We're Not a Team. We're a Time Bomb. escrita por Amanda


Capítulo 28
You And Me


Notas iniciais do capítulo

OLÁ GALERAAAA AEAEAEAEAEAE. Hahaha, estou de volta e com glória u.u Aasuhasu, brincadeiras a parte, passei por aqui para postar o capítulo que vai explodir a cabeça de vocês. Me perdoem a demora, mas minhas aulas voltaram e agora eu terei que retornar à rotina de postar apenas nos fins de semana >< Mas enfim... Preparem-se para pirar com esse capítulo e amarem Maria Hill mais do que tudo na vida o/ Enjoooooyyy!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/503760/chapter/28

POV. Grant Ward

“Então era tudo isso que nós éramos? Meros obstáculos?”; “Eu não acredito que te considerei”; “Você é doentio. Odioso”.

Desde nossa última conversa as palavras de Fitz não saíam de minha cabeça. Eu juntava os elementos, esse fato de lembrar-me das palavras com tanta insistência e o alívio ao vê-lo bem depois de tudo. O que isso significava?

E mais: Por que eu estava me sentindo desconfortável ao me lembrar de ter jogado Fitz-Simmons no meio do oceano? Isso era estranho.

Como se estivessem super distantes, ouvia Os Gêmeos falarem sobre o que era, talvez, seu assunto preferido: morte. Desta vez, discutiam como seria se eles estivessem prestes a morrer.

– Quais seriam suas últimas palavras? – Pergunta a Feiticeira. Seu irmão pensa um pouco e diz:

– Eu não faço ideia. É isso que eu acho de dizer as últimas palavras, sabe... Se você souber que está na hora de ir, tem que se certificar que essas palavras sejam as mais importantes e significativas de sua vida. Afinal, você nunca mais falará nada. – Concluiu Mercúrio. Sua irmã assentiu.

– Eu concordo com você. Você só sabe o que tem que dizer na hora que tem que dizer. Torna tudo mais importante. – Disse ela.

Parei de prestar atenção na conversa que foi, provavelmente, a mais humana que já ouvi daqueles dois e voltei aos meus devaneios. Já tinha um tempo de que Fitz veio falar comigo. Eu deveria ter parado de pensar nisso.

A porta da sala onde ficávamos presos abriu e Triplett entrou com três pratos de sopa e três canecas de água. Colocou-as de qualquer jeito dentro da cela e saiu sem dizer nada.

Eu e Pietro avançamos para os pratos, tomando a sopa com dificuldade pelas algemas. Wanda, como sempre, ficava parada esperando terminarmos, já que suas algemas eram especiais e não permitiam que ela comesse direito. Depois de Pietro terminar, ele pega o prato que restou e dá a sopa na boca de Wanda, do jeito que sempre faz. Depois de alimentados, bebemos toda a água que havia na caneca, pois a sopa dava sede. Ela era boa, muito boa, mas ardente e pouca, na minha opinião.

Depois de ajudar Wanda a beber a água, Pietro encosta-se à parede e descansa a cabeça, a irmã encostando a cabeça em seu ombro. Eu desvio meu olhar dos mesmos e encosto minha testa na grade da cela, voltando a pensar em meus antigos companheiros.

POV. Natasha Romanoff

Já haviam se passado dias desde que eu toquei a música para Steve e disse que não sentia nada por ele. Dias sem que ele falasse comigo, dias de culpa, dias de saudades que foram relutantemente admitidas por mim. Nas poucas vezes que cruzamos olhares, notei que sempre que ele me via, o azul de seus olhos perdia o brilho, por decepção. Isso me fazia sentir ainda pior, como se eu fosse um ser humano horrível. Magoar uma pessoa como Steve Rogers é a prova viva de eu sou uma pessoa terrível.

Eu estava na cozinha, em um dos últimos momentos de alegria que tive com meu inocente amigo, tentando me esconder do mundo, principalmente dele e de Clint. Não aguentaria ter que encarar os dois, não sabendo que eu teria que magoar um para fazer a felicidade de outro. Eu sentia falta da amizade de Steve, mas Clint também era muito especial para mim. Ele era o meu melhor amigo desde sempre. Droga. Agora eu estou com chances de perder ambos os melhores homens que apareceram na minha vida.

– Agente Romanoff? O que faz aqui sozinha? – Ouvi uma voz atrás de mim. Quando a segui com o olhar, encontrei Maria Hill parada, olhando para mim. Eu dei um meio sorriso fraco.

