco! — Tara tentava animá-lo— Daryl sabe se cuidar. Eles voltarão! Não só Beth e Daryl assim como todos os demais! —

— Gostaria de acreditar nisso —

Ambos ficaram em silêncio durante algum tempo. Tara levantou-se e resolveu quebrar aquela quietude.

— Você deveria entrar! Está frio aqui fora! — Falou e logo depois se retirou do local.

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Daryl e Beth haviam conseguido alguma comida e transporte, menos o mapa, mas isso não os impediriam de voltar. Já era noite, e eles faziam o caminho de volta para casa quando viram um walker na rua. Com sua Crossbow apontada para ele foi andando lentamente para perto afim de garantir o acerto, mas ao chegar próximo notou que não era um walker e sim uma pessoa não contaminada. Era um garoto que aparentava ter uns vinte e poucos anos e possuía um corte na cabeça e mais alguns outros machucados pelo corpo. O rapaz não havia visto Beth e Daryl ainda.

— Consigo acertar ele daqui! — Daryl falou virando o rosto para Beth como que se perguntasse sua opinião.

— Não—

— Porque não?—

— Ele não fez nada para nós! Vamos falar com ele antes, talvez ele seja uma boa pessoa—

Daryl não concordava com aquilo, mas cedeu ao pedido de Beth.

— Se ele tentar alguma coisa eu o mato! —

Caminharam de encontro ao rapaz, com Daryl apontando a Crossbow em direção a ele, quando o garoto notou a aproximação dos dois.

— Quanto tempo não eu vejo pessoas! — O rapaz parecia bem cansado, estava sem força.

— Qual seu nome? — Perguntou Daryl.

— Chase —

— Você tem, ou tinha um grupo? —

— Não precisa ficar apontando isso para mim, eu não vou fazer nada cara—

— Eu te fiz uma pergunta! – Indagou novamente.

— A uma semana atrás eu estava com um grupo. Estávamos acampados quando os walkers vieram e nos atacaram. Havia muitos deles! Alguns conseguiram fugir, outros não. Eu consegui fugir sozinho e estou andando desde então —

— Como conseguiu os machucados? Ainda esta sangrando, significa que foi recente! —Daryl quis saber.

— Tinham três walkers me seguindo, e eu corri, acabei caindo e bati a cabeça, mas por sorte não foi profundo, mas trocando de assunto, vocês não me disseram seus nomes ainda—

— Daryl, ela é Beth! — Falou apontando com a cabeça pra ela.

— Eu não como e não durmo direito há dias, será que eu poderia ficar com vocês? Só por essa noite pelo menos —

Daryl abaixou sua Crossbow e o segurou pela gola da blusa com uma das mãos, o olhando cara a cara.

— Se você tentar qualquer coisa, mas qualquer coisa mesmo, por menor que seja, ou se você apenas olhar de forma estranha para um de nós, eu mato você, me entendeu? Eu mato você —

O garoto apenas confirmou com a cabeça e Daryl o soltou.

— Vamos! — Deu um empurrãozinho de leve no garoto. — Você na frente—

O rapaz foi na frente, seguido por Beth e Daryl, ela não parava de sorrir e Daryl queria saber o motivo.

— Porque esta sorrindo? — Perguntou meio confuso.

— Você sabe —

— Se soubesse não estaria perguntando!—

Beth foi perto dele e rapidamente deu um beijo em sua bochecha.

— Obrigada! — Falou dando um grande sorriso, maior que o de antes.

Ele entendeu o porquê dela agradecer, ele não havia matado o garoto, Daryl apenas balançou a cabeça e ambos seguiram andando.

A casa ficava perto dali, não demoraram muito a chegar. Chase entrou e desabou em uma cadeira.

— Você esta bem? — Perguntou Beth entrando e se aproximando do garoto.

— Vou ficar —

— Vou pegar o kit de primeiros socorros e dar uma olhada nesse corte seu! — Beth falou indo ao banheiro.

