We're Not a Team. We're a Time Bomb. escrita por Amanda


Capítulo 21
"Simmons"


Notas iniciais do capítulo

Eaê, galera :) Então, antes de vocês lerem o capítulo, por favor, assistam esse vídeo: https://www.facebook.com/photo.php?v=692381034167615&set=vb.485308758208178&type=2&theater , que me fez chorar que nem um bebê quando vi o último episódio de Agents of S.H.I.E.L.D. porque eu simplesmente NÃO AGUENTO ver Fitz-Simmons desse jeito, kkk. De qualquer forma, o vídeo pode ajudar a entender algumas coisas e vai fazer o final ficar muito melhor, haha. Segunda curiosidade nas notas finais, lembrando que todo capítulo terá uma curiosidade diferente :) Enjoy!



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POV. Grant Ward

Eu estava apoiado na parede da cela, melancólico. Na minha cabeça só se passava a imagem de Skye chorando na minha frente.

– Deprimido? – Ouvi uma voz doce ao meu lado. Quando a segui com meu olhar, vi Wanda me encarando com uma expressão entediada. Seu irmão dormia.

– Talvez. – Respondi – É meio difícil ficar animado quando se é preso duas vezes pela mesma equipe. – Falei, cansado.

– É. – Ela concordou, também exausta – Parece que é essa a nossa rotina, não é? Digo, sermos capturados. Ser um agente da H.Y.D.R.A. não é nem um pouquinho fácil. – Disse ela, com um leve tom de lamento. Eu assenti, fazendo das palavras delas as minhas.

– Tem que ter força, não é? – Falei – Para não desistir, sabe, de tudo. Da H.Y.D.R.A., da carreira, de... De tudo.

– Sim. – Ela levou a mão até o colar com um pingente redondo e escarlate que levava pendurado no pescoço – Mas eu acredito que todos nós temos uma base. Sabe, um motivo pra se meter nessas burradas e loucuras e continuar de pé. Algo que te motiva.

Ao ouvir essas palavras, não pude deixar de dar a razão à Wanda. Realmente todas as pessoas têm um estímulo.

– Qual o seu? O que te leva para frente? – Perguntei. Ela rodou o pingente e pensou um pouco antes de responder.

– No dia em que eu e Pietro completamos oito anos, - Começou ela – nós ainda morávamos nas ruas. Ele pedia esmolas e eu cuidava do beco em que dormíamos. No fim do dia ele usava o dinheiro que conseguia para dividir igualmente em comida para nós dois. Mas naquele nosso aniversário, ele abriu mão de seu pão diário... Usou a parte dele para comprar esse pingente escarlate pra mim. Ele sabia que era minha cor favorita. Era tão brilhante, tão bonito na época... – Ela sorriu inconscientemente, lembrando-se – Então esse colar me lembra do que Pietro fez por mim. Tudo que eu faço hoje é para o meu irmão. Quando sinto que preciso de um apoio, apenas toco no pingente. – Eu assenti. Era uma bela história, verdade. Wanda parou de divagar e olhou para mim – Mas e você? Qual o seu estímulo?

Eu a encarei, sem hesitar em dar minha resposta.

– Skye.

POV. Steve Rogers

– Você está bem mesmo? – Perguntei.

Estava no quarto de Sam, conversando com ele, que estava deitado na cama com uma perna enfaixada.

– Tô, cara, eu tô legal. Eu só fiquei inútil para a batalha, só isso. Eu tô bem. – Ele falou, me acalmando. Eu dei um meio sorriso.

– Fico feliz. Sam, muita coisa tá acontecendo lá fora, então... Eu acho que vou ter que ir.

– Sem problemas. Me deixa avisado, tá? – Eu assenti e saí do quarto.

– Inacreditável. – Todos nós ouvíamos Stark reclamar no hall – Um robô com tantas habilidades, tão inteligente, cheio de conhecimento... E não sabe usar uma porta?! – Tony estava comandando seus robôs menores auxiliares para que eles dessem um trato na parede quebrada da entrada da Torre, a qual Ultron tinha explodido. Nós ignoramos seu comentário.

