Insignificantemente, você escrita por Amanda


Capítulo 37
Capítulo trinta e seis




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O plano estava traçado, muito simples e com grandes chances de dar certo. Hermione olhava para Draco sorridente assim que dois comensais atravessaram a frente da casa. Haviam calculado um número razoavelmente grande de comensais, não sabiam ao certo quantos, mas Hermione deixou sua noite de sono de lado para observá-los mais de perto. Draco, claramente a repreendeu depois de explicar o que havia visto. O sermão consistia no argumento de que estaria cansada para quando fosse colocar o plano em prática.

—Quanto tempo? —Hermione perguntou colocando a varinha no bolso da calça.

Draco olhou novamente por entre os arbustos.

—Te dou quinze minutos para ir e voltar. —Disse encarando-a.

Hermione usava apenas uma regata suja de terra assim como as calças embarradas quase até o joelho. Os braços de Hermione estavam quase tão sujos quanto a roupa, o cabelo desgrenhado mexia-se com a brisa leve. Imaginou o quão sujo deveria estar e deu de ombros.

—Me espere! —Pediu ao rapaz assim que terminou de amarrar os cadarços do coturno surrado.

Deu as costas para o rapaz, seguindo o trajeto que julgava ser perfeito, o mais longe e dentro da mata possível.

—Hermione... —Draco a segurou pelo pulso.

A garota virou-se surpresa, devia ter se esquecido de algo.

—O que foi? —Perguntou.

Draco sabia exatamente o que dizer, era adulto, os sentimentos eram tão claro quanto água. Segurou o rosto de Hermione entre seus dedos e a beijou. Por um momento, Hermione correspondeu ao beijo tão intensamente quanto Draco. Mas então parou. Abaixou o rosto, envergonhada, enquanto uma de suas mãos afastava o rapaz pelo peito.

—Você disse... —Balbuciou. —Você disse que nunca mais tentaria nada!

Levantou o rosto para encará-lo.

Draco apenas assentiu e virou-se, voltando-se para a casa onde os comensais permaneciam de guarda.

—Não quero brigar antes de entrar lá. —Suspirou. Draco ignorou-a. — Me espere!

Correu floresta adentro, para colocar então, o plano em ação. Hermione contou mentalmente o tempo que levara até o local, quase dez minutos correndo com todas as suas forças. Com agilidade, cavou um buraco tão fundo e largo quanto pôde. Quando já tinha uma boa quantidade de pólvora na cavidade, encheu a punho com os grânulos e formou uma fina linha que se arrastava para longe. Longe do buraco, apontou a varinha e pronunciou:

Incendio!

Assim que a linha pegou fogo, correu para longe, de volta para Draco. Já estava perto do ponto de encontro quando tudo explodiu. O chão tremeu, fazendo-a cambalear, mas não cair.

Enquanto voltava, Draco observou meia dúzia de comensais correr para fora e então, seguir em direção a fumaça negra que se formava sobre a copa das árvores.

Hermione chegou junto da partida dos comensais. Draco não falou nada, apenas fez um sinal para que entrassem logo. Passaram rapidamente pelo portão alto de ferro, a tinta negra começava a descascar em alguns pontos. O jardim estava morto, nunca houvera plantas ali, e muito menos flores. Assim como o rapaz dissera, era muito sombria. A porta rangeu ao ser aberta, e o nervosismo bateu em ambos. Hermione respirava com cuidado. Duas vozes surgiram do que parecia e deveria ser uma sala ou salão.

—Temos que continuar com o combinado! —A voz era amarga e rouca.

—Não podemos, precisamos achar aqueles dois primeiro. —Esta voz era feminina, um tanto doce, mas ao mesmo tempo melancólica.

—Maldição, Draco. —Rugiu a primeira voz. —Tinha que se meter com o Potter, não podia ficar quieto naquele hospital medíocre.

Draco congelou atrás da parede que o separava de seu pai. Hermione pensou em consolá-lo, mas depois da curta discussão que tiveram antes da invasão, não lhe permitiu. A garota congelou quando uma cobra preta com reflexos prateados começou a subir pela sua perna, enroscando-se lentamente. Reprimiu um grito mordendo o lábio com tanta força que pode sentir o gosto do sangue. Puxou o braço de Draco. O rapaz surpreendeu-se e tirou a serpente que sibilava e ameaçava atacar a qualquer momento, da perna da garota. Fez um sinal para Hermione segui-lo e ela o fez.

Do outro lado da parede a discussão entre os comensais continuava. As vozes cada vez mais altas, a discussão se estenderia. Uma oportunidade e tanto para atacá-los. Enquanto Lucius divagava próximo à lareira, Hermione atacou a mulher de cabelos quase brancos. Draco a segurou e arrastou-a para longe, amarrando-a. A varinha fora guardada por Hermione.

—Fique aqui. —Sussurrou para Hermione.

Draco entrou na sala como um Sonserino, o nariz em pé com a varinha preparada para qualquer que fosse o ataque.

—Ora, onde está sua amiguinha sangue-ruim, Draco? —Lucius perguntou, virando-se lentamente para encarar o filho.

Um ruído irrompeu a sala e dois grandes Comensais irromperam pela porta com Hermione em seus braços, duas varinhas apontadas diretamente para o pescoço da garota.

—Eu não os vi. —Desculpou-se com Draco que a olhava.

—Por que está fazendo isso? —Questionou o pai que não havia saído da frente da lareira crepitante.

—Porque essa garota e os amiguinhos acabaram com tudo o que tínhamos. Você deveria estar tão revoltado quanto eu, mas juntou-se a eles. Você se tornou um traidor, não merece o sobrenome que carrega! —Cuspiu as palavras no rapaz. —E agora, morrerá por isso!

—Segure-a! —Um dos comensais brutamontes gritou assim que Hermione com força usou o cotovelo para bater em suas costelas.

Estupefaça! —Atingiu o segundo comensal, jogando-o longe, inconsciente.

Lucius foi muito rápido com a varinha:

Incarcerous! —Foi para Draco.

—Crucio! —Para Hermione.

A garota contorcia-se, aos prantos.

—Pare, está machucando-a! —Draco gritou ferozmente, a plenos pulmões.

Lucius gargalhou como se tivesse ouvido a melhor piada do mundo.

—Não seja bobo, a minha intenção é matá-la, mas um pouco de diversão antes não fará mal algum... Não a mim! —Continuou apontando friamente a varinha para a garota.

Hermione gritava e debatia-se no assoalho. Draco por sua vez, sentia-se igualmente torturado, as cordas que o prendiam estavam firmes demais.

—Um duelo! —Gritou, não suportando mais os gritos da garota.

Luciu cessou a maldição.

—Um duelo? E qual seria o prêmio? —Questionou surpreso.

Draco olhou sobre o ombro do pai, a garota jogada, inconsciente no piso frio. Luciu seguiu o olhar do filho e sorriu com escárnio.

—Se apaixonou pela sangue-ruim? —Gargalhou. —Responda-me! Qual o prêmio?

—Hermione!


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem!