Take My Hand escrita por AliceCriis


Capítulo 10
9 – O que eu digo... a todos?




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/50377/chapter/10

Livro 3 – Leah Clearwather.

 

9 – O que eu digo... a todos?

 

Minha cabeça estava agitada. Não sossegada. Tudo se movia como um turbilhão de vento atingindo os principais pensamentos que lá estavam, e os revirando causando uma confusão total em minha mente. Eu amava Jacob. Agora. Eu não sei. Tudo é tão... estranho. Por que eu quero que ele fique com Renesmee? É o que eu acho certo pra ele? Por que eu não sei agir diante dele agora? Por que eu não consigo me decidir entre ele e a minha infelicidade? Será por que eu já esteja familiarizada com o fracasso?

 Entrei em casa. Estava tudo em seu devido lugar. Ao menos eu não teria problema em limpar a casa, pela “festinha” da meia vampira.

 - Ei... Leah. – Sorriu Seth do sofá, me olhando com uma expressão maldosa.

 - O que foi? – perguntei engolindo seco e arfando um pouco á colocar meus cabelos em seu devido lugar.

 - Onde esteve? Se passou umas... 3 horas dês de que você saiu daqui... e foi pra não sei que lugar. – ele continuava a me olhar com olhos estreitados e uma expressão terrível.

 - Devo explicações a você, garoto? – perguntei seca, tentando esconder o nervosismo por trás de minha voz.

 - Bom... acho que não quer que eu ache que estava... cometendo algo indevido, não acha? – ele se levantou e veio em minha direção.

 - Do que está falando? – me esquivei. Minha expressão continuava séria e desdenhosa, mais por dentro... eu estava me repreendendo de nervosismo.

 - Acha que eu não sei, Leah? – ele estava mais próximo de mim. Em minha frente. Seu sorriso dissimulado de assustou.

 - Não sei onde quer chegar. – virei minhas costas a ele e ao dar o passo, ele segurou meu braço – Jacob está correto. Eu não sei o que está acontecendo com você, garoto.

 - Jacob... essa é a questão. – ele me fez olhar pra ele.

 - O. que. Esta. Tentando. Dizer? – perguntei alto e pausadamente.

 - Não se faça de inocente, Leah Clearwather. Você e o alfa estavam se pegando a uns 5 minutos. – ele caçoou.

 - Não sei do que está falando. – arfei.

 - Não? Tem certeza? Não mesmo Leah? – ele estava sendo tão... Hipócrita!

 - Como se você não tivesse se embolorando com a  filha do Cullen. – berrei.

 - Então admite? – ele estreitou os olhos.

 - Venha. – o arrastei porta a fora.

 - Ah... não quer que Charlie e Sue, saibam de seu pequeno “acontecido” com Jake? – ele vinha atrás de mim sendo arrastado por mim.

 - Cala a boca, seu idiota! – mandei num sussurro ríspido.

 - Me faça calar. – ele puxou a mão da minha, me seguiu sem que eu o arrastasse.

 - Não me tente. – engoli seco. E já vi a neve em nossos pés.

 - E agora. Vai admitir? – perguntou ele parando e cruzando os braços.

 - Não deveríamos estar fazendo isso com os dois... – puis a mão em meus olhos. [

 - “Deveríamos”? – ele pausou – O que eu estou fazendo? – ele fez cara de inocente.

 - Não me banque o inocente, Seth! Onde foi que você parou? Justo quando... eles se acertam... – olhei fixamente pra seus olhos.

 - Eu cansei, Leah. De ser o bonzinho em tudo. Em todas as coisas. Machuca, sabia? – ele olhou dolorosamente pra mim.

 - E acha que EU não sei disso? Parece que não sabe o que aconteceu comigo garoto... – bufei.

 - É esse seu problema, maninha... – ele caçoou. – sempre essa auto-piedade miserável. Você tem que mudar. Não os outros mudarem por você, entendeu? Acho que sim. tanto que estava aos amassos com seu amado Jake, á poucos minutos... – ele cuspiu.

 - Seth. Por... porque? – perguntei dolorida – por que custa entender que eu gosto dele? Por que teve que ver aquela parte da minha mente? – disse eu.