Daryl foi para a cozinha em busca de algo e Beth voltou e sentou-se na frente do garoto. Logo Daryl estava na sala de novo. Sentou-se na cadeira contra a bancada, apoiando a Crossbow nas pernas, mas sempre apontada em direção ao garoto, enquanto acompanhava o meticuloso trabalho da garota. Ele não sabia o porquê, mas não gostava de ver eles tão próximos um do outro, talvez porque ele não confiava no garoto.

— O que exatamente aconteceu? — Beth questionou enquanto limpava sua ferida.

Flashback on

Chase estava comendo com seu grupo em volta da fogueira, mas decidiu ir dormir, já que teria que acordar cedo no dia seguinte para ajudar nos trabalhos dentro do acampamento. Entrou na cabana e logo adormeceu, mas foi acordado por um grande estrondo, o barulho de pessoas desesperadas gritando por socorro e tiros, muitos tiros. Pegou suas coisas e saiu rapidamente da barraca. Assim que saiu do abrigo, viu todos correndo desesperados. Pessoas sendo atacadas e mordidas. Ele possuía uma faca e uma arma com quatro balas. Era tudo o que tinha para se defender. Alguns walkers vieram em sua direção e ele disparou alguns tiros. Até queria ajudar as outras pessoas mas não podia, era muito arriscado devido a grande quantidade de walkers. Correu o máximo que pode para a floresta sem olhar para trás. Quando se deu conta já estava longe e não havia nenhum walker o perseguindo. Nessa hora ele caiu ao chão, sem forças para prosseguir. Pouco antes de apagar ainda pode perceber que já começava a clarear o céu e que o dia estava para amanhecer.

Andou por alguns dias buscando encontrar um lugar pra ficar, mas sem sucesso. Tentava dormir em alguns lugares, mas nunca descansava direito por medo dos walkers aparecerem. Além disso, mal tinha o que comer.

Já anoitecia quando finalmente ele havia achado uma cidade. Adentrou as ruas, caminhando atento a qualquer perigo ou oportunidade de se alimentar ou de abrigar-se de forma segura até que escutou um barulho vindo por de atrás dele. Ao virar deparou-se com três walkers que vinham em sua direção. Então voltou a correr para escapar da ameaça quando tropeçou e caiu ao chão, batendo com a cabeça e cortando-a, além de outros ferimentos pelo corpo. A dor era imensa, mas a ameaça aproximava-se. Sacou sua arma e somente quando pressionou o gatilho se deu conta de que estava descarregada. Levantou rapidamente, a dor de suas lesões o castigava severamente, mas tentou ignorá-la e correr, porém os walkers já estavam próximos demais. Teria que enfrentá-los. Pegou sua faca e avançou sobre o primeiro, golpeando acertadamente sua cabeça. Fez o mesmo com um segundo, porém não houve tempo de matar o terceiro walker que pulou sobre Chase. O rapaz segurava-o pelos braços tentando o afastar até que conseguiu se colocar por cima e o acertou na cabeça, acabando de uma vez por todas com aquele perigo. Machucado e cansado do confronto deitou-se ao lado do corpo do walker, respirando profundamente de forma a recuperar seu fôlego. Ainda permaneceu algum tempo deitado até que se reestabeleceu e resolveu partir. Pegou sua mochila e continuou andando pelas ruas até que avistou duas pessoas que vinham em sua direção. Um cara com uma Crossbow e uma garota de cabelos loiro.

Flashback off

— Sinto muito pelo que aconteceu! — Beth falou gentilmente e ele apenas balançou a cabeça em resposta.

— Posso perguntar uma coisa? — Beth acenou com a cabeça que sim. — Ele é seu Pai? —

— Eu não gosto de você — Daryl interviu rispidamente.

