A pequena Lady de Ferro 2 escrita por Lady Danvers


Capítulo 21
A Batalha


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, mas o ENEM não me permitiu postar
A fic está na reta final e sim, terá uma terceira temporada, mas provavelmente no ano que vem pois quero tirar umas férias da escrita.
Espero que gostem do capitulo.



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JULIE


Loki ficaria muito satisfeito por eu tê-los em minhas mãos. Tudo o que eu fiz foi esperar e ainda assim, eles não querem lutar.
— Julie, sou eu - Brad disse - Não lembra de mim?
— É claro que eu lembro de você - falei, rindo por causa de sua expressão - você é o garoto ridículo e fraco que eu tive o azar de conhecer.
— Essa não é você - a expressão no rosto daquele garoto era de dar pena, mas tudo o que eu conseguia sentir era felicidade por fazê -lo se sentir daquela maneira.
— Essa sou eu sim. Uma nova Juliet.
— Juliet? Você odeia que te chamem assim - Megan se pronunciou e o que pude ver em seus olhos foi medo. Sorri ainda mais.
— Apenas Loki me chama assim. Depois, quando tudo acabar, eu e ele governaremos juntos - disse, sabendo que nada nos impediria.
— Você não pode estar falando sério - Megan disse.
Eu já estava cheia daquele jogo. Era melhor terminar aquilo rápido e além do mais, as caras de cachorrinho abandonado dos dois me dava vontade de vomitar.
Apontei minha arma rapidamente na direção de Megan e atirei. A bala atingiu seu braço esquerdo de raspão. Ela gritou e pôs a mão no braço que escorria sangue.
— Isso foi apenas um aviso - falei, agora apontando minha arma para Brad.
— Megan, afaste-se daqui. Isso é entre mim e ela - disse ele. Megan obedeceu pois parecia sem força alguma para discutir. Patético.
— Não se preocupe, eu vou te dar uma morte miserável - eu disse.
— Você sabe que eu nunca a machucaria - ele disse.
— E essa é a minha vantagem - falei e atirei. Brad conseguiu desviar.
Ele se revidou com um chute em minha mão, fazendo a arma cair. Não me importei. Não preciso dela para matá-lo.
Acertei socos em sua costela e ele tentava se proteger. Ele não queria me machucar e isso era ótimo. Eu apenas o mataria mais rápido.
Acertei socos em seus rosto, deixando-o totalmente ensangüentado. Eu era mais forte do que ele. Cortesia de Loki.
— Não vai querer revidar agora? - perguntei, sarcasticamente.
O peguei pela pescoço e o joguei contra a mesa do painel de controle.
— Eu estou aqui Julie e eu não vou te abandonar - ele falou. Sua voz estava fraca pelos ferimentos que tinha, mas eu não me importava. Ele era um verme.
Peguei minha arma e apontei para a sua cabeça.
— Você é minha família - ele falou - eu nunca vou te abandonar.
Eu estava com a arma na mão. Eu iria puxar o gatilho quando uma dor excruciante me acometeu. Vi flashes de algo que não consegui identificar. Eu estava ficando fraca. Eu não podia ficar assim.
— Eu te amo - ele disse.
A dor veio mais forte. De repente, senti cheiro de grama molhada e estábulo. Vi uma mulher de lindos olhos verdes acalmando uma garotinha de olhos castanhos. Vi um garoto loiro e a mesma menina correndo juntos. Vi um homem com os mesmos olhos da menina, o herói dela e uma moça de cabelos ruivos e sorriso complacente. Vi duas garotas brincando na escola.
Senti mais dor ao constatar que aquela menina era eu. Sou eu, mas não pode ser. Eu os odeio, Loki é o único que sempre me apoiou, o único que sempre cuidou verdadeiramente de mim. Não pode ser eu. Não quero ser ela.
Vi o homem e a menina, tão parecidos, em um abraço reconfortante no meio de um autódromo. Vi a garota abraçar o menino loiro no aeroporto sem saber que não o veria mais.
Gritei. Gritei tão alto que achei que fosse morrer de dor. Aquela menina era eu. Julie Stark. Era eu.
O que eu estava fazendo?
Acordei com a voz de Brad me chamando. Olhei ao redor, sentindo raiva e vergonha por ter feito mal à aqueles que eu amava.
A arma ainda estava em minha mão quando acordei. Larguei-a instintivamente e suspirei. Eu era eu mesma novamente.
