Take My Hand escrita por AliceCriis


Capítulo 5
4– Um aniversário de debutante aos 10 anos




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4 – Um aniversário de debutante aos 10 anos – curioso, não?

 

Saí daquele quarto pequeno e fui recebida com uma salva de palmas. Apenas sorri, fechei os olhos e assenti;

 - Está linda, filha. – disse meu pai num sussurro próximo a mim.

 - Obrigada pai, os créditos vão para suas irmãs. – sorri e beijei sua bochecha.

 - É. Eu sempre posso contar com Alice e Rose, para enlouquecer a família... – ele riu.

 - Nessie... – ouvi um sussurro risonho em minhas costas.

 - Jake. – me virei pra ele e inspirei com um sorriso estampado em meu rosto.

 - Está magnífica princesa... – ele me cortejou. Esse não era o Jake que eu conhecia...

 - Não está muito longe, ó Rei-Alfa. – fiz uma menção  com o vestido.

 - Posso parar com essa frescura toda? – ele sorriu. Apenas assim olhei para seu traje. Era um terno “Armani” preto. Uma gravata comprida e o cabelo espetado... Algumas coisas nunca mudam.

 - Nem deveria ter começado... – me lancei em seu colo.

 - Sua verdadeira festa não é aqui, monstrinha... – ele sorriu.

 - Por que eu não estou surpresa? – coloquei uma mão em meu rosto.

 - Vem... vamos! – ele me arrastou porta afora, da sala agora vazia.

 - Em LaPush, suponho... – sorri e caminhei pela parte chuvosa do quintal.

 - Não... errou baixinha. Na nova mansão do seu Avô. – ele me agarrou e me pois em sua moto nova.

 - Na casa de Charlie? – arregalei os olhos.

 - Sim. Seu pai presenteou seu avô com a casa. E seu avô ofereceu a casa pra sua festa, simples? – sorriu daquela forma fantástica e beijou minha testa.

 - Ah... sim. Essa parte. Mais não quero ir de moto. Alice pode cometer um assassinato se eu estragar esse vestido ¬¬”. – ele bufou.

 - Podemos ir com seu Bug ¬¬’ – disse vencido.

 - Por isso eu te amo Jake ^^” – sorri mais uma vez.

 - Não é só por isso. – ele disse em meio á seus próprios pensamentos.

Ele me dirigiu até a pequena garagem onde abrigava meu Bug verde limão.

 - Eu dirijo! – gritei antes que Jake.

 - Não... você já dirigiu da ultima vez, mocinha... ele currou os braços... MUSCULOSOS e fez bico.

 - Não... o carro é meu, eu decido. – mostrei a língua.

 - Não foi esse o combinado. – ele sentou no capo de meu Bug.

 - Ok... você venceu. Estou com saudade do “vovozinho”... – zombei, e entrei no carro.

 - Acho que está na hora de comprar um carro mais espaçoso, Néss... – ele se apertou entrando no carro, e com sua risada rouca e terapêutica, me hipnotizou.

 - Estou feliz com o tamanho dele... acho que VOCÊ não está proporcional a ele... – ele já havia se acomodado ao meu lado, ou pelo menos tentado. Coloquei meu dedo em seu nariz.

 - Se é assim... eu acho que posso ir correndo... e você dona reclamona vai sozinha. – ele zombou.

 - Eu sei que nunca me deixaria sozinha... e muito menos atrás de um volante! – gargalhei.

 - Você e tão... linda... – ele disse depois de um tempo afagando meu rosto de leve.

 - Eu sei... – estraguei o clima com uma risada histérica.

 - Depois ainda diz que é a pessoa mais modesta que conhece... -  ele gargalhou.

 - E isso me faz modesta... – puis os braços atrás de minha cabeça, perfeitamente como uma folgada.

 - Pelo contrário. Isso a faz mais convencida! – ele deu partida no Bug verde limão.

 - E você de fato é muito modesto... – a ironia posou em minha voz.

 - Chega de sarcasmo... ironia... e convencimento. – ele disse zangado.

 - O que acha dessa festa?  - perguntei distraída, fitando o que se passava  velozmente pela janela aberta.

 - Um pouco... Alice. – ele bufou e esticou a gravata, que o incomodava.

 - A palavra seria formal ou... irritante? – sorri apenas com os lábios sem som algum. E assim me aproximei dele e tirei sua gravata. Porém ele não perdeu a atenção ao volante.

 - Os dois...  – ele bufou.

 - É melhor se acostumar, se ainda quiser sobreviver ao meu lado. – tirei meus olhos dele.

 - Tudo por você, Renesmee Carlie Cullen; - sorriu e segurou minha mão.

Apenas corei. Apertei minha mão na dele, mais  evitei de olhar para seu rosto. Era tudo tão diferente agora. Eu não o queria mais como apenas um amigo. Eu o queria como meu – que de fato sempre foi. Chegamos á casa – mansão de Charlie – e fomos recebidos por Seth. Meu avô se casou com Sue Clearwather, a mão de Seth e Leah, ou seja, os integrantes da matilha de Jacob.

 Jacob estacionou o Bug verde, entre os carros de minha família e a velha – e medonha – caminhonete de minha mãe.

 - Ei Néss, parabéns! – Abriu a porta ele: Seth.

 - Obrigada, cabeludinho...  – arrepiei o cabelo dele e o abracei assim como o fez.

 - Ei... acho melhor desgrudar. – reclamou Jacob atrás de mim.

 - Qualé Jake, é sua... pode pegar. – soltou-me Seth, ele se divertia.

 - Jacob... que lado seu é esse? – perguntei zombando.

 - A parte em que o meu elemento de imprinting é MEU e não desse cabeludo marrento. – ele fungou.

  - Ei ei ei... vamos entrar, seu ciumento. – disse meio constrangida; porém vitoriosa com o que eu acabara de ouvir.

 - Nessie... como está linda! – ouvi a voz de Sue, minha avó. Ela caminhou de braços abertos para meu lado e me abraçou – apesar da idéia de ter um aniversário de debutante aos 10 anos não ser muito normal... – ela disse desconcertada.

 - Obrigada, Sue... – disse sorrindo calma.

 - Eu e Leah, fizemos um bolo lindo pra você! – ela disse entusiasmada.

 - Tomara que não tenha veneno... – disse baixo demais para que ela ouvisse.

Era engraçada minha relação com Leah. As vezes ela gostaria de arrancar meu pescoço, porém, ela também podia ser uma pessoa agradável para o debate de um assunto profundo.

 - Olá Nessie... – vi Leah deitada no sofá da sala e acenei sorridente. Jacob e Seth, ficaram a admirar os carros lindos, carros e lustrosos de minha família; e gozar da velha lata velha de minha mãe.

 Fui pra cozinha onde estavam todas as vampiras organizando os doces, bolos, e presentes.

 - ...levem isto pra sala de jantar... – coordenou Alice.

 - Tia... não exagere... – coloquei uma mão em seu ombro.

 - Hoje você está comemorando seu 10º aniversário. Não pode passar em branco, você está se tornando o que será pelo resto da eternidade... tem que ser tudo perfeito! – ela me sacudiu com a obsessão.

   - O k, tia. Estou convencida! – ri e ela me largou, e com seus passos dançantes foi até a sala de estar carregando um enorme bolo lilás.

 - Ei... quer um pouco? – levei um susto com a voz de Seth.

 - Vinho? – eu arregalei os olhos me voltando pra ele.

 - E praticamente sem álcool... e você pode relaxar um pouco em meio dessa loucura toda.

 - Não acho que isso esteja certo... – franzi o cenho.

 - Um gole disso... a deixaria mais leve... mais deixa pra lá. Quem sou eu pra levar você pro mau caminho... – ele sorriu e deixou o copo de vinho em uma mesa.

 - E nem seria bom que você bebesse... – bati de leve em suas costas.

 - Quer dançar? – perguntou delicado.

 - Claro... – eu sorri. E ofereci minhas mãos a ele. Ele as pegou prontamente.

 - Soube que você já sabe do imprinting, não é? – ele me guiou para a sala central, onde Tia Rose e Tio Emmett, rodopiavam delicadamente entremeio ás delicias preparadas por Sue, e também perto da algazarra que a maior parte dos lobos de La Push, faziam.

 - É... eu soube. – disse colocando minhas mãos em seu ombro e alcançando a sua.

 - E como se sente sobre isso? – ele perguntou com um leve sorriso em seus lábios.

 - Você está parecendo um psicólogo. – zombei dele. E um fraco rubor alcançou suas bochechas.

 - Acho que é uma futura opção. – ele me girou.

