Divergente's Refúgio - Interativa escrita por MaryDuda2000


Capítulo 13
Revelação


Notas iniciais do capítulo

Ok! Vocês me convenceram! Aqui está, como o nome do próprio capítulo diz, a revelação sobre o irmão de Violet e a estreia de mais um personagem. Espero que gostem!



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– Ainda se lembra de mim?! Quanto amor! Vejo que não mentia quando dizia me amar. – disse Josh.

– Amar? Haha Eu tenho nojo de você! – replicou Raven, virando-se e cuspindo no rosto do rapaz.

– Acho que ainda não aprendeu a ser boazinha, né?! Vamos!

– Não! – falou Raven firmemente.

– Você vai vi, por bem, ou por mal. – avisou Josh, sendo fuzilado pelos olhos de Raven, agarrando por seguinte pela cintura e levando consigo.

Tris e Quatro aos poucos se aproximavam do grupo. Apesar de estar chateada e odiosa por ter visto o namorado entregando-se aos prazeres de outra, de certa forma ela sabia que algo estava de errado. Uma confusão talvez? Simplesmente negava-se a acreditar no que seus olhos acabaram de ver.

Não tardou e Reyna retornou com sorriso não totalmente satisfeito, mas, sem dúvidas, malicioso a ponto de crer que ao menos abalar a relação entre o casal prodígio e inseparável.

Emma aproximou-se de uma garota deitada a relva com rosto angelical, o qual aparentava sossego e bondade infinita de esperança, paz e amor. Entretanto, para aqueles que já a conhecem, pouco somente, já é possível saber que Alek não é realmente assim.

– Vento fresco não? – pergunta a garota, recebendo um olhar de indiferença de Alek.

– Me deixa em paz!

– Você parece ser tão... ingênua, mas de tal não tem nada!

– Que bom que percebeu! Agora cala a boca!

E assim se sucedeu algumas meias palavras ditas em rancor, impassibilidade, marasmo e desinteresse por si só. Defronte a pouco mais de distância estava Lucy que notara o desaparecimento de Clary, entretanto não mencionou o nome de tal nem sobre sua ausência sem saber quando ela realmente poderia aparecer.

Aos poucos, Lucy juntava-se a Emily e Cassie nos cuidados da pequena Alyssa, a qual não deixava de ser observada por Tanner que próximo estava. Alice disponibilizava todo seu tempo imediato as histórias e estudos, hipóteses e sínteses de Scott que com gosto falava solenemente sobre tudo que aprendera nos anos de estudo para entrar e estar a par de tudo que ocorreria na Erudição, fato que na prática não o agradou muito.

P.O.V Scott

Tímido, quieto, mas quando falo, falo! E bastante! Acho que a falta de alguém para me escutar resulta nessas minhas “crises” de palavras que solto quando tenho a oportunidade, pois, geralmente, sou mais ouvinte. Enfim, encontrei alguém que realmente me entende. Como será possível um ser tão corajoso e tão meigo, igualmente destemido e delicado?! Isso era uma das ideias que tinha, ou melhor, tenho, e não faço a mínima ideia de como explicar. Perto de Alice, eu simplesmente me sinto eu. Um garoto normal que esquece totalmente de todo o alvoroço ao seu redor para fixar seu olhar ao diamante mais lindo que ao seu lado está. Das suas bocas saem as mais belas palavras, as quais escuto com máxima atenção, porém perder-me em seu sorriso é quase impossível.

Acordo do transe emocional em semelhança a um penhasco de sentimentos ao escutar palavras de assunto distinto, vindas de Alice.

– E como você fugiu de Chicago se era da Erudição, igualmente a Jeanine?

– Bem, eu não sai. – respondi ajeitando os óculos que desciam pelo meu rosto - Tive de fugir pouco antes ao atentado. Tentei avisar a alguém, mas o contato foi quase impossível e o ataque foi adiantado. Na mesma manhã em que fui, Jeanine ordenou para que os engradados de soro fossem levados para a Audácia. Tive somente a ajuda de Clary.

– Entendi! Aliás, cadê a Clarissa?

– Não faço a mínima ideia. Logo ela aparece.

– Ok!

Narrador

Cassie entregou Alyssa aos cuidados de Emily, Lucy e Kylie, que chegava, rapidamente ao perceber o silêncio de Tyler, afastado de tudo e de todos.

– Oi! Tudo bem? – perguntou Cassie sentando ao lado do rapaz.

– Sim! – respondeu Tyler imparcial.

– Que bom! Também estou bem! – retrucou.

O silêncio tomou conta de ambos por certo tempo até Tyler dar-se conta de que tal estava em clima descontente.

– E a pequenina? Está bem?

– Ah, a Alyssa? Sim!

– E a mãe dela?

– Raven?! Foi dar uma volta há algum tempo! Volta em pouco tempo, acho.

– Ok! Qualquer dia, podemos dar uma volta juntos.

– Claro – a maçã do rosto de Cassie ficou ainda mais corada que o normal de timidez. Logo se levantou, pedindo licença, e saiu em direção a Lucy.