 - Leah, Leah, Leah... – ele suspirou e me rodeou. – o que seria de nós... se não estivéssemos tão...hm...compassados?  - ele riu – Tudo vai ficar bem. Perfeitamente. – ele sorriu.

 - Seth, você está me assustando... – ofeguei.

 - Eu percebi que gosto dela, Leah. E não é por um simples alfa, que eu não vou ficar com ela. E é simples. Minha irmã está na dele... essa jogada, não é perfeita? – ele riu e eu me sentia oprimida por um maníaco.

 - Não... não podemos. – eu funguei – você se lembra... lembra de como Jake era triste? Antes dela? – tentei encontrar algo que o fizesse parar.

 - Me poupe... você quer isso tanto quanto eu! Ninguém ficará infeliz. E Renesmee não pareceu nada decepcionada com meu beijo... – ele se gabou.

 - Beijo? Você... Você a beijou? – eu estava preocupada. E se Seth não conseguisse esconder isso em sua mente durante sua faze de lobo? E se Jake suspeitasse disso? Seth estaria morto – na hipótese mais positiva de todas.

 - É simples. Eu a quero. E você o quer.Simples prático e fácil... – ele sorriu e uniu as mãos.

 - Isso não é propaganda  de miojo, Seth! Isso aqui é a vida deles. Não podemos nos meter! – berrei alto demais.

 - Quer acordar Sue? Ótimo! – ele riu alto – Ela ficará sabendo o que a filhinha dela, acaba de fazer... – ele me olhou mais uma vez daquela maneira psicopata.

 - O que aconteceu com você? – perguntei segurando seu rosto.

 - Está se tornando repetitiva... – ele me mostrou mais uma vez aquele sorriso desbotado e obscuro.

 - Eu me arrependo de ter feito o que fiz. Nada mais. E você se tornou algo que eu desconheço; - dei minhas costas a ele.

 - Estamos em um acordo? – ele me fitou com os olhos escuros.

 - Não tenho acordo nenhum com você. – entrei dentro de minha casa, e corri para meu quarto.

 

Eu poderia dizer. Nunca me senti tão mal assim. Nada fora tão doloroso e horrível pra mim. Sentei em minha cama e os soluços me afogavam. O que eu faria agora? Como eu me sentiria agora? Apenas incertezas e caminhos imprecisos. Em seguida dormi.

 

 - Leah? – a voz de minha mãe soou desesperada ao adentrar meu quarto.

 - Mãe? – perguntei ainda meio dormindo.

 - Sim. Jacob desapareceu, Leah... – ela me levantou.

 - O que? – perguntei confusa limpando meu rosto.

 - Sim. Renesmee está desesperada... – ela me empurrou ao banheiro – ele pode estar como lobo... e você tem de encontrá-lo.

 - E Seth? Onde está ele? – perguntei preocupada.

 - Ele está acalmado, Nessie. – ela disse já fechando a porta em minha cara.

Quem imaginaria? Por que será? Seth acalmando Renesmee? Quem duvidaria? Quanto tempo ele ainda esconderia esse “pequeno” detalhe da maioria das pessoas?

Apressei-me em trocar de roupa e colocar uma de fácil modo de colocar e tirar. Logo penteei meus cabelos e  desci.

 - Começar por onde? – perguntei indo direto para a cozinha. A sala estava cheia de vampiros. E Renesmee chorava de soluçar, Seth estava ao seu lado afagando suas costas. Revirei os olhos. Se ela estivesse tão desesperada ela partiria a procurar por ele, e não apenas deixar para que o resto dos lobos o procurasse.

 - Diríamos pra começar pelos limites da cidade. Emmett e Edward estão lá. – aconselhou Bella atrás de mim. Assenti.  Eu estava com muita fome. Não conseguiria ir a procura, de alguém sem nem mesmo comer uma fatia de pão ou bolo.

Cheguei a cozinha, e assim peguei uma fatia de bolo e um copo de suco. Coloquei tudo em minha boca, e engoli.

 - Estou indo. – avisei passando pelo hall.

Ninguém prestou atenção. Todos estavam na tentativa de acalmar a pobre meia vampira, que do mesmo modo que Jake, não pestanejou em trair ao outro.

