Princesas & Maldosas escrita por Chris Pine


Capítulo 2
Recomeçando


Notas iniciais do capítulo

Com A. de volta, as liars tem que tomar cuidado com as sujeiras que deixam no caminho! Os mistérios das férias das garotas começam a aparecer, assim como um sentimento incomum entre duas delas. Será que pode ser pior?



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Hanna Marin

Não estava com a menor vontade de voltar para casa, depois da aula, um shopping cairia muito bem. Caleb queria me encontrar, mas eu também não queria vê-lo. Sem mais nem menos, não era com nenhum deles que eu gostria de estar, nenhum universitário, algum cara podre de rico, nem um garotão de fraternidade. Mas também tinha medo de admitir com quem gostaria de estar... Ela sabia que poderia ser um ero grave, principalmente porque sabia que A. estava de volta.

– Não acha que está na hora de conversamos, Aria? – eu a puxei para um canto, mas ela resistia. – Você vem comigo agora!

– Tá, tá bom! – ela revidou. – Olha, não importa, trancadas ou não aqui, A. vai estar nos vigiando!

– Eu estou pouco me ferrando para A.! Aquela vaca não vai nos deixar em paz nunca.

– É exatamente por isso que temos que tomar cuidado Han. – eu dei um passo para trás. Meu nome soava tão bem em sua boca, que me deixava excepcionalmente descontrolada. E estávamos nos olhos do resto da escola! Agora não... eu tentei me controlar, mas sem muito sucesso. – Por favor, não vamos nos arriscar mais do que já nos arriscamos.

– Então devemos deixar A. nos fazer de marionetes?! Aria, aquela vaca da A. está...

Eu não consegui completar a frase. Aria selou minha boca com um beijo que arrepiou cada nervo no meu corpo, me descontrolando, com vontade de mais e mais. Ela interrompeu, mas eu a puxei de volta desesperada por mais.

– Han, vamos ser pegas! – ela disse, mas eu a beijei, enquanto ela vigiava os cantos, preocupada.

– Não vamos não. – eu deixei nossas línguas se tocarem mais de uma vez, o que me deixava excitada, tão molhada, até voltar a realidade.

– Hanna... – ela me fitou e eu senti meus olhos brilharem quando encontrei os dela. – Deixe um pouco para mais tarde.

Aquelas palavras foram meu alivio do dia, eu sabia com quase toda certeza de que pelo menos hoje, ela trocaria um noite com o Ezra, por uma noite comigo. Eu gostava de me sentir importante, gostava de segurar as mãos da Aria, olhá-la nos olhos e beijá-la intensamente. Momentos como aquele, ficavam guardados na minha cabeça, me fazendo revirar aquilo o tempo todo. Na aula, no chuveiro, no carro e ouvindo música, é nisso que eu penso quando vou dormir ou quando acordo. E na Alison também...

Lembro-me de anos atrás, quando eu não tinha mais de quinze e a Ali algo entre os dezesseis. De como eu era obesa, compulsiva por comida e adorava passar horas comendo tortas e vendo televisão com a Ali. Em uma tarde normal, nós nos beijamos, apenas para saber como era, testar o beijo com uma garota, mas para a infeliz coincidência, eu acabei gostando.

– Sabe que não é o primeiro beijo que eu dou. – Ali me contou, mas eu me senti enciumada, um pouco usada também. Apenas continuei escutando. – Garotas são mágicas... Sempre deve ter em mente o sabor de uma garota, Han. Ás vezes, essa é única opção.

Essas palavras passavam na minha cabeça ás vezes. Aria não era a minha última nem a única opção. Nós estávamos juntas por queríamos estar, ou melhor, porque era prazeroso. Eu preferia pensar que a Aria pensava o mesmo, porque ás vezes, quando pensava na possibilidade de perdê-la, me apavorava. Eu sei que ela está com o Ezra, e sei também das condições do meu namoro com Caleb, mas o que eu sinto por ela é muito mais intenso, não é fachada. Eu sei por que eu estou com Caleb. Mas o que costumo me perguntar é, por que Aria está de verdade com o Ezra?