Não muito distante estava o casal Raven e Dean. Cerca de seis metros os separavam com árvores e folhas no chão. Rose e Dean continuavam a conversa, ou quiçá confidência entre eles, em relação aos sentimentos que os envolvia quando se tratava de Tanner e Raven. Rose afastava-se do rapaz quando ao fundo, este percebeu um som estranho, uma voz conhecida e meiga. “Raven!”, logo pensou.

Dean aos poucos caminhou em direção apontada por sua audição apurada e desembocou numa cena que o provocou nervuras de raiva. Um homem, total desconhecido por ele, dominava a pobre Raven, indefesa e amarrada. Seu ódio era perceptível a cerca de um quilometro de distância, devido a notável cor vermelha que seu rosto emitia.

– Tá armada? – perguntou Dean a Rose.

– Só com essa faca.

– Ótimo! Pode ir. Eu resolvo isso aqui.

– Não! Eu ajudo!

– Vai logo. Se demorarmos para voltar, só avisar aos outros.

– Tudo bem então. - assim Rose refez o caminho que a levara até ali e retornou ao acampamento

Dean não se contentava. Tamanho o nervosismo que o punho da faca girava em suas mãos, prontas, esperando um só momento para poder atacar sem correr o risco de ferir a moça.

P.O.V Raven

Que ódio! Que raiva! Não acredito que estou nas mãos desse cafajeste novamente. Ainda nem acredito que fui capaz de cair uma vez, a segunda certamente que não. Como alguém pode ser tão desprezível? Casos e acasos da vida. Sua voz forte e ao mesmo tempo roca trazia-me lembranças as quais fazia de tudo para esquecer. Onde estaria Dean agora? Entretanto, pensava ainda mais em Alyssa e parecendo ler meus pensamento, por ela Josh perguntou.

– E aquele nosso bebê? Morreu na fuga?

– Nosso nada! Meu bebê. E sim, ele não está mais aqui por sua causa. – bufei com raiva. Matar Alyssa com palavras não era correto, contudo muito menos seria se eu falasse de sua existência para Josh.

– Chateada? Não fique assim! Ainda podemos voltar a ser como éramos. Eu te perdoo.

– Me perdoa? Eu não fiz nada para ser perdoada. Você é muito cretino.

– Também te amo. – replicou ironicamente.

Josh sentou ao meu lado e falava comigo com tal cinismo inacreditável, como se nada tivesse ocorrido. Eu por outro lado, tentava ao máximo distraí-lo para que não reparasse meus bruscos movimentos em tentativas vãs em conseguir alcançar minha navalha no cós da calça. Após bastante tentativas fracassadas, enfim a alcancei, contudo Josh percebeu e a virou contra mim, colocando-a muito próximo a meu pescoço, o suficiente para sentir a friagem da lâmina. Quando pensei que já estava morta, algo atingiu Josh e ambos rolam pelo chão.

Algo? Não! Alguém! Dean apareceu. Quiçá parecesse novela ou conto de fadas onde o príncipe salva a princesa e são felizes para sempre, porém a realidade era outra. Apesar de forte e ágil, Josh era mais o que dificultava o lado de Dean. Rastejei até a navalha que estava largada no chão. Ao tocá-la acabei por cortar levemente o dedo indicador, mas por fim cortei o tecido que me amarrava.

Os dois se separaram até que Josh, de muito boa pontaria, jogou-lhe uma faca que não fora fatal, mas fizera um corte profundo em seu braço esquerdo. Que assim só fosse. Josh puxou e dobrou meu braço, quase encostando minha mão no ombro do outro lado, com tal dor cai, até uma flecha ultrapassar o braço direito de Josh, assim consegui me soltar.

Lena pulou do topo da árvore em que estava. Josh correu em sua direção, mas foi atingido por uma faca lançada por Isabela que saiu de uma árvore bem próxima, fazendo o Josh ir ao chão.

– Quanta ação! Por pouco não perdemos, não é Lena?! – riu Isabela sendo sarcástica sobre o que ocorria.

– Pois é! – concordou Lena.

– Obrigada! – agradeci indo ajudar Dean que se encontrava sangrando, nada muito grave – Você está bem, meu anjo?

– Sim! Tudo bem e você? – indagou Dean.

– Claro. – retruquei.

– Lena, vamos para o acampamento? Não nasci para ser vela. – chamou Isa.

– Vamos! – assentiu Lena que junto a Isabela deixou o recinto.

O clima se intensificou e Dean prontamente acatou ao leve beijo em seus lábios como forma do meu mais puro agradecimento por ter sido desde que cheguei a floresta meu anjo da guarda.

Narrador

Após palavras mal ditas e uma “conversa” sem fins comuns ou resultados, Alek se levantou e decidiu ir até o riacho não muito longe dali. Sendo seguida por Reyna. A presença da outra menina a incomodava e logo foi percebida, tal qual era a intenção logo que Reyna não media esforços nenhum para ocultar sua presença ali.

– Por que está me seguindo? – perguntou.

– Por nada! Quero só passear. – respondeu Reyna.

– Sei... Mas aqui não é parque de diversões para você passear e achar que pode ir para lá e para cá.