– Pensando. Tem muita coisa acontecendo. – Hill assente e se senta ao meu lado.

– Conte-me. – Ao ver meu olhar surpreso, ela dá de ombros – De mulher para mulher. Por que não?

Ergui uma sobrancelha, pensando comigo mesmo. É verdade. Por que não? Ela é uma agente da S.H.I.E.L.D., como eu. Ela podia me entender e isso era tudo que eu queria no momento.

– É uma longa história. Como você deve saber, eu estou... Hã... Num relacionamento com o Clint. E eu estava feliz com isso, quer dizer, o Clint me fazia feliz. Eu gostava dele realmente. Mas, depois da morte da Peggy... O Steve veio com uma história insana de que estava apaixonado por mim. Insistiu, insistiu... Disse até que eu sentia o mesmo. Mas eu disse que não era recíproco e ele prometeu se afastar. Eu sei que o magoei e me sinto mal por isso. Me sinto culpada e, admito, sinto falta dele. Ele era meu melhor amigo. E o pior é que se eu não der as cartas certas, o Clint também pode sair machucado dessa história. E essa é a última coisa que quero. – Hill escutou tudo atentamente e assentiu.

– Tudo bem. Você disse que alguém vai sair machucado por sua causa. Mas e você? Como está se sentindo com relação a isso tudo? – Perguntou ela por fim. Eu pensei um pouco.

– Eu não sinto nada pelo Steve. – Falei – Eu não posso sentir nada por ele. E, mesmo que sentisse... Eu não posso ficar com ele. Eu tenho demônios dentro de mim, enquanto Steve é repleto de anjos. Eu só iria magoá-lo mais, corrompê-lo. Ele não merece isso e nem o Clint merece que eu o machuque por um sentimento inexistente. Sabe, eu sempre achei um erro se apaixonar. É coisa de criança, uma distração. Eu sou uma agente da S.H.I.E.L.D., uma espiã russa. Eu não posso me apaixonar, isso é uma regra de conduta. Não se apegar às pessoas, não entrar em nenhum tipo de relacionamento. Não sentir (n/a: Encobrir, não deixar saber, HU3HU3H3UHU3). Eu achei que se fosse para me relacionar com alguém, que fosse com um igual. Clint. Ele é um agente treinado para ser frio como eu. Não me leve a mal, eu realmente gostava dele, ele era especial para mim. Eu não estava usando-o nem nada do tipo. Mas, de certa forma, eu ficava tranquila em saber que estava com ele e não qualquer outra pessoa. Mas, se fosse com o Steve... Eu estaria quebrando essa regra. Seria a prova viva de que eu estava apaixonada, como uma pessoa comum. – Concluí o raciocínio, finalmente colocando tudo para fora. Hill simplesmente me encarou.

– Eu não acredito em uma palavra, sabia? – Ela falou, me espantando – Numa única sequer. Pra começar, nunca foi um código de conduta da S.H.I.E.L.D. não se apaixonar. Isso é coisa da sua cabeça, você inventou isso só pra se proteger. Não é que você não pode sentir, mas você não quer sentir. Tem medo de machucar a si mesma e a outros. Mas agora falemos de Clint. Eu sei que ele te faz feliz, mas só por você estar tão abalada pelo que Steve lhe disse, porque sim, você está abalada, já mostra que você não sente mais nada tão forte por ele. Não se prenda a um relacionamento que não te agrada só porque é mais seguro. E Steve? Só vou te dizer que eu nunca te vejo tão feliz e divertida como quando está ao lado dele. Você se torna mais humana. Mais alegre. Natasha, isso é saudável para você. Você se ilumina quando está perto dele. Todos nós já percebemos isso. Ele foi a melhor coisa que aconteceu pra você nesses últimos tempos, em minha mais sincera opinião.

Parei e pensei em tudo que Hill me disse. “Ele foi a melhor coisa que aconteceu pra você nesses últimos tempos”. Engraçado, quando ouvi essa frase, todos os momentos que passei ao lado de Steve passaram pela minha cabeça; nós lutando juntos em NY, nosso beijo na escada rolante, a guerra de comida. E em todos eu me senti mais viva. “Isso é saudável para você”. Eu me sentia bem ao lado de Steve. E todos viam isso, todos viam como ele era bom para mim. Menos eu.

“Eu sei que você sente o mesmo”, dissera ele. Analisemos os fatos. Se essa frase fosse mentira, por que eu estaria pensando tanto nela? Por que ela me atormentaria tanto? Por que eu me incomodaria tanto com a distância de Steve e por que eu iria dar menos atenção ao Clint que o normal?

Droga, Natasha! Você foi treinada pelas melhores organizações secretas do mundo! Como pôde evitar enxergar algo tão óbvio?

– Hill, eu tenho que ir. – Eu me levantei – Eu preciso ver Clint. – Vi o sorriso dela enquanto saía da cozinha – Obrigada, muito obrigada.

Assim que deixei a copa, corri como louca. Eu precisava achar Barton... Ele devia estar no seu quarto, talvez.

Ainda em plena correria, esbarro com alguém no corredor; estava tão rápida que o impacto fez com que nós dois caíssemos no chão. Enquanto me levantava e me aproximava parar erguer o outro, com alívio percebi que ele era Clint.

– Ai, Nat! Olha por onde anda! – Ele esfregava a cabeça.

– Desculpa. Clint, eu tava te procurando. Nós... Nós precisamos conversar. – Eu não tinha ideia de como se falava uma coisa dessas. Não nos treinam para situações assim.

– Claro. – Ele se levantou e encostou-se à parede – O que foi? – Eu olhava para o chão e para os lados, pensando em como começar. Respirei fundo, tomando coragem.

– Eu gosto muito de você, Clint. Sério. Você é o meu melhor amigo desde sempre, você é extremamente especial para mim. Você sabe disso. Nesse tempo que ficamos juntos você me fez muito feliz. Sério. Em todos os sentidos, de uma forma linda. Mas...

– Mas você acha que não vai mais dar certo. – Completou ele, calando-me. Eu o encarei, tristeza e constrangimento no olhar.

– Clint, eu...

– Não, tudo bem. Eu não posso prender você em algo desagradável, não é? – Ele falou, sarcasmo na voz e decepção nos olhos – Espero que seja feliz.

– Por favor, Clint.

– Sério. Tudo bem. Viva a sua vida. Eu não posso aprisionar você. É sério. Tá tudo bem. – Ele parecia repetir isso mais para si mesmo do que para mim. Eu me aproximei, ainda um pouco triste, e dei um beijo em sua bochecha.

– Obrigada. Me desculpa. – Sussurrei, me separando dele, pronta para dar o próximo passo em direção à tranquilidade. Quando estava saindo do corredor, Clint me interrompeu, perguntando:

– O que ele fez que eu não fiz? – Ele carregava mágoa na voz; pensei em como era interessante o fato dele me conhecer tão bem ao ponto de saber o motivo do término sem nem mesmo eu precisar falar. Me virei e disse:

– Quando se refere a nós dois, você diz “eu e você”; o Steve diz “você e eu”. – Falei com um meio sorriso. Sem me demorar mais, voltei ao meu caminho e me encaminhei ao quarto de Rogers.

Quando cheguei lá, bati uma única vez e entrei sem nem esperar por respostas. O encontrei deitado em sua cama, lendo um livro. Ao me ver, arregala os olhos e se ergue rapidamente, nervoso.

– Natasha? O que está fazendo aqui?

– Eu penso no beijo também. – Eu disse, fazendo-o vacilar. Me aproximei – Olha, você sabe que eu não sou boa com palavras. Então... Então deixa eu te mostrar. – Ele me olhou confuso e, sem esperar por mais nada, puxei-o pela nuca e selei nossos lábios.

E foi lindo. Foi mágico. Nunca ficara tão claro para mim que sim, eu estava apaixonada por Steve Rogers. Sim, era recíproco. E, naquele beijo, eu não senti mais nada. Com Clint, eu sentia que era única no mundo. Com Steve, eu não era capaz de sentir mais nada.

Ele se separa de mim, um sorriso sonhador e confuso nos lábios.

– Mas... Mas e os demônios que habitam em você? – Perguntou ele. Eu sorri.

– Na música também há um trecho que diz “eu não posso escapar disso agora, a menos que você me mostre como”. Tenho certeza que você vai me mostrar a rota de fuga necessária. – Ele sorriu, um sorriso radiante, o mais lindo do mundo, que iluminou o quarto, NY, o mundo. Mas mais importante: iluminou a minha vida. Ele me puxa de volta e devolve o beijo, me fazendo a mais feliz das mulheres.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

8 - Steve se ligou que gostava de Natasha no capítulo 25 porque esse é meu número favorito e eu queria que ele recebesse um capítulo especial.