Eu me virei para voltar a conversar com o resto do time. Após Skye ter nos dado o relatório, de como conseguiu descobrir que Ultron estava nos vigiando e em como ele invadiu disposto a ir para a oficina, Thor fez a mesma pergunta que estava me incomodando.

– Mas se o rastreador de Stark apontara que Ultron estava na Europa... Como ele veio parar aqui? E tão rápido? Ele deveria estar na H.Y.D.R.A.

– Foi o que eu estava pensando. Ele tem velocidade de voo supersônica, mas se ele realmente ficou na H.Y.D.R.A. por um instante, o intervalo de tempo foi pequeno demais.

– Eu posso tentar descobrir. Vou pesquisar. – Falou Skye. Eu assenti – Capitão, eu... Eu posso falar com o senhor por um instante? – Perguntou ela, um pouco hesitante. Me levou para um canto separado dos outros e começou a falar – Enquanto vocês estavam fora aconteceu uma coisa com Fitz. Ele... Ele teve uma piora considerável e acabou indo parar no hospital. Aparentemente ele passou muito tempo sem tratar da oxigenação no cérebro. Mas ele agora ele está bem, está inconsciente. – Ela acrescentou, quando me viu ficar pálido. Eu comecei a sentir dor de cabeça.

– Ok, Skye, obrigado por avisar, eu... Eu vou me sentar um pouco. – E, sem esperar por sua resposta, me sentei, longe de tudo e todos.

Como será que Jemma está lidando com isso agora? Pelo o que ela me contou, eles são melhores amigos desde sempre. Ela se importa muito com ele, inclusive por se culpar pelo acontecido. E eu achando que ele estava se livrando dos tiques... Bem que Jemma falou que eu estava delirando. Por favor, Fitz, fique bem.

– Hey, vovô. – Ouvi uma voz feminina se aproximando. Se eu pensava que estava longe de todos, me enganei com relação à Natasha – O que foi que aconteceu? – Perguntou ela, se sentando ao meu lado.

Eu contei a ela o que tinha acontecido com Fitz, mas por algum motivo, eu não me limitei a isso. Contei tudo que ele e Simmons passaram, em como ela se importava com ele, como eu me importava com ela, como eu estava preocupado sabendo que Fitz estava no hospital. Todos os meus problemas jorraram da minha boca, sem que eu conseguisse detê-los, caindo sobre os ombros de Natasha. Depois de me ouvir, ela colocou as mãos por sobre os meus ombros.

– Sabe, Steve. – Ela começou – Eu sou péssima com palavras. Na verdade acho que sou péssima até mesmo em escutar. Mas eu te ouvi, por incrível que pareça. Eu poderia ficar aqui dizendo que vai ficar tudo bem, que tudo vai dar certo, mas eu não suporto isso. Eu não vou mentir, há uma chance de que as coisas fiquem ruins. Mas, o que eu posso dizer com certeza, é que você, Fitz e Simmons são fortes. Qual é, você é o Capitão América! Eles são agentes da S.H.I.E.L.D. nível 5, ambos! Se há uma chance de tudo piorar, há o dobro de chances de vocês superarem isso. De Fitz sair dessa. Sabe por quê? Não é só porque vocês são durões. Mas porque ele está debaixo da sua asa, ou melhor, de seu escudo. E uma coisa que aprendi com o tempo é que quando o Capitão América quer proteger algo pelo qual se importa, o Capitão América não deixa nada acontecer com esse algo. Eu confio em você, Steve, Fitz-Simmons também confiam em você. Por que não te dá uma chance e confia em si mesmo e em Fitz também?

Eu a olhei, absorvendo as palavras de Natasha. Olhei-a em seus olhos verdes, grato. Deixei um sorriso terno se apoderar pelo meu rosto.

– Obrigado, Natasha. Você não imagina em como isso me ajudou. – Ela deu um meio sorriso e deu um beijo na minha testa, levantando-se para sair – Espera, Nat. Por que tem tanta certeza de que o Capitão América não deixa nada acontecer com quem está debaixo de seu escudo?

– Simples. – Respondeu ela, se retirando dali e com um sorriso tranquilo – Eu já estive lá. Eu já estive sob o escudo. – E saiu, ainda sorrindo. Não pude deixar de pensar que sim, aquilo era fato. Mas, na verdade, ela ainda estava debaixo de meu escudo. Ainda assim, achei melhor fazer alguma coisa. Ficar parado definitivamente não é o meu estilo.

POV. Phil Coulson

Apliquei as gases no ferimento de May e a senti contrair os músculos, num jeito de suprimir a reclamação pela dor. Procurei não falar nada, mas a lesão que Ultron fizera nela estava feia; já estava me preparando para correr o risco de ser espancado por dizer que ela ficaria fora de combate por um tempo.

– Phil, o quão ruim está? – Ouvi-a perguntar. Era a primeira vez que ela falava e estava ofegante.

– Você não vai lutar com a gente por um tempo. Vai descansar. – Ela ia protestar, mas eu a interrompi – Isso é uma ordem, não adianta questionar. – Falei, olhando para ela. Ela bufou – Bem, eu fiz um curativo improvisado, mas acho que segura por um tempo. – Ela evita olhar para mim, com os lábios comprimidos; eu sabia o que isso significava. Ela estava irritada – Eu vou deixar Simmons cuidando de você e, até lá, repouse. É sério. – Ela assentiu levemente. Olhei para ela e vi, em seus olhos, que ela queria falar algo para mim. E há algum tempo.

– Phil... Sobre o fato de eu saber o Projeto T.A.H.I.T.I. (n/a: projeto de “ressurreição” de Coulson) e não ter te falado nada...

– Shh. – Interrompi – Eu tô prendendo o curativo.

– Mas eu queria...

– E eu não quero ouvir. Chega, May. Eu confio em você. Eu sei que você fez aquilo pensando em mim. – Eu terminei o trabalho em sua barriga – Sei que escondeu tudo por ordens de Fury. Eu entendo.

Depois disso ela ainda abriu a boca para falar alguma coisa, mas depois a fechou. Eu a olhei, pensativo. Estava lembrando-me do que ela dizia quando eu descobri que ela estava por trás do Projeto T.A.H.I.T.I. “Você significa muito pra mim. Muito”.

Coulson, pode descer aqui, por favor? – Ouvi a voz do Capitão em meu ponto eletrônico.

– Chego aí num minuto. – Olho para May – Eu já volto. Fique bem até lá. – Ela assentiu e, quando estava prestes a sair do quarto, me impedi e falei: - Você significa muito para mim também. – E saí.

Quando cheguei ao saguão, encontrei todos lá, com o Capitão e Simmons prontos para sair. Já tinha uma ideia de para onde eles iam.

– Coulson, eu e Jemma vamos ao hospital visitar Fitz. Já foi avisado que você ficará no comando enquanto eu estiver fora. De acordo? – Perguntou o Capitão.

Senti o meu ego inflar de maneira assustadoramente doentia. Pela primeira vez entendi a reação de tiete que Skye tivera ao ver os Vingadores pela primeira vez, porque quase que eu tinha uma atitude de garotinha fanática naquele momento. Dando graças a Deus pelo meu treinamento na S.H.I.E.L.D., simplesmente assenti e disse:

– Será uma honra, senhor. – Ele assente e sai ao lado de Jemma. Respiro fundo uma vez e me viro para Skye, que estava debruçada em seu laptop.

– Skye, pesquise qualquer quase útil sobre Ultron, qualquer coisa que nos ajude.

– Já estou fazendo.

– Hey! – Ouvi a voz de Stark vinda da oficina; ele parecia bem indignado – Onde estão minhas coisas? A descrição da eletroencefalografia, ferramentas, armas... Desapareceram!

– Espera. – Falei – Ultron queria vir para a oficina, ele tinha isso como objetivo. Ele queria roubar. Mas se ele chegou logo depois que os Vingadores saíram, ele sabia que iríamos embora. Como?