– Não precisa falar assim. Sei me cuidar e ainda mais onde me meto.

– Ok!

– Sabia que amei esse seu jeito?

– Que jeito?

– De falar o que pensa. Ser indiferente, cruel, insistente, isso tudo é legal!

– Ah, ta bom! Quer que eu agradeça? Pois não receberá um obrigado!

– Que nada! Já se considere agradecida. – falou por fim aproximando-se rapidamente de Alek e lhe plantando um beijo no canto dos lábios, o qual só não foi diretamente ao alvo devido a diferença de altura entre ambas.

– Louca! – disse Alek para si mesma sem entender nada do que acabara de acontecer. Preconceito? Não, entretanto essa não é muito a área da jovem.

Juntamente a Reyna, mas em direção sul, Violet retornava ao acampamento em companhia de um rapaz, alto e másculo de olhos verdes claros. Lena que estava mais próxima foi a primeira a perceber, seguida de Isabela.

– Oi, Isa, Lena! – disse Violet.

– Oi!... – falaram em tom de surpresa.

– Quem é? – perguntou Isabela.

– James! É um amigo! – retrucou Violet.

– Seja bem-vindo! – recebeu Lena recebendo um leve sorriso do rapaz como resposta.

– Vou ir ali rapidinho e já volto. – avisou James.

– Ok! Até! – disse Violet.

– De onde você conheceu ele e porque o trouxe para cá assim? – inquiriu Isabela quando James se afastou.

– Relaxa! Ele é um colega! – objetou Violet.

– O mesmo aquele dia, o vulto? – contrapôs Lena.

– Não, mas um conhecido dele.

– Que vulto? Ele é o seu irmão? – perguntou Isabela.

– Não. Lógico que não! – retorquiu Violet.

– Quem é então? – indagou Lena e Violet levantou-se e seguiu floresta adentro - Por que é tão difícil falar com ela?

– Quando ela quiser falar, ela dirá. – disse Isabela.

P.O.V Violet

Quero falar, chegar mais perto do meu irmão, mas quando tomo coragem, não o vejo. Quando o vejo, sinto que não é a hora certa, pois é difícil encontrá-lo sozinho. Enquanto Lena e Isabela me instigam a dizer quem é, eu mesma tenho que tomar coragem e falar com ele. No mínimo já o conheço, no entanto preciso seguir os conselhos de nossa mãe até achar que é o momento certo.

Simplesmente odeio o silêncio. Se fosse por meus pensamentos esse assunto já estaria exposto, porém era preciso conhecê-lo melhor e acima de tudo saber como falar com ele, as várias maneiras como ele reagiria, tudo tão complicado para mim.

Lembrei finalmente de um lugar que me trazia de volta as energias tiradas pelo estresse: o riacho. Assim que chegava, percebi Alek pouco a longe e ela também notou minha presença. Simplesmente não consigo entendê-la. Por que implica tanto comigo? É indiferente, grossa. Via em sua face a expressão de negação.

Decidi não ligar para aquilo. Aproximei da água fria, coloquei a margem minha faca e mergulhei. Senti minha alma sendo purificada e quando voltei a tona, percebi a presença de alguém.

– Tudo bem? – perguntou Quatro.

– Ah! Claro! E você? – falei.

– Que bom! Nada melhor como a água para aliviar. – ele disse.

– Verdade! – concordei saindo do riacho e apanhando novamente minha faca.

– Desculpe a pergunta, mas algo te preocupa né?

– Como sabe?

– Seu jeito diz.

– Nossa! Você é muito bom nisso.

– Nada! Se importa de dizer o quê? – perguntou e então iniciei o discurso.

– Eu era dos Sem facção em Chicago. Eu e minha mãe vivíamos fugidas, principalmente pelo fato dela ter me tido fora do casamento e abandonado o marido. Recentemente descobri que tenho um irmão seis anos mais velho que eu. Fui a procura dele na sede de sua facção, mas fui totalmente ignorada e quando o vi pela primeira vez, ocorria o atentado da Jeanine. Fugi e minha mãe também. Nos desencontramos, porém conheci Lena e Isabela que cuidaram de mim até agora. A questão principal é que ele está muito perto de mim, entretanto não faz a mínima ideia que eu existo.

– Nossa! Difícil não?! Por que você não fala com ele logo?

– Você acha mesmo?!

– Sim! – retrucou.

– É você! – falei com todas as letras um tanto temerosa, pondo em suas mãos a pulseira que era de nossa mãe, a qual possivelmente ele se recordaria. Tobias calou-se, ficou um tempo numa espécie de transe. Nem um músculo movia, nem uma palavra dizia, nem mesmo o olhar sem movia. Parado por completo estava.


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Notas finais do capítulo

Gente, aviso desde já. Na história podem ocorrer romances, porém não sou do tipo de autora que insere sexo nela, ok?! Posso levar em consideração algum caso de bissexualidade (como Reyna), mas não passará de beijo (creio que único).
Gostaram? O que acharam?
Personagem dos leitores:
— James Fox: https://pbs.twimg.com/profile_images/501809692830490624/0TGSbUaL_400x400.jpeg