Olhei para Brad. Ele estava sentado contra a parede. Seu rosto estava todo ensanguentado. Não acredito que fiz isso a ele.
— Meu Deus, eu sinto muito - me aproximei dele e o abracei.
— Eu estou bem, são apenas cortes superficiais - ele disse, tentando e falhando em me acalmar - mas você aprendeu bem.
— Isso não é engraçado - falei, por mais que eu já estivesse sorrindo - eu poderia ter te matado.
— Mas não matou.
— Ok. Isso ainda não acabou. Ainda tenho que acabar com o Loki.
Saímos da sala e logo encontramos Megan desmaiada no chão. A culpa por ter atirado em minha melhor amiga veio com tudo.
— Megan! Megs, acorde - pedi, aflita.
— Julie - ouvi ela chamar meu nome e respirei aliviada novamente.
— Eu sinto muito Meg - sustentei seu peso e a ajudei a levantar - Consegue andar?
— Sim e não se preocupe ok? - ela disse.
Liguei meu comunicador. Queria falar o mais rápido possível com meu pai, avisá-lo que eu estava bem.
Eu não estava conseguindo falar com meu pai, o que me alarmou bastante. Descemos de elevador e não topamos com nenhum dos homens de Loki, mas o que encontramos na rua foi pior do que eu havia imaginado.
Havia destruição por toda parte e alienígenas andavam por sobre os escombros de prédios e corpos sem vida. Avistei Capitão América e o Thor lutando lado a lado. Não vi meu pai.
— Megan, fique dentro do prédio - falei pois não queria que ela se ferisse.
— Sem chance - ela disse - eu sei usar uma arma.
Vi determinação em seus olhos. Eu sabia que a tia da Megan ensinou ela e a prima quando eram mais novas, mas Megan sempre disse que não tinha coragem de puxar o gatilho.
— Eu sei que sabe - falei, entregando uma pistola e munição a ela.
Saímos e encontramos alguns deles pelo caminho. Eles eram relativamente fáceis de abater o que facilitava as coisas.
— Onde está o meu pai, Steve? - perguntei sem parar de atirar.
— Está fazendo com que nenhuma dessas coisas saia da cidade - ele respondeu, rapidamente.
Continuamos a batalhar até que Natasha falou conosco.
— Eu posso fechar. Alguém na escuta? Posso fechar o portal.
— Feche! - Steve disse.
— Não, espera! - era a voz do meu pai.
— Pai? - chamei.
— Julie? Você está bem? - a voz dele parecia aliviada.
— Estou sim. Onde você está?
— Tem um míssil vindo direto pra cidade - ele disse - e eu sei onde eu vou colocá-lo.
Senti frio percorrer meu corpo ao entender o que ele planejava.
— Pai, por favor, não - pedi. A mais remota possibilidade de perder meu pai me desestabilizava.
— Eu sinto muito Julie, mas não tenho outra escolha.
— Sabe que é uma viagem só de ida, não é? - Steve disse para meu pai. Ele parecia triste.
Observei enquanto meu pai atravessava o céu carregando um míssil. Eu não me importava mais com os alienígenas que nos cercavam. Tudo o que me importava era o meu pai.
— Eu te amo pai - falei enquanto o via adentrar o espaço.
— Eu também te amo filha.
Essa foi a última coisa que ouvi ele dizer. Seu comunicador perdeu o sinal e tudo o que ouvi do outro lado foi estática.
Logo depois os aliens começaram a cair, todos de uma vez só. Vencemos.
Fiquei olhando para o céu, procurando algum indicio de meu pai, mas não havia nada.
Senti Brad pegar minha mão. Não resisti e chorei enquanto Brad me confortava em um abraço.
— Julie - Megan me chamou. Ela sorria, olhando para o céu.
Olhei para o céu e vi um ponto vermelho caindo depressa.
— Filho da mãe - Steve disse.
— Está caindo rápido demais - Thor disse, girando o seu martelo para resgatar meu pai.
Não foi preciso. O Hulk surgiu de algum lugar e o pegou. Nós o seguimos rapidamente.
Me postei ao lado de meu pai. Thor arrancou a máscara dele. Ele estava inconsciente e pude constatar que o seu reator estava apagado.
— Papai - chamei - Pai!
O Hulk urrou e de repente ouvi meu pai gritar junto.
— O que... O que aconteceu?
— Pai? - olhei para ele.
— Minha garotinha - ele falou e senti meus olhos se encherem de lágrimas - Você está péssima.
— Eu sei - falei, rindo. Só meu pai pra me fazer rir em um momento desses - Você também está horrível.


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Notas finais do capítulo

O que acharam??