 - Tudo bem, futuro psicólogo. – sorri.

 - Mais me diga... como está o lance com Jacob? – ele perguntou entre as rodadas lentas.

 - Complicado... – bufei e olhei para nossos pés.

 - Sabe que pode se abrir comigo, não é Nessie? – ergueu meu rosto com delicadeza e pude ver o sorriso tímido límpido faiscando em meio á seu rosto.

 - Sei, Seth... sempre. – meus lábios se curvavam para cima.

 - Então...? – ele esperava que eu contasse algo mais.                                                     

 - Seth... é meio complicado mesmo. Você vai pensar em algo... e ele logo vai saber. – engoli seco e evitei olhar para seu rosto. Mais mesmo assim eu podia ver seu descontentamento.

 - Eu farei meu melhor... mais por favor: CONTE !  - ele implorou com o rosto cheio de esperança com as covinhas evidentes.

 - Seth... eu não quero mais Jacob como um irmão... – eu pausei sugestivamente – eu o quero sendo meu. Como deve ser, entende? – eu engoli seco.

 - Que bom Néss. – ele estava diferente. Sua expressão mudava. Ele não era mais o menino positivo e sorridente. Rugas de nervosismo espalharam-se por seu rosto.

 - Seth? – perguntei analisando cada mudança de sua expressão.

 - Me dá a honra? – era meu pai.

 - Toda sua... – disse Seth, no tom estranho. Ele parecia correr dalí. Seus passos foram largos na direção da mesa de bebidas.

 - Pai... – disse meio atordoada.

 - Ele está confuso... – meu pai olhou para trás, e encaixou sua mão em meu quadril, exatamente como eu estava a pouco.

 - Confuso? – meu pai havia me assustado – confuso por quê?

 - Não sei. Ele apenas está.  – meu pai abriu um leve sorriso.

 - Eu deveria estar me divertindo um pouco mais, já que essa é a minha festa... – zombei de minha própria confusão.

 - Se acalme... tudo vai ficar no seu devido lugar. Com uma ajudinha minha é claro. – ele sorriu maliciosamente. Uma face realmente rara para Edward Cullen;

 - O que andou aprontando pai? – perguntei arqueando a sobrancelha e tentando entender o que se passava naquela mente diabólica.

 - Eu tenho meus contatos... – ele deu o sorriso torto, que enlouquecia minha mãe.

Puis uma de minhas mãos em sua face mandando imagens de suposições pra que seria que ele estava armando. Mais todas as imagens, eram erradas. Nenhuma era parte de uma pista.

 Olhei em volta, e vários outros casais – ou melhor – a maior parte deles, rodopiavam a nossa volta, e um som calmante e leve soava pelos alto-falantes.

 - Com licença? – a voz rouca, e o calor evidente se espalhavam  por minhas costas.

 - Jacob. – sorriu meu pai. Ele de fato tinha feito alguma coisa. – considere isso meu presente de aniversário... – ele sussurrou em meu ouvido antes de se afastar.

 - Uma dança? – ainda meio confusa tentei entender.

 - Verá. – ele se encontrou com minha mãe ao meio do caminho, e Jacob o substituiu por completo.

Os olhos castanhos brilhantes, a pele dourada e perfumada. O coração agitado, ao me aconchegar em seu enorme peito e com a força de seus braços. E acima de tudo com a força de sua proteção.

 - Olá...  – disse com o rosto enterrado em seu terno.

 - Vejo que teve um longo papo com Seth Clearwather... – ele respirou fundo.

 - Ele estava estranho. – eu disse fechando os olhos e tendo a completa visão do rosto confuso de Seth ao sair de perto de mim perturbado.

 - Quer continuar falando dele? – a voz dele agora trazia ironia.

 - Você começou o papo, ok? – objetei.

 - Eu sei... não quero falar nada alem de... – ele mesmo se censurou.

 - de...? – procurei uma continuidade.

 - De nós. – pude entender o carinho com que ele emanou por sua voz.

 - Jacob eu... – ele me tirou do aperto de seu corpo, e com um de seus dedos quentes, o colocou em meus lábios, impedindo-me de falar.

 - Vem... – ele disse num sussurro. Ele pegou minha mão. E sorriu. Seus pés vagando para fora da casa... cochichos nos rondando. A porta fechada a nossas costas, e a minha confusão á nossa frente. Ele me puxava delicadamente – até demais para meu gosto.

 


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