Divergente's Refúgio - Interativa escrita por MaryDuda2000


Capítulo 42
Perigo é uma realidade!


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Bem, vamos ao que interessa agora e continuamos nas notas finais.
Digo desde já que este capítulo está arrasador, bem, pelo menos foi isso que acharam uns amigos meus quando leram.
Falando em amigos, venho aqui alegremente desejar um Feliz Aniversário a um autor/leitor muito bom que a cada dia vem conquistando seu espaço merecidíssimo: Thaywan! Não, eu não iria esquecer desse dia tão especial! Está ficando velhinho! (ok, não é para tanto, ainda está na flor da juventude). Continue sendo esse rapaz divertido, carismático, humilde, inteligente e criativo. Sendo assim, cá um capítulo novo de presente!
Boa leitura a todos! :)



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POV Lucy

– Nós temos que voltar logo lá! Isaac e Estela podem estar em perigo com aquele louco! – questionou Caleb que ainda fazia uma careta exagerada pelo tiro de raspão que tinha levado.

– Calma, Caleb! Nós vamos lá e buscar eles dois. Acredite! Vai dar tudo certo!

Narrador

Estava tudo tão bem e do nada... Como? Não acredito! Eu sou um monstro! Como se não bastasse esse ataque, Ele se foi”, repetia isso Lena mentalmente enquanto as lágrimas desciam.

Flash Back On

Clarissa tinha dado ainda pouquíssimos passos quando foi atingida fortemente pelas costas, o que a fez desequilibrar cambalear, quase caindo defronte ao chão.

– Sua vadia! – xingou Helena – Agora sim vamos acertar nossas contas.

– De novo com essa história? Eu já falei que não tive nada a ver com a morte de Josh! – seus olhos estavam marejados – Eu estava apaixonada por ele e ele sabia disso. Estávamos conversando sobre isso quando aquela desgraçada de vulto nos atacou e...

Não teve nem mesmo chance de continuar. Helena já tinha pulado ferozmente sobre Clarissa que até então só se debatia. Imobilizando os braços da garota, Helena deferiu-lhe com exatidão um forte tapa no lado direito da face, o qual ficou imediatamente vermelha.

Apesar as pernas de Clary continuarem em monótona luta para a libertação da garota, Helena fazia de tudo e mais um pouco para não deixar transparecer as lágrimas que estavam pedindo desesperadamente para escorrer. Estava completamente decidida a vingar Josh e tinha certeza absoluta de que Clarissa tinha o matado na traição. Aquilo era imperdoável a qualquer um, mas para Helena e seus princípios completamente ativos e furiosos, uma sentença de morte.

A ponta de bico fino da bota de couro de Clarissa atingiu em cheio uma de suas vértebras, em desconto, Helena retribuiu um ágil soco, certeiro como queria, que quebrou o nariz de Clarissa.

Levantou-se para se recompor do golpe em falso e ver como Clarissa reagiria. Estava disposta a se vingar por qualquer um que tivesse morrido ou na linha de morte dela. Como Emma dizia e queria, “Vingança é algo bem mais amargo do que se pensa, e saboroso para aqueles que realmente a desejam”.

– Eu gosto muito de você, Helena, mas se continuar, vou ter que partir para a violência também. – apertando o nariz, numa tentativa vã de estancar o sangramento devido ao rompimento da veia.

– Que bom que gosta de mim! Mas ainda sim isso não muda o fato de eu te odiar. – com um sorriso debochado e irônico.

Ao mesmo instante, algo nos olhos de Clarissa mudou e Helena não só reparou como sentiu. Era aquilo que ela queria.

Clarissa prendeu rapidamente os cachos num coque no topo da cabeça e correu em direção a Helena, retirando uma pistola da cintura quando estava bem perto, entretanto, a loira tratou de eliminar a arma num só chute, que resultou em sua derrapada no solo.

A adversária chutou a costela da loira que nem mesmo deu sinais de dor, agarrando imediatamente no colete de Clarissa e a puxando para o chão. Dessa vez não seria só soco ou tapa, agora ela estava disposta a tudo.

As unhas medianas, porém afiadas e desconformes, de Clarissa deixaram um rastro dos três maiores dedos no antebraço de Helena, quando tentou não soltar-se da adversária ao ir pro chão.

Numa fração de segundo disposta, Clarissa deu uma cotovelada em cheio no estômago de Helena e tentou imobilizar seu braço, deixando assim uma livre brecha, a qual a loira aproveitou, atacando sua orelha com uma mordida, retirando parte do lóbulo e cuspindo sem cerimônia enquanto a estrangulava.

De fora, uma bala tão bem mirada atingiu de raspão o braço das duas enquanto lutavam. Simultaneamente, olharam e viram somente a presença de Samantha empunhando a pistola.

– Por favor! Parem com isso! Nós temos que nos ajudar e não brigar!

Ignorando o que a outra dizia, Clarissa conseguiu livrar o pescoço das mãos de Helena, papeando ligeiramente o chão e encontrando uma pedra mediana, com a qual atingiu o supercílio da outra.