– Eu te vejo mais tarde, e continuamos exatamente de onde paramos, ok? – eu a encaro e ela sorri delicadamente.

– Exatamente de onde paramos... – ela repete e me beija mais uma vez.

Emily Fields

Eu me sento ao lado de Spencer enquanto ela divide a minha atenção com um livro de química avança e uma maça. Ás vezes é difícil tentar chamar a atenção da Spencer, impressioná-la, nem sei por que tendo a fazer isso, mas chega a ser involuntário. Queria que ela me notasse como eu a noto. Os cabelos arrumados em rabo de cavalo normalmente, a expressão seria que quando substituído por um sorriso, realmente ganha meu dia. É complicado tentar lidar com esse tipo de atracão que eu sinto pela Spencer, sabendo que ela jamais sentiria o mesmo.

– Sobre o que tanto estuda? – eu disse baixo, o suficiente para Spencer para perceber a minha presença, baixar o livro e sorrir.

– Uma teoria sobre o quinto subnível das camadas de um átomo. A teoria atual sugere só quatro, de S á F, mas atualmente já se pensa na quinta.

– Sabe que eu não tenho a menor ideia do que você está falando, não é?

– Não se lembra de distribuição eletrônica? É o básico da química, Ems!

– Você fala grego! – eu gargalhei.

Ela sorriu radiante e foi como se o mundo parasse por um instante. Eu fiquei focando no sorriso dela, querendo que ela apenas sorrisse mais uma vez. Mas antes que eu pudesse dizer mais uma palavra, fui surpreendida pela chegada fulminante de Toby, que beijou Spencer interrompendo a minha mais bela visão. Meu estômago se contorceu e eu fiquei desconfortável.

– Oi Ems, tudo bem? – Toby era tão simpático, que seria incapaz de não retribuir. Mas dessa vez eu apenas assenti e ele se virou para a Spencer. – Pensei em passar na sua casa mais tarde... O que acha?

– Combinei de ver um filme com a Ems, será que pode ser de noite? – Spencer olhou para Toby com malícia, aquele tipo de olhar me deixava pensando no tipo de coisas que eles fariam a noite, não era definitivamente um pensamento que eu gostava de ter.

– Combinado. Cuide bem dela, Ems. Te vejo mais tarde. – ele a beijou mais uma vez e saiu, para minha felicidade.

– Vocês formam um casal muito bonito.

– Um casal que A. que não pode separar... – ela disse olhando distraída mais algumas coisas no seu livro e depois me encarando. – Será que A. nunca vai nos deixar em paz?

– Quem quer que seja A. Spen, é exatamente isso que ela quer. Nós deixar desesperadas, que nem ficamos no ano passado. Sem a Mona... – Spencer suspirou. – Desculpe, sei que você não gosta de falar sobre isso.

– Tudo bem, já me acostumei com até com as perguntas desagradáveis.

– Sério, eu não quis trazer o assunto de volta. Parece que A. entra nas nossas cabeças de alguma forma.

– Mas você está certa, a vadia da A. está nas nossas cabeças. Juro que eu ainda vou descobrir quem essa vadia é!

– Não está pensando em começar uma caçada por A. não, está? – Spencer abaixa a cabeça e Em morde o lábio. – Isso é loucura, Spencer! Sem falar do masoquismo e suicídio.

– Mona tentou me matar e eu estou bem viva na sua frente. Se A. quisesse mesmo nos matar, já teria feito isso. Ela está esperando que nós cavemos nossas covas, e eu não vou fazer isso.

– Dai a correr atrás dela? Você está se ouvindo?

Spencer fecha o livro e omeça a arrumar suas coisas. Eu então percebo que falei demais, mas eu estava certa. Que tipo de pessoa insana correria atrás de A.? Não iria deixar a Spencer se machucar por causa disso.

– Eu vou conseguir com ou sem ajuda de vocês. Já matei uma A. e vou matar a segunda.

