Take My Hand escrita por AliceCriis


Capítulo 13
12 – Ódio de mim mesma.




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Livro 4 – Renesmee Carlie Cullen;

 

12 – Ódio de mim mesma.

 

 As lembranças dali. Daquela casa de madeira importada e a mais de 30 metros do chão. O top de minha infância com Jacob. Aquele lugar enorme e caro, para qualquer família normal, era o meu esconderijo. Era onde eu me sentia segura nos braços de meu melhor amigo. O lugar enorme – pra estar em cima de uma árvore – tinha 3 quartos, cozinha, banheiro  - incluindo uma banheira – sala, sala de jantar. Aquilo era como uma casa... bom. É e sempre foi uma casa. Eu estava aqui agora. Um programa idiota rodando na TV LCD, tela plana 29 polegadas. Meus olhos inchados pela insônia e pelas lágrimas incessantes que não desistiam de vagar por meus olhos.

 Eu não poderia dormir de forma alguma. Eu não devia; Os pesadelos atormentar-me-iam. Eu sabia disso. Eu tinha certeza. Eu agora era quase uma máquina; meus olhos piscavam sem ver, meu corpo vivia sem viver, meus pulmões sugavam o oxigênio mais era em vão. Eu morrera. Minha traição foi a gota d’água. Sinto muito, pensei, eu não deveria estar morrendo aqui. Eu deveria estar lá. Abrindo o jogo na frente dele. Eu amava-o.E se isso fosse mesmo verdade... eu não faria o que fiz. E era por esse motivo que eu chorava. Eu não era mais aquela garotinha que sempre se confidenciava com o melhor amigo, e com ele poderia encontrar abrigo, alento e apoio. Eu era uma mulher indecisa que traíra o namorado, e agora não era forte nem o bastante para contar a verdade a ele. Doía. Sempre vai doer, pensei. Minha mente que um dia era um lugar bom de passar o tempo... agora, era o lugar mais frio e sombrio que eu pudera imaginar.

 Num rápido reflexo de meu corpo, olhei para cima no teto espelhado e pude ver meu rosto ensangüentado e machucado de minha ultima caçada...

 Eu não comia mais nada. Apenas estava me transformando em uma vampira – figurativamente, óbvio. Minha face apresentava cortes fundos, que comparado a meu coração, eles era uma carícia mal sucedida.

Eu não me reconhecia. Mais de qualquer forma; eu sabia no que havia me transformado. Num monstro. Numa criatura odiosa detestada por mim mesma.

Enrolada naquele manto empoeirado e embolorado, minha alma escorria diante de meus olhos. Eu morria diante de mim mesma.

 Alguns barulhos leves soaram de trás da porta entalhada  por desenhos abstratos.

 - Abra. – a voz firme e exclusiva de Alice, focou atrás da porta.

 - Tia Alice? – perguntei na tentativa de me levantar. Mais foi inútil. Meus músculos rígidos por tanto tempo fora de uso, apenas me derrubaram ao chão causando um estrondo assustador.

 - Renesmee Carlie Cullen! Abra essa porta. – a voz de Alice era nervosa e exigente. Jamais a ouvira assim. Levantei-me sentindo muita dor, e soltando alguns gemidos causados por ela.  Abri a porta, com o rosto retorcido de dor e tristeza. Alice carregava uma enorme caixa, e uma expressão assustadora.

 - Tia? – perguntei com a garganta doendo, pelo uso depois de tantos dias.

 - Deixe-me entrar. – ela entrou como um furacão. E soltou a caixa com um estrondo ao meio da sala.

 - Tia... – minhas lágrimas e meu desespero fluíram por meus olhas e minhas pernas falharam. Caí no sofá, por sorte não me machuquei.

 - Pequena... – ela me ajeitou em seu colo, e seus modos maternos estavam ali. Enterrou minha face em seus cabelos pontiagudos e macios.

 - Tia Alice eu... – tentei dizer algo mais fui silenciada por ela.

 - Eu sei de tudo lembra? Não diga nada. Eu sei o que está acontecendo... pequena; mais que você. – ela se sobressaltou.

 E meu desespero tinha voltado, ela afagara minhas costas com carinho e compreensão.

 - Como as coisas estão lá fora? – perguntei segurando o choro.

 - Lembra do que eu sempre digo? Chorar agora, não vai resolver os problemas. – ela ignorou minha pergunta. Parecia esconder algo de mim. Algo principal, que eu deveria mesmo saber. – Eu trouxe algumas coisas pra melhorar sua vida aqui. Não vou te obrigar a sair daqui. Se é onde você está se sentindo confortável no momento... se é definitivamente onde quer ficar por enquanto... – ela remexeu seu bolso. – inale isso. Em minutos estará mais calma; - assim a obedeci, coloquei o pequeno spray em minha narina, e inspirei. Eu não me governava mais. Apenas meus olhos se fecharam com facilidade e caí em sono profundo.


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