Helena rolou desorientada e teve enorme vontade de matar Samantha também, no entanto estava decidida a acabar com Clarissa primeiro. Retornou a olhar por um segundo na direção onde a outra estava, porém nem mesmo a pistola estava lá.

Por sorte, desviou na hora exata em que Clarissa iria pular em sua direção em posição de golpe (voadora). Com o salto quadrado da bota, após um chute nas costas da morena, Helena fez questão de pisar em seu lombar, arrancando um rosnado raivoso.

Sendo assim, tentando levantar-se da melhor e mais rápida maneira possível, Clarissa retirou de um dos bolsos internos do colete, uma adaga de prata com lâmina manchada ou suja de qualquer coisa aleatória.

Não estavam afastadas mais que dois metros, Clarissa tentou uma nova investida, rasgando a calça de Helena levemente a altura da coxa, sendo que a loira retribuiu na mesma medida com uma joelhada que retomou o sangramento do nariz quebrado e cortou generosamente os lábios e língua da adversária.

– O seu erro achar que o Josh fosse só mais um bobo que você poderia manipular... – rangeu Helena.

– E ele era! – Clarissa se afastou tão rápido que perdeu a adaga das mãos.

Voltou a posição de luta com os punhos cerrados, pernas afastadas estando a direita pouco mais a frente e disparou em passadas largas simultaneamente a Helena. Como num reflexo, jogou-se chão, sendo assim, Helena pulou, em falha, caindo exatamente sobre Clarisse.

A morena agarrou Helena tão fortemente pela cintura que deixava feridas nos locais onde as unhas caminhavam vagarosamente. A loira, em contra ponto, aproveitou a chance, e ao mesmo tempo em que Clarissa conseguiu morder sua mão esquecer, sentindo os dentes adentrarem a carne, forçou numa joelhada e cotovelada ao mesmo tempo. Com isso, a ferida em sua mão aumentou mais ainda, chegando a quase perder o dedo, entretanto, tinha valido a pena, logo que viu Clarissa cuspir sangue com alguns pedaços de dentes.

– Você é ridícula! – gargalhou Clarissa, colocando-se de pé sem movimentos brusco, somente a encarar Helena nos olhos – Achou mesmo que em algum momento da minha vida maravilhosa eu iria destruí-la por um fedelho como Josh?

– Isso não explica você ter o matado. – Helena pulou no pescoço da garota, que simplesmente se deixou levar até ficar encurralada contra o tronco espinhoso daquela madeira velha.

– Claro que sim! – olhou maldosamente nos olhos raivosos de Helena provocando as lágrimas que antes tinham se esquecido que existiam – Não posso deixar ninguém destruir os meus planos. Então era isso que você queria?! Tá ai! Eu matei seu priminho idiota e vou te matar também.

– Pode acreditar que não vai! – Helena papeou o vento a parte de trás da cintura para pescar seu canivete, porém só deu por si quando Clarisse o enfiou na sua virilha.

– Artéria Aorta! Logo você não vai mais estar entre nós! – sorriu.

– Sua vadia! – Helena retirou o canivete, logo uma grande quantidade de sangue começou a escorrer pela longas e torneadas pernas.

Clarissa simplesmente pegou sua bolsa que não estava muito distante, dando as costas a Helena. Mesmo na beira da morte eminente, a loira não se deu por satisfeita e com maior esforço, correu até Clarissa, fazendo um curto e inútil corte em seu pescoço antes de cair ajoelhada, trazendo a oponente consigo.

– Você não se cansa mesmo né?! – advertiu Clarissa quando num único golpe fez o essencial estalar no pescoço de Helena. Novamente, mais um sucesso!

Flash Back Off

– Calma, Lena! Calma! – tentavam persuadi-la Violet e Sarah, contudo, em vão, logo que ainda nem mesmo sabiam do que tinha acabado de acontecer.

– Mas o que aconteceu? – perguntou Raven.

– Ele... Ele... – tossiu em meio aos gaguejou de tanto que chorava.

– Lucian morreu! – Mia deu, quem acompanhara a notícia e tentara, juntamente a Luke, salvar o pequenino, demonstrava involuntariamente a luta interna para não deixar uma única lágrima descer. Não era só o fato de um bebê ter morrido que a conturbava, mas também por não conseguir salvá-lo.

Lena caiu novamente em prantos piores. Violet e Sarah não notaram quando as lágrimas escorreram por si só em suas faces e caíram no chão.

– Mas como isso aconteceu? – repetiu Raven a pergunta, sentindo um enorme aperto no peito que não sabia distinguir se era alívio por não ser Alyssa, ou medo, porque poderia ter sido sua pequenina, assim como foi o jovem Lucian que nem muitos dias de vida teve.

– Eu não sei direito – Luke tentou explicar segundo o que entendeu das palavras embargadas de Lena – Ela tava com Lucian e Miguel, mas viu somente alguém correndo e Helena caindo no chão, então ela foi atrás. Nos poucos segundos que ela colocou Lucian ao seu lado e tentou ver se Helena ainda estava viva, parece que ele rolou e caiu no riu.