Aria Montgomery

– Calma Ems, fala devagar. – eu mal conseguia prestar atenção quando estava arrumando a minha casa para a chegada de Hanna. Eu precisava esconder a roupa suja, jogar os cadernos para algum lado, deixar tudo em perfeito estado, até que... – Spencer vai fazer o que?!

– Você conhece a Spencer, quando ela enfia alguma coisa naquela maldita cabeça, ninguém tira até ela conseguir. – Emily parecia desesperada do outro lado da linha.

– Não mesmo! Não podemos deixar a Spencer ir atrás de A. sozinha, é loucura!

– Ela sabe disso, mas quer correr os riscos! Aria, por favor, temos que fazer alguma coisa. Hoje e agora! Antes que seja tarde demais.

Tarde demais... Essa palavra ecoou no meu onvido. Já tinhamos estado em perigo antes e sabiamos o quanto a sensação era ruim. Mas passar por tudo aquilo de novo para perder alguém que amamos? Eu não deixaria isso acontecer.

– Vou ligar para a Hanna. Você dá um jeito de trazer Spencer aqui e nos reunimos aqui em casa.

– Tudo bem, nos vemos daqui a pouco Aria.

Assim que Emily desligou eu senti um enorme aperto no coração. Essa noite era supostamente para mim e para Hanna, mas agora tinhamos uma missão maior. Eu tentei ligar para ela, para avisá-la para vir mais cedo, mas só dava na caixa postal e eu comecei a ficar preocupada. A pressão ó aumentou quando o relógio começou a correr e nada de Hanna dar um sinal de vida. Quando eu sinto o celular vibrar em cima da cama, eu pulo e o agarro, mas então percebo que a mensagem não era de Hanna.

“Estão declarando uma caçada a mim? Então eu declaro uma caçada a vocês. Cuidado vadias, vocês tem muito mais a perder.

A.

– Essa desgraçada. – e eu arremesso o celular longe.

Eu comecei a chorar descontroladamente imaginando o quão doentio poderia ser alguém que nos persegue dia e noite, sem parar para respirar. Isso é sufocante até para A. E ela já sabia sobre a loucura da Spencer, o que tornava tudo ainda mais perigoso.

De repente, eu vi um clarão na janela e em seguida um estrondo de batida de carro. Ouvi o vidro se estilhaçar e corri para a janela ver o que estava acontecendo. Quando vejo o carro da mãe de Hanna espatifado contra o poste eu saio desesperada, correndo para fora.

– Aria, o que está acontecendo?! – ouvi a minha mãe gritar quando eu passei por ela.

Eu abri a porta e atravessei a rua correndo quando vi alguém com o capuz vermelho retirando Hanna das ferragens do carro. Quando ela se virou, pude ver seu rosto tão nítido que achei estar sonhando. Fiquei paralizada, enquanto via os destoços do carro e o sangue escorrendo pela rua.

– Alison? – e a garota do capuz vermelho virou e correu para longe.

Eu me ajoelhei ao lado de Hanna, que estava tão machucada que mal conseguia ver ser rosto. Seus olhos fechados, seu cabelo ensopado de sangue e eu estava desesperada.

– Hanna! – eu berrava em meio ao choro, mas ela estava imóvel.

Quando eu me dei conta que em sua roupa desenhado de sangue, tinha uma letra A. bem grande. Eu me assustei e troprecei para trás. Não era só na roupa dela, mas bem no parabrisa do carro, escrito com sangue, e letras borradas.

“Esse é o preço por brincar comigo vadias. A.

A. havia mechido com uma de nós. E agora, era eu quem ia matá-la.


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Notas finais do capítulo

Próximo Capítulo: Luta Contra o Luto
Com Hanna no hospital, as liars temem pela vida da amiga e Aria se questiona se isso não foi uma obra de Alison. A. continua a pertubar a vida das garotas, ameaçando contar aos pais de Aria sobre seu relacionamento com Hanna. As coisas se complicam e um final trágico para uma das liars pode acontecer.

E aí? Reviews? :D



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