Divergente's Refúgio - Interativa escrita por MaryDuda2000


Capítulo 30
Bônus


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal! Fiquei um bom tempinho sem postar né, mas acho que nem mesmo sentiram falta dos capítulos novos, mesmo assim estou aqui para dizer que a demora foi TOTALMENTE proposital. ou seja, demorei porque quis. Estava esperando as votações do último capítulo, entretanto pouquíssimos votaram, então tomei a liberdade de postar esse bônus que já estava na minha lista há algum tempo e pensar se vou cancelar a votação passada e bancar a autora sádica por hora. HAHAHAHAHA
*Capítulo mediano



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Seus olhos estavam mais vingativos que o normal e ele simplesmente encarava aqueles monitores procurando um mínimo de chance possível de avistá-lo.

– Eric? Estão lhe chamando. – entrou uma moça na sala rapidamente e em reflexo, o rapaz lançou lhe uma faca que atingiu a parede, direção ao lado de seu pescoço, e ele gargalhou.

– Já não avisei para não entrar na minha sala sem bater antes, Christina? – ele destinou um olhar quase mortífero e a jovem engoliu a seco qualquer palavras que fosse dizer. Sua pele morena agora estava suada e seus pelos arrepiados.

– Sim. Desculpe! – saiu lentamente.

– Espere! – ele lançou outra faca, mas dessa vez, Christina foi rápida o suficiente par desviar – Bom! – em seguida a olhou novamente, agora se aproximando e encurralando a parede – Você tem certeza que não sabia sobre Tris e Quatro?

– Já falei o que sabia. Não tenho nada a ver mais com essa história, Jeanine me liberou... – dizia quando foi interrompida.

– Jeanine só está disfarçando, porque assim como ela, eu estou de olhos abertos e fixados em você. Não pense que só porque seu namoradinho morreu que o mesmo não pode acontecer com você, ou pior, posso te pendurar no abismo de novo o que acha? – ela não disse nada, então Eric se afastou um pouco – Vai logo. Avisa que daqui a pouco estou indo.

Sem pensar duas vezes, Christina virou-se e seguiu, parando somente na porta, respirando fundo, contendo o impulso de olhar para trás e seguindo o caminho.

– Eric, Eric, Eric... – exalou uma voz feminina.

– Sim?! – ele virou-se a encarar Jeanine com os olhos em mãos, enquanto o própria brincava com um canivete. Ela fechou a porta e se aproximou mais.

– Pelo visto ainda nenhuma notícia de Quatro e Tris, não é?!

– Sim. Tenho quase certeza que saíram aos limites da cerca, caso não...

– Ah, poupe-me, Eric! Nós dois sabemos que isso seria o mais óbvio que eles fariam. Nãos e atreveriam medir forças com nosso exército nesse momento. Tris está machucada e é praticamente inofensiva.

– Acho – caminhou até uma mesa onde um computador ligado vistoriava uma espécie de coordenada – Que devíamos mandar alguns grupos para lá. Quem sabe...

– Eric, não seja ingênuo! Eles podem estar nos odiando agora por querer a paz na medida certa, mas nós dois sabemos, ou melhor, eu sei que eles não vão durar muito tempo sem a cidade. Estão em um lugar desconhecido. Podem sobreviver por algum tempo, mas uma hora ou outra vão ceder.

– Ou falhar!

– O que quer dizer com isso?

– Simples! Você mandou um grupo com dez dos meus melhores homens para além da fronteira num trailer que voltou sozinho e com falta de uma de nossas integrantes.

– Isabela? Ela era uma Divergente traidora. Carta fora o baralho. Sua utilidade não foi efetiva e assim que chegasse, você mesmo poderia matá-la.

– Seria muito tentador, mas estou falando que mais um do exército morreu e isso não é muito bom para nossa próxima investida, sem contar que não está tão fácil conseguir o apoio da Amizade.

– A Amizade é só recorte. Se submeteram aos vencedores. Não são muito especiais. Já a Franqueza fica discutindo assuntos quanto a compartilhar o poder, quando vencermos.

– Ok, mas eu estava falando no porque você mandou o pessoal para lá se por acaso seria uma missão inútil como acabou de falar.

– Meu caro, em momento algum eu disse que a missão é inútil. Isso depende do ponto de vista. – ele a encarou sério e entretido enquanto ela caminhava pela sala – Há um rapaz que era da Erudição, Scott, muito inteligente por sinal, que não me conformo com o fato dele ser Divergente. Ele me auxiliava com alguns projetos após o roteiro de sua iniciação junto com Clarissa, mas nem mesmo sabia do que estava fazendo.

– Como assim?

– Eu tinha dado a honrada missão dele codificar alguns futuros projetos que eu tinha para por em prática futuramente sem ter chance alguma que alguém fora do círculo descobrisse, assim como você. – virou a encará-lo – Porém quando ele fugiu, deixou o trabalho incompleto e a parte principal codificada.

– Qual era o problema? Você mesma disse que ele não sabia o que estava fazendo e...

– Mas tinha comentado com ele sobre alguns projetos avulsos, acho que ele nem percebeu, contudo as ideias dele eram bem interessantes e oportunas, então pedi para que ele codificasse junto ao que pedi, sem contar a mais ninguém o que estava fazendo.

– Nem mesmo a você? Essa devo dizer que foi uma ideia estúpida, Jeanine.

– Cale-se! Ele ainda estava por tirar novas conclusões e como parecia de confiança, muito próximo a Clarissa. Achei que seria bem fácil domá-lo e teria bastante tempo depois dos resultados dele para poder alterar o que fosse necessário.

– E? Você achou que eles poderiam se casar e te servir lealmente até o último suspiro? – dobrou os braços para trás e encostou a cabeça nas mãos como se estivesse cansado da conversa, mesmo mantendo a feição de entretido.

– Então o mandei codificar tudo e depois me passar o relatório que posteriormente seria incinerado devido a confidencialidade, no entanto...

– As coisas não saíram como você esperava. O Nerdzinho fui com sua sobrinha para algum lugar durante nosso ataque a Abnegação e levando com ele todas as informações, te deixando sem absolutamente nada. Me admira ver Jeanine Mathews sem escolha após anos na Erudição...

– Após anos na Erudição, foi graças a mim que você ganhou esse cargo na Audácia e está vivo até agora, até porque, você é o que menos pode falar levando em consideração que seu irmão mais novo um ano, Bruce, era igualmente Divergente e traiu a facção e pode sujar seu nome se descobrirem.

– Jeanine, nós temos um trato.

– Sim, temos um trato. Fraco como folhas secas. Se você falhar comigo, vai se arrepender e quem sabe pode acontecer mais do que seu segredinho ser revelado? – deu as costas enquanto se direcionava a porta, colocando a mão na maçaneta.

– Sabe?! Ainda não respondeu minha pergunta.

– Inteligente da sua parte. Será que não é um Divergente também? – ela abaixou a mão, pôs na cintura, virou-se para Eric, arqueando a sobrancelha esquerda e levantando um pouco da direita com um leve sorriso sarcástico nos lábios.

– Não estou para brincadeiras. – respondeu sério.

– Muito menos eu – seu sorriso se desfaz – Preciso que ele me passe o relatório, ou melhor, decodifique o arquivo para mim.

– Um erro ai! Ele saberia o que você está tramando.

– Não. A decodificação dele cairia num sistema novo que desenvolvi e ele não tem nenhum conhecimento ainda. Como ao decodificar o arquivo ficaria grande, prestei a confiança de seus homens dois pen drives para trazê-los a mim em segurança, porém só um chegou até mim, com a parte final do arquivo.

– E por acaso eu posso saber como você conseguiu convencer esse tal de Scott a fazer o que queria? Não me diga que a Senhora da Razão preferiu a força.

– Eu? Nunca! Não faço esse tipo de coisa. Sou a mente do negócio. Vocês são a força bruta. Sabe, Eric? Eu sei como ter meus informantes em todos os lugares, assim como você sempre foi um aqui na Audácia, então descobri sobre seus coleguinhas e chegamos a duas meninas e com uma fácil ameaça, ele se propôs de herói para salvá-las. Porém foram salvos por um golpe de sorte deles e incompetência dos seus homens.

– Nem todos merecem mesmo ser da Audácia. Mas sinto que não ficou muito feliz em saber que sua sobrinha está ao lado dele.

– Por enquanto. Está ao lado dele assim como seus queridinhos Tris e Quatro.

As mãos de Eric cerraram em punhos. Jeanine vagarosamente abriu a porta e se retirou, lançando por fim um último olhar calculista antes de deixar completamente o recinto.

Eric tocou os piercings presos a sobrancelhas, girando de forma que era possível visualizar suas entradas na pele do rapaz. Sentou enfim na cadeira, antiga sala de monitoramento onde Quatro trabalhava e se colocou novamente a analisar cada imagem antiga no sistema e a procurar inutilmente qualquer vestígio entre as gavetas da mesa


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Notas finais do capítulo

Até! ^-^