Beth arregalou os olhos e virou-se pra ele, fazendo uma cara de brava e apenas com os lábios, porém sem emitir som falou: "Daryl!", o reprendendo.

— O que foi? Eu realmente não gosto dele! — Daryl direcionou as palavras a Beth, como se o menino nem estivesse presente ali e Beth tentou segurar uma risada e apenas sorriu, mas só Daryl pode ver.

— Foi uma piada, realmente não pensei isso! — Chase tentava se explicar e consertar a besteira que havia feito. — Pensei que vocês eram irmãos, ou pessoas do mesmo grupo, ou até mesmo um casal! —

— Somos do mesmo grupo! – Falou Beth gentilmente

— Foi mal pela piadinha cara! — Chase falou e Daryl apenas continuou olhando sem falar nada.

— Prontinho! — Beth levantou sorrindo e arrumando as coisas pra guardá-las.

— Obrigada! – Agradeceu o jovem.

— De nada —

Eles foram até a cozinha, pegaram os enlatados e comeram e logo depois foram deitar-se e descansar. Chase ficou com sofá, Beth deitou no colchão, e Daryl sentou ao pé da cama de Beth. Ao ver que Daryl não deitou Beth se sentou na cama questionando.

— Não vai deitar?—

— Alguém tem que ficar de olho no rapaz! —

— Ele já esta dormindo Daryl! —

— Você também deveria estar! – Respondeu Daryl cortando a garota.

Beth voltou a deitar e virou-se, adormeceu rapidamente, mas acordou no meio da noite, esfregou os olhos e sentou na cama.

— Você ainda não foi dormir? — Beth tinha uma voz muito sonolenta, abria e fecha os olhos lentamente, estava caindo de sono. — Vem dormir, ele esta dormindo, vamos Daryl! —

Daryl estava com muito sono. Seus olhos já estavam quase fechados, ele estava relutante com a ideia de deitar-se, mas o garoto não havia se mexido, estava todo machucado, não era muito forte, além de esta desarmado. Daryl deitou ao lado de Beth e ela deitou novamente.

— Boa noite, Daryl —

— Boa noite, Beth —

Daryl levantou-se da cama e viu Beth comendo sentada a mesa, foi até ela e sentou-se à mesa também, pegando algo pra se alimentar.

— O garoto já deu sinal de vida? — disse Daryl olhando por garoto deitado no sofá.

— Não, desde que acordei ele está dormindo assim!—

— Vou acordá-lo! — Daryl deu mais uma colherada no que estava comendo e caminhou até o rapaz.

— Hey! Bela Adormecida acorda! — Daryl chutou o Sofá.

— Hã? — O garoto acordou meio atordoado e virou-se caindo no chão.

Daryl apenas deu de ombro e voltou a sentar pra comer, sendo seguido por Chase. Comeram e logo depois arrumaram as coisas para partir.

— Aonde a gente esta indo? — Perguntou Chase já do lado de fora da casa, enquanto Daryl colocava as coisas que Beth trazia no carro.

— Vamos tentar chegar a um lugar onde nosso grupo esta — Beth falou carregando algo de dentro da casa que parecia pesado.

— Porque tentar? Não sabem onde fica?—

— Nós nos perdemos durante o caminho—

— Conheço quase tudo por aqui, talvez eu saiba aonde é!

Daryl e Beth se olharam, como que se perguntassem se falariam a ele sobre a prisão ou não.

— Conhece uma prisão por aqui? — Daryl que pronunciou dessa vez.

— Sim, conheço, fica há algumas horas daqui —

— Veja se não é o príncipe no cavalo branco que veio nos salvar! — Daryl disse com ironia.

— Todo príncipe precisa de uma princesa! — Sorriu para Beth.

— Ainda posso deixar você aqui! — Falou Daryl.

— Daryl, você poderia ir até a loja ali comigo? É que vi algo que eu queria —

Daryl assentiu e eles foram até a loja que não era longe dali, logo ao lado da casa, apenas tinha que vira a rua a esquerda e andar uns poucos metros.