– A correnteza estava muito forte para ele e nós vimos quando já estava afastando-se e escutamos os gritos de Lena que pulos na hora no rio – continuou Mia – Nós pulamos, mas... – não conseguiu continuar.

– Ele se chocou com uma pedra e... Não resistiu!

As duas meninas tentavam consolar tanto Lena como a si mesmas com aquela notícia. Como poderiam imaginar que isso pudesse acontecer? Como se já não bastasse Josh há dois dias, agora Helena e Lucian.

POV Tanner

– Rose?! – chamei me aproximando ao máximo. Seus olhos estavam avermelhados. Com certeza já sabia do que aconteceu com Lucian.

– O que você quer? – fungou.

– Vim ver se você ta bem.

– Estou ótima! Agora pode ir.

– Não! – coloquei minhas mãos de cada lado do seu rosto que pareceu tão pequeno e ela tão indefesa. Queria protegê-la! – Você está péssima!

– Obrigada! Isso ajuda muito!

– Não foi isso que eu quis dizer, é que... Eu só quero ajudar. Sei que não sou o melhor cara do mundo, mas não aguento te ver assim, triste.

Olhamos um nos olhos do outro. Senti uma leve brisa, mas ela não levou embora todos esses fardos que nos acompanham... Estava tudo ainda muito vivo e nítido. Queria poder beijá-la, confortá-la e... Rose me abraçou fortemente. Podia não ser tudo, mas senti naquela hora que em meio a todo esse caos, era disso que precisava.

POV Luke

– Mia, calma! Eu sei que é difícil, mas tente se acalmar. – toquei seu ombro e senti a quão tensa ela estava - Uma hora, tudo vai melhorar!

– E quando será essa hora?

– Eu não sei... – naquele momento, desapontei-me comigo mesmo.

– Porque Lucian? Poderia ter sido Alyssa?! Poderia ter sido Sarah ou Violet... Porque nós?!

– É a vida!

– Não concordo muito com o destino.

– Mas se não fosse o destino, não estaríamos aqui, agora. – ela me encarou depravadamente – Ok! – corrigi-me – O que eu quero dizer é que nós não teríamos conhecido a todos. Quem sabe se não fosse esse destino, nós não estivéssemos todos mortos?

– Tudo culpa do destino!

– Mia! – ela me encarou tão rápido que quase perdi a frase, mas percebi, ou pelo menos quis, que de alguma forma, esse dito pudesse confortá-la – “O destino é nós que fazemos!”

Narrador

– Clary! – gritou Caleb que se distanciava cada vez mais da margem daquele riacho, acenando somente para a antiga colega de facção enquanto ela estava quase inerte, logo ela retornou o aceno.

Sua boca ainda mantinha o gosto amargo do sangue misturado com areia e sua gengiva latejava onde anteriormente tinha incisivos perfeitos. O álcool fez arder muito o corte no pescoço feito por Helena, entretanto, logo não sangrava mais. Quanto a seu nariz, estava inchado e um pouco roxo, porém de alguma forma, ela conseguiu colocá-lo no lugar, ou quase isso.

– Você matou Helena? – indagou uma voz feminina num pavio de tensa a deliberadamente assustada, ainda sim contida.

– Samantha!– puxou a garota que caiu na água, logo que a mesma voltou a tona a encarou bem nos olhos – Desculpa! – com um sorriso um tanto cínico – Ela queria me matar. Eu sempre gostei muito dela, mas era a vida dela ou a minha e se isso não acontecesse hoje, poderia ser amanhã ou quando eu estivesse dormindo. Você acredita que não fui eu quem matei Josh não é?! Eu estava apaixonada por ele. Nunca faria isso!

– Claro que não! – Samantha afagou o ombro dolorido de Clarissa e deixou o riacho.

– Logo, logo, será você, Sammy!


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Notas finais do capítulo

Ok! Vamos lá! Não me julguem! Ou melhor, podem me julgar sim! Nem sempre tudo são mil maravilhas né?! Esse capítulo teve parte em inspiração na diva J.K.Rowling e seu livro "Morte Súbita", o qual é tem um final bem... :c
Mesmo assim, espero que não tenham se decepcionado.
Ps: Thay, o "especial" veio em função da luta que todos amam e, claro, essa revelação do vulto né?! rs (http://fanfiction.com.br/u/396740/)
Eu sei que tenho demorado, mas o caso é: estou para pegar o livro Insurgente emprestado com uma xará amanhã, então, vou ler mais do que rápido, assim posso saber como fechar direitinho essa temporada e aprontar logo os eventos para a próxima.
Bem! Acho que é isso! Uma ótima semana a todos e quando menos esperarem, volto a dar as caras aqui ("Cedo ou tarde a gente vai se encontrar eu tenho certeza numa bem melhor..." Ok, sem música kk)