We're Not a Team. We're a Time Bomb. escrita por Amanda


Capítulo 22
Dance


Notas iniciais do capítulo

Não vou nem ter muita cerimônia, só vou dizer que eu ESTOU MUITO GRATA À ENNALEUS POR ELA TER ME DADO UMA RECOMENDAÇÃO TÃO LINDA QUE ME FEZ CHORAR!! Sério, me emocionei aqui. Foi linda. Muitíssimo obrigada, Su, não só pela recomendação, mas por ter me dado toques que ajudaram bastante no desenvolvimento da história, por me mostrar que estava atenta a tudo que acontecia na fic, por ser essa leitora e pessoa tão maravilhosa que és (além de ser aqui da área o/ É noes, nordestina! Haha). Não preciso dizer que esse capítulo é seu, não é? Enjoy!



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POV. Steve Rogers

Eu e Jemma corremos para o andar do quarto de Fitz; tínhamos acabado de receber a notícia de que ele acordara. Eu sentia Simmons tremer ao meu lado.

Quando enfim abrimos a porta de onde o tínhamos deixado, o encontramos com uma expressão confusa e rodeado por enfermeiras. Sua mão direita ainda exibia tiques, assim como seu ombro; seu olho ainda emitia piscadelas insistentes.

– Fitz? – Perguntou Jemma ao meu lado, com a voz trêmula. O garoto, com o cenho franzido, vira lentamente o rosto para nós, seguindo o som. Então ele se permite iluminar o rosto com um sorriso.

– Jemma! – Ele diz. Simmons, do meu lado, solta o ar que antes estava preso em seus pulmões em sinal de alívio; ela sorri e vai até ele em passos rápidos, abraçando-o ao alcança-lo. Vi seus ombros tremerem; ela chorava. Fitz, primeiramente, pareceu digerir o que estava acontecendo. Então entrelaçou seus braços ao redor de Jemma, por fim, retribuindo o abraço. Eu também sorri, aliviado.

Depois de as enfermeiras nos colocarem para fora do quarto – “Ele precisa de espaço para descansar!” – Eu me virei para Jemma e a abracei.

– Viu? Deu tudo certo. – Falei. Não pude deixar de pensar no que Natasha tinha me dito mais cedo. Estava grato.

– Steve. – Falou Simmons, se separando de meu abraço. Quando segui seu olhar, vi o médico que cuidava de Fitz se aproximar.

– E então? – Perguntei – Como ele está? Ele já pode voltar?

– Calminha aí. Ele acordou e isso é um ótimo avanço. Mas eu vi que ele continua com tiques. A questão é que ele melhorou, mas não significa que está curado. Nem mesmo sabemos se sua memória está estável. Não, ele fica. – Disse o médico.

– Sabe, Doutor... – Começou Simmons - Eu tenho uma formação importante e alta em bioquímica. Na verdade, onde eu trabalhava, todos os cuidados médicos ficavam a meu cargo. Eu conheço o homem que está do outro lado da porta melhor do que ninguém. Eu garanto ao senhor que ele ficará nas melhores e mais capazes mãos possíveis, se, é claro, nos for permitido que cuidemos dele. Qualquer tratamento tem uma resposta mais rápida e eficaz quando o paciente conhece quem o trata e se encontra em um ambiente familiar. Não acha que será melhor para Leo Fitz ir conosco e ter os cuidados necessários?

O Doutor a encara, pensando. Parece considerar a ideia.

– Fisioterapia semanalmente. – Diz ele por fim.

– Feito. – Dizemos eu e Jemma.

POV. Skye

Depois de me ver procurar tudo que pude sobre qualquer coisa que nos levasse a Ultron e não achar nada, Coulson me manda descansar e diz que no momento tentaria dar prioridade à H.Y.D.R.A.

– Agente Romanoff, Agente Barton, poderiam descer aqui, por favor? – Falou ele no ponto eletrônico. Depois de alguns minutos, ambos os animais (Viúva Negra e Gavião) (n/a: Ai, piada podre de ruim. Ignorem isso, por favor) desceram e nos encontraram no hall – Não conseguimos encontrar nada de relevante sobre Ultron. Portanto, eu achei melhor desviar nossa atenção para a H.Y.D.R.A. agora, principalmente sabendo que eles podem mandar resgate para nossos prisioneiros. Já conseguimos tirar algumas coisas de Ward, agora faltam apenas Os Gêmeos. Agente Romanoff, você irá interrogar Pietro; Barton, você fica com Wanda.

Ambos assentiram. Quando estavam prestes a se retirarem para se arrumarem para o interrogatório, ouvimos um som vindo de lá de fora e Steve e Jemma entraram na Torre. Mas eles estavam acompanhados de alguém.

– Fitz! – Gritei; Coulson se virou e, ao ver nosso companheiro, um sorriso enorme se espalhou pelo seu rosto; eu desatei a correr e me joguei no garoto, abraçando-o. Só depois de um tempo a ficha de que ele poderia não se lembrar de mim caiu; eu me afastei – Hã... Fitz?

Ele me olha por uns instantes, de cenho franzido; então ergue as sobrancelhas e um sorriso irradia sua face.

– Skye! – Ele disse; olhou para trás de mim – Coulson! Eu me lembro! – Eu desatei a rir e o abracei de novo, dessa vez obtendo resposta. Ele voltou. Ele voltou, voltou mesmo!

– Seja bem vindo de volta, Fitz. - Coulson sorriu e estendeu a mão. Leo a apertou. Simmons se retirou para chamar May e Triplett e eu sentei Fitz, dizendo:

– Então, muita coisa aconteceu enquanto você estava fora. Bem, você já viu que o Capitão América (Capitão América, cara!) foi buscar você. Aqui estão a Viúva Negra e o Gavião Arqueiro – Eu gesticulei na direção deles e Fitz os cumprimentou com um aceno de cabeça, tímido – Lá em cima estão o Homem de Ferro, o Hulk e o Thor, além do Falcão, que ajudou o Capitão aqui a derrubar a H.Y.D.R.A. Não é demais? Estamos trabalhando com os Vingadores! Nick Fury também tá lá em cima, cara, assim como Maria Hill. É muita emoção. – Ouvi Steve rir e Fitz sorriu, embaraçado.

– Você não mudou nada mesmo, Skye. – Diz ele; ouvimos um gemido na direção do elevador e encontramos Simmons e Triplett ajudando May a andar, já que ela estava com um ferimento na barriga. Quando ela finalmente chega até nós, ao ver Fitz, ela não exibe expressão nenhuma no rosto – May? – Pergunta Leo.

Ela começa a balançar a cabeça, como se estivesse negando algo; então um leve sorriso estampa seu rosto.

– Seu idiota. Nunca mais faça isso conosco. – Ela esfrega a cabeça dele em sinal de carinho e todos nós rimos. Triplett aperta a mão de Fitz amigavelmente.

– Bem vindo de volta. – Eles sorriem.

– Então, – Diz Fitz – onde está Ward? Eu queria falar com ele também, dar um oi. Faz tempo que não o vejo.

Momento de silêncio. Todos trocam olhares cautelosos. Fitz não lembrava? De nada sobre Ward? Isso ia ser mais complicado do que parecia. Não podíamos simplesmente falar para ele que agora Grant era um traidor. Droga.

– Ele está numa missão. – Falou Steve – Ele foi mandado numa missão especial. Ele voltará logo, não se preocupe, Fitz. – Steve olha para mim e eu mexo os lábios, dizendo silenciosamente: “obrigada” – Jemma, por que não leva Fitz para seu quarto e o atualiza sobre o que aconteceu?

– Sim, claro... Vamos, Fitz. – Ao passar por Steve, ele segura seu braço delicadamente e sussurra algo em seu ouvido; Simmons assente e sai. Steve se vira para nós, quando ambos já estavam fora.

– Eu falei para Jemma para ela não contar para Fitz o que aconteceu com Ward. Não agora. Coulson, poderia me dizer o que eu perdi enquanto estive fora?

– Sim, claro, Capitão. – Eles se afastaram, conversando.

– Bem, eu vou... Eu vou me arrumar. Tenho um interrogatório a fazer. – Disse Romanoff; ela e Barton se retiraram, enquanto Triplett ajudava May a voltar para o quarto. Fiquei sozinha no hall e me sentei, pedindo secretamente para que Fitz se lembrasse de tudo sem sofrimento.

POV. Clint Barton

Depois de tudo cessar, acompanhei Natasha para a sala de interrogatório; Pietro já havia sido escoltado para lá. Quando ela chegou à porta, eu me despedi.

– Todos estão se reunindo no hall para assistir o interrogatório. Eu vou para lá, tá? – Eu e Nat tivemos cuidado para não revelarmos nada, já que sabíamos que tinham câmeras por ali. Para todos os efeitos, eu apenas a acompanhei.

– Sem problemas. – Ela disse – Se prepare para interrogar Wanda. Essa vai ser osso duro de roer. – Eu assenti, concordando, e a vi entrar na sala; depois corri para o hall para não perder nada.

Quando cheguei ao saguão, todos já estavam quase que debruçados nas telas flutuantes; vi Natasha colocar o balde que segurava no chão, se esticar por sobre a mesa que a separava de Pietro e acender a luz de escritório, virando-a para o rosto do interrogado; ele estreitou os olhos. Depois, ela se abaixou e tirou o revestimento do fio que ligava a luz. Nat sentou-se na mesa, olhando para Pietro com uma expressão serena. Quando ele continuou a encará-la, sem esboçar nenhuma reação, ela ergueu as sobrancelhas.

– Sério? – Perguntou ela – Eu realmente vou ter que fazer isso? – Pietro não respondeu; Natasha suspirou – Ok. Deixa eu ver, hã... Quem está por trás da H.Y.D.R.A.? Quem a comanda? – Pietro inclinou a cabeça levemente e esboçou um sorriso leve.

– Você usa lente? – Perguntou ele, distraído. Natasha revirou os olhos – Não, sério. Esses olhos são anormalmente verdes. – Nat se levantou da mesa e se abaixou para pegar o balde.

– Ok, então. Você gosta das coisas difíceis. Sabe, Pietro, eu conheci várias pessoas como você. Fracas de espírito, covardes... E adivinha? Todas elas estiveram na mesma situação que você. Estavam nas palmas das nossas mãos. É onde você está agora e, até agora, você só é útil para nós enquanto pudermos te interrogar. Se eu me cansar, eu posso quebrar seu pescoço sem problema nenhum. Mas, eu creio que ainda dá pra arrancar algo seu. – Ela derruba metade da água (que eu sabia estar gelada) que estava no balde em Pietro; ele começa a arfar – Então por que não me ajuda? – Ela se abaixou e pegou o fio, que estava sem revestimento, e encosta de leve em Pietro, que toma um choque curto, mas potente; ele morde o lábio para não gritar e a encara.

– Eu gostei do seu colante preto. Realça coisas que, bem, gostamos de ver. Claro que nem se compara à camisola.

Eu senti uma raiva se apoderar de mim, mas consegui disfarçar; eu tive vontade de eu mesmo fazer o interrogatório. Pietro iria soltar tudo rapidinho.

– Diga... – Continuou Pietro – Como é ser a “Viúva Negra”, nada mais que o rostinho bonito dos Vingadores? Fale para mim, o que foi que você realmente fez por esse grupo?

Eu temi por Nat naquele momento. Eu sempre soube que uma coisa que ela odiava era ser subestimada por ser mulher, por ser bela. Ela sempre me disse isso.

Natasha passa uns dois segundos encarando Pietro até que esboça um sorriso. Derrama o restante da água gelada nele e o toca com o fio de novo, dessa vez por mais tempo; o irmão Maximoff começa a tremer no mesmo lugar e, depois de parar com o choque, Natasha dá um murro nele. Ele cospe sangue e ela volta a ficar em cima da mesa e o olha nos olhos. Aproxima-se e coloca os lábios junto ao ouvido do refém.

– Nós podemos matar a sua irmã Wanda. – Ela diz.

Vi Pietro enrijecer não só os músculos, mas o corpo inteiro; seu olhar mudou e eu vi algo em seu rosto. Era medo. Natasha ri de leve.

– Quem está no comando da H.Y.D.R.A.? – Perguntou ela novamente. Pietro respirou fundo, ainda levemente assustado, mas não falou nada. Natasha assentiu e colocou as mãos em seu pescoço gentilmente.

Ela iria matá-lo.

– Natasha. – Falei no ponto eletrônico – Não faça isso. Não quebre o pescoço dele. Para de se estressar, esquece o que ele disse. Mantenha o foco.

– É que seria tão mais fácil. – Ela reclamou. Fury, usando o ponto eletrônico, manda Natasha sair e deixar Pietro para lá. Ele não ia revelar nada mesmo.

Nat saiu e mandaram Banner para escoltar Pietro de volta para a cela e levar Wanda para a sala. Aproveitei o tempinho que tinha e corri para falar com Natasha.

– Nat, mas o que...

– Você sabe que eu tenho um ódio mortal de quem me menospreza, de quem acha que eu sou só um rostinho bonito. – Ela me interrompeu.

– Você não pode perder o foco, Natasha. Você sabe que existem prioridades.

– Eu sei, eu sei, mas... Mas todo mundo tem uma fraqueza, né, algo para puxar o pavio de vez. E você sabe que o meu já é curto.