– O cara é um gênio. – Murmurou Skye – Tenho novidades. Um voo para Portugal saiu no mesmo horário em que Stark acessou o sistema do rastreador. Ultron, de alguma forma, o colocou lá e, quando o avião chegou ao destino, ele o desligou de longe. Ele sabia que iríamos sair e ir atrás dele, deixando a Torre sozinha. Ele tinha o controle da situação o tempo todo.

Ah, aquele bastardo. Ele é mais inteligente do que pensamos.

– Ok. Nós temos que ter muito cuidado com o que faremos daqui para frente. Qualquer informação sobre Ultron deve ser repassada apenas depois de ser conferida. E Skye, faça tudo que puder para burlar o sistema de segurança que Ultron hackeou.

– Sim, senhor.

POV. Natasha Romanoff

Depois de ouvir as ordens de Coulson, eu e Clint fomos até o quarto para conversarmos sem ninguém por perto. Relembrando todas as coisas que fizemos juntos, rimos até ficarmos roxos.

– Meu Deus. – Ele recuperou o fôlego – Fizemos tantas coisas juntos, realmente.

– Pois é. Foi tudo tão bom, tão divertido. Apesar de quase morrermos em quase todas as vezes. – Concordei. Nós nos olhamos com ternura e admiração nos olhos de ambos.

– Sabe, Nat. – Ele falou, reflexivo – Eu estava pensando. Não é melhor a gente deixar claro pra todo mundo que eu e você estamos juntos?

– Não, Clint. – Falei sem pestanejar, surpresa – Por que faríamos isso?

– Sei lá, seria tão mais simples...

– Ok, quem é você e o que fez com Clint Barton? – Brinquei; ele riu – Desde quando você gosta das coisas simples?

– Cara, essa história do Ultron me deixou tão cansado... Acho que eu mereço um pouco de simplicidade às vezes.

– Sim, eu sei como é... Mas não, tá? Eu não quero que ninguém saiba, sério. Por favor...? – Fiz carinha de cachorro abandonado e ele riu. Aproximou-se e me beijou.

– Ok, ok. Ficamos na sombra. Como sempre, aliás. – Eu sorri, agradecida, devolvendo-lhe o beijo.

POV. Jemma Simmons

Steve e eu estávamos sentados ao lado da cama em que Fitz estava deitado inconsciente. Não ousávamos falar nada, apenas olhávamos para ele, até Rogers descer para ver se a lanchonete estava aberta, me deixando sozinha com meu melhor amigo.

– Fitz, eu... Eu sei que você não está me escutando, e que é loucura eu estar falando com uma pessoa desmaiada, mas... Eu sinto que tenho que conversar contigo. Eu sinto tanto a tua falta. Sabe, eu não sou eu mesma sem você. Digo, eu não consigo mais fazer a arma com endotoxina, não consigo mais pesquisar sobre o soro que foi aplicado em Skye para salvar a vida dela... Olha, eu sei que você tá inconsciente, então fico feliz por você nunca mais ouvir isso de mim: eu não consigo ser uma boa bioquímica sem você. Você é um brilhante engenheiro e sinto falta de suas contribuições, do você ao meu lado no laboratório. Eu seria muito melhor, muito mais útil, se você estivesse lá. Portanto, eu peço com todas as minhas forças, fique bem.

– Jemma? – Steve abriu a porta – A lanchonete está aberta. Quer descer?

– Claro. Vou indo. – Antes de ir até lá, me levantei e dei um beijo na testa de Fitz – Obrigada por tudo. Volta logo. – E saí.

Fim do POV.

No quarto do hospital, Fitz continuava inconsciente. Logo depois de Steve e Simmons saírem, ele emite uma respiração mais pesada, ofegante. Então, depois de alguns segundos, abre os olhos assustado.

– Simmons. – Diz ele.


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Notas finais do capítulo

Curiosidade: 2 – As melhores cenas Stasha (a guerra de comida, a noite em que eles passaram juntos) não foram planejadas; foram escritas de improviso.
Espero que tenham gostado ;)