Caminhei pela mata, sem ligar pra minha roupa e se alguém estivesse me vendo, deixei o tremor interno se expandir por meu corpo, e assim eu estava sendo a loba.

“ Jacob?” chamei mentalmente.

Nada. Apenas um animal em minha mente. Um selvagem. Algo que lutara para se esconder a confusão tomada por minha mente.

“ Jacob... sei que está aí;” julguei. Me minhas patas se rumavam á onde meus instintos sabiam onde ele estava.

Como eu pude esconder tanto tempo que eu o amara? Como? E agora que eu tinha ele... de alguma forma... como eu sabia que ele estava ali? Mesmo não admitindo? Mesmo não sabendo... ele estava ali. Eu sabia.

“ Me deixe” – um pulso humano caiu de sua mente e se tornou ele novamente. Não mais um animal em busca de sua natureza. Minhas patas aceleraram. E minha mente se focou em persistir onde ele estava. Segui-lo. Estar onde ele estivesse.

“ Eu quero você, Jake.” Pensei. Ele suspirou.

“ Você merece algo melhor do que eu... merece mais que qualquer um. Merece. Muito.” Ele completou. Pude ver a expressão fictícia de Renesmee chorando, minha expressão junto a dela. Uma confusão eminente em meu rosto.

“ Não me importo. Vou lutar por você. Você me deu uma chance, não foi? Vou agarrá-la Jake. Nem que seja a ultima coisa que eu faça;” prometi.

“ Não... me perdoe. Não. Não faça isso. Eu... eu... eu não mereço!” sua mente soava todo o desespero que eu sentia.

“ Não vou deixá-lo. Desista dessa idéia idiota. Não pense que vou simplesmente desistir de você. Sou perseverante. Se ela desistir... quer dizer que ela não o ame como diz. Quer dizer que não sente o que diz sentir. Eu o amo. Por mais estranho que seja pra você. Eu sei. É mesmo estranho. Deixar você saber o que sinto. Mais não vou desistir. Vou lutar. Lutar por você;” – minha mente estava toda chorosa. Eu não conseguia pensar com clareza.

“ Eu não a mereço. Eu não mereço Renesmee. Eu não consigo me decidir... eu... eu sou um idiota.” Ele estava confuso. Sua mente estava doida. Não era “classificável”.

“ Sim. Você é mesmo um idiota. Nunca decidiu o que é melhor pra você; Não ficará sozinho aqui;” meus olhos viam o que ele via. Ele via água. Ele via a altura. Ele via o penhasco.

“ Talvez... eu deva... deixar de existir.” – ele disse numa voz cheia de humor negro.

“ Não... não está pensado... em... pular...? NÃO, JAKE! NÃO FAÇA ISSO SEU IDIOTA DE CARTEIRINHA CARIMBADA! SEU IMBECIL. SAIA DAÍ JÁ. SE FOR PRA MORRER EU MESMA QUERO TE MATAR SEU EGOCÊNTRICO DUMA FIGA! SAÍ DAÍ!” minha voz ordenou.

“ Me deixe. Agora.” – ele estava sendo o Alfa agora. Mais não era assim que eu obedeceria.

“ Não... você não pode obrigar.”  - bufei. Minhas patas o encontraram. Sua estrutura parada diante do grande rochedo... memórias. Memórias que ele tinha dalí.

 

“Aqueles lábios tão doces, ou talvez o sorriso arrebatador. Nada superava sua perfeição; aquele sorriso doce e calmo. Tanto tempo eu esperei por ela. Tanto. Que agora que eu a possuía... eu tinha que ficar mais tempo perto dela. Sabendo que eu e ela... Estávamos juntos agora.

 Segurei minha respiração, e com a lua perfeita mergulhei através da superfície da água gélida.

Esta estava lá, numa dança quase hipnótica girando com seus cachos dourados em meio á  água se movendo lentamente alcançando a beleza resoluta de seu corpo. Seus olhos sorrindo com tal credibilidade. Eu não podia mais deixá-la longe de mim. Meus pés e mãos, se moveram em direção á ela. E ela sorriu mais. Estendeu seus braços para mim e assim os peguei. Ela me levou para a superfície.

 - Eu te amo, Jake... – ela disse arfando.