— Olhe! — Beth falou assim que viraram a esquina. — Um cachorro —

— Vem aqui amigão! — Falou Daryl abaixando e estendendo sua mão. O cachorro foi até ele. Daryl o pegou, ele era pequeno, conseguiu segurá-lo com apenas uma mão. — É um filhote, provavelmente sua mãe esta por perto! — Falou olhando em volta.

— Ele é tão fofo! — Beth passava a mão nele.

— Vou da uma olhada por perto, ver se acho outros deles, porque se deixar ele aqui, morrerá, enquanto isso pode ir até a loja, qualquer coisa grite, e você! — Apontou para o menino. — Vem comigo, você fica onde eu possa vê-lo! —

Beth entrou na loja e os meninos seguiram em frente. Andaram até que Daryl avistou um walker em um beco sem saída, ele comia algo, e logo Daryl deu de conta do que era, provavelmente era a mãe do filhote, Daryl olhou pra Chase e logo depois voltou seu olhar para o walker, atirando com a Crossbow em sua cabeça e indo até lá recuperar a flecha. Voltaram para onde Beth estava. Ela saiu da lojinha com um ursinho na mão.

— Por que você foi pegar um urso? — Perguntou Chase confuso.

— Na prisão tem um bebê, e queria levar um brinquedo para ela —

— Sua filha? —

Beth balançou a cabeça negativamente indo para perto de Daryl.

— Não encontrou? — Perguntou Beth referindo-se ao cachorro, Daryl e Chase ficaram em silêncio, e a menina percebeu o que havia acontecido.

— O que Faremos com ele? Se ele ficar sozinho ele vai morrer! — Continuaram em silêncio. — Posso ficar com ele? — Beth perguntou olhando Daryl, como se perguntasse a ele sua opinião.

— Não sou seu pai, se quiser fique, não te dou ordens —

Beth sorriu e pegou o cachorro do colo de Daryl e foram em direção ao carro.

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Já estava anoitecendo na prisão. Rick rapidamente pegava suas armas, pronto pra sair, enquanto ouvia reclamações de Tara e Hershel sobre isso.
—Rick! — Tara segurou seu braço. — Por favor! — ele se soltou e continuou andando pra fora sendo seguindo por Tara, Hershel e Carl.

— Eu vou com você! — Falou Carl.

— Eu também irei! — Tara se pronunciou.

— Não! — Rick virou-se para eles. — Eu preciso de vocês aqui!—

Ambos concordaram em silêncio, e Rick andou apressadamente até seu carro, abriu a porta, mas antes de entrar escutou um barulho de motor chegando e foi mais perto do portão para ver quem era. Abriu um imenso sorriso quando reconheceu Daryl e Beth. Abriu os portões com ajuda de Tara.

Beth saiu do carro e foi correndo em direção ao seu pai e o abraçou, Rick foi falar com Daryl.

— Problemas com a chuva? —

— É. Longa história! —

Rick avistou o menino dormindo no branco de trás do carro e olhou para Daryl, só pelo olha ele sabia o que Rick estava perguntando.

— Ele ajudou a gente a chegar aqui! — Rick apenas fez um sinal com a cabeça.

Daryl entrou na prisão, e Beth logo após veio até Rick e o abraçou e deu um beijo em sua bochecha.

— Obrigada! — Rick fez uma cara confusa e Beth sorriu. — Meu pai falou que você ia atrás da gente, eu resolvi agradecer! — Rick sorriu e sacudiu a cabeça positivamente, aceitando o agradecimento.

— Vamos entrar! Está frio aqui! — Falou Rick colocando a mão em seu ombro e logo depois andou de volta para dentro da prisão e Beth fez o mesmo, enquanto Tara e Carl ajudava Chase a levar as coisas para dentro, entrando também.