Eu assenti. Despedimos-nos, ela indo para o hall e eu me preparando para ir para o interrogatório com Wanda, que é bem... Difícil de lidar. Quando recebi a autorização para entrar na sala, o fiz.

Wanda estava sentada na mesa com uma expressão entediada. Quando me viu entrando ergueu as sobrancelhas, como que surpresa.

– Oh. Olá você. – Ela disse – Em que posso ajudar? – Eu tirei a mesa que nos separava e sentei no chão, encarando-a.

– Sabe, - Comecei – eu quero que fique claro aqui que minha paciência é pouca. Irrite-me um pouco e pode ficar difícil falar. – Eu sorri. Ela esboçou um becinho.

– Você não bateria numa mulher, bateria? – Perguntou ela. Eu soltei uma gargalhada.

– Claro que bateria. Sendo ela bonita ou não. – Ela ergueu as sobrancelhas – Não importa.

– Você me acha bonita? – Perguntou ela, com uma surpresa na voz e confusão no rosto. Eu ignorei.

– Quem está no comando da H.Y.D.R.A.? – Perguntei. Ela continuou esboçando tédio no rosto. Eu me levantei e, dando uma rasteira nas pernas da cadeira em que ela se encontrava, levei-a ao chão. Quando ela caiu, peguei-a com brutalidade pelos cabelos e a imprensei contra a parede rudemente – Quem está no comando da H.Y.D.R.A.? – Repeti. Ela continuou a me encarar, sem abrir a boca. Soltei seu cabelo e dei um murro em seu rosto – Ok. Você não vai responder isso. Vamos partir pra outra. O que é esse feitiço que você fez no peito? Esse “x”? – Ela olhou para o ponto brilhante que carregava no peitoral e deu de ombros.

– Coisa minha. Nada que seja da sua conta. – Eu assenti, em sinal de compreensão. Dei uma joelhada em sua barriga e depois dei outro murro em seu rosto. Ela tossiu.

– Você teve contato com a H.Y.D.R.A. recentemente? – Ela revirou os olhos e me encarou, com uma expressão de impaciência. Sangue escorria de sua boca.

Eu a ergui pelo pescoço, tirando seu ar. Ela começa a asfixiar, sem nem mesmo poder segurar o meu braço pelas algemas mágicas que a prendiam; seus olhos começaram a perder o brilho.

– Fale-me tudo sobre você e seu irmão. Como conseguiram poderes? Quais as suas fraquezas? – Ela começou a tossir, fechando os olhos.

– Não... Ouse... Falar no meu irmão... – Balbuciou ela. Quando vi que ela ia ficar inconsciente, soltei-a e ela caiu com força no chão. Acertei um chute nela.

– O que a H.Y.D.R.A. planeja? – Dois segundos sem ela esboçar uma resposta futura e eu acerto outro golpe – Você tem algo a ver com Ultron? – Outro golpe – Tem algo contra nós em mente? – E a cada pergunta que eu fazia eu acertava outro golpe nela. Parei quando ela começou a arfar. Ela, ofegante e tossindo, olhou para mim.

– Vá para o inferno. – Disse ela. Acertei um chute em seu rosto e ela desmaiou. Soltei um muxoxo e olhei para a câmera que nos gravava:

– Alguém pode vir recolher o lixo?

POV. Natasha Romanoff

Depois de mais um interrogatório falho, todos nós bufamos no saguão. Impressionante o quanto eles são persistentes.

– Bem... O que podemos fazer agora é esperar. Vigiá-los 24 horas por dia. Vai que eles falam alguma coisa na cela? – Sugeriu Steve. Todos nós assentimos. Quando Rogers nos permitiu descansar, zarpei para o quarto de Clint. Estava bem irritada com ele.

Assim que me sentei em sua cama para esperá-lo, ele abriu a porta. Quando me vê, esboça um sorriso leve.

– Olá você. – Ele se aproxima para me beijar, mas eu o empurrei pelo peito. Ele continuou com o bico, olhando para mim, procurando uma resposta – O que foi isso? – Perguntou por fim.

– Bonita? – Questionei – Você acha Wanda bonita? E pior: você a falou que a acha bonita? Poderia me explicar isso, Clinton Francis Barton?

Ele me olhou por uns instantes, atônito. Quando me viu erguer uma sobrancelha, ele desatou a rir.

– Isso são ciúmes? – Ele perguntou, risonho – É sério isso, Natasha? Você tá com ciúmes de mim? Com a Wanda? – Ele volta a rir.

