Take My Hand escrita por AliceCriis


Capítulo 15
14 – Medo.




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/50377/chapter/15

14 – Medo.

 

Aquelas três semanas se passaram. Rápido demais. Bella ia ao meu lugar visitar Renesmee e conferir sua alimentação. Jacob voltara a morar com Billy Black. Ele entrara em depressão. Eu resolveria as coisas agora. Nem que tudo fosse contra a vontade de Renesmee. E de certa forma, a família não deveria se meter no relacionamento de jovens não é? Mais Jacob... merecia algo mais. Ele merecia a alegria. Eu iria interferir pra que ele TAMBÉM tivesse o seu próprio conto de fadas.

 - Vou indo. – avisei a Jazz me abraçando no sofá da sala.

 - Boa sorte... – murmurou, ele a me soltar.

 - Vou precisar, - disse em voz baixa e receosa.

 - Quer que eu vá contigo..? posso acalmar os ânimos... – ele sugeriu.

 - Tem coisas que uma vampira metida e cabeça oca, tem de fazer sozinha. – sorri com nervosismo, e saí porta a fora segurando a chave de meu porshe. O estranho e tudo... era que eu estava nervosa. Intrometer-me na vida dos outros, sempre foi fácil... mais agora, eu  realizaria um ultimato. Era Jacob ou Seth, para Renesmee e Leah ou Renesmee, para Jacob.

 Entrei no porshe com uma sensação estranha. Um frio em minha barriga percorreu todo meu corpo, a seguir.

Dei a partida em meu carro, e acelerei entremeio ás árvores localizadas no quintal. Pela primeira vez, eu não tive vontade de correr. Andei na velocidade chata e entediante dos humanos. Eu não estava com pressa a chegar em LaPush, e lutar para convencer Jacob a conversar com a sobrinha – que agora eu tremia só de pensar na burrada que fez – e assim, acertarem-se. Jacob sabia o que houve entre Renesmee e Seth. Ele soube. Essa era a pior parte. Eu achei que ele mataria Seth. Eu achei que ele DEVIA, fazer isso. Mais não fez. Bella contou a ele. E sua face... e sua face se mortificou. Eu estava com ela. Alí ao lado. Impune e impotente. O que eu diria? O que eu faria pra melhorar algo? Calaria a boca, pensei.

 Pude acompanhar por seus olhos o rumo dos pensamentos de Jake. Ele não mataria Seth. Pois além de ferir a alma dele mesmo, iria ter de matar Renesmee também. Ambos saíram impunes. E matar Renesmee. Era a própria morte. E saber que Renesmee fora tocada, acariciada ou coisa e tal por outro que não fosse ele... o matava aos poucos. Eu saberia disso. E podia imaginar a dor dele. Ou melhor... Ninguém imaginaria... Renesmee era tudo pra ele. Evidentemente TUDO. O ar que ele respirava a água que ele bebia a vida que corria por dentro de si.

 Nem Jasper conseguiria me fazer sentir tanta dor se algum dia, algo nos separasse – que eu sei que é totalmente impossível de se acontecer – mais para Jacob... Renesmee foi a razão de existir por todos esses 10 anos! E agora... aquela imbecil me aprontava uma daquelas...

 Eu realmente tinha nojo de Seth agora. Ele tinha mudado. Virado aquele ser desprezível e doente. Tremi com o pensamento. E o que eu mais temia agora... era o que eu encontraria. Jake. Como ele agiria? Ele estouraria minha cara? Ver mais uma Cullen traidora... pensei. Mais ele não tinha essa mente. Ele nunca agiria pra machucar alguém de nós depois de Renesmee ter aparecido... ao menos. Era o que se parecia.

 Quando notei, estava estacionando meu porshe no pequeno quintal da casa de Billy Black. Território dos lobos Quileutes. Mais agora, o tratado não era mais válido. As terras e áreas tinham sido apaziguadas pela união de Jacob com Renesmee. Mais tudo estava prestes a mudar. Ou talvez nem tanto.

 Saí do carro – com um sentimento estranho... angustia e nervosismo. Tudo ao mesmo tempo. Respirei fundo, mesmo sabendo que eu não precisava, o fiz. Caminhei até a porta da pequena cabana, e fui recebida por Billy em sua cadeira de rodas.