 - Eu amo você, tampinha. – beijei de leve sua testa, como de costume e senti suas mãos ágeis levando meu rosto para seus lábios. Ela me amava assim como eu a amava. Tudo tão perfeito. Tudo tão lindo. Eu estava sonhando? Se estava... que nunca mais me acordassem. O quão incoerente fosse... o quanto ruim fosse. Mais eu não queria mais acordar. O gosto de seus lábios em minha boca, era o néctar dom paraíso. Tudo o que minha vida precisava agora estava tendo. O amor sufocado e a cicatriz funda em meu peito agora desapareciam de vez. Nada mais tinha importância. Que tudo explodisse. Que apenas nós existíssemos nesse momento. Doloroso. Doloroso seria me desavir dela.

 - Temos que voltar, sabe disso? – perguntei me afastando de seus lábios e segurando as laterais de seu rosto. A alegria desaparecendo do rosto único em perfeição.

 - Não nos tire daqui. Não me leve ao mundo real... – ela implorou em voz triste e cortante.

 - Foi essa a promessa que fiz a seu pai. Ele me ajudou. E eu ajudo a ele. – dei de ombros.

 - Que promessa, Jacob Black? – ela estreitou os olhos assim como sua mãe costumava fazer, num momento de desconfiança.

 - Ele me contava o que se passava em sua cabeça, e eu teria responsabilidade de não desaparecer a noite toda com você. – bufei.”

 

Ele me mostrara aquilo. Era da noite passada.

“ Você a ama. Não é? – afirmei caminhando até seu lado e fitando á água agitada abaixo dos pedregulhos.

“ Eu não sei mais... eu não sei nem o que sinto por você.” – ele não moveu seus olhos da água.

“ Você precisa enfrentá-los” – aconselhei.

“ Não consigo. Não vai dar.” – ele disse firme;

“ Jake. Você foi amassado, sapateado, escorraçado e humilhado. Você é forte o bastante pra se decidir, Jake.” – aconselhei me levantando.

“ Esse peito está tão magoado... que só deseja descansar em paz, Leah. Apenas isso.” – ele murmurou.

“ Eu estava falando a verdade Jake. Não vou desistir de você. Apenas deixe que as coisas fluam. Apenas isso. Quem sabe... veja que ela não está muito longo do que você fez.” – me virei de volta aos carvalhos enormes.

“ O que está querendo dizer com isso?” – ele se exaltou.                                                                          

“ Tenho que ir Jake. Tenho que ir.” – me despedi. O tranquei fora de minha mente; o mantive fora do alcance de meus pensamentos.

Sem segundos eu estava em casa. Driblei a porta central e fui por trás. A mansão era ótima. Corri pela janela de meu quarto, e puis outra roupa e assim desci as escadas;

 - Escutem! – disse em meio ao hall.

 - Onde ele está? – perguntou Renesmee. A voz dela era desesperada. Como ela poderia ser tão falsa?

 - E disse pra me escutarem. – briguei – Jacob, sabe o que é melhor pra ele. E ele quer ficar um pouco sozinho. Tem coisas a resolver. Deixem-no. É o melhor que podem fazer a ele no momento.

Não notei mais nada o que disseram. Apenas saí dalí. Eu não queria ouvir mais nada; Subi. Nada mais me impediria disso. Entrei em meu quarto e passei a chave na porta. Entre minhas velhas coisas, encontrei meu velho diário  - que ganhara da vovó Clearwather á muito tempo atrás. Encontrei uma caneta, e assim comecei a rabiscar.

 

“ por que em cada canto que olho, tudo me lembra você.

Cada imagem á minha frente, passa despercebida de meus olhos,

Pois minhas lembranças são o melhor filme que eu posso ver.

Sua imagem refletida pela água,

Apenas me deixa mais pensativa a noite;

Vibrando meus músculos e pedindo a eles par mais uma dose, de “você”.

Jamais imaginei que talvez pudesse o contar isso.

Que o amava.

Que foi o único motivo pra mudar. E quem sabe... continuar a ser o que sou.

A cada minuto a teu lado,

Era um segundo a mais para desistir de você.

Mais vendo que me viu. Que não passo mais despercebida a seus olhos...

Vejo que tenho alguma chance de ter você um dia.

Apenas meu.

Só meu.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Take My Hand" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.