Eu não rio nem nada. Continuo séria e, agora, um pouco mais aborrecida. E se eu estivesse com ciúmes? Nós estávamos juntos. Ele me devia explicações.

Quando viu que eu não estava para brincadeiras, Clint parou de rir. Olhou-me por uns instantes, de testa franzida, e sentou ao meu lado. Suspirou.

– Natasha, escute bem, porque eu não vou repetir isso nunca mais na minha vida. Eu posso ter achado Wanda bonita, sim. Mas, preste atenção: eu não estou de brincadeira quando digo que você é a mulher mais linda que eu já vi em toda a minha vida. Nada nem ninguém se compara a você. Você já olhou no espelho como seus olhos são bonitos? Eles são tão verdes e tão profundos que eu me perco completamente quando olho para eles. É como se nada mais importasse, eu perco a noção do tempo, eu só... Só sei que você está lá e é isso que realmente importa. Sua voz é rouca, tipo, bastante rouca mesmo. – Eu ri – Mas, mesmo assim, eu sinto que só consigo ter paz ao ouvir essa voz, porque pra mim ela é doce. Sim, eu sei que ela é rouca, mas ela me dá calma. Eu poderia ficar aqui falando várias outras coisas, mas acho que isso já tá filme romântico água com açúcar demais. – Eu voltei a soltar uma risada – Mas eu quero saber: eu estou com Wanda? Não. Eu beijei Wanda em algum momento e senti que eu era único no mundo, como faço com você? Não. Eu disse que amo Wanda? Não. – Ele me olhou. Eu parei e pensei um pouco.

– Mas você nunca me disse que me amava. – Ele sorri.

– Acho que agora você conseguiu entender o que eu quis dizer com todo esse discurso. – Eu não consigo falar nada, apenas o encaro. Eu estava pensando mil coisas no momento, mas o que mais gritava na minha mente era o quanto eu era grata. Clint olha para os lados, envergonhado – Hã... É nessas horas nos filmes água com açúcar que você diz alguma coisa... – Eu balanço a cabeça e simplesmente me aproximo e o beijo.

Mas, diferente de nossos outros beijos, que eram fogosos e ardentes, esse foi um selar de lábios terno. E Clint estava certo.

Eu senti como se fosse única no mundo.

POV. Steve Rogers

Ao passar pelo quarto de Barton, ouvi-o falando uma verdadeira declaração para Natasha. É, eles realmente estavam juntos. E pelo visto era algo sério, algo bonito. Eles se amavam mesmo.

Automaticamente senti algo se apoderar do meu peito; eram saudades. Saudades de Peggy. Eu senti isso (ou talvez ainda sinta, não sei) por ela. Esse amor bruto, puro, sincero. Eu amei/amo Peggy Carter com todas as minhas forças. A questão é que hoje nós não podemos ficar juntos. Às vezes eu preferia ter morrido na Guerra ou não ter sido congelado, porque ou eu ficaria com Peggy do jeito que gostaria ou eu teria ido de vez, sem estar vivo vendo o amor de minha vida e não podendo ficar com ela.

Pelo menos nós pudemos pagar a dívida. Pelo menos tivemos nossa última dança.

Flashback Steve Rogers

Eu estava sentado ao lado da cama de Peggy, tendo as conversas que sempre tive com ela. Então ela puxa o assunto que sempre me dava um aperto no coração:

“Você ainda me deve uma dança”, ela falou com a voz fraca. Eu sorri de leve.

“E gostaria de pagá-la agora, se me permitir, senhora”. Eu ia chamá-la de senhorita, mas me lembrei de que ela estava casada. Senti uma dor ao constatar isso.

Eu me levantei e me curvei, estendendo a mão para ela. Ela solta uma risadinha leve e se levanta com cuidado da cama, pegando a minha mão. Eu a ajudo a sair do colchão e coloco minha mão em sua cintura, ao mesmo tempo em que ela leva a sua ao meu ombro. Olhando nos olhos um do outro, com nada mais que ternura, começamos a rodopiar com leveza. Eu não ousava tentar fazê-la girar em torno dela mesma nem nada do tipo, apenas valsávamos, e por um momento eu esqueci que haviam se passado 70 anos.

Quando Peggy começou a mostrar sinais de cansaço, eu parei a dança. Ela sorriu, olhando para mim, e vi que havia lágrimas em seus olhos. Quando a abracei com delicadeza, me permiti que uma única gota de água salgada caísse de meu olho.

Fim do flashback


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Notas finais do capítulo

Curiosidade: 3 – As ideias para os melhores capítulos surgiram enquanto eu estava tomando banho ou lavando os pratos.