 - Senhorita Cullen? – perguntou ele atormentado – O faz aqui? – ele estava um pouco nervoso com toda a história de Renesme-Jacob-Leah-Seth.

 -  Gostaria de falar com Jake... poderia? – perguntei entrelaçando minhas mãos num gesto simples.

 - Alice... por mim tudo bem. Mais não sei como ele irá reagir. A única pessoa que exerce faz ele se mover é Leah. Ela entra no quarto e senta ao seu lado. Ele toca o rosto dela e olha fixo pra ela. E não diz nada. Apenas agarra a mão dela com a maior força que pode. – ele contou.

 - Ao menos posso tentar, não posso? – perguntei tentando ser convincente.

 - Claro... – ele me convidou a entrar. Assim, ele me guiou pelo curto e estreito corredor até a frente de um quarto. – Bom... boa sorte. – Billy suspirou e saiu de perto de mim, e parei e ouvir as rodas da cadeira de rodas, e tentei ignorar o “aroma” de cão molhado.

Bati algumas vezes na porta, e ouvi um suspiro desgostoso dentro do quarto. Ele não abriu. Então eu mesma abri. Ele estava sentado diante da janela pequena. Seus joelhos apertados contra seu peito, e os músculos pressionando a camiseta branca e seu calção amarelo creme estava amarrotado. Suas peles morenas de seus braços nus estavam mais que pálidas. Estavam brancas – sem cor. Seus músculos estavam flexionados dentro da camisa... não de nervosismo. Ele estava tenso.

 - Jacob... – disse numa voz tranqüila.

 - Alice. – ele respondeu, com uma calma que não se escondia. Ele estava sendo duro, forte. Sua voz soou como se ele percebesse que eu estava ali há um século.

 - Não se preocupe... não vou fazer a pergunta retórica. – disse me referindo ao: tudo bem com você?

Ele nada respondeu.

 - Jake. Eu acho... que talvez... eu seja a pessoa... ou ser... que mais compreende você; Eu quase entrei em sua cabeça, lembra? – me referi ás aulas em que eu tinha que troná-lo previsível, para poder vê-lo em minhas visões. Eu saberia qualquer gesto que ele faria. E assim tive uma simpatia muito grande por esse lobo fedorento. – E como agora, eu sei que vai continuar imóvel. – disse tentando facilitar o humor escuro e denso do pequeno cubículo.

 - O que quer de mim Alice? Eu já não posso te dar nada. Eu estou vazio. Eu perdi tudo o que eu mais amava. Não pode me deixar morrer em paz? – ele perguntou, ainda sem se mover. A mesma estátua ali. Intocada;

 - Eu quero te pedir a única coisa que pode te dar o alívio. Eu quero que seja feliz Jake. Merece isso. Eu estive toda sua vida, ali. Vendo o que acontecia. E por mais que o resto dos Cullen defenda Renesmee. Eu sou realista. Total e completamente realista. Ela é a única que está errada aqui. Ela soube o que fez, estava totalmente consciente do que fez, por que fez e com quem fez. E o pior de tudo, é que ela é uma patricinha mimada, que eu sempre defendi e que nunca vai poder tratá-lo com respeito. Ela nunca sentiu desespero. Nunca sentiu dor. Nem coração partido. Você merece mais que ela, Jacob. Dê uma chance a Leah. Coloque os pingos nos “is” com Renesmee. E tenha uma vida tranqüila. Eu lembro de uma frase...que você viveu pregando na cabeça dela: Eu serei o que quiser que eu seja. Não é isso? Então seja o que quer que ela queira. O melhor amigo. – respirei fundo.

 - Mais acha que vou conseguir viver com esta dor? Com o meu centro do universo, com outro? Sendo feliz com outro? Ela mente pra si mesma, Alice. Ela não o quer. Ela ME quer. Ela é minha. Eu sempre serei dela. Tudo que houve... foi uma completa idiotice. Das duas partes. Mais você está certa. Eu não posso fazê-la ver o que ela precisa. Então... quando verá. Eu já não vou mais estar no mesmo mundo que ela. – ele se virou pra mim com a expressão dura – Quando e onde? – ele perguntou.

Senti um alívio correndo por meu rosto, e sorri por alívio.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Obrigada pela recomendação ! estou muito felis continuuuuem mandando, poor favôor



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